Golden Gate, a ponte que todo o mundo conhece mesmo sem visitar São Francisco

Cartão postal da Califórnia, com vista para a baía de mesmo nome, a bela São Francisco é uma cidade abençoada por ícones turísticos. Há os seus elétricos antigos, a ilha de Alcatraz com a sua prisão e as suas fugas de cinema, as suas ruas e colinas de encostas impossíveis por onde segue passando o Mustang verde de Steve McQueen, as suas charmosas e caríssimas casas vitorianas, as mais autênticas do mundo e, acima de tudo, a imagem da Ponte Golden Gate. 

 

É claro que existem outras pontes mais bonitas, mais importantes e mais históricas no mundo– desde a Ponte Vecchio em Florença, na Itália, até à Torre de Londres, na Inglaterra – mas, certamente, nenhuma outra – nem mesmo a do Brooklyn, em Nova York, – é tão icônica e cinematográfica como a Golden Gate. 

 

História da Ponte Golden Gate

A história da Ponte Golden Gate começa no primeiro terço do século 20. Ainda faltava muito tempo para que São Francisco se tornasse a capital tecnológica do mundo – vale lembrar que empresas como Twitter, Airbnb ou Linkedin têm sede na cidade, além daquelas localizadas no vizinho Vale do Silício, como Apple e Meta – mas Frisco, a cidade da corrida do ouro, já era próspera naqueles anos e embarcou no frenesi que se seguiu ao colapso da crise de 1929.

 

A população das cidades da baía de São Francisco crescia visivelmente no calor dos empregos que os estaleiros, o exército ou a indústria automobilística precisavam, e o tráfego rodoviário era simplesmente infernal: era essencial uma nova ponte que ligasse as duas margens norte da baía.

 

Assim, em 1937 foi inaugurada a Golden Gate, com celebrações que incluíram corridas de carrinhos de bebê e shows aéreos. Quase noventa anos depois, os números dessa ponte ainda impressionam. 

 

Caraterísticas da Golden Gate 

Os 2.737 metros de comprimento e os 227 metros de altura das duas torres sobre as quais está suspensa a Golden Gate fizeram dela, até 1964, a ponte suspensa mais alta e longa do mundo. 

 

Sua bitola mede 67 metros, para que navios possam passar por baixo dela; e os dois cabos de aço que sustentam as torres, compostos por mais de 27,5 mil cabos da espessura de um lápis, pesam cada um cerca de 12 mil toneladas. Em 2022, mais de 100 mil veículos circularam pelas suas seis faixas. 

 

A Ponte Golden Gate leva o nome do estreito que separa a baía do Oceano Pacífico. Ela liga São Francisco a Sausalito, uma cidade pequena e bucólica, famosa por ter uma das maiores rendas per capita dos Estados Unidos. 

 

Conservação 

A Baía de São Francisco sofre com o clima dada a sua localização. A neblina é uma constante e o oceano Pacífico, em vez de enferrujar, corrói o aço da Golden Gate. Para evitar a ferrugem e protegê-la da humidade, a ponte foi pintada com urgência na cor “laranja internacional”, em uma mixagem única.

 

Um café com a melhor vista

O marketing e a cultura popular transcendem o brilho arquitetônico ou a funcionalidade da Golden Gate e isso faz dela, tal como a Torre Eiffel ou o Taj Mahal, um destino turístico em si. 

 

Sendo a pandemia agora uma memória mais ou menos distante, as filas no seu centro de visitantes estão regressando, os preços das canecas e t-shirts com a sua efígie estão subindo e os negócios de aluguel de bicicletas estão crescendo. 

 

Portanto, visitar a Golden Gate é uma obrigação em qualquer viagem – não só a São Francisco, mas à Costa Oeste Americana. Atravessá-la a pé ou de bicicleta, ou contemplar a sua paisagem enquanto degusta um café a seus pés, são experiências de viagem inesquecíveis.