Leo Dias diz que decidiu ir para reabilitação após 'choque' com atitude de Silvio Santos

O jornalista Leo Dias vai se internar em uma clínica de reabilitação mais uma vez. Viciado em cocaína, o apresentador do "Fofocalizando" vai se submeter a terapia de ibogaína, método agressivo que chama de “tratamento revolucionário”. Sua motivação para tentar a nova reabilitação foi ninguém mais, ninguém menos que Silvio Santos, também apresentador e dono do SBT.

"Chegou aos meus ouvidos que alguns diretores do SBT cogitaram me demitir, mas Silvio Santos não deixou. Ele disse: 'Não vou demitir o rapaz. Primeiro porque ele é bom. Segundo porque ele está doente'", relatou Dias em entrevista ao portal Notícias da TV. O fato de que sua demissão era avaliada por chefes da emissora vinha sendo repercutido na mídia. "Fui poupado da demissão porque Silvio Santos tem ciência de que estou doente. Isso me deu um choque", acrescentou o jornalista.

Dias integra o quadro de apresentadores do "Fofocalizando" e é o maior responsável por noticiar "furos" sobre a vida das celebridades na atração. Além de estar no ar no SBT, o jornalista também mantém uma coluna no jornal O Dia e participa de um quadro na Rádio Mix.

Sua relação com a cocaína teve início em 2001, quando ele morou na Austrália. Em entrevista a Veja Rio, em maio deste ano, ele revelou a dependência química e chegou a dizer que por tempos a droga foi sua melhor companhia. No passado, o jornalista também já se internou em uma clínica especializada em compulsões e frequentada por famosos, no Rio de Janeiro, mas não aprovou o tratamento. "Não senti nada, me senti um presidiário", contou.

Segundo o próprio Leo Dias, seu vício piorou depois que ele trocou a RedeTV pelo SBT e passou a se dedicar à biografia da cantora Anitta, que tem previsão de ser lançada em dezembro. "Eu vi minha vida mudar muito nos últimos dois anos. Virei alvo, foco, vidraça. Todos os meus problemas ficaram à mostra, além das minhas faltas".

Por isso, ele agora vai recorrer à terapia da ibogaína, em uma clínica no interior de São Paulo. Usada no tratamento contra depressão, picada de cobra, impotência e até Aids, a substância estimula a produção de hormônio que promove a regeneração do tecido nervoso e estimula a criação de conexões neuronais. Como consequência, isso gera a produção de serotonina e dopamina, eliminando a fissura pela droga.

Usuários desse tratamento chegam a sofrer alucinações por até 12 horas, mas Leo Dias garante estar ciente de que pessoas morreram em decorrência do método — a publicação aponta que 20 mortes foram registradas no mundo e uma no Brasil. "Já me senti tantas vezes à beira da morte. Vai ser mais uma", avaliou. "Na verdade, estou cagando de medo. Não de morrer, mas de meu cérebro. Minha grande virtude é meu cérebro, sou um jornalista muito rápido. Morro de medo de sair zoado", ponderou, acrescentando que importou a substância de maneira legal, com autorização do Ministério da Saúde.

Para a primeira semana de tratamento, o colunista vai pagar R$ 8,5 mil. Mas uma segunda internação pode ser necessária daqui a alguns meses.