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‘Prometi sempre fazer as pessoas lembrarem quem foi o Cristiano’, revela Felipe Araújo

Por Júnior Moreira

‘Prometi sempre fazer as pessoas lembrarem quem foi o Cristiano’, revela Felipe Araújo
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

O cantor Felipe Araújo está animado para aterrissar pela primeira vez com seu show em Salvador. O artista irá comandar no próximo domingo (25), Área Verde do Othon, a partir das 15 horas, a inédita edição do evento “Amigos do Araújo”, que nesta tarde contará com a participação dos amigos Thiago Brava – dono do hit “Dona Maria” - Pedrinho Pegação, Ranniery e Breno e Caio César. “Estou muito feliz. É como se fosse a realização de um sonho mesmo. Todos os artistas sempre falam que é mágico tocar aqui, que são recebidos com muito carinho e tenho certeza que vamos quebrar tudo”, aposta o músico ao Bahia Notícias. Fã declarado de Léo Santana, Ivete Sangalo e Claudia Leitte, ele vem se firmando no cenário musical com grandes singles e parcerias. Seu primeiro DVD, por exemplo, contou com a participação de Jorge e Mateus, Zezé di Camargo e Luciano, Leonardo, Simone e Simaria e Henrique e Juliano. “São grandes ídolos para mim. Cresci ouvindo Zezé, Luciano, Leandro e Leonardo. Sou fã há muito tempo de Jorge e Mateus, do Henrique e Juliano e Simone e Simaria. Graças a Deus são grandes amigos e toparam cantar comigo. O resultado ficou muito melhor do que esperava. Foi um DVD que por durante 2 anos não gravamos nada, pois tínhamos que trabalhar as músicas. Um tempo muito bom. Estamos felizes com isso”, completa.

 

Nos últimos meses, com o sucesso do produto audiovisual, ele emplacou canções como “A Mala é Falsa” e “Amor da sua Cama”, sendo que a última figurou entre as 10 mais executadas do Brasil durante o Carnaval deste ano, no Spotify. “É uma música que tá tocando muito. Ficou três meses entre as mais do Brasil. Os números são incríveis. Não imaginava que seria tão forte, que as pessoas iriam se identificar tanto com a história. A felicidade é dupla, pois sou o compositor. É como um pai orgulhoso do filho”, brinca. Porém, durante o papo, revelou ser um desafio popularizar músicas que fogem da lógica do que boa parte dos brasileiros estão ouvindo no momento. Em outras palavras, apresentar letras que não se baseiem em “sarradas”, “bundas”, “rebolar” etc. “É mais difícil, mas tem a ver comigo, sabe? As pessoas estão muito focadas em músicas de balada. Tem muita coisa parecida e as canções de amor, românticas, se eternizam, duram anos e têm conteúdo. É desafiador pensar em faixas que toquem o coração das pessoas”, frisou.  Contudo, reconheceu o trabalho dos colegas que optam por esse segmento. “O Funk é muito forte no digital. Preciso saber o que esses caras fazem para conseguir”, admitiu os risos.

 

Entretanto, se atualmente colhe os frutos de sua carreira solo, no início teve que lidar com duas dores: a morte de Cristiano Araújo, em 2015, ao lado da namorada, Allana Morais, e o julgamento de muitas pessoas, que o criticaram por estar na mesma carreira do irmão. “Tinha consciência do que estava fazendo. Já lutava pelo sonho há 4 anos quando tudo aconteceu. É muito louco. Esses dias, postei uma foto com minha namorada e comentaram assim: ‘Até nisso ele tá querendo imitar o irmão’. A pessoa dizia que estava tentando imitar o Cristiano porque namoro, sabe?”, relembra decepcionado. Na conversa, foi mencionado o desabafo da cantora Maria Rita que, em entrevistas, chegou a confessar não conseguir cantar músicas da mãe, Elis Regina, por conta dos julgamentos e ele se sentiu contemplado. “As pessoas têm a maldade de falar que se uma artista como a Maria Rita faz uma homenagem para a Elis Regina, ela está querendo aproveitar da situação. A filha não pode fazer homenagem para a mãe? Tenho certeza que ela pensa da mesma forma que eu”, explanou e admitiu: “Hoje, faço um pedaço do show para ele, com duas, três músicas, pois prometi sempre fazer as pessoas lembrarem quem foi o Cristiano, mas claro que respeitando a minha história”.  

Quase três anos após o acidente, Felipe diz que o irmão segue muito presente em sua vida. “Lembro de tudo que a gente passou, tento me acostumar com a saudade, recordando dos momentos felizes. Às vezes, estou conversando com aqui e você faz algo que me lembra, que me remete a ele. Fico o dia todo assim. É muito forte”, explicou. Porém, admitiu que evita falar do irmão por conta das interpretações que podem surgir. “Às vezes, estou dando entrevistas e as pessoas acham que induzo a perguntar dele. E não é. Por isso, tento me afastar ao máximo, fazer minha história e respeitar a dele para que não falem besteira”, sinaliza. Para os próximos meses, Felipe Araújo promete surpresas aos fãs. O artista irá gravar um projeto mais intimista. “Acho muito bacana quando a música está em primeiro foco no DVD. Não tem aquela coisa grandiosa, mas a música tá ali. As canções estão incríveis e a galera vai gostar”. Por fim, confessou que sua maior felicidade enquanto músico é “fazer com que as pessoas se identifiquem com o meu som". "Quando ouço uma música que toca meu coração é uma sensação tão incrível que quero passar isso para as pessoas. É o meu objetivo principal". Além de Felipe e seus convidados, sobem ao palco neste domingo as bandas Papazoni e Forró do Tico.