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Queeridos: Baiano deixa Ilhéus para palco do RuPaul’s Drag Race

Por Alexandre Brochado

Queeridos: Baiano deixa Ilhéus para palco do RuPaul’s Drag Race

O reality RuPaul's Drag Race vem ganhando cada vez mais o público ao redor do mundo e difundindo a arte drag. A atração já revelou grandes artistas do segmento, mas também levou um baiano para os holofotes internacionais. Nascido em Ilhéus, Bruno Alcantara ficou conhecido pelas suas aparições como pit crew, uma espécie de ajudante de palco de RuPaul. 

 

“De Ilhéus até Los Angeles é uma trajetória… Passa um filme na minha cabeça lembrando do Bruno pequeno… Sempre sonhei bem alto, sempre quis crescer, me desenvolver, explorar coisas novas. Cresci com muito amor da minha família e eles sempre investiram muito na minha educação, apesar de eu ser de uma família simples. Sempre desejei fazer algo grande na minha vida, só não imaginava exatamente o quê. Minha mãe conta que quando eu era criança cheguei um dia da escola e falei que queria fazer aula de inglês porque queria viajar pelo mundo”, lembrou Bruno em entrevista à Queeridos.

 

Formado em publicidade e propaganda em Salvador, começou sua jornada com a mudança para São Paulo, onde trabalhou na produção do São Paulo Fashion Week. 

 

“As coisas aos poucos foram indo de um passo para o outro, mas quando olho para trás entendo. Inclusive, uma coisa que sempre me lembro, deixo sempre fresco na minha memória, foi de onde eu saí, da onde eu vim. Tenho muito orgulho de ser brasileiro, tenho orgulho de ser da Bahia. Acho a Bahia muito especial, a energia, o nosso Axé contagiante. É por isso que estou por aí todo o Carnaval”, afirmou.

 

Ainda em conversa com a coluna, Bruno citou que pôde contar com pessoas que lhe deram apoio e que estavam dispostas a ajudá-lo, até que conseguiu a oportunidade de trabalhar na turnê da Madonna. “Foi inacreditável. Mais ou menos dois anos e meio depois que eu tinha chegado em Los Angeles, estava saindo para fazer a turnê ‘Rebel Heart’, que foi uma turnê internacional. Eu fui, na verdade, o coordenador de camarim da Madonna. Era o único brasileiro na turnê. Isso me deixou bastante feliz e orgulhoso. É inacreditável olhar para trás e ver que, em tão pouco tempo aqui, consegui realizar aquilo tudo”, confessou.

 

 

Ao lado da Rainha do Pop, Bruno visitou China, Japão, Filipinas, Nova Zelândia, Austrália, entre outros destinos. Após sete meses de turnê, ele retornou a Los Angeles. Em seguida, trabalhou na produção da turnê do Puff Daddy, que rodou os Estados Unidos.

 

“Depois dessas duas turnês eu queria uma vida mais tranquila de ficar em um lugar porque é difícil ficar viajando o tempo inteiro. Foi quando o meu chefe da turnê com a Madonna me contatou com a produção de Drag Race. Ele é muito próximo da Michelle Visage, que é jurada no show, e aí rolou essa ponte e fui apresentado à produção”, descreveu. 

 

Bruno contou que seu trabalho no Drag Race começou após participar da gravação de um clipe de uma música do Elton John com drag queens. “Quando comecei a fazer Drag Race, depois do music video do Elton John, eles disseram que eu faria um ou dois episódios. Não sabia quantos faria. Hoje em dia, estou lá faz cinco anos praticamente. Fiz várias coisas, vários episódios, vários Drag Race e All Stars. Foi uma oportunidade incrível,  abriu várias portas para mim”, celebrou.

 

 

 

“É claro que eu tenho orgulho de estar no Drag Race, não só porque o show abriu várias portas pra mim, mas porque respeito muito a ideia do show, é um entretenimento incrível, que saiu da comunidade gay e os héteros e todo mundo estão assistindo. Acho uma atração muito importante para comunidade e fico feliz que a plataforma drag saiu daquela coisa periférica e está sendo mais respeitada no mundo e espero que isso aconteça também no Brasil”, avaliou o pit crew. “Me tornei um fã do show depois que comecei a trabalhar. RuPaul é uma pessoa incrível e é claro que cada temporada que trabalho fico querendo saber, assim como vocês espectadores, porque não tenho oportunidade de assistir tudo. Mas digo que a melhor coisa de estar no set, de estar gravando: poder assistir em primeira mão, ver as performances e os lip sync, saber quem saiu… e tudo isso é especial e bem legal”, revela o baiano.