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O longa 'O Agente Secreto' terá uma sessão especial apresentada por Walter Salles em Los Angeles.
O diretor, último representante do Oscar de Melhor Filme Internacional com 'Ainda Estou Aqui', irá participar de um evento no Museu da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que contará também com a presença do diretor do filme, Kleber Mendonça Filho, que vem sendo cotado para representar o Brasil na premiação em 2026.
A estreia do filme no Brasil acontecerá no dia 6 de novembro, via Vitrine Filmes. No Reino Unido, Irlanda, Índia e (restante da) América Latina, o longa será exibido através da MUBI. E nos Estados Unidos, a NEON comprou os diretos para a exibição.
SOBRE O FILME
A produção conta a história de Marcelo, um especialista em tecnologia que tenta deixar para trás um passado cheio de mistério.
Ambientado no Recife de 1977, acompanha o retorno do profissional a cidade natal em plena semana de carnaval, e a descoberta feita por ele, de que a capital pernambucana está longe de ser o refúgio que imaginava.
Além do baiano, o filme tem no elenco Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Alice Carvalho, Italo Martins, Thomas Aquino, Udo Kier, João Vitor Silva, Hermila Guedes, Licínio Januário, Isabél Zua e mais.
O longa 'Ainda Estou Aqui', segue conquistando prêmios mesmo após um ano do seu lançamento. A produção de Walter Salles recebeu o prêmio de melhor filme do ano pela Fipresci, a Federação Internacional de Críticos de Cinema, em premiação inédita para o Brasil.
Pela primeira vez na história, um filme brasileiro recebe a maior honraria da instituição, conhecida como Grand Prix.
O prêmio foi concedido após uma votação online que contou com 739 jornalistas de 75 países. A premiação, que existe desde 1999, elege o trabalho mais aclamado pelos críticos ao longo do ano.
O prêmio será entregue a Walter Salles na cerimônia de abertura do 73º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, que acontecerá no dia 19 de setembro.
Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme acompanha a história de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres), que lutou incansavelmente para que a morte de seu marido, Rubens Paiva, durante a ditadura militar, fosse reconhecida.
Além do novo Grand Prix, a produção já coleciona mais de 60 prêmios, tanto no Brasil quanto no exterior.
"Ainda Estou Aqui" fez história ao conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional, um feito inédito para o cinema brasileiro. A atriz Fernanda Torres também foi premiada com o Globo de Ouro de Melhor Atriz em filme de drama.
A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) aprovou, por unanimidade, uma homenagem ao cineasta Walter Salles, diretor do filme “Ainda Estou Aqui”. Nesta terça-feira (6), os deputados estaduais aprovaram a entrega da Comenda Dois de Julho, a mais alta honraria da Casa, ao cineasta.
A proposta de homenagem a Salles foi sugerida pela deputada estadual Maria del Camen (PT). No projeto, a parlamentar elenca a história de Ainda Estou Aqui com o período da ditadura, visto que a obra é protagonizada por Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, que foi morto durante o regime. Segundo a deputada, o filme dirigido por Walter Salles provoca uma “reflexão dolorosa” sobre a ditadura brasileira, que perdurou de 1964 até 1985.
Ao longo do texto, a petista também ressalta a história de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres no longa-metragem. A deputada também citou a direção de Walter Salles no filme “Central do Brasil”, que resultou na indicação de Fernanda Montenegro ao Oscar de Melhor Atriz em 1999.
“E aqui mais uma vez, o grande diretor Walter Salles, o mesmo do filme ‘Central do Brasil’ que mencionamos inicialmente, de forma brilhante, conduziu e transportou para a tela essa história memorável de uma família que tem seu pai levado para ‘interrogatório’ pela polícia opressora do estado, ficando desaparecido para sempre, o Deputado Rubens Paiva. Em paralelo demonstrando a força de uma mulher extraordinária que, nas palavras do próprio Diretor, ‘resolveu não se curvar’ ao desespero, mantendo-se firme para criar os seus filhos e persistir”, afirmou a deputada no texto.
No ano passado, em apenas 35 dias de exibição, Ainda Estou Aqui se tornou o filme nacional mais assistido da Bahia desde 2021, superando o público de ‘Ó Pai, Ó 2’ (2023), ‘Medida Provisória’ (2022) e ‘Marighella’ (2021).
