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Diretor de documentário sobre o sistema carcerário teve viagem à Europa paga pelo PCC

Por Redação

Diretor de documentário sobre o sistema carcerário teve viagem à Europa paga pelo PCC
Foto: Divulgação / Globo

O diretor do documentário “O Grito”, Rodrigo Giannetto, teria viajado à Europa com passagens compradas por um membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), envolvido com o assassinado do empresário e delator Vinícius Gritzbach, no ano passado. O documentário fala sobre o sistema prisional brasileiro e contém depoimentos de familiares dos chefes do PCC e do Comando Vermelho (CV). 


Segundo investigação da Polícia Civil de São Paulo, Kauê do Amaral Coelho, apontado como o “olheiro” do PCC no assassinato de Gritzbach, teria comprado as passagens usadas por Gianneto de São Paulo para Palermo, na Itália, e Londres, no Reino Unido, em uma agência de viagens em Jundiaí. 


Ao jornal Estadão, o cineasta negou envolvimento com o PCC e informou não conhecer Kauê. A Netflix, onde o filme está disponível, afirmou não ter se envolvido com a produção do documentário e só teria comprado os direitos de exibição da obra. O documentário foi idealizado pela agência K2, que trabalha com o rapper Oruam, filho de Marcinho VP. 


Conforme o jornal, as informações sobre a viagem do diretor foram obtidas durante a operação ‘Fake Scream’, deflagrada pela PC-SP e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP). A operação mirou a ligação entre o PCC e a ONG ‘Pacto Social & Carcerário de S.P’. 


Giannetto informou que a ideia de viajar para o festival na Itália surgiu durante uma exibição do documentário. Uma pessoa sugeriu que procurasse uma agência de viagens em Jundiaí e, ao contatar a empresa, o cineasta teria sido informado de que as passagens já estavam pagas. 


Kauê, responsável pela compra, teria se reunido com os líderes da ONG Pacto Social & Carcerário de S.P, Geraldo Sales e Luciene Neves, três vezes em 2024. As investigações da PC indicam que os líderes da ONG integravam o PCC com “atuação transnacional”.