Apesar de não se posicionar politicamente, Ivete já participou de movimento anti-Lula

Com a polarização entre os "#EleSim" e os "EleNão", que tomou conta do Brasil durante toda a disputa eleitoral deste ano, Ivete Sangalo foi uma das artistas mais cobradas para se posicionar, principalmente por ter grande parcela do seu público formada pelos LGBTs, faixa da sociedade que se sentiu ameaçada pelos posicionamentos do presidente eleito Jair Bolsonaro.

Contudo, nesta semana, Ivete falou pela primeira vez sobre sua decisão de não se manifestar. "A minha posição não foi estabelecida diante dessa eleição especificamente. Tenho essa postura desde o começo da minha carreira. Foi uma eleição tensa, muito dividida e muito conduzida pelo ódio. Política fazemos todos os dias. Exercitamos o nosso poder de transformação no nosso caminho. Não falar sobre o momento, acredite, foi a parte mais difícil", disse em entrevista ao jornal Commercio. Segundo ela, foi o raciocínio adequado para seguir com "sua postura de sempre" (veja aqui). 

Entretanto, em 2007, Ivete ilustrou e participou do "Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros”, que ficou conhecido como "Cansei", ao lado de Regina Duarte e as apresentadoras Ana Maria Braga e Hebe Camargo. Surgido logo após o acidente com o voo 3054 da TAM - em que toda a tripulação morreu - a ideia surgiu para protestar contra o "caos aéreo", "a corrupção" e "a falta de segurança", mas ficou identificado como uma expressão do antilulismo por parte de setores da elite brasileira. Inclusive, Jesus Sangalo, irmão da baiana e que na época ainda trabalhava com ela, era um dos idealizadores. O movimento teve apoio de diversas entidades, como a Ordem dos Advogados do Brasil.