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Ministério Público da Bahia recebe denúncia contra Claudia Leitte após retirada de nome de orixá em música

Por Bianca Andrade / Camila São José

Claudia Leitte
Foto: Instagram

A mudança feita por Claudia Leitte na música 'Caranguejo (Corda do Caranguejo)' no show Soul'D Rua, realizado no último dia 14 de dezembro em Salvador, pode render problemas na Justiça para a artista. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) recebeu uma denúncia contra a cantora, com a alegação de que a artista apresentou uma postura discriminatória ao substituir o nome de Iemanjá na letra da canção por "Só louvo meu Rei Yeshua".

 

A denúncia, que se tornou pública através do site Splash, do Uol, foi formalizada pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro, sacerdotisa do Ilê Axè Abassa de Ogum, e pelo IDAFRO (Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras). O Bahia Notícias entrou em contato com o MP-BA, que confirmou o recebimento.

 

"Diante da representação formulada pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro e pelo Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro), o Ministério Público do Estado da Bahia, por meio da Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, instaurou inquérito civil para apurar os fatos noticiados", informou em nota.

 

De acordo com o MP-BA, o caso será acompanhado pela promotoria para apurar a responsabildiade civil de Claudia Leitte. 

 

"Segundo a promotora de Justiça Lívia Sant’Anna Vaz, titular da referida Promotoria, o procedimento foi instaurado para apurar a responsabilidade civil diante de possível ato de racismo religioso consistente na violação de bem cultural e de direitos das comunidades religiosas de matriz africana, sem prejuízo de eventual responsabilização criminal", confirma o órgão em nota enviada ao BN. 

 

A polêmica ganhou a web no último final de semana, no entanto, não é uma novidade para a artista a substituição dos nomes de orixás em músicas. Um dos primeiros registros encontrados foi de 2011, quando a cantora modificou uma música de Carlinhos Brown, 'Ashansu', trocando Obaluayê por Yeshua.

 

Brown, que abriu o espaço do Candyall Guetho Square para que Claudia Leitte pudesse realizar os ensaios de verão dela em Salvador, saiu em defesa da artista, afirmando não ter visto a situação como um ato racista. "O Guetho é uma casa laica. Todas as pessoas têm direito a ter suas manifestações. (...) [A atitude de Claudia] É uma coisa que eu não queria estar falando porque é polêmica, e eu tenho uma espiritualidade muito acentuada. Mas eu posso te garantir que Claudia Leitte não é uma pessoa racista".