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Coluna BBBN: Laís merecia sair, mas pagou com a língua por rebater a retórica

Por Ian Meneses

Coluna BBBN: Laís merecia sair, mas pagou com a língua por rebater a retórica
Foto: Reprodução/Globplay

Já era dado como certo que assim que Laís batesse no paredão, ela iria dar adeus ao prêmio de 1,5 milhão. Inclusive, numa edição da coluna, semanas atrás, relatei a falta de esperteza do elenco em não ter colocado a fiel parceira de Bárbara no paredão seguinte que eliminou a gaúcha. 

 

Vendo o jogo agora, porém, constato que seria melhor ela ter saído na época. Como venho dizendo, Arthur só cresce enquanto tiver alguém para ele bater de frente e jogar algo como: Isso é você que está dizendo. Laís deu gás para o moço incompreendido. Mas vamos em frente eliminando todos os rivais dele, uma hora ele vai procurar alguém para crescer e não vai achar. 

 

Obviamente, ela sairia com uma rejeição alta considerando o paredão triplo, mas chegar aos 91% diz muito mais sobre a torcida de Arthur, do que da própria eliminada. É uma torcida grande, forte, engajada e organizada. Afinal, na véspera, a goiana, que vale destacar foi a indicada do próprio Arthur no paredão, não só continuou a rivalizar com ele como pegou o moço numa contradição de momento.

 

Enquanto ele criticava Laís sobre um fato passado que justificou a sua posição no ranking do “Jogo da Discórdia” da médica, o ex-Rebelde justificou as posições de alguns de seus colegas confinados sobre o mesmo argumento de rusgas passadas. Como, por exemplo, um desentendimento antigo dele com Jessi. Laís foi achar de acertar, ao expor a contradição, apenas aos 45 do seu segundo tempo. Já era tarde.

 

Mas os fãs vão me dizer: “Mas nada a ver isso. Ele coloca quem ele quiser no ranking dele”. É quando o fiel torcedor passa a justificar o que não tem necessidade. É um fato, todo mundo viu, ele foi contraditório sim. Aí o fã vai falar: “Nossa… Arthur não pode cometer um errinho, que vão tudo em cima”. É aí que tá. Quando a gente toma alguém como preferido no BBB tendem a não querer enxergar erros e, quando não tem jeito, os minimizam. Aí outro fã vai dizer: “E você, cancelador de Arthur, só fica de hate, de ranço!”. 

 

E vai ter aquele fã mais profundo, que vai argumentar de fato: “Mas Arthur precisa ser coerente com ele e com os outros, ele não vai puxar o saco de alguém quando na realidade não está tendo bom contato. Ou ele não vai colocar Lucas como o melhor no ranking do jogo só por causa de uma liderança que ambos conquistaram”. 

 

Você pode até achar que eu sei as respostas porque a verdade seria essa. No entanto, não se trata de admitir supostas verdades, mas sim de ver comportamentos do público se repetirem. Com as mesmas justificativas, os mesmos fios de raciocínio, os mesmos argumentos. Só muda, na real, de quem se fala. E quem se fala tem o trunfo da boa oratória, que convence mais pela forma do que pelo conteúdo.