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Marca Bahia Notícias Holofote

Entrevista

Alinne Rosa - banda Cheiro de Amor

Alinne Rosa não descarta a possibilidade de fazer carreira solo. A cantora também fala de sua trajetória até chegar onde está, de sua vivência na banda e de suas realizações pessoais e profissionais. Carnaval e casamento também são temas que Alinne aborda durante o bate-papo.

Coluna Holofote: Alinne, para começar, qual a responsabilidade de comandar uma banda tão tradicional quanto a banda Cheiro de Amor, que tem mais de duas décadas de história?

Alinne Rosa: Nesses cinco anos que tenho na banda Cheiro já mudei meu sentimento quanto a essa responsabilidade. Já teve fases. No começo foi medo e no meio foi a fase de um sentimento de família, de estar em casa. Hoje ainda tem um sentimento de querer fazer mais, de sempre estar melhorando. Atualmente eu sinto como se a banda nunca tivesse tido outra cantora e eu também nunca tivesse passado por outras bandas. E como se eu fosse Cheiro e o Cheiro fosse eu.


CH: Bem, cantoras como Márcia Freire e Carla Visi já passaram pelo Cheiro. Hoje percebe-se que a banda já tem seu estilo, porém, no início, como você se comportava perante as comparações com as outras cantoras?

AR: Na época era tudo muito novo para mim. Eu percebia as comparações, mas não assimilava aquilo porque tudo era muito bom para mim naquela época. Eu estava fazendo show, fazendo TV e acima de tudo tinha uma vida nova, vislumbrante. Era tudo o que eu sonhava, então as comparações pouco importavam. Na verdade houve até a aceitação dos fãs, mais de fãs antigos da banda, que com um tempo me acolheram, porém os  mais radicais não me acolheram, o que é normal. Enfim, para mim não afetou muito não.


CH: Qual foi sua trajetória antes de desembarcar na banda Cheiro de Amor?

AR: Eu nasci em Itabuna e saí de lá com 16 anos. Sempre tive a certeza de que um dia eu seria cantora de axé, mesmo por ser baiana, por ter tantos ícones do axé, e primeiramente porque sempre me imaginava cantando no palco. Embora sem nenhuma possibilidade, pois eu morava em Itabuna sem contato com o mundo do axé, eu sempre acreditei em meu sonho de ser cantora e isso me motivou a vir a Salvador arriscar. Isso deu certo, pois conheci pessoas do meio musical que me levaram até onde eu estou hoje.


CH: O que foi que você aproveitou de suas outras experiências, até mesmo como back de algumas bandas?

AR: Essa estrada que eu trilhei e onde trabalhei como back foi muito importante, pois fazer a segunda voz da banda é mais difícil que ser cantor, porque existe outro tipo de técnica que às vezes quem é leigo não sabe. Então para mim foi uma escola tanto nas bandas (Mel, Trimetal) quanto no barzinho. Foi numa dessas apresentações, em que eu dividia o palco com mais duas cantoras, que eu chamei atenção e fui convidada para alguns testes.


CH: "Tudo Mudou de Cor". Esse é o titulo do último álbum da banda Cheiro. Claro que esse título não tem só a ver com a mudança estética. Fora o cabelo, o que mais mudou?

AR: Eu me sinto mais madura tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Cinco anos se passaram desde que eu estou em evidência na banda Cheiro, com isso eu comecei a aparecer em televisão, a ler notícias minhas e isso me fez mudar de uma criança para uma mulher. Nesses cinco anos eu também mudei bastante no meu modo de ver, no meu modo de trabalhar. A mudança na parte profissional também se deve a evolução no trabalho, pois neste último CD nos dedicamos bastante, mas eu digo que eu não estou cem por cento não, no próximo disco vamos evoluir mais ainda e assim por diante. Eu quero sempre melhorar cada vez mais e crescer muito, pois ainda não mostrei tudo o que eu tenho pra mostrar. Enfim, eu vou estar sempre evoluindo no trabalho, na vida artística e pessoal.  

CH: “Tô Sem Palavras” de (Jair Rocha, Adson Tapajós e Zeca Brasileiro) já está nas rádios. Qual a expectativa para essa nova música?

AR: Depois do carnaval não adianta colocar música de carnaval porque não vai funcionar nas rádios, então geralmente depois do carnaval colocamos uma baladinha. Uma música que a galera vai curtir ouvir no rádio e vai curtir a letra. Já no carnaval, apostamos mais naquela música para trio elétrico. Recentemente, as músicas “Tudo Mudou de Cor” e “Lua de São Jorge” foram muito bem executadas e deram muito destaque para nós no carnaval. Nos shows essas canções funcionam bastante, inclusive vão entrar no próximo DVD da banda, que será gravado em quatro cidades, inclusive Salvador.


CH: Qual o maior aprendizado tanto no âmbito profissional quanto no pessoal que você teve no período de aproximadamente cinco anos que você está a frente da banda Cheiro?

AR: Bom, eu sou uma esponja, procuro absorver tudo o que for bom. No começo foi muito difícil, pois eu não sabia lidar com críticas e vivia triste com isso. Hoje em dia não acontece mais. Eu penso que as críticas são construtivas e servem para que eu possa melhorar cada vez mais. Mudei muito, estou mais centrada. Eu era uma menina gaiata que não sabia nem falar direito, resumindo eu era uma menina e hoje sou mulher, aliás, uma mulher-menina. Um dos meus aprendizados na banda é o de saber centrar as forças no que se quer ou aonde se quer chegar.


