Modo debug ativado. Para desativar, remova o parâmetro nvgoDebug da URL.

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote
Você está em:
/
/
Entretenimento

Notícia

Terceiro filme da história da Alfaiataria Kingsman traz espionagem em meio à guerra

Por Amanda Navarro

Terceiro filme da história da Alfaiataria Kingsman traz espionagem em meio à guerra
Foto: Divulgação

Desde que o primeiro filme de Kingsman: Serviço Secreto de 2014 chegou às telonas, conquistou o público com sua abordagem de elementos históricos com fictícios, deixando momentos  memoráveis até para aqueles que não assistiram reconhecem um dos trechos do filme. O longa tem direção de Matthew Vaughn e roteiro de Mark Millar, Dave Gibbons, e Jane Goldman.

 

Nos dois primeiros filmes – Kingsman: Serviço Secreto (2014) e Kingsman: O Círculo Dourado (2017) –, a história se passa ao redor do personagem Eggsy Unwin (Taron Egerton), um jovem delinquente que é convocado por Harry Hart (Colin Firth) a participar de uma organização secreta - como um pagamento pela dívida que teve com o pai de Eggsy. Assim, ele poderia utilizar seus talentos em prol da nação ao invés do crime. E a convocação era urgente, pois Valentine (Samuel L. Jackson), um empresário de telecomunicações, tem como plano maquiavélico fazer uma limpa no mundo através de uma “seleção natural”, envolvendo elementos que já foram boatos conspiratórios na vida real, como o chip da besta e controle mental das massas.

 

Ele surpreende com as cenas explícitas e bem elaboradas de luta com objetos inesperados como a bengala, que relembra muito a franquia de John Wick, mas trazendo consigo sua própria dinâmica de câmera, menos panorâmica com a exploração de outros planos que também encontramos no filme  Atômica (2017).

 

 Kingsman: O Círculo Dourado (2017) mantém o mesmo estilo, trazendo vilões “fantasiosos” com objetivos de ameaça mundial, com armas nucleares, continuando a contar as aventuras de Eggsy para salvar o mundo. Porém, diferente do primeiro, que não foi tão bem avaliado e deixou passar para algo exagerado e surrealista, eles conseguiram fechar o filme “bem”, apesar de alguns pontos soltos.

 

Com o anúncio do terceiro filme, King's Man: A Origem (2021), esperava-se a continuação com o protagonismo de Eggsy, o que não aconteceu. A história dessa vez conta como surgiu a alfaiataria Kingsman - um prequel - com o Orlando Oxford (Ralph Fiennes) como protagonista, trazendo elementos históricos como a Guerra dos Bôeres (1899 a 1902)  e a Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918), e como esses conflitos influenciaram na criação da agência que nos filmes anteriores é apenas citado por altos sobre quem foram os criadores e qual a história por trás da Cruz Vermelha.

 

O Duque de Oxford (Ralph Fiennes), junto com Polly (Gemma Arterton), Shola (Djimon Hounsou) e Conrad Oxford (Harris Dickinson), tenta deter criminosos de guerras e possíveis ameaças para acabar com a Primeira Guerra Mundial. E, durante esses eventos, acompanha-se assim como nas sequências anteriores cenas de luta, algumas mais caricatas que outra, com uma trilha de fundo marcante. Mas dessa vez a filmagem se manteve panorâmica apenas em alguns momentos, enquanto trazia à tona outros ângulos, uma performance cativante que faz telespectador querer se aproximar da tela e observar meticulosamente a forma como os eventos se desencadearam. Sem contar em como usaram e abusaram da linha do tempo e da tecnologia sem ultrapassar como nos primeiros filmes, com objetos "futuristas" improváveis, mesmo que em alguns momentos eles tenham conseguido tornar fatos históricos importantes situações “toscas e irrelevantes”.

 

É o filme mais maduro da trilogia, até mesmo com o antagonista, que trouxe consigo um charme único e discreto, pois nos primeiros filmes deixaram a desejar no quesito real. Já o King's Man: A Origem deixou um gostinho de quero mais. Posso dizer que ele tem uma grande mudança estética e elementos mais contextualizados do que outros, com eventos que conseguiram mesclar com a história sem deixar a pegada fictícia de lado. Sem contar que apesar de seguir uma história que começa por volta de 1902, ela consegue elencar os elementos com os dois filmes anteriores e atiçar uma curiosidade que não se tinha antes, como por exemplo o principal local da trama, que gira em torno dos três  filmes, e que é justificado e deixa qualquer um arrepiado do que tudo aquilo significava.

 

E para os fãs dessa produção o encerramento desse capítulo conseguiu deixar sua marca, não fugiu nem prometeu um “mais”, manteve um pouco da sua estrutura inicial, com uma proposta mais prática e ousou em alguns momentos que talvez venham a surpreender outros através das telas.