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A World Boxing, entidade internacional que regula o boxe olímpico desde fevereiro, anunciou nesta sexta-feira (30) a implementação de uma nova política de elegibilidade baseada em critérios de sexo, idade e peso. A partir de agora, os atletas precisarão passar por testes genéticos obrigatórios para confirmar o gênero designado ao nascimento e, assim, competir nas categorias masculinas ou femininas.
De acordo com a entidade, a medida tem como objetivo “garantir a segurança de todos os participantes e proporcionar uma competição com igualdade de condições para homens e mulheres”.
O anúncio ocorre no contexto da suspensão da boxeadora argelina Imane Khelif, que não poderá competir na Copa do Mundo de Eindhoven, entre 5 e 10 de junho, nem em outras competições oficiais da entidade até se submeter ao exame genético. Khelif, medalhista olímpica em Paris 2024, foi alvo de boatos durante os Jogos que a identificavam erroneamente como mulher transgênero. Segundo a nova diretriz, atletas que tiverem o gênero formalmente contestado serão suspensos até a conclusão do processo de verificação.
“Esta decisão reflete preocupações com a segurança e o bem-estar de todos os pugilistas, incluindo Imane Khelif, e visa proteger a saúde mental e física de todos os participantes face a algumas das reações que foram expressas em relação à potencial participação da boxeadora na Copa do Mundo de Eindhoven”, declarou a World Boxing em nota oficial.
A política foi desenvolvida por um grupo de trabalho formado por integrantes dos comitês Médico e de Antidoping da federação. Segundo o comunicado, foram consideradas evidências científicas e contribuições de especialistas de diferentes modalidades esportivas.
O teste genético exigido é o PCR (reação em cadeia da polimerase), realizado por meio de amostras de sangue, saliva ou swab nasal. O exame identifica a presença do gene SRY, marcador genético do cromossomo Y, para determinar o sexo biológico.
Serão autorizados a competir na categoria masculina os atletas designados homens ao nascer, com presença do cromossomo Y, ou com distúrbios do desenvolvimento sexual (DSD) com androgenização masculina. Já a categoria feminina será restrita a atletas designadas mulheres ao nascer, com ausência do cromossomo Y ou DSD sem sinais de androgenização masculina.
Nos casos em que houver presença do cromossomo Y em atletas que desejam competir entre as mulheres, o material será submetido a análise por especialistas independentes, que poderão conduzir avaliações clínicas, hormonais, anatômicas ou genéticas adicionais.
Um dos principais esportes olímpicos da Bahia, o boxe pode estar mesmo deixando o programa dos Jogos Olímpicos para a edição de Los Angeles 2028. O futuro da modalidade é incerto pois a Confederação Asiática de Boxe votou contra a opção de deixar a Associação Internacional de Boxe (IBA) para se juntar à World Boxing.
Bia Ferreira durante participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Foto: Gaspar Nóbrega / COB.
A votação foi realizada e os votos foram mantidos em segredo, com 21 países votando a favor de continuar com a IBA, enquanto 14 votaram para se juntar à World Boxing, órgão constituído para administrar o esporte. Houve um voto inválido.
O motivo da votação é que a IBA tem entrado constantemente em desacordo com o COI (Comitê Olímpico Internacional) pelo processo de qualificação para os Jogos de Tóquio 2020 e de Paris 2024. Durante os últimos Jogos Olímpicos, o COI decidiu não reconhecer mais a IBA, o que deixou a presença do boxe em Los Angeles 2028 ainda mais incerta.
Em nota, a IBA comemorou a decisão da Confederação Asiática em permanecer sob a sua gestão, e chamou a votação de intenções "motivadas politicamente".
"Intenções politicamente motivadas de se juntar ao World Boxing apoiadas por alguns membros são imprudentes. Não há lógica em se juntar a uma organização que não tem intenção de que o boxe prospere, mas apenas persegue ambições pessoais de sua liderança. Uma mudança em direção ao World Boxing sem dúvida prejudicará o esporte nesses respectivos países, a tese confirmada pelo desempenho das nações do World Boxing em Paris 2024", diz a nota publicada pela associação.
A IBA ainda completou, chamando a World Boxing de "sem visão e sem experiência", e disse que a World Boxing não tem "programa e nem podem garantir nada".
"O World Boxing, para falar a verdade, não tem finanças, experiência e suporte para organizar grandes eventos adequados, nem meios para apoiar seus membros e nem intenção de desenvolver o boxe. Eles alegam que querem manter o boxe no centro das Olimpíadas, justo; dito isso, eles não se importam com o desenvolvimento do esporte nos países, boxe de base, caminho de desempenho dos atletas. Eles não têm programa, nem visão - apenas uma ideia independente do boxe estar nas Olimpíadas. Isso pode soar poderoso, mas, na verdade, não é o suficiente para que o boxe seja um esporte de sucesso. O boxe não pode sobreviver sem Campeonatos Mundiais e eventos continentais, sem competições para grupos de elite, jovens e juniores. O World Boxing não pode garantir nada; a IBA, por sua vez, pode mostrar ações que apoiem cada palavra dita. Trabalhamos duro em apoio ao boxe de base, ao mesmo tempo em que damos aos boxeadores de elite oportunidades de se destacarem como amadores e profissionais".
Com a Confederação Asiática de Boxe se recusando a se juntar à World Boxing, que está sendo promovida como uma alternativa à IBA, o futuro do esporte nos Jogos de Los Angeles de 2028 está em jogo.
O baiano Keno Marley, um dos novos nomes do Boxe brasileiro. Foto: Wander Roberto / COB
BRASIL FAZ PARTE DA WORLD BOXING
Em agosto, a CBBoxe (Confederação Braisleira de Boxe) anunciou a filiação ao World Boxing, e se juntou a Estados Unidos, Países Baixos, Austrália, Inglaterra, Grã-Bretanha, Nova Zelândia, Canadá, Argentina, Alemanha, Honduras e Suécia.
"Já é tempo dessa solução entre a participação em Jogos Olímpicos e entidade internacional findar e nos parece que é esse o caminho. Se não for de imediato, será em um futuro breve", disse, na época, Marcos Brito, residente da CBBoxe.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.