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Entrevista

Com 80 mil views no Snapchat, Lore Improta é sensação entre crianças e adolescentes

Por Aymée Francine

Com 80 mil views no Snapchat, Lore Improta é sensação entre crianças e adolescentes
Foto: Reprodução / Instagram
Baiana de 22 anos, Lore, como é chamada carinhosamente por amigos, familiares e fãs, é alegria 24 horas por dia. Pelo menos é o que garante a loira, nova sensação entre as crianças e adolescentes de Salvador, e de muitos lugares do Brasil. Há um ano, Lorena Improta entrou para o balé do Programa do Faustão em um concurso que selecionou três novas dançarinas. Ela, por votação popular, ficou em primeiro lugar. Antes disso, a publicitária de formação já era conhecida no meio do entretenimento baiano por seu trabalho no Fitdance, empresa de dança que apresenta coreografias para músicas de todos os ritmos através de um canal no Youtube e aulas em academias de todo o país. Recentemente, a soteropolitana dançou no palco de Wesley Safadão, Gabriel Diniz e Aviões do Forró. Já esteve envolvida em boatos de relacionamento com Neymar. Tem quase 600 mil seguidores no Instagram, 80 mil no Snapchat e fãclubes dedicados. Em um “pocket show” com o cearense Avine Vinny, levou milhares de pessoas a uma faculdade de Aracaju , só para vê-la dançar. O que gera tanto amor e tantos fãs? Lore não sabe explicar, mas aposta em sua personalidade. “Eu acho a minha maneira de dançar, transparece muito o que eu sinto, a forma de viver.  Então eu tô feliz, é uma coisa que eu amo fazer. Acho que as pessoas viram em mim uma forma de levar alegria pra elas”, conta.
 

Lore, você atualmente tem mais de meio milhão de seguidores no Instagram, 80 mil no Snapchat. Além disso, você, nos últimos eventos, tem lotado shoppings e lojas com fãs. Quando você começou a perceber que tinha alcançado esse sucesso entre os jovens?
Rapaz, eu percebi que tava dando certo quando uma blogueira me contou que tinha uma média de 20 mil visualizações. Eu tava com uma média de 40 mil, então pensei: ‘Gente, o pessoal tá gostando mesmo’. E aí eu comecei a investir mais no Snapchat, porque eu comecei a perceber que ele me aproximava muito do meu público. Eu até hoje não tenho noção do meu sucesso, de verdade. Eu saio em Salvador normal, como uma pessoa normal, e sou abordada pelas pessoas.  Eu vou fazer ‘Encontrinho’ e sou abordada, às vezes eu vou fazer meu ‘Encontrinho’ e eu não acredito que aquele tanto de gente está ali por minha causa. É uma coisa meio surreal pra mim. Eu converso muito com minha mãe, não consigo acreditar que essas pessoas estão aqui por mim, eu não consigo entender. Não sei se é pelo meu jeito de ser, pela dança... Mas eu acho que é um conjunto de coisas, não é uma coisa única.
 
Hoje você consegue traçar um perfil do público que te segue?
Totalmente. Meu público é um público B, mais ou menos A/B e infanto juvenil. Mais ou menos de uns sete anos, até os 20. Mulher, muita mulher.
 
Sua rotina se tornou muito complexa e, pelo que podemos ver em suas redes, você tem uma preocupação muito grande com o corpo. É uma necessidade a manutenção da forma física, por conta de trabalho?
Na verdade eu estou convivendo com esse problema. Porque eu sempre comi de tudo, nunca vi a comida como um problema, e hoje eu tô passando por um processo que eu vejo a comida como um problema na minha vida e isso é muito ruim. Tudo que eu como eu fico com peso na consciência depois, porque, querendo ou não, eu tenho a necessidade de estar sempre bem, é meio que uma obrigação estar com o corpo sempre bem. E, eu não tinha isso antes. Hoje, qualquer coisinha que eu coma, que eu ache que possa engordar, fico com peso na consciência... E é uma coisa que eu comia normalmente e que hoje pra mim já não soam como normal. Principalmente por causa do Faustão, a gente tem que estar sempre bem, ter cuidado com a saúde. Os presentes eu sempre levei na brincadeira, mas tava começando a me atrapalhar mesmo. Eu tava seguindo a dieta e ganhava muito chocolate, muito doce, bala e quebrava a dieta – voltava pra estaca zero. Aí eu conversei muito sério com meus fãs, pedi: ‘Gente, pelo amor de Deus, não manda mais chocolate, bala, tá complicado’. Aí eles pararam, agora eles mandam frutas e verduras. Fiz um 'encontrinho' semana passada, recebi tomate, tomate. Você acredita? Mas é bacana porque eles acompanham, eles são muito fieis.


