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Entrevista

Anitta fala sobre ter recusado participação no DVD de Claudia Leitte e competição com Naldo

Por Marcela Gelinski

Anitta fala sobre ter recusado participação no DVD de Claudia Leitte e competição com Naldo
Fotos: Litza Dantas
Com um jeito bem carioca, Anitta chegou para entrevista em um hotel de Salvador “causando”. Os fãs rapidamente se aglomeraram ao seu redor, esperando um momento para fotos e autógrafos. Com as pernas de fora, ela deu uma entrevista relaxada, mas bem preparada. É possível ver que ela foi treinada para não dar vexame e dizer a coisa certa na hora certa. A fama já se mostra no jeito de falar e se portar. Tomara que não suba à cabeça, como tantas outras. Apesar do pouco tempo de carreira, ela já mostra a confiança de uma veterana, uma certeza de que está no topo. Assim, ela alfineta a mídia e já a acusa de polemizar sua vida. “Notícia ruim dá ibope, a mídia adora isso”, afirmou sobre o rumor de ter negado o convite para participação do DVD de Claudia Leitte para não magoar Ivete Sangalo. Anitta fala ainda de Naldo, sua dança sensual e o sucesso repentino.

 
Fotos: Litza Dantas / Bahia Notícias

Bahia Notícias - Você teve esse “boom” de sucesso, alcançou fama e chegou muito rápido aonde muita gente batalha anos para chegar. Você tem medo de cair no esquecimento, como aconteceu com muitos artistas?
 
Anitta - Eu sempre tive medo disso. Eu não estou tão rápido assim como as pessoas pensam. É porque, por exemplo, aqui em Salvador eu nunca toquei. Eu comecei a tocar aqui a partir de janeiro, mais ou menos. Mas no Rio de Janeiro eu já canto e já faço show há quase quatro anos. Eu já fazia muitos shows, já tinha um público muito grande no Rio, de lotar casas de shows mesmo. E em outros estados, as pessoas nunca nem tinham ouvido falar de quem eu era. Mas no Rio, aonde eu ia, enchia. Muitos shows, com agenda lotada, cachê alto. No Rio de Janeiro, todas as minhas músicas eram sucesso, graças a Deus. Mas eu sempre tive medo de acabar. Eu era muito sozinha no início e tinha medo de acabar tudo, meu trabalho, principalmente. E eu nem tinha metade do que eu tenho hoje. Só que hoje eu tenho uma equipe muito grande. Esse “boom” inteiro que as pessoas estão vendo só está grande desse jeito por conta de um trabalho grande que a gente fez antes de estourar. A gente já vinha, há muito tempo, desde o ano passado, planejando a minha imagem, meu jeito de vestir, minha divulgação, a música “Meiga e Abusada”, os clipes, fotos. Todo um trabalho de preocupação para quando a música estourasse, a gente já tivesse um passado, já estivesse bem estruturado. E hoje a gente faz planejamento, investe, tem estratégias. Então, eu não tenho mais medo disso. Claro que eu tenho pé no chão, mas eu tenho muito mais esperança e pensamento positivo do que antigamente.

BN - Assim como Valesca Popozuda, você é uma mulher no funk, que chegou e mudou o estilo do gênero que, antigamente, era dominado por homens. O que você acha da inserção do feminino no funk?
 
A - Eu acho bacana principalmente pelo fato de eu valorizar a mulher e o respeito. Eu acho que a mulher estava sentindo falta disso e, hoje em dia, muitas meninas gostam do meu trabalho. Não só meninas, mas mulheres mesmo, mais velhas.
 
BN - Você tem uma dança bem sensual durante seus shows. Muitas crianças estão imitando sua postura e seus passos. Você vê isso como um problema?
 
A - As crianças não têm maldade. A maldade está nas pessoas, nos adultos. Na criança não há maldade. Elas gostam de ver, acham bonito, elas não têm a maldade que o adulto tem. Tanto que hoje eu consigo cantar para todas as idades.
 
BN - Você já disse em entrevista que nunca ficou com uma mulher, mas muita gente duvidou. Você disse, inclusive, que não descartaria a experiência. Já teve essa oportunidade?
 
A - Não, eu nunca disse isso. O pessoal que botou como se eu tivesse dito. A pergunta foi “como eu encarava cantar para as mulheres?”. Se eu ficava nervosa, se eu tinha vergonha, se eu tinha preconceito. Eu falei que encarava como se fosse um homem, só que um homem que eu não quisesse ficar, por eu ser hétero. Eu nunca ficaria com mulheres porque eu não tenho vontade. Nunca, não. Que eu não ficaria com mulheres porque eu não tenho vontade. Mas eu falei que nunca digo “nunca”. Porque, como um dia eu já disse “odeio short largo, roupa larga, nunca vou usar” e hoje eu só uso [essas roupas], eu não digo mais “nunca”. Só que eu não tenho a mínima vontade, sou hétero. Só que eu respeito muito as mulheres e quero ser respeitada também. Mas eu não disse isso, não.

