Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote
Você está em:
/
/
Entretenimento

Notícia

Cyria Coentro diz que ser nordestina não dificultou trajetória: 'Nunca sofri preconceito'

Por Pascoal de Oliveira

Cyria Coentro diz que ser nordestina não dificultou trajetória: 'Nunca sofri preconceito'
Foto: Reprodução / Nossa Janela

Em uma conversa que passeou por temas como vida pessoal, histórico profissional e representatividade nordestina em narrativas televisivas, a baiana Cyria Coentro mostrou ser uma mulher de opiniões firmes. Cyria começou a atuar em 1988, em Salvador, com o grupo “Los Catedrásticos” – formado por ela, Jackson Costa, Maria Menezes e Ricardo Bittencourt. Desde então, sua trajetória como atriz se ascendeu a nível nacional. Primeiro na novela “Renascer”, em 1993, seguida de produtos audiovisuais em horários importantes da TV Globo, como “O Rei do Gado” (1997), “Viver a Vida” (2009) e “Velho Chico” (2016). Com uma carreira de três décadas, a atriz ainda possui uma meta: fazer uma vilã. “Tenho bastante vontade. Vilãs são personagens complexas, ricas e com características fortes”. Aliada à sua vontade de interpretar uma antagonista, ela diz que tem facilidade em fazer papéis mais dramáticos. “Eu gosto dos extremos. Na cena, eu consigo dar uma carga dramática de uma maneira mais visceral, mais realista e naturalista. Eu também choro com muita facilidade”. Recentemente, algumas atrizes e atores vêm se posicionando contra a quantidade de artistas baianos em telenovelas da Globo (entenda aqui). Eles argumentam que o elenco baiano não serve, apenas, para papéis secundários, principalmente quando as gravações ocorrem na Bahia e buscam retratar parte da vida dos moradores. Sobre o assunto, Cyria disse que “não pode opinar” porque isso “seria uma outra praia e ela não é produtora”. Para ela, a organização por trás de um registro audiovisual “foca no perfil [dos profissionais] e não no local”. A respeito da sua experiência nos bastidores do Sudeste, ela garante que não passou por nenhuma opressão por ser nordestina. “Me vi em uma situação privilegiada. Tinha sempre uma vantagem porque sempre encarei dessa forma. ‘É baiana, então, é talentosa, é generosa’. Representei pelas características positivas, nunca sofri preconceito”. 

Foto: Reprodução / Instagram

A soteropolitana já trabalhou na “tríade” das esferas de atuação: teatro, cinema e novelas. Mas, mesmo com possíveis saudades que alguns personagens poderiam deixar, Cyria parece olhar mais para o futuro do que para as lembranças: “não tenho saudades de personagens. [O que] Passou, passou. Viver de saudade é adoecer”. Atualmente, a artista espera o filme “O Avental Rosa” ser lançado. No longa-metragem, ela atua como a protagonista Alice, uma dedicada cuidadora de pacientes terminais. O filme, de Jayme Monjardim, foi escrito pensando em Cyria para o papel. “Um presente. Não tem como não ver isso como um presente. A gente tem uma parceria muito fluída [...] Não me senti pressionada, nem com uma grande responsabilidade”, descreveu a atriz.  Além disso, ela participou da peça “Animal”, de Celso Nunes, em Salvador, na qual fez o monólogo de uma professora que busca repensar as relações de ensino (veja aqui). Na explicação dada por Cyria, ela diz que seu papel tratou de expor a “tragédia educacional”. “A educação não é prioridade no nosso país. Os professores não recebem o que deveriam receber, os alunos não têm o respeito que merecem ter [...] estão todos abandonados”.