Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote
Você está em:
/
/
Entretenimento

Notícia

Baianas respondem: Qual foi a conquista que marcou a luta das mulheres no último ano?

Por Júnior Moreira / Pascoal de Oliveira

Baianas respondem: Qual foi a conquista que marcou a luta das mulheres no último ano?
Montagem: Bahia Notícias

“Ser mulher é lidar o tempo todo com linhas tênues. É a tentativa diária de se equilibrar entre a independência e a intimidação. É quase nunca saber se a abordagem de um homem tem algum interesse além daquele que ele diz ter. É ter sua competência medida na relação (des)proporcional de sua aparência física. É acelerar o passo numa rua escura e pouco movimentada, mas, ainda assim, ter vontade de explorar a noite, as ruas, as curvas. É ter de ouvir os homens dizendo como você deve se sentir, vestir e agir. Mas é, ao mesmo tempo, dizer não a isso e saber que só cada uma sabe o que se passa dentro de si”. Esta é uma fala da jornalista Mariana Queiroz Barboza, que foi publicada pela IstoÉ em 2016, mas que conversa e conserva os desafios delas serem quem são na atualidade. No mês em que as pautas dos universos femininos ganham mais força e espaço, ouví-las com toda atenção é mais que fundamental, é humano. Nos últimos anos, o debate sobre feminismo alcançou as mesas de jantar de muitos brasileiros. Na TV, jornal, internet, teatro, cinema e, principalmente, no boca-a-boca as falas “ter o direito de ser quem quiser”, “não é não”, “empoderamento” e “sororidade” são repetidas com frequência. E devem ser ecoadas. Direitos iguais é a base deste movimento. Contudo, apesar das conquistas, essa totalidade ainda está longe. Sendo assim, o Bahia Notícias procurou diversas artistas e comunicadoras da Bahia com a seguinte pergunta: “Na sua opinião, qual foi a conquista que marcou a luta das mulheres no último ano?”. Confira as respostas:

 

Foto: André Carvalho / Ag Haack / Bahia Notícias

 

Margareth Menezes, cantora

A mulher vem aos poucos construindo seu espaço no que diz respeito a luta por direitos iguais e respeito da figura feminina. Acho que 2017 foi o ano que marcou mais um passo em direção ao combate da violência contra a mulher. Tem um filósofo que diz: “Quer saber quanto uma sociedade é doente? Observe como ela trata o feminino”. O lugar que representa o feminino é o lugar do equilíbrio, da harmonia, do cuidado, da observação profunda das coisas da vida. O lugar da coragem e do poder da maternidade. Ser mulher é se renovar a casa ciclo da lua, ser de casa e ser da rua, florescer até o mundo compreender que “Lugar de mulher é onde ela quiser”.

 

Foto: Reprodução / Twitter

 

Patrícia Abreu, apresentadora da TV Itapoan

Não foi só no ano que se passou. Isso tem acontecido nos últimos anos, de fato. A mulher tem se posicionado com mais firmeza em todos os setores da nossa sociedade. Algo que eu destacaria, mais recentemente, é a coragem de denunciar. Não importa a esfera, os envolvidos e/ou a causa. Tenho percebido a mulher mais destemida e desprendida de algumas amarras que nos travavam no passado. Nossa segurança, qualidade de vida e respeito têm tido, cada vez mais, essa vigilância e exposição partindo de nós mesmas. Ainda tem gente que se esconde dentro de si própria - e sofre por isso -, mas esse número tem se tornado cada vez menor e eu fico muito feliz com esse avanço.

 

Foto: Reprodução / Instagram

 

Rita Batista, jornalista

O direito de contestar tudo o que disseram que era coisa de mulher, que era próprio da gente. O direito de não ser essa mulher que as pessoas querem que a gente seja. Acho que esta é a principal conquista. Legítimo ser o que quiser ser. Sem obedecer nada do que a sociedade misógina, machista e heteronormativa nos impôs ao longo dos séculos.

 

Foto: Reprodução / Nossa Janela

 

Cyria Coentro, atriz

Penso que a coragem é a maior conquista desses, no mínimo, últimos dez anos, de maneira mais contundente. A coragem de dar limites, de exigir respeito, de se valorizar. Essa é a força motriz que gera todo o movimento.

 

Foto: Renata Farias / Bahia Notícias

 

Ju Moraes, cantora

Sem dúvida, a união entre as mulheres. Vivemos uma fase onde só é possível vencer em grupo. Ninguém faz nada sozinha. A luta é de todas e tudo que ganharmos a partir disso é vitória do coletivo, mas ainda estamos muito distantes do ideal.

 

Foto: Reprodução / Instagram

 

Alana Rocha, repórter da TV Aratu

Para mim o que marcou a luta feminina em 2017 foi o empoderamento da mulher, cada vez mais lutando pelos seus direitos, assumindo posições na sociedade de destaque. Que cada mulher nesse mundo alcance seus ideais e conquistas.

 

Foto: Reprodução / Instagram

 

Ju Paiva, dançarina da FitDance

A luta que mais me marcou durante toda a história da minha vida foi o respeito que os bailarinos, principalmente nós mulheres, adquirimos com o tempo. As mulheres que viviam de dança eram tidas como desocupadas. Para muitas pessoas, bailarinas não prestavam. Hoje, já conseguimos ver um cenário um pouco diferente. A dança já está sendo vista como profissão e as bailarinas valorizadas como profissionais. Nos últimos 12 meses, isso tem se tornado cada vez mais evidente para as pessoas. Morro de orgulho disso. Isso me faz cada dia mais feliz.

 

Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

 

Mari Antunes, cantora

A ação "mexeu com uma mexeu com todas", que apresentou as mulheres mais unidas. Foi uma ação de rede social que teve muito efeito, e reforçou a união feminina.