CH: A banda Cheiro com uma trajetória de mais de duas décadas está sempre fazendo shows, turnês e de tempo em tempo aparece na mídia lançando novos projetos. A que você acha que se deve a permanência da banda Cheiro num mercado que está cada vez mais difícil?

AR: Isso se deve a um bom trabalho tanto da banda quanto empresarial; porque um não sobrevive sem o outro. A banda Cheiro tem uma base muito sólida, com um bloco tradicional e com um empresário como Windson, que tem anos de experiência. Nós da banda estamos sempre criando arranjos e novas idéias para agregar em nosso trabalho. Tem que fazer um trabalho de qualidade, procurar ritmos novos, colocar novidades no show. Vamos gravar um DVD com músicas inéditas, e para isso fizemos muitas pesquisas.  Ouvimos muitos compositores para saber e gravar o que a galera gosta de curtir nas festas e isso faz parte do nosso trabalho e da manutenção da banda durante os anos. Hoje eu posso dizer que quem está cansado de trabalhar pode largar a música baiana, porque ela requer muito trabalho. Quando fico de férias eu sinto sede de trabalho. Eu viajei recentemente para os Estados Unidos e fiquei curtindo lá, mas ao mesmo tempo pesquisando novidades, músicas e ritmos novos para chegar aqui e colocar tudo no DVD.


CH: O que você acha da maneira como o carnaval de Salvador está sendo gerido? O que está faltando no carnaval de Salvador?

AR: Eu acho o carnaval uma vitrine para nós artistas. A TV e a imprensa dão bastante destaque, porém, eu acho que  falta mais organização com relação aos atrasos dos blocos.  Esse ano tivemos problemas com atraso por conta da Mudança do Garcia e dos Filhos de Gandhi, que às vezes passa na frente. Nós não vamos contra esses blocos, ao contrário, nós apoiamos, só que queremos um pouco mais de organização nos horários para não prejudicar os outros. Os atrasos atrapalham tanto o Cheiro como o Eva, o Camaleão e tantos outros.


CH: Se Windson Silva, empresário da banda, dissesse que há uma possibilidade de o bloco Cheiro migrar os três dias para o circuito Barra-Ondina, qual seria suas opinião?

AR: Esse lance de os blocos irem para a Barra esta acontecendo justamente por conta da falta de organização na Avenida. Eu amo o circuito do Campo Grande, onde ficamos mais próximos das pessoas e vemos muitos cartazes e faixas. É um circuito bastante caloroso, mas, por conta da desorganização acaba sendo cansativo e desgastante. Há também a questão da visibilidade maior que está tendo o circuito Barra-Ondina. Particularmente eu acharia ótima a idéia de migrar para a Barra, porque é uma tendência e nós temos que seguir a maré. Ainda assim, algum dos dias de carnaval eu quero cantar no Campo Grande, porque eu acho muito bonito.


CH: Depois do Cheiro Summer Time, que foi um sucesso em 2007, quais os novos projetos para a banda Cheiro em 2008? Estou sabendo da gravação de um DVD em três cidades. É verdade?

AR: O Cheiro Summer Time foi uma maneira de voltar a Salvador, pois estávamos meio afastados da cidade e, com certeza, o projeto deve voltar esse ano. Foi um sucesso e uma grande satisfação dividir o palco com grandes artistas brasileiros; isso foi bom para mim como cantora, para banda e para o público. Já a gravação do novo DVD vai acontecer em três cidades e com certeza vai contemplar Salvador. Outro local muito especial é Minas, onde devemos gravar algumas músicas no Axé Brasil.


CH: Mudando de assunto, quando sai o casamento?

AR: Com? De quem? Com o público de Salvador? [risos]. Não, o casamento é mais para frente. Estamos namorando, tudo dando certo e acho muito cedo para falar de casamento. É com uma pessoa muito boa que eu estou me relacionando - Antônio Pizzonia - e, por enquanto, o assunto casamento deixamos para depois.

CH: Você assume a possibilidade de futuramente seguir carreira solo?

AR: Eu não descartaria essa possibilidade de carreria solo, porém, atualmente eu tenho uma equipe muito boa e competente na banda Cheiro. Se um dia eu partisse para carreira solo eu queria eles comigo, pois estou muito satisfeita com o trabalho que fazem comigo.


CH: Aproveitando o assunto, o que você acha de Claudia Leitte ter partido recentemente para carreira solo?


AR:
Eu achei ótimo. Se era a vontade dela seguir o caminho próprio, que seja feito. Se um dia minha vontade for essa eu vou conversar com os meus empresários e vou partir para isso também.


CH: Por fim, queria que você deixasse uma mensagem para os leitores do site Bahia Noticias e da Coluna Holofote.


AR:
Eu sempre estou acessando e lendo vocês. Acho massa a Coluna Holofote e quero deixar o meu beijo para todo mundo que entra no site. Vocês conseguem colocar as notícias de uma maneira bem divertida e realista. Queria também deixar um beijo para todo mundo que faz a coluna.

Por Rafael Albuquerque