Rafael Cortez fala do 'CQC' e da sexualidade: 'Quando tive dúvida, experimentei'
por Júnior Moreira Bordalo

O humorista, ator e cantor Rafael Cortez foi o convidado da Live do Bahia Notícias desta quarta-feira (13). No papo, o artista relembrou o início da carreira, sua passagem pelo extinto programa "CQC", da Band, explicou como anda sua relação com os membros da equipe e assumiu que dificilmente a atração daria certo nos tempos atuais. "Seria uma encrenca grande. Não falo de censura, a gente não iria conseguir mesmo. Hoje a gente não seria credenciado para boa parte dos eventos políticos, por mais que o Bolsonaro goste de comédia", apontou.
"Tenho certeza que não daria certo por conta da mudança de comportamento do nosso público. O 'CQC' era um programa incorreto. Era super machista, eram sete caras no começo com várias piadinhas de 'gostosas'. Era o humor da 5ª série B, o Brasil estava se despedindo do politicamente incorreto. O 'CQC' foi a despedida formal do politicamente incorreto. Foi a última vez que você viu em TV aberta um reflexo do Brasil que não existe mais", explicou.
Em um momento mais intimista, conversou sobre o que pensa de depressão e a melancolia que o envolve. Além disso, abordou o tema da "masculidade tóxica". "Sou um cara de sexualidade muito bem resolvida. Sou heterossexual e ponto. Muita gente não acha que eu seja, sempre fui o repórter gay do 'CQC', ainda que nunca tivesse sido e se fosse seria maravilhoso. Tive a época da vida de experimentar, dar valor as minhas curiosidades. Quando tive dúvida, fui lá e experimentei. Não me tornei nem bi nem homossexual. Acho que a sexualidade de cada um pertence a cada um", protestou.
Além disso, o artista estreia no próximo domingo (17) o "Antivírus, o show", um stand-uo abordando apenas os aspectos curiosos e divertidos da quarentena. A ideia não é tratar de temas delicados causados pela Covid-19, como mortes, fomes, crises, desempregos etc. Assista:
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Ildázio Jr.
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Ildazio Jr.: E agora José?
Incrível como ficou muito mais fácil falar que não teremos carnaval em 2022 do que quando falei aqui em minha coluna no BN, em março de 2020, que não teríamos em 2021 e fui atacado a valer! E olha, não teremos carnaval em 2022 e quase nada de eventos e entretenimento por todo 2021, principalmente porque esta guerra política em torno da nossa única salvação, que é a vacina para todos, está longe de acabar – aliás, está ainda mais longe delas chegarem e nós todos sermos imunizados!
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Ildazio Jr.: Um entretenimento órfão
Em fevereiro agora fará um ano que aconteceu o último momento do grande entretenimento baiano, o carnaval! Em uma breve retrospectiva, de lá para cá foi um tal de Cestas básicas, campanhas de arrecadações, inúmeras demissões, empresas fechadas, estruturas empoeirando, novos motoristas de aplicativos, vendedores de máscara, álcool gel, pizza brotinho... Uns voltaram para o interior, outros tiraram os filhos da escola, uns colaram nos malas triplos diamantes do marketing de rede, outros levaram os cases para a porta da Basílica do Senhor do Bomfim. Vieram as lives (que até já meio que saíram de moda) e, claro, profundas insatisfações por parte dos empresários e empreendedores até que bem compreensíveis – pois quem emprega, paga impostos e movimenta o mercado está impossibilitado totalmente de trabalhar, sem um planejamento por parte do estado. Mas, em paralelo, o pau canta na informalidade das grandes festas de paredão, dos metrôs lotados, sem falar dos comícios e imensas aglomerações na recente campanha política. Enfim... Ao que parece ninguém nesse país entendeu que a falta de educação e respeito às regras no aglomerar diário, mostrados pelos veículos de comunicação, é que está matando muito, e não quem vive de entretenimento. Segue o baile!

Luis Ganem
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Luis Ganem: Quem ouve axé no paredão?
Há poucos dias o Bahia Notícias e outros veículos noticiaram que Claudia Leitte e Ivete Sangalo fariam, juntas, uma live na data do Carnaval. A data escolhida, creio eu, foi uma forma simbólica de entender que o Carnaval não foi esquecido e ao mesmo tempo homenageá-lo. Achei muito bacana da parte das cantoras essa iniciativa de fazer uma live no período momesmo. Gesto digno de aplausos, mediante o fato de que todo mundo vai estar em “casa” (#sqn). Confesso que na hora que li a matéria achei muito massa. Que beleza! – pensei eu – precisamos de mais inciativas assim! Vai ser muito bom, ainda mais que as duas devem cantar os grandes sucessos de Carnaval e da carreira das citadas. Mas daí, algo sempre fica a desejar e, a depender do que seja feito, a sensação que tenho é de um grande “Déjà-vu”.
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