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Ildazio Jr.: Somos todos digitais ou como o entretenimento mudou de vez

Por Ildazio Jr.

Ildazio Jr.: Somos todos digitais ou como o entretenimento mudou de vez
Foto: Henriqueta Alvarez / Divulgação

Prezados, tempos difíceis, tempos de mudanças abruptas, de seca e acima de tudo de se repensar, quer seja sua vida, seu mercado de trabalho mas, principalmente, a sua fé!  

 

Bom... Falando em mercado de trabalho, eis que a única saída – espero que temporária – para toda a indústria de entretenimento no mundo é a cena digital, a internet! Há muito tempo ela vem se encorpando, até se agigantando como um todo, porém especificamente no campo da música e show business em um ritmo diria diferente, pois sempre esteve como um fator agregador, um complemento de divulgação ou pouca monetização (para artistas). Salvo, é claro, os Kondzillas da vida e alguns que conseguiram emplacar sua carreira “focada” nelas e não partindo do presencial para o digital. Ou seja, a participação da net é fundamental, mas os maiores lucros do show business sempre estão no presencial: bilheteria, cachês, turnês, festivais ou shows mesmo! Mas de repente, não mais que de repente, como diria o poeta Vinícius, tudo mudou. Veio a pandemia, o público sumiu, instaurou-se o isolamento social necessário e não tem para onde correr ou apelar: tem que se mexer e não pode parar! 

 

Mas o não pode parar se dá no mundo digital e, assim sendo, toda cadeia produtiva do setor de eventos terá, queira ou não, que entender mesmo deste universo – onde, tal qual futebol, todos entendem, todos opinam, mas no frigir dos ovos confundem estratégias e técnicas já consolidadas com saber mexer no Instagram e ter filtros da hora! Tem muito influencer para pouco índio!! 

 

Estou pontuando isso porque, devido a tudo que nos assola, existe uma corrida em disparada e normal ao mundo “live”, para se fazer o “ao vivo”, mostrar o que está rolando desde um banquinho e um violão a lançamentos de EPs, clipes, singles e até shows completos com a banda toda, como as mega bandas Metálica, U2, e alguns com mais requintes como a do Gusttavo Lima, que caprichou em cenário, figurino, produção, quantidade de músicas em 5 horas no ar e cantou para 750 mil pessoas!  Já pensou se a moda pega? Ela já pegou, pois como as pessoas estão meio que em um estado de choque com essa nova realidade (no exército as ordens e comandos são dados ao final do dia, pois soldados exaustos tendem a assimilar melhor), a única saída será também a única válvula de escape. Ou seja, conviver com o virtual em termos de aglomeração de pessoas! Imagino os papos e resenhas “normais” do showzaço que o Embaixador fez na net nos tantos grupos de zap! Fulano fez um churras, sicrana uma massa... socializaram na net de vez! 

 

Chegou a hora de todos entenderem melhor e mais a fundo como funciona essa imensa ferramenta que muitos conhecem tão pouco ou superficialmente! Números, métricas, o que serve para quê? Que rede social atinge meu público? Para meu público posta que horas? Anuncia que horas e onde? Vai ter que ter pesquisa, vai ter que ter aprendizado! Aquele investimento contido como apenas um agregador vai mudar e muito! As mídias offline terão mais uma vez que se reinventar e tentar entender como absorvem esse outro novo salto, para estarem inseridas. Afinal, com as ruas vazias, sem carros e com uma TV aberta de baixíssima qualidade, por menor que seja o período, o foco será mais e mais na Big Net. E caso contrário será pra eles algo tipo “depois da queda, o coice”, ou mais uma pá de cal!   


Novos modelos de negócios urgentemente devem ser pensados, artistas devem rever seus planejamentos de carreira, sua comunicação e capacidade de diálogo com seus clientes, fãs, patrocinadores, contratantes e assim o mais breve possível estarem aptos e prontos para um vírus ou algo que o valha. E é isso que nos ensina de imediato essa crise toda, pois é claro que essa onda vai ser contida, mas a contaminação do tsunami net não!