Atrás de "Paredão Metralhadora", que também tem a presença de Lorena, "Devagarinho" é a segunda coreografia mais vista do Portal Fitdance no Youtube. Os passos fizeram da canção, desconhecida antes do vídeo, um sucesso e elevaram ainda mais o sucesso da baiana.

Qual o maior público que já foi te ver em um 'Encontrinho' ou outro evento que tenha estado presente?
Rapaz, eu não tenho noção de quantidade de pessoas. Mas o que eu mais me emocionei foi um em Aracaju. No "Pocket Show" com Avine [Vinny], em uma faculdade lá. E foi muito emocionante pra mim, eu tenho certeza que eu nunca vou esquecer. Tinha muita gente, todo mundo gritando meu nome, foi muito bacana.
 
Cada fã tem sua forma de demonstrar amor. Vi recentemente que alguns já fizeram tatuagens com seu nome. O que acha disso, já que tem um público tão jovem?
Hoje, eu acho que tem cinco pessoas com tatuagens pra mim. Tem gente com meu nome, com data de nascimento, que fez minhas próprias tatuagens. A primeira que fez meu nome, ela deve estar com uns 16 anos, assim. Eu tomei um susto, de primeira. Mas é bacana, assim, porque é um carinho, né? É um tipo de carinho, atenção, e é muito bom ser querida assim. Mas assim, se vem falar comigo antes, dizendo ‘eu vou fazer tal coisa’, eu digo ‘não precisa fazer isso, você vai fazer uma coisa que fica pra vida toda’. Eu tento fazer com que eles não façam, mas quase nunca tem jeito.
 
Você consegue sair em Salvador e se divertir tranquilamente, como qualquer mulher de 22 anos?
Rapaz, não é nem achar. Eu fiz esse teste. Eu fui umas duas vezes pra festa, não consegui nem andar, é impressionante. Eu fui pra me divertir mesmo, ainda fui pra pista, porque eu não me toco das coisas. Até acontecer, até alguém vir me abordar, eu tô ali como uma pessoa normal, entendeu? Aí eu fui. Daqui a pouco começou a juntar gente pedindo pra tirar foto, tirar foto, eu tive que ir parar no camarote. E dentro do camarote pediam toda hora também. Não é uma coisa que me incomoda, mas eu não consigo mais ficar tranquila nos lugares em geral. Fui pro cinema essa semana, tranquila, invadiram a sala do cinema pra me dar presente. Não é coisa mais que eu consigo fazer como antes.
 
O que te deu mais visibilidade, o Fitdance ou o balé do Faustão?
O Fit me ajudou muito desde o início. O Fit me deu visibilidade aqui na Bahia, no Brasil. Mas eu acho que o balé ele me ajudou muito. Na verdade é uma junção, né? E Lorena como pessoa também. Eu acho que essa junção do Fit com o balé seu esse conjunto e deu Lorena. Me ajudou a ser quem eu tô sendo hoje. O reconhecimento eu acho que não foi mais um do que o outro, agora... O Fit, por estar desde o início comigo e, querendo ou não, tá crescendo cada dia mais com mais visualizações no Youtube, isso vai ajudando também, né?

Recentemente você dançou no palco de Wesley Safadão, no Garota VIP em Fortaleza, que é a maior edição do evento. Qual foi a sensação, naquele momento?
Ah... Foi sensacional. Eu sou fã, fã demais. A mulher dele soube que eu tava no evento e pediu pra eu ir lá no palco. Eu fiquei extasiada, é uma coisa que também eu nunca vou esquecer. Porque eu sou muito fã dele como pessoa, como ser humano, como artista, e tinha um mar de gente, acho que eram umas 30, 40 mil pessoas. Eu subi no palco e é inexplicável a sensação. É um reconhecimento mesmo, o cara chegar e falar seu nome, que te conhece pelo Fitdance, que a filha dele gosta, que te acompanha, conhece o trabalho no Faustão... É muito, muito bacana.

