Tag Nerd: Crítica da live action de Monster High
Depois de Barbie e Ever After High, Monster High é minha animação favorita de infância. De esmalte a mochila, eu era uma verdadeira fã.
Tempos maravilhosos.
As animações sejam elas em 2D ou 3d, traziam consigo questões sobre amizade, respeito, amor, coragem e ‘igualdade’, não importa se você é diferente, criaturas horripilantes ou não você é bem vindo a Monster High. Repleto de contos de aventuras ‘horripilantes’ com personagens de filhos e filhas de grandes ícones de histórias de horror. Do Drácula ao Fantasma da Ópera, as ‘monstrinhas’ conseguem salvar a escola e ainda usam roupas de assombrar.
Porém, a felicidade de pobre dura pouco e alguns anos depois a Mattel fez outras adaptações em 2D, o que aconteceu para as histórias chegarem àquele ponto?
Se você acredita que sua infância já não foi destruída o suficiente, imagine quando me senti ao ver o trailer da live-action de Monster High (2022)?
Foi terrível.
Não sei onde a Paramount colocou o dinheiro naquela produção, porque até eu com R$ 350,00 e seis amigos consigo fazer uma produção,roteiro e direção melhor que aquilo.
Claro que em adaptações sempre haverá mudanças, e o que se espera é que elas sejam positivas, não um cosplay barato, e uma maquiagem de centavos.
A adaptação quebra a história original das personagens, os casais, os figurinos, além de todo empoderamento das garotas que foi traçado durante as animações. Sem contar que o conceito de representatividade abordada no filme, acabou por ser tão ruim que a única coisa que passa na sua cabeça é ‘????’
O filme até tenta – na verdade, nem tentou – trazer alguma moral na história e na jornada da Clawdeen, mas não há exatamente 'ânimo' em esperar que ela consiga algo. Porque na animação a lobinha era estilosa, corajosa e forte no filme? Só tem voz bonita. A Frankie? Parece uma enciclopédia ambulante, o que não é cabível no conceito da garota gentil e persistente da história dos desenhos.
Chega a ser desestimulante.
Uma coisa foi adaptar o Clube das Winx, que conseguiu render bastante em muitos quesitos. Outra coisa é trazer personagens em peso como uma mera fanfic da internet.
Há tantos buracos no roteiro, que perdi a conta. Sem contar que o filme de 1h30, parece ter duas horas de puxa-saco. Foi frustrante, decepcionante e horrendo, já vi adaptações ruins como Fallen (2016), – que agora terá uma série, eu nem quero imaginar – mas com certeza desde o trailer a expectativa para essa live action foi a mesma: nenhuma.
Se queriam fazer uma bastava pegar a história de Monster High: Uma Festa de Arrepiar (2012), ou juntar os 10 primeiros episódios da primeira animação em um só, simples assim.
OBS: São tantos defeitos que esse resumo é insuficiente para trazer todos os detalhes.
Ao que tudo indica haverá uma continuação em 2023.
Avaliação: 0.5, porque a única coisa que se salva são as músicas aleatórias, em momentos que não tinha necessidade.