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Ildazio Jr.: Sobre a nova música, old players, teimosia & pouca criatividade

Por Ildazio Jr.

Ildazio Jr.: Sobre a nova música, old players, teimosia & pouca criatividade
Foto: Henriqueta Alvarez / Divulgação

Abro meu texto assim, desta feita, citando e sugerindo aos players do entretenimento que leiam o livro que mais me marcou, do italiano Domenico de Masi, intitulado “CRIATIVIDADE & Grupos Criativos”. Nele, o autor explica como o homem descobre a criatividade e inventa o futuro! Porque das duas uma: ou os empresários estão sem nenhum tipo de criatividade ou se sentem cansados a possíveis incursões pelo que acontece de novo no cenário artístico – ou melhor, na nova música para dançar na rua que está acontecendo em alta por toda cidade e já sendo até exportada! 

 

Aqui, com meus botões, fico matutando como os capitães que dominam o mercado ainda resistem a serem mais criativos e se ressignificarem enquanto empreendedores e artisticamente. Resistem em ir a campo com estratégias, objetivos traçados – lógico, usando todo o seu poder e influência – para descobrir, se inteirar das novas propostas artísticas, talentos, produtores, coletivos criativos, frentes musicais atuais. Assim teriam um campo para investir e/ou formar parcerias comerciais da hora (olha no que deu a parceria do Àttooxxá com Anitta) com o que já está aí explodindo pelos quatro cantos da terrinha, em um remodelado DNA da batida afro, do tambor, dos samplers, bons sons que a Bahia sempre produziu, fazendo todo mundo mexer, remexer, copiar e se impressionar! 

 

Vi na mídia que um candidato na eleição promoveu (e falo aqui com todo respeito sempre, pois está atuando como deve um representante e interlocutor de uma categoria)  uma reunião entre esses importantes empresários com o prefeito.  Na verdade, uma reunião que não decide nem objetiva nada além de ratificar apoios políticos das partes. Todo mundo já sabe que sem vacina já era festa e evento tão cedo! Mas não seria um momento ideal para, aproveitando esse revés,  pensarem juntos, o poder público e privado, em promover um grande festival para descobrir talentos?! Assim, daqui a 1 ano, quando tudo estiver normal, se teria uma série de produtos já sendo trabalhados, se encaminhando para mais um forte movimento artístico baiano que o Brasil tanto espera! Agora, se não investirem na cultura do novo, acompanharem o que se toca e ouve hoje em dia, ficarem esperando do nada aparecer uma nova geração artística que se assemelhe ao que estão acostumados, ou ficarem só no que míngua a cada ano, de nada adianta apoio de políticos sensíveis à causa. Pois não terão na prateleira coisa alguma que desperte o interesse do consumidores, turistas e que permita a formação de um novo mercado forte! 


 
Parece que todos os envolvidos com o Entretenimento e Carnaval detêm um poder em torcer o nariz ainda para o novo (me lembro do BaianaSystem em 2012, quando me disseram que era música para tocar em “brega”). E, assim, vão travando o mercado, se  distanciando em aprender como ganhar grana com o que é tendência, se suavizar  sem perder a tradição, sem, de maneira nenhuma, abandonar o que temos de clássico! Posto isto, aproveito para propor a quem interessar: tratar o Trio Elétrico na Bahia como se tratam as Escolas de Samba no Rio de Janeiro de uma vez por todas! Vamos eternizar o nosso grande patrimônio que promoveu uma revolução no entretimento mundial e pode, ainda, promover muito a tal da maior festa do planeta! Tem que se objetivar, o quanto antes, uma ideia para lá de antiga, que é esse espaço como o Sambódromo no Rio! AXÉZÓDROMO – ou sei lá o nome –, com museu, bar, restaurante, horários adequados para desfile, custos menores de seguranças , cordeiros... Se ter todo ano um espaço próprio para que eventos e festas aconteçam, além de um caminho para uma retomada dos blocos, valorização maior dos camarotes em um carnaval turístico e rentável! Claro que tem que abrir espaço para mais e mais carnavais de bairros, desocupar a Barra de trios e estruturas que hoje não justificam mais existir e geram uma série de conflitos, levar os trios e artistas para o Campo Grande sem cordas e manter o clássico carnaval do Pelourinho! Garanto que estaríamos reconstruindo com muita assertividade esse Frankstein que se tornou nosso carnaval!

 

Mas, para isso, além da infra e trânsito que já possuem, é preciso ter disposição, planejamento,  vontade e CRIATIVIDADE! Este último – item que, tenho convicção, é muito pouco explorado. Muita coisa copiada ou importada, ninguém merece!   

 

Ah, leiam o livro que indiquei acima. Ele pode ser um belo começo para nossa retomada!

 

Axé!