Com o Snapchat você acabou perdendo um pouco de sua privacidade diária, né? As pessoas querem saber de toda a sua rotina. Além disso, muito passou a ser falado sobre sua vida, existencia de boatos e história que não, necessariamente, você deseja que se tornem públicas. Como você enxerga isso tudo?
Eu tento mesclar muito o Snap. Lá eu faço minha rotina, mas tem dia que eu não tô afim de fazer, aí eu não faço. E não faço, por não fazer mesmo, pro pessoal perceber que eu não vou ficar ali expondo a minha vida 100%. Eles já têm essa mania de achar que tem que saber tudo que acontece na minha vida. Quando eles não sabem o que eu tô fazendo eles começam o FBI atrás de mim. Por exemplo, agora eu tô em Porto Seguro, descansando. Eu não falei onde eu tô ainda. Aí se você for no meu Instagram vai ver eles perguntando, ‘cadê você?’, ‘viajou pra onde?’, ‘coloca a localização de onde você tá aí’. Eu acho que eles têm minha vida, no dia a dia deles, como uma coisa obrigatória. De saber como eu tô, onde eu tô, com quem. Essa questão da privacidade é um preço a ser pago, mas acho que tudo tem um limite e eu tento controlar isso no Snap, nas outras redes sociais. Mas em relação à fofoca, é uma coisa muito chata. Porque surge demais, muita coisa sai na internet que não é verdade, aumentam, mudam. Mas graças a Deus eu sou muito tranquila, porque se não, eu estaria enlouquecida.
 
E as críticas? Você lida bem com críticas de haters em suas redes sociais?
Rapaz, ó, eu, graças a Deus não tenho tanta crítica no Instagram. O pessoal comenta muita coisa positiva. Quando alguém comenta algo negativo, meus fãs mesmo já começam a bater boca com a pessoa. Mas eu consigo lidar muito bem, assim. Consigo ver o que é mal mesmo e o que não é. Que tem pessoas que estão ali pra te derrubar e quem te critica pra você crescer, pra você ver que precisa mesmo mudar aquilo. Quem sofre muito é minha família, né? Minha mãe e meu pai, isso foca mais neles. Ela fica indignada, falando ‘minha filha, mas você não é isso’. Eu já sou mais tranquila, de verdade. Leio os comentários, dou risada... Não excluo, não comento, não respondo. Eu acho que é perda de energia, ficar discutindo, tentando convencer a pessoa do que você é ou não é. Não adianta, se a pessoa achar que você é aquilo, Não vou ficar tentando convencer o contrário. Quem tem que saber quem eu sou é minha família, meus amigos, as pessoas que estão por perto e as pessoas que estão longe tem que acreditar naquilo que elas estão vendo. É uma coisa muito complexa, eu não fico brigando comigo por causa disso.
 

O que gerou tanto amor nos fãs de Lorena Improta?
Eu realmente, não sei. Assim, eu sou muito comunicativa e tal... Eu acho que a dança, a minha maneira de dançar, transparece muito o que eu sinto, a forma de viver.  Então eu tô feliz, é uma coisa que eu amo fazer. Acho que as pessoas viram em mim uma forma de levar alegria pra elas. Ontem eu tava até conversando com uma amigo, dizendo isso. Eu não sei, eu não faço nada pensado, eu faço as coisas porque quero fazer, porque tô feliz naquele momento, eu quero passar alegria pras pessoas. Eu gosto de conversar, de abraçar, de beijar. Eu acho que o carinho move o mundo, o amor move o mundo.  Quanto mais você ama as pessoas e mostra que gosta delas, elas vão se aproximando mais de você e isso vai se espalhando. Não tem uma fórmula, acho que é meu jeito de ser. 
 
Em entrevista com Fábio Duarte, recentemente, ele contou que enxerga o Fitdance como um retorno da dança aos eventos na Bahia. Você enxerga dessa mesma maneira?
Rapaz, eu acho que a dança sempre foi e é um ótimo divertimento. Eu sempre vi como divertimento. Mas eu acho que o Fit ajudou muito, com certeza. Eu acho que ele trouxe de volta isso. A Bahia tem essa questão da dança, da alegria. A galera gosta de dançar de ir pra festa pra dançar. Até porque a música da gente mexe muito com a estrutura da gente, de dança. E eu acho que o Fit trouxe de volta essa vontade da galera ir pro show pra dançar a coreografia que aprendeu na sala da academia. Levar a amiga que faz junto, já conhece a pessoa na festa que tá fazendo a mesma coreografia que você, cria uma cadeia de pessoas, então eu acho que é uma cadeia de coisas, que ajuda demais a trazer essa questão da dança de novo, não só pra Salvador, mas pro Brasil inteiro. Às vezes eu tô em São Paulo e tô dançando uma coreografia, olho pro lado tem uma pessoa dançando a mesma coreografia que eu, é muito legal.
 
Quais são seus próximos eventos em Salvador?
Eu vou estar aqui no dia 6 de agosto com MC Livinho no Armazém. E tem o “Superdance”, com o Fit dance no dia 30, que eu devo estar aqui também. Isso vai dependendo da disponibilidade da agenda né, porque os eventos acontecem geralmente dia de sábado, e dia de sábado é muito restrito por causa do Faustão e aí fica dependendo disso. Vou fechando a agenda por semana.