Jéssica Dantas fala da carreira de digital influencer: ‘Quando cheguei, era tudo mato’
por Pascoal de Oliveira

Influenciadora digital foi a carreira que a blogueira Jéssica Dantas escolheu para seguir. A profissão “moderninha”, que vem atraindo milhares de pessoas com o aumento de internautas nas redes sociais, surgiu na vida de Jéssica há cerca de 7 anos com o “Fala Dantas”. “Quando eu comecei, era tudo mato [risos]. As blogueiras maiores eram todas do Sudeste e tinha aquele estereótipo de que você só cresce se for para o Sudeste. Quando eu e as outras começamos aqui em Salvador era um trabalho de migalhinhas. Tinham pouquíssimas blogueiras na época e poucas continuaram”. A produtora de conteúdo, que estagiava em um laboratório de petroquímica no município de Lauro de Freitas, está, aos poucos, conquistando mais que as telas dos celulares e notebooks. Em 2017, ela participou de uma propaganda do Shopping Bela Vista para a TV e, recentemente, participou do clipe da música “Romance Com Safadeza”, parceria de Wesley Safadão e Anitta (veja aqui). “Foi uma participação pequena, mas, para mim, foi ‘a’ participação, porque é um clipe nacional com a Anitta, que é uma artista que eu acompanho e um exemplo de mulher que é dona da própria carreira. O público também se identifica muito quando te vê em outras redes fora da internet”, contou.
O blog "Fala Dantas" foi criado em 2010 e o canal no Youtube em 2011. Desde então, seus seguidores mudaram: se no início ela chamava a atenção de jovens entre 15 e 18 anos, hoje expandiu a idade atingida por seus vídeos. “Meu público é basicamente pessoas de 18 a 35 anos, e 90% são mulheres. É um público que gosta de dicas práticas, do dia a dia, de moda e lifestyle. Meu foco sempre foi Salvador. Eu sempre assistia muitas blogueiras do Sudeste e via que dicas de moda são bacanas, mas muito difíceis de serem reproduzidas em Salvador. Então eu trouxe o que eu via de outros estados para a realidade de Salvador, como maquiagem para durar no calor, como arrumar o cabelo em um dia que choveu, como cuidar do cabelo na praia... 47% do meu público é de Salvador”. Apesar de não ter esperado pelo crescimento acelerado, ela acredita que os frutos que colhe e ainda espera obter são produto de um esforço contínuo. “Não foi tanta surpresa porque eu trabalhei para isso, para ser reconhecida em Salvador e ser referência também no Nordeste, e só então despontar para o nacional”, explicou a youtuber. Ainda de acordo com a personalidade, existe um estigma que circula na mentalidade das pessoas de outros estados. “Acham que em Salvador não tem mídia. As pessoas têm a ideia de que Salvador não é um polo de digital influencers, mas aqui tem muitos, de todos os nichos que você imaginar. O nacional ainda não enxergou isso”, completou.
Foto: Reprodução / Instagram
Com a grande quantidade de looks que exibe e dos “mimos” que Jéssica recebe, é comum que as pessoas achem que ela e outros influenciadores não precisem mais comprar roupas e sapatos para lotar o guarda-roupas. Porém, a loira garante que isso não acontece: “Queria que fosse [assim]. Nós recebemos muitas coisas e eu evito comprar demais porque tenho pânico de coisa acumulada. Todo mês eu faço a limpa para a doação e final do ano quero fazer novamente um bazar beneficente. [...] As pessoas acham que a gente paga as coisas com press kit [conjunto de materiais de divulgação], mas não. A gente recebe, é uma forma de trabalho também. Compramos bem menos, mas compramos”.
Contudo, Jéssica relata que há um impacto mais forte do que curtidas, comentários e compartilhamentos. Ela confessou que sempre teve vergonha de usar algumas peças por ser magra, mas depois decidiu usar roupas que mostravam mais do seu corpo e utilizar suas redes para falar do assunto. O resultado? Recebeu mensagens de seguidoras dizendo que estavam se identificando com a sua atitude. “Eu também tinha esse problema, mas agora que vi você usando vou comprar uma dessa e vou usar. Vou pegar aquela roupa que nunca mais vesti porque eu achei que não podia e vou usar”. Para ela, essa é a melhor parte do seu trabalho. “Uma coisa que, para mim, era um problema, acabou se multiplicando como um empoderamento para outras mulheres”, avaliou.
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