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De volta, Chicafé acredita em fórmula do sertanejo para reverter quadro do Axé

Por Júnior Moreira Bordalo

De volta, Chicafé acredita em fórmula do sertanejo para reverter quadro do Axé
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Já está mais do que repetitivo dizer que o momento atual da música brasileira não é favorável ao Axé. O estilo musical que dominou as paradas de sucesso até o início dos anos 2000 vive uma baixa tanto em vendas e números quanto no surgimento de nomes fortes no cenário nacional, como aconteceu com Ivete Sangalo, Claudia Leitte e Daniela Mercury tempos atrás. Contudo, tais dificuldades não foram suficientes para barrar o desejo da banda Chicafé. Parada há três anos, o conjunto está de volta e com o baiano Dino nos vocais. “Fui convidado para ser cantor e hoje sou dono 100% da Chicafé. As coisas foram rolando. Quando fui chamado, me ofereceram 50%. No meio do processo, perguntei se eles não queriam me vender a outra parte e rolou”, explicou. O artista está “organizando” a banda há cinco meses.

 

Dino tem consciência que quem comanda as paradas atualmente é o funk e o sertanejo e inspira-se nesse último para tentar fazer a coisa acontecer novamente por aqui. “Na crise é onde rola as grandes oportunidades. Vejo o Axé em um momento de transição. Os artistas envelheceram muito, tipo Bell, Durval etc. Acho que agora eles têm que fazer o que o sertanejo faz. Acho que Bell, por exemplo, deveria ter umas 30 bandas, como Leonardo tem”, pontua e completa: “Sou um cara que levanta muito a bandeira da Axé Music. A gente não pode jamais deixar esse ritmo morrer”.

 

Para isso, ele acredita que o fato de ser também empresário pode trazer o diferencial em como gerir a carreira. “A tendência de vários artistas é serem artistas e empresários. Hoje, temos parceiros de vendas de shows no Brasil inteiro. Acho melhor gerindo essa carreira, pois sei lidar com os músicos. Os antigos empresários têm cabeças muito fechadas para os músicos e sem eles não somos nada. Sei tudo que eles querem e precisam”, garantiu. Além disso, a banda pretende apostar no meio digital para atrair o público cada vez mais jovem. “Vamos lançar nosso canal. Acho que a maior força do mundo chama-se internet”.

 

Questionado se essa baixa não seria um reflexo da falta de interesse justamente do público, ele discordou. “A gente faz muito shows pelo interior da Bahia e quando chega o Axé é uma loucura. Quem levanta o povo é a gente. Tive com Ivete há um ano e ela disse: 'Dino, Mainha, faz show com sertanejo o ano todo, mas quando Mainha entra quem levanta a onda é o Axézão. A gente precisa de mais evidência, mostrar mais a cara”, opinou. Em seguida, resumiu esse momento como uma “transição”.

 

Chicafé surgiu em 1996 formada por Sérgio Fernandes, Gilson Neto, Juliano Serravale, Rafael Silva, Pitt e Kwin, mas até hoje é conhecida por ter sido o pontapé inicial da carreira de Saulo Fernandes. Tal fato, inclusive, não incomoda Dina. “Saulo é um grande artista, sou grande fã. Faz parte da nova geração. Ele me disse: 'Dino, o lance é a gente beber na fonte. Não precisa viajar demais'. A nossa essência é a percussão. Eu tenho o lance mais de rock, gosto de reggae, mas sempre fazendo essa mistura com o axé”, ponderou. Neste verão, a Chicafé irá comandar quinzenalmente seus ensaios de verão na Mahi Mahi, Corredor da Vitória. O primeiro acontece neste sábado (15). Os ingressos custam R$ 40. Quanto ao Carnaval de Salvador, eles se possuem datas fechadas na quinta, sexta e sábado.