Lucas, do Olodum, sugere criação do “Festival do Samba-Reggae” em Salvador e propõe realização em outubro
Por Eduarda Pinto / Victor Hernandes / Leonardo Almeida
O cantor da Banda Olodum, Lucas Di Fiori, propôs a realização do “Festival do Samba-Reggae” em Salvador, acontecendo no dia 31 de outubro, em homenagem ao fundador da banda, o Mestre Neguinho do Samba, que faleceu na mesma data. Em coletiva de imprensa neste sábado (28), antes de sua apresentação no Festival da Virada, Lucas afirmou que pediu para se ter “mais olhos” à capital baiana e avaliou que a medida iria “realimentar” a cultura de Salvador.
“Eu tenho falado, acho que Salvador precisa, é necessário, que a gente faça um festival de samba-reggae é no dia do falecimento de Neguinho do Samba, em outubro, Na Argentina tem um festival de samba-reggae, tem mais bandas do que aqui em Salvador. É necessário que a gente realimente essa nossa cultura para que a gente veja nossa cultura mais forte em outros países. Pedimos que a gente olhe um pouco mais para nossa cidade e com esse olhar crítico que a gente precisa realimentar a nossa cultura para que a gente não se perca”, disse Lucas.
Lazinho, que é um dos fundadores do Olodum, comentou sobre a disseminação da banda pelos quatro cantos do mundo. Questionado sobre como enxerga a ‘globalização do Olodum”, o artista fez um alerta sobre o “vampirismo” e afirmou ser grato pelo alcance do grupo ao redor do mundo.
“Quando a gente faz um trabalho no Nordeste do Brasil e que alcança o outro lado do mundo a gente fica feliz. Mas quando tem a questão do vampirismo ficamos com um pé atrás e outro na frente. A gente agradece muito, pela musica da Bahia, a música do Olodum, ter chegado a esses mercados”, disse Lazinho.