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Luis Ganem: O dia depois do amanhã

Por Luis Ganem

Luis Ganem: O dia depois do amanhã
Foto: Divulgação

Já há alguns anos, o mercado musical e seus modelos no formato como conhecemos vem definhando com o advento das novas tecnologias. Desde a questão fonográfica, que envolve diretamente as gravadoras, passando pela pré-venda de shows – anúncios, métrica social e etc..., chegando à execução musical – o que é feito por uma estação de rádio –, tudo mudou com o passar do tempo.

 

Mudou e vem mudando de forma rápida, mas por ser tão rápida e pela vida tão dinâmica que temos, acaba sendo imperceptível aos olhos, ou ao menos passa despercebido.

 

Acompanhar a velocidade das mudanças tecnológicas no mundo da música é algo em igual peso a de um advogado diariamente verificar as mudanças de decisões da Justiça. Hoje quem não faz, fica para trás em relação aos demais.

 

E isso que estou falando está acontecendo agora, neste momento, no mercado musical. Artistas que outrora não se “ligavam” na tal da tecnologia, estão sendo obrigados a pôr pra fora o inconformismo com o mundo moderno e ficar por dentro do mundo hi-tech.

 

Se existe uma preocupação de como ficará o entorno geral do mercado musical, algumas ideias, mesmo com um quê de amadoras, vêm sendo colocadas no “tubo de ensaio” e começado a aparecer. Por esses dias mesmo, foi feito um som em formato de live pelo cantor Bell Marques com seus filhos Rafa e Pipo Marques, e também pela cantora Claudia Leitte – isso em se tratando de artistas baianos, voltados para o ritmo axé. O mesmo vem se repetindo com streaming de vídeo Brasil afora, com artistas da nova geração e de longa estrada como Flávio Venturini, Guilherme Arantes, Ivan Lins, dentre outros. 

 

É fato que o formato do artista como conhecemos hoje pode estar com seus dias contados. Talvez na pior das análises, em uma volta aos idos da idade média – numa pegada menestrel digital – com as suas devidas proporções. Digo menestrel digital pois, também com o advento das novas tecnologias, já vemos artistas fazendo shows sozinhos no palco, mas com um som de banda completa, feita com um simples disparo de sampler – a grosso modo, equipamento que reproduz de forma individual e coletiva sons de instrumentos.

 

Podem dizer que estou sendo exagerado. Mas, como não ser? É certo que o nosso mercado vai e precisa continuar. Já foi dito pelos oráculos de respostas prontas que todo mundo vai perder os empregos – em se falando do mercado musical –, mas e as novas fórmulas? Mesmo que laboratoriais, é preciso efetivar novos conceitos, é preciso dar novas ideias que deverão ser ajustadas e formatadas para essa nova realidade. 

 

A forma como se é conduzida a música e como ela será vendida, perpassa não somente pela tecnologia, mas também pelos ajustes sociais que existirão depois de achada a cura para a Covid-19. Enquanto isso não acontece, é preciso ensaiar novas fórmulas de manter um mercado em movimento e conseguir provir as novas formas que virão.

 

Elas já estão sendo colocadas em prática por artistas consagrados como Gusttavo Lima, mas também chegarão aos novos, do seu modo e jeito. Como? No próximo texto, falo sobre isso.

 

No mais, #fiqueemcasa.