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Entrevista

Solteiro após 6 anos, Levi Lima não descarta ficar com fãs: ‘Tô me sentindo adolescente’

Por Júnior Moreira

Solteiro após 6 anos, Levi Lima não descarta ficar com fãs: ‘Tô me sentindo adolescente’
Foto: Tiago Dias / Bahia Notícias

Após 6 anos no comando da banda Jammil, o vocalista Levi Lima vive um momento diferente. Se por um lado, a carreira segue em ascensão - com a participação cada vez maior do público no projeto “Vamos Ver o Por do Sol”, na Ponta do Humaitá, além da música “Na Real” na trilha sonora da novela “O Outro Lado do Paraíso”-, por outro, é a primeira vez que está presenciando toda essa rotina solteiro.  Em setembro deste ano, ele terminou o noivado com a assistente de palco do programa "Domingo Legal", Bruna Manzon. “Percebi que o acesso das mulheres em geral está maior. Como não sou comprometido, quero conversar mais, dialogar melhor. Isso é bacana, pois conheço várias pessoas legais. Estou me sentindo adolescente, estou gostando desse momento”, confessou em entrevista ao Bahia Notícias. Além de comentar a ideia de transformar o “Vamos Ver o Por do Sol” em um projeto itinerante, sendo Santo Antônio Além do Carmo, no dia 14 de janeiro, o primeiro local escolhido (reveja aqui), o artista falou sobre a gravação do clipe da música “Navegando a Vida”, shows com Tomate e Saulo, Carnaval, revelou querer puxar trio sem cordas e admitiu que não teria problema de ficar com alguma fã. “Nunca fiquei, mas se eu me apaixonar e tiver vontade, fico numa boa”. Confira o papo completo:

 

O projeto na Ponta do Humaitá segue cada vez com mais consistência. Para além disso, estão planejando algum CD, EP ou DVD?

Não. O momento é de trabalhar a música “Navegando a Vida”. Gravamos a versão a vivo no último Humaitá. Estamos também com “Na Real” na novela “O Outro Lado do Paraíso”, que é uma releitura, pois foi gravada originalmente em 2011. Então, a nossa vibe agora é essa, sabe? Sem pensar em DVD ou CD. Inclusive, gosto mais de gravar clipe do que DVD.

 

Aproveitando a deixa, o clipe de "Navegando a Vida" foi uma verdadeira imersão na natureza, em que ficaram sete dias isolados. Como foi isso para você?

Foi fantástico. Não conhecia Barra Grande e a ilha de Boipeba, mas é aquela coisa, falou de natureza, fiquei curioso (risos). Passamos uma semana entre essas duas localidades e foi incrível. Estava justamente do jeito que acho mais real de viver, sabe? Quando você fica descoberto de máscaras, de tudo e simplesmente vivencia aquele momento.

 

Curtiu o resultado?

Foi uma experiência muito pessoal e particular. Desfrutar das pessoas, do andar descalço, da roupa rasgada, da pousada simples. Esse sentimento tá ali no clipe. Não tivemos diretor, eu que fiquei responsável de editar, apesar da natureza não ter roteiro. Fomos como mochileiros para conhecer o lugar e o clipe retrata tudo que foi sentido e visto. O principal resultado é a vivência que tivemos lá.

 

Toda vez que conversamos aqui na redação, vocês estão com uma música nova em trilha (risos). Agora é "Na Real", em “O Outro Lado do Paraíso”. O quão importante é isso para uma banda?

É uma grande vitória poder apresentar seu trabalho para tantas pessoas, pois as novelas ainda são muito presentes. Além da experiência artística de saber que estamos ajudando a contar uma história também. Isso é o mais legal e é sempre emocionante. Quando vi o comercial de apresentação do elenco com a música, fiquei tocado; despertou sentimentos que não tinha quando compus e gravei a música. Claro, existe outras formas de se apresentar um trabalho, mas a novela soma muito a qualquer carreira. A gente pensa muito a longo prazo. Não somos imediatistas, queremos apenas o que é verdadeiro e as novelas contribuem para isso, pois não serão músicas de um Carnaval ou verão.

Como a produção da novela chegou nesta música, que foi gravada originalmente em 2011?

Sabemos para quem mandar já. Temos acesso, devido às relações construídas. Enviamos várias músicas que não entraram. A “Sublime”, por exemplo, oferecemos para “Velho Chico”, mas entrou em “Sol Nascente”. Existe também o lance de que as canções são feitas de uma maneira que encaixam muito nas novelas. Fazemos para colocar os sentimentos para fora. A música é feita para o universo. Acho que é assim que vai acontecendo.

 

Atualmente, vocês são uma das únicas bandas de Axé da Bahia que ainda tem boa exposição nas grandes mídias, como a TV Globo. Como vê isso?