 BN - Boatos dão conta que você teria negado o convite de Claudia Leitte para participar da gravação do DVD para não magoar Ivete Sangalo. É verdade?
 
A - Com certeza eles iam inventar isso. Com toda certeza. Já esperava que eles fossem fazer isso. Quando a Claudia me ligou, eu aceitei. Falei: “Ai, obrigada. Que lindo, que delícia”. Aí, eu fui para gravadora falar, porque eu sempre tenho que falar tudo, comunico tudo, somos uma equipe. Tudo eles me comunicam, tudo eu comunico a eles. “Gente, vou gravar e tudo mais”. Aí, eles disseram: “Mas como você vai fazer isso?”. Porque quando ela me convidou, eu ia lançar meu CD em uma semana, dez dias. Eu tinha uma agenda de divulgação, como eu estou tendo. Eu não parei hoje, por exemplo. Estou desde 5 da manhã sem parar. E todos os meus dias têm sido assim. Eu tive dois dias de folga na semana passada, mas esses dias foram planejados há três meses. Para ter esses dois dias, eu tive que chegar três meses atrás e dizer: “Gente, preciso de uma folga”. E aí a gente só conseguiu para três meses depois. Então, quando eu cheguei lá, eles falaram: “Mas como você vai fazer isso?”. A Claudinha me chamou porque no dia da gravação, eu faria show no evento. Fiz o evento com ela. Só que gravar o DVD não é só chegar no dia e cantar. Você tem que ver a música, escolher, ensaiar, pré-gravar. Aí tem a gravação um dia antes, que você pré-grava. E o pessoa acha que é só chegar lá e cantar. Não é. Tem todo um preparo antes e não é assim. Aí a minha gravadora negou por conta da falta de tempo para fazer esse DVD com ela, para os ensaios, para gravar música. Porque a agenda estava toda tomada, eu não tive folga. Ia ficar inviável para mim. Mas não foi só o convite dela. Vários outros convites eu não estou conseguindo aceitar por conta da minha agenda que está toda programada para quatro meses à frente. Até daqui a quatro meses eu já sei tudo que eu vou fazer, todos os dias. Se eu abrir a minha agenda e você perguntar o que vou fazer no dia não sei qual de outubro, eu sei porque está ali programadinho. E o pessoal com certeza ia inventar essa história, porque a mídia adora isso. Notícia ruim dá ibope.
 
BN - Você já declarou várias vezes que é fã de Ivete Sangalo. Como é para você ter um ídolo que, hoje em dia, é sua fã?
 
A - (risos) É maravilhoso. Fiquei muito feliz. A Ivete é uma pessoa muito especial, muito querida e me tratou muito bem. Adorei conhecer e sempre foi um ícone para mim. Sempre foi uma inspiração. Então, foi maravilhoso. Eu me senti muito especial.
 
BN - Será que tem algum convite para você participar da gravação do DVD dela?
 
A - (risos) Ah, não sei. Tomara, né? Tomara que dê na agenda.
 
BN - É em dezembro.
 
A - Ah, dezembro ainda dá.

BN - As pessoas afirmam que você e Naldo têm uma rivalidade musical, principalmente por parte dele. Isso procede?
 
A - Olha, eu nunca estive com o Naldo. Essa notícia saiu de um lugar que inventa muita mentira sobre as pessoas. Neste lugar de onde essa notícia saiu, depois muitos lugares replicaram, porque esse lugar tem credibilidade. Mas esse lugar já inventou tanta coisa sobre mim que eu não acredito em mais nada que eu leio de lá, entendeu? Pode falar assim: “As pessoas respiram”, eu vou ficar na dúvida. Porque já falaram tanta mentira antes, que eu já não sei mais o que é verdade ou o que é mentira. A matéria original dessa fofoca foi nesse site. Aí, os outros sites como confiam no que é publicado lá, acabam replicando. Aí, o pessoal acha que é verdade mesmo. Então, eu conheço o Naldo assim de trabalho, mas eu não tive oportunidade de estar com ele. Fizemos eventos juntos, mas eu entrei em um horário e ele em outro bem distante, e acabei não esbarrando com ele. Não faço ideia. Eu conheço o trabalho, gosto. Mas não faço ideia se essa coisa de rivalidade procede.
 
BN - Você foi vista chegando junto com o humorista Eduardo Sterblitch em diversos lugares. Não é de hoje que dizem que vocês estão namorando. Como anda o relacionamento?
 
A - A gente é amigo. Eu cheguei em São Paulo para ficar com meus amigos e o Edu é meu amigo. Os nossos amigos insistiram muito para ir na festa do filho de Adriane Galisteu, mas eu não tinha carro para ir, não tinha carona. Aí, eu falei: “Ah, vamos comigo”. Ele é muito meu amigo. A gente se conheceu e de colega, virou amigo e depois, muito amigo. A gente não se desgruda mais. Ele é muito meu amigo. É um cara gente boa. Estou adorando. Uma amizade que, para mim, vale ouro e não tem nada a ver o suposto namoro. Só meu amigo mesmo.