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Coluna

A música como instrumento da fé

Por Luis Ganem

A música como instrumento da fé

Música tem se tornado para mim em alguns momentos, igual aquela frase que se costuma ouvir no futebol: uma caixinha de surpresas. Quando penso que tudo que conheço, ou ouvi na vida está esgotado, vem o destino, e Pimba! Me bate no rosto com força, como que dizendo para eu rever meus conceitos, por que a música, é infinita.

Normalmente sempre demoro uma semana, com raras exceções para comentar algo que tenha ido, ou visto, ou ouvido, e neste caso em questão, fiquei um pouco mais tocado, por se tratar de um evento ligado as igrejas: Católica e Evangélica.

Primeiro, posso dizer que existe música boa além das paredes dos nossos ritmos populares. E isso pude constatar nesse último mês, com dois eventos que me impressionaram e me emocionaram: o clama Bahia, feito pelo pessoal da comunidade evangélica, e o evangeliza Salvador, produzido pela renovação carismática, que é um braço mais jovial da igreja católica.

No primeiro evento, pude verificar a multidão que foi ver o irmão lazaro. Quem é o irmão lazaro? Simplesmente o Lazinho do olodum. Conheço Lazinho a mais ou menos uns dezesseis anos. Naquela época, tinha estourado uma música dele chamada I miss her, que dizia na sua letra em inglês: Oh lord / I'd like to know where she is now
/ If she thinks about me or not
 / Oh not, Oh lord
 / I wanna give her all my love
My life, my heart
And please her.
 
Pois é, conheci esse cara nesta época e para minha felicidade o reencontrei desta vez como o irmão Lázaro, e fiquei tocado com sua fé e com a sua palavra.

Pois bem, em falando um pouco dele, esse rapaz fez um grande sucesso no olodum e depois na carreira solo, mas o sucesso acabou sendo pra ele um grande fracasso coisa que inclusive ele fala no show como testemunho do resgate, e do que a fé fez por ele. Pois essa figura, se tornou para minha alegria, o irmão Lázaro que estava naquela noite, estava levando ao que vi, uma multidão ao seu show.
 
E o segundo foi o Evangeliza Salvador, que confesso pouco tinha ouvido falar, mas que também me deixou emocionado, com a fé, com a alegria, e também com o formato que ele se propõe. Se não soubesse que estava ali vendo um show da igreja católica diria que era um show normal. Das coreografias, as palmas em nada lembra um show de música católica a não ser quando se percebe, que as letras, sempre evocam a presença do Espirito Santo.
 
E como surpresa maior deste evento foi ter conhecido a cantora Eliana Ribeiro, que estava lançando seu mais novo trabalho (barco a Vela) e que, confesso, não fazia a mínima ideia de quem era mas, que roubou minha atenção pela voz, pelo carisma, e pelo domínio tranquilo a multidão ali presente.

Olha foram dois momentos tão contemplativos, tão sinceros na sua forma de ser, que conseguiram tirar da minha cabeça, a ideia absurda vejo agora, de que shows de música gospel ou católica, se direcionam apenas, para velhas carolas e/ou doutrinados evangélicos.
 
Para quem não conhece esses dois artistas que citei, recomendo conhecer um pouco mais. Irmão Lázaro e Eliana Ribeiro, fazem parte de uma turma de artistas que fazem música sem a pretensão do sucesso, sem querem impor a verdade do som deles como absoluta, sem tentar vender uma imagem religiosa, como fazem alguns artistas "falso moralistas" do nosso mercado, mas apenas fazendo boa música em nome da fé, e para quem quiser, ou estiver disposto a ouvir.
 
Senhor, eu sei que tu me sondas!

Luis Ganem
[email protected] / twitter: @luis_ganem