Caetano Veloso fala sobre diversidade religiosa na família, exalta filho evangélico e declara: "Eu sou filho de santo"

Homenageado da edição especial do 'Altas Horas', Caetano Veloso, 83 anos, falou para além da música na conversa com Serginho Groisman.

Durante o programa, que contou com a participação de diversas estrelas da música brasileira e uma plateia repleta de fãs e colegas de profissão, Caetano Veloso refletiu sobre a diversidade religiosa em sua família, marcada pela influência da igreja evangélica e das religiões de matriz africana.

"Pessoalmente, tive meus filhos Zeca e Tom, quando eram pequenos, atraídos pela igreja evangélica. O Tom depois deixou a igreja, mas Zeca permanece evangélico, e eu fico orgulhoso disso", contou o artista.

O artista, criticado nas redes sociais por incluir a música gospel 'Deus Cuida de Mim', de Kleber Lucas no repertório da turnê com Maria Bethânia, afirmou que sempre teve interesse em compreender o crescimento das igrejas evangélicas no Brasil e a diversidade religiosa do próprio país, para além da família dele.

Caetano ainda destacou as escolhas de Moreno, filho mais velho, que sempre trilhou um caminho espiritual distinto.

"Moreno sempre foi, diferente de mim, muito religioso, mas com uma visão das antigas religiões clássicas, da Grécia e das religiões orientais", contou o músico, mencionando ainda um interesse comum pelo candomblé. "Eu sou filho de santo", completou, ao falar sobre a própria relação com a religiosidade afro-brasileira.