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Vencedor do prêmio APCA, Marcelo Frazão lança novo livro com inspiração em experiência com ópera

Por Redação

Vencedor do prêmio APCA, Marcelo Frazão lança novo livro com inspiração em experiência com ópera
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O poeta, editor e artista visual Marcelo Frazão , que traz no currículo o prêmio da APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte em 2009, lança no próximo sábado (8), no Point Campo Grande, o seu novo livro de poemas, Cinco Rios.

 

A obra integra a coleção de poesia da editora Villa Olívia, que já lançou livros de poetas relevantes no cenário baiano, como Ordep Serra, Rita Santana, Sandro Ornellas e Nilson Galvão. 

 

As parcerias marcam a trajetória de Frazão como artista visual. Uma importante conquista nesta vertente foi a obra “Anima Animalis”, de 2008, vencedora do prêmio da APCA no ano seguinte, elaborada junto com a escritora e poeta Olga Savary. 

 

Outra parceria marcante, com o seminal poeta Armando Freitas Filho, rendeu a plaquete “Loveless” (1996), os livros “Erótica” (1999) e “Erótica – edição comemorativa de 20 anos” (2019). Frazão publicou ainda os livros autorais de poesia “Haikai” (1996), “Homo Sapiens Sexualis” (2015) e “E nada pode ser feito quanto a isso” (2023). 

 

Os poemas que compõem o novo livro, Cinco Rios, vagam por águas de fluxo intenso, onde os lemes da emoção e da sensorialidade se encontram, comunicam-se e, não raro, se confundem em suas intenções de amor, prazer, apego, negação ou indiferença ao mundo. 

 

Inspiração – Marcelo Frazão conta que a ideia para escrever Cinco rios surgiu em 2022, ao escutar a ópera “Orfeu e Eurídice”, de Gluck, e pensar que a descida de Orfeu ao Hades, para resgatar sua amada, guarda um interessante paralelo com a narrativa bíblica sobre a destruição de Sodoma e Gomorra. 

 

Tanto Orfeu quanto Lot e sua família recebem a recomendação de não olhar para trás. Caso o fizessem, estariam sujeitos a uma punição severa. Aqui, reside o desafio para o sujeito: o de se descobrir preso a um passado, seja ele a memória de vivências felizes ou trágicas, e não saber como dele escapar, como se entregar ao novo. Este é o ponto de partida de Cinco rios, seu cais. 

 

Apresentando poemas com versos curtos e longos, Frazão trabalha diferentes cadências e possibilidades rítmicas dentro do léxico de suas águas, deslocando ou amplificando significados, explorando seus estados líquido, gasoso e sólido como rotas de destino para diferentes sensações.

 

Os poemas possuem liberdade estilística e surpreendem o leitor pela adoção de imagens pouco usuais. Seu tom é intimista. O livro problematiza a questão da busca espiritual e o vazio com que nos deparamos diariamente. 

 

Embora os 79 poemas sejam todos numerados, a leitura pode se dar de maneira aleatória. A ordem numérica sugere apenas um dos tantos caminhos possíveis – a porta de entrada dentro do labirinto é, ao mesmo tempo, saída para outro labirinto –, o percurso de cada corpo em seu próprio tempo e espaço.