É trabalho. Nossa equipe é muito focada. Nosso empresário é um cara extremamente dedicado, curioso. É um cara de uma capacidade maravilhosa e grande amigo. O histórico da marca, nosso trabalho, as músicas em novelas trazem credibilidade, as relações que construímos antes e depois da minha entrada. Somos coerentes no trabalho. A comunicação toda se dá em cima do que acreditamos e as pessoas vão percebendo isso. Já vi tanta coisa surgir antes do Jammil e quero ficar nesse time que permaneceu forte.

 

Em qual lugar do cenário musical brasileiro você acha que a música do Jammil se encontra? É alternativo, é popular, é radiofônica...

Confesso que essa resposta está na mão do povo. Eles que decidem o que fazer com a música. Eu só entrego, porém quando faço, quero que a música tenha capacidade de tocar o coração em qualquer lugar. No início, a gente falava: “essa música não é pra pular” e realmente não era, mas tá tudo certo. No show tem o momento disso também. O importante é quando alguém ouvir nossa música, termos a tranquilidade de saber que não terá nenhuma mensagem que o agrida e vai ser sempre assim.

 

Vocês estão preocupados com essa coisa de “milhões de visualizações”?

Vemos uma crescente, ficamos felizes, mas o conteúdo não é criado para isso. É para quem gostou e acabou. Prefiro conquistar o fã um a um, porém que seja de verdade. Se for para ser moda, não adianta. É tipo o cara que compra seguidores no Instagram. Não vale de nada. Contudo, acho que quem conquista seus números altíssimos é bacana também, pois se propõe para aquilo e assume isso. Todo mundo tem o total direito de buscar o que acredita e digo mais: quanto mais números, mais feliz vou ficar, porém não tenho pressa.

Por falar nisso, “Navegando a Vida” é aposta da banda para o Carnaval?

Sim. É a grande aposta. Fizemos um remix dela que será lançado. Está incrível e gravamos a versão ao vivo no Humaitá. A música tá tocando em várias capitais. É a grande aposta do verão.

 

Vocês trabalham pensando nessa coisa da "música para o Carnaval", como o Psirico, por exemplo ?

Zero. Não faço música para ganhar a “música do Carnaval”. A faixa que me lançou no Jammil, “Colorir Papel”, eu posso cantar há 7 carnavais que ela toca os corações das pessoas. É isso que quero. Claro que algumas não acontecem assim, mas é essa a intenção. Quero agregar valor. Prefiro, inclusive, aplaudir meus colegas que focam nisso.

 

Como está o Carnaval 2018 do Jammil?

Bloco Praieiro sai dois dias, no domingo e segunda, circuito Barra- Ondina. Faremos dois camarotes, shows paralelos. Está tudo muito corrido, mas é isso que quero mesmo: levar nossa música para todos os cantos. Temos que nos preparar fisicamente e emocionalmente. Esse verão será mais curto, então temos que jogar duro.

 

É um desejo do Jammil puxar um trio sem cordas?

A gente tá se preparando para isso, mas envolve uma série de outras questões delicadas que faremos com paciência e pé no chão. Acho que já baixamos as cordas no Humaitá e isso é bacana.

 

No Carnaval deste ano, muitas pessoas sentiram falta do Triangulo, projeto com Saulo e Tomate, na Avenida. Não pensam em comandar um trio juntos?

Iria gostar, pois aproveitaria para dividir a carga de trabalho e de quebra com os dois melhores, mas é difícil conciliar a agenda dos três. O Triângulo, desde o início, falamos que era assim, né? Quando acontecer, aconteceu, sumiu e do nada voltou. Não tem a pretensão de ser um projeto. É uma reunião de amigos e quando pudermos fazer com os fãs será maravilhoso, porém não pode ser o foco de todo mundo. Cada um tem sua carreira. Saulo tá com a turnê linda, Tomate vai lançar uma música massa agora. Torço muito por eles. Não temos a menor ideia de quando isso acontecerá. Por enquanto, só por WhatsApp.

Depois de muitos anos, você está solteiro e tratou o término do seu relacionamento com a Bruna Manzon de uma maneira bem civilizada e delicada. O assédio das fãs aumentou?

Cara, percebi que o acesso das mulheres em geral é maior. Como não sou comprometido, quero conversar mais, dialogar melhor. Isso é bacana, pois conheço várias pessoas legais. Estou até me sentindo adolescente. Estou gostando. Porém, vale dizer que só tenho coisas maravilhosas para falar da Bruna. Ela é incrível, a gente conversou muito para chegar a esse momento. Percebemos que os focos de cada um estavam diferentes. Não podemos ter apegos a nada material, nem às pessoas. Somos amigos, nos falamos, torcemos um pelo outro. Foi um momento muito especial.

 

Com o aumento desse “acesso”, ficar com fã é uma possibilidade?

Olha, nunca fiquei com uma fã, mas se eu me apaixonar e tiver vontade, fico numa boa. Isso não é um problema não.