Às vésperas de lançamento, Flavinho do Pagod’art revela detalhes de audiovisual: “É um filho pra gente”
Por Laiane Apresentação
Dono de hits como “Uisminofay”, “Ovo de Avestruz” e “A Soma”, o grupo de pagode baiano Pagod’art completou 25 anos e continua na boca do povo. Com música viralizando em meio a turnê da cantora internacional Beyoncé, novos sucessos de Carnaval e até mesmo sessão de swingueira pendurado no trio elétrico, o grupo, comandado por Flavinho, mostrou que ainda está com “a bola toda”.
Um dos motivos para o sucesso do Carnaval de 2025 foi relançado em dezembro de 2024. “Bit do Cavaquinho”, single inicialmente lançado no álbum “Pagod’art na Praia”, em 2022, foi a primeira gravação do projeto audiovisual de 25 anos do grupo liberada para o público. Após ela, outras canções como “Mexer Mexer”, com Léo Santana, e “Alongadinha”, com Xanddy Harmonia, ficaram disponíveis nas redes sociais.
As canções serão oficialmente lançadas nesta sexta-feira (2), na primeira parte do projeto gravado na Praia do Buraquinho, em Lauro de Freitas, em um dia ensolarado de dezembro. O DVD que comemora as duas décadas e meia do grupo contou com as participações de artistas como Igor Kannário, Beto Jamaica, Márcio Victor e Tony Salles.
Ao Bahia Notícias, Flavinho contou estar ansioso para o lançamento do projeto, uma das principais ações da banda desde seu retorno com a formação atual em 2021. Os lançamentos espaçados foram estratégicos para criar uma expectativa com o público.
“Se fosse por mim, eu já tinha largado tudo de vez, eu quero ver tudo. E aí, o tático do pessoal da Penta [Penta Entretenimento], da assessoria, foi assim: ‘Não, vamos fazer uma cotazinha de todo mundo, vamos ver como é que vai ser o primeiro passo’ e, graças a Deus, o primeiro passo foi surreal, né?!”, compartilhou.
Segundo o cantor, além das três músicas já conhecidas pelo público, também serão lançadas duas inéditas: "Toma-lhe fica/ Ovo de Avestruz/ Fiel à Putaria" com Bruno Magnata - da banda Lá Fúria - e "Papuburugudum/ Pimba/Vá Vá Vá" com Rubynho - ex-Oz Bambaz.
Ao BN, o artista contou que o projeto é como um filho para ele. “É, começar do zero. É um filho de novo, um filho. Você recomeçar sua carreira com 45 anos, fazer um filho desse aí que é um audiovisual esplêndido porque só tem os melhores daqui. A gente sabe que faltou mais gente porque não tinha mais música para a gente gravar e os amigos mesmo falaram: ‘Eu vou, eu vou, eu vou, eu vou’. Então, é a minha parada que é surreal, a gente fica feliz porque todos que vieram deram o máximo”.
CONVIDADOS E GRAVAÇÃO
Flavinho revelou ainda que a segunda parte do projeto não levará tanto tempo para vir ao mundo. “A galera quer ver, um exemplo assim: o fã de Rubinho quer ver a situação dele comigo. Fã de Bruno [Lá Fúria], fã de Igor [Kannário]... A galera: ‘Cadê, Muchacho? Só vai lançar Rubinho e Bruno, aí o fã de Kannário faz: ‘E de Kannário?’ Não vai lançar, não’”, explicou.
A gravação chegou a ser adiada em uma semana por conta do clima e Flavinho contou que foi justo esse adiamento que ajudou para que todos os convidados participassem do momento. “Quase que não dava nem para Xanddy [Harmonia], nem para Beto [Jamaica]. Aí o tempo fez: ‘vou chover’. Aí a gente adiou, foi para a semana da gravação do de Rubynho também, que deu tempo de vir todo mundo”.
INVESTIMENTOS
Ao site, Flavinho explicou que o projeto fez parte de um grande investimento dele e de seus sócios, Eduardo e Flávio. “Projeto caríssimo que a gente se virou. Vai de ‘arrancar a cueca’, mas a gente foi, se arriscou, a gente precisava desse investimento. A gente tá aí se virando, vamos pagando, que tudo tem um custo”.
“A galera acha: ‘Pô, tá lindo aquilo ali, agora vocês…’ Não, não, não, gente, não tem dinheiro ainda nisso aí, o dinheiro só foi pago. Pra gente montar essa estrutura, montar tudo. E aí, a gente tem que botar o pé no chão em cima disso. Então, fazer show agora para pagar as contas”, completou.
Veja o trecho da entrevista: