Tráfico de pessoas, exploração de crianças e mais: Saiba por quais crimes Hytalo Santos é investigado
Por Redação
O influenciador digital Hytalo Santos, está sendo acusado de outros crimes além da exploração sexual de menores em conteúdos gravados para as redes sociais. Preso na manhã desta sexta-feira (15), ao lado do marido, Israel Nata Vicente, conhecido como Euro, Hítalo José Santos Silva, de 28 anos, tráfico de pessoas e trabalho infantil artístico irregular.
Além de exploração de trabalho infantil, risco de aliciamento devido à exposição digital excessiva e falta de mecanismos para impedir que menores acessem os jogos de apostas. Outra linha de investigação é um possível esquema de benefícios para familiares dos menores em troca de emancipação dos adolescentes que participavam desses vídeos.
A prisão do influenciador e do companheiro aconteceu em uma casa em Carapicuíba, na Grande São Paulo. De acordo com o documento obtido pelo portal LeoDias, a ordem de prisão expedida pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba, foi decretada para evitar a destruição de mais provas.
“Desta forma, demonstrada a necessidade e a adequação da prisão preventiva por conveniência da instrução criminal, diante da gravidade concreta da conduta, para evitar a destruição de provas, evidencia-se insuficiência e inadequação das medidas cautelares alternativas.”
O influenciador já estava sendo investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MP-PB) desde o final de 2024 após denúncias de vizinhos, que se queixavam da movimentação no imóvel do blogueiro.
Neste ano, a influenciadora Izabelly Vidal também denunciou Hytalo pelos conteúdos criados com adolescentes para as redes sociais, no entanto, o caso só ganhou grande repercussão na mídia após a denúncia do youtuber Felca sobre adultização de crianças e adolescentes.
Hytalo está sem acesso aos perfis dele nas redes sociais e teve os conteúdos desmonetizados pelas plataformas. O influenciador também está proibido de manter contato com as crianças citadas na denúncia.
O Ministério Público da Paraíba (MP-PB), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Polícia Civil pediram a suspensão da Fartura Premiações, empresa ligada a Hytalo, que opera rifas e sorteios com prêmios milionários, pelo uso indevido de crianças e adolescentes para promover os sorteios.
Ex-funcionários do blogueiro chegaram a mover processos contra Hytalo, alegando dívidas trabalhistas, danos morais, jornada excessiva e falta de comprovação de vínculo empregatício.