Modo debug ativado. Para desativar, remova o parâmetro nvgoDebug da URL.

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote
Você está em:
/
/
Entretenimento

Notícia

Mudança de horário no Samba de São Lázaro impacta mais de 30 comerciantes; organização estuda novo dia para festa

Por Bianca Andrade

Samba de São Lázaro
Foto: @onlyeteka

A mudança no horário do tradicional Samba de São Lázaro, que acontece na Federação, e se tornou programação dos 'inimigos do fim', afetou não só quem frequenta o evento para sambar.

 

Ao Bahia Notícias, Thiago da Silva, um dos diretores do evento, revelou que será feita uma reunião com os organizadores do samba, que estudam a mudança de dia da festa para evitar problemas com o som.

 

"Vamos fazer uma reunião entre a gente, para saber qual a melhor alternativa. Saber se a gente muda de data para fazer sábado ou domingo e começar 16h para terminar 20h. Mas também vamos tentar uma reunião com o prefeito Bruno Reis para saber se conseguimos estender o horário da sexta um pouquinho mais e terminar 1h da manhã", contou.

 

 

 

De acordo com Jane Ramos, que é uma das fundadoras do Samba de São Lázaro, e além de fazer parte da direção do evento e é proprietária de uma barraca na região, a situação é prejudicial para o comércio local, que sobrevive da renda feita toda sexta-feira com a festa na região. 

 

A partir desta sexta-feira (8), o samba feito pela banda Oz Favoritos começará pontualmente às 20h e será levado até às 22h30, após denúncias de possível abuso de ordem.

 

"A gente está esperando ver o que se resolve. A gente tem a força de vontade de se enquadrar nas normas, porque nós temos quase 40 famílias que dependem disso. E o que podemos falar é que a gente quer se adequar e o povo, quer trabalhar, só precisam deixar a gente trabalhar. Eu acredito que para gente é todo mundo novo, todo mundo está muito apreensivo e assustado, muitas famílias pagam aluguel. sustentam seus filhos com o dinheiro do samba. Então é uma coisa que mexeu muito com todo mundo", afirmou ao Bahia Notícias.

 

Segundo Jane, o Samba de São Lázaro começou a ter a dimensão que tem hoje no verão passado. Thiago contou que a primeira edição da festa teve apenas 5 pessoas na plateia. "A gente começou e tinha cinco pessoas no nosso primeiro samba, foi até triste. Investimos tudo e só cinco pessoas vieram. Aí no segundo samba já vieram 15 e foi aumentando. Hoje somos seguidos por mais de 13 mil pessoas no Instagram e nos tornamos parte da cultura soteropolitana", contou.

 

 

Ao site, Jane e Thiago reforçaram que todo custo do Samba de São Lázaro vem dos comerciantes locais e garantem que o evento é legalizado. "Todas as despesas quem paga é o comércio local. É segurança, é banda, é som, é o alvará, o convidado. Essas despesas são todas do comércio local. A gente não tem nenhuma ajuda, nem do Governo, nem da Prefeitura, não temos ajuda de nada. Nós buscamos o alvará, lutamos por isso".

 

O diretor da festa conta que até a "benção" do padre para realizar o evento em frente a igreja de São Lázaro eles conseguiram. "O Samba de São Lázaro tem autorização da prefeitura, da Limpurb, da Transalvador. Temos a autorização do Padre, um abaixo assinado com assinaturas de moradores da região, a gente tem a documentação de tudo".

 

Além da questão cultural, Thiago cita a movimentação social que o Samba de São Lázaro causou na comunidade, exaltando a força da população em prol da propagação da cultura e de fazer o bem. "Nós temos uma ótima relação com a comunidade, já fizemos doações de brinquedos no dia das crianças, de alimentos, estamos sempre ajudando a comunidade".

 

Foto: Instagram

 

Além da questão com o volume do samba, uma das queixas de quem frequenta foi a violência e insegurança na região. Nesta sexta, a festa terá o suporte da 41ª CIPM. "Na quinta, tivemos uma reunião na 41ª e eles vão dar um apoio mais reforçado, porque eles já dão suporte, mas, enfim, Salvador é assim, né? Não tem como ficar fixa com a viatura só naquele lugar. Aí é complicado. E a violência está em todo lugar".

 

Para a edição desta sexta, a dupla imagina que a mudança terá impacto no público. "Vai ser um baque. Já temos pessoas reclamando, e com razão, que geralmente sai do trabalho às 22h, 21h. Com o samba acabando 22h30, fica uma coisa complicada", diz Thiago que torce para encontrar uma boa solução para manter a tradição.