Os dados são do Sistema de Controle de Bilheteria, divulgados pela Agência Nacional de Cinema (Ancine). Até 4 de dezembro de 2024, o filme alcançou 97.706 espectadores no estado, com aproximadamente 62,9% do público em Salvador.
A atriz Fernanda Torres e o cineasta Walter Salles foram premiados na 12ª edição dos Prêmios Platino del Cine Iberoamericano, realizada neste domingo (27), em Madri, na Espanha. Fernanda levou o troféu de melhor atriz, enquanto Salles venceu na categoria de melhor direção pelo longa-metragem "Ainda Estou Aqui".
Os dois não compareceram à cerimônia, realizada no Palácio Municipal IFEMA Madrid. As estatuetas foram recebidas pela atriz Valentina Herszage, que interpreta Vera Paiva no filme, e pelo produtor Rodrigo Teixeira.
"Ainda Estou Aqui" também concorreu como melhor filme ibero-americano na premiação. Inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o longa é o primeiro filme Original Globoplay e retrata a história real de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres), advogada e ativista que passou quatro décadas em busca da verdade sobre o desaparecimento e assassinato de seu marido, Rubens Paiva (Selton Mello), durante a ditadura militar no Brasil.
Em março deste ano, "Ainda Estou Aqui" já havia feito história ao conquistar o Oscar de melhor filme internacional, tornando-se a primeira produção brasileira a vencer a categoria.
O diretor Walter Salles, responsável pelo longa 'Ainda Estou Aqui', vencedor do primeiro Oscar do Brasil na categoria Melhor Filme Internacional, já tem uma nova produção para chamar de sua após o sucesso do filme com Fernanda Torres.
Em entrevista ao jornal "El País", do Uruguai, o brasileiro confirmou que é diretor de uma adaptação do livro "El Secuestro de los Born", da jornalista argentina María O’Donnell.
O livro conta a história do sequestro de Jorge e Juan Born, herdeiros da Bunge y Born, principal grupo econômico na época da ditadura na vizinha Argentina. O crime aconteceu em setembro de 1974 e ficou conhecido como o “sequestro mais caro da história” por causa dos 60 milhões de dólares pagos de resgate.
O cineasta brasileiro Walter Salles deve ser homenageado na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) após ter dirigido o filme “Ainda Estou Aqui”, que foi agraciado com o Oscar de Melhor Filme Internacional, sendo a primeira estatueta da história do Brasil. Em Projeto de Resolução (PRS) protocolado na AL-BA nesta quinta-feira (6) pela deputada a estadual Maria del Camen, o cineasta pode receber a mais honraria da Casa, a Comenda Dois de Julho.
“Pela contribuição significativa e maravilhosa do nobre Diretor Walter Slales é que entendo mais do que merecido a condecoração do Cineasta e Diretor Walter Salles com a Comenda 2 de Julho. Nada mais propicio para alguém que representou através da sétima arte”, disse Del Carmen.
No projeto, a parlamentar cita o recebimento do primeiro Oscar do cinema brasileiro e elenca a história de “Ainda Estou Aqui” com o período da ditadura, visto que a obra é protagonizada por Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, que foi morto durante o regime. Segundo a deputada, o filme dirigido por Walter Salles provoca uma “reflexão dolorosa” sobre a ditadura brasileira, que perdurou de 1964 até 1985.
“E o Brasil continua a fazer história no cinema mundial quando recentemente conquistou o seu primeiro Oscar, na categoria de Melhor Filme Internacional, retratando uma história emocionante, uma reflexão dolorosa sobre a memória de um período sombrio da história nacional, num período em que o Brasil foi dominado por um estado de exceção, por uma ditadura militar que durou 24 anos. E um lembrete de que o Brasil nunca se desligou de seu passado – um passado que, por mais que tentem esconder, jamais se apagará, pois ele ainda vive nas cicatrizes de uma nação”, escreveu Del Carmen no Projeto de Resolução.
Ao longo do texto, petista também ressalta a história de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres no longa-metragem. No PRS, a deputada também citou a direção de Walter Salles no filme “Central do Brasil”, que resultou na indicação de Fernanda Montenegro ao Oscar de Melhor Atriz no ano de 1999.
“E aqui mais uma vez, o grande diretor Walter Sales, o mesmo do filme ‘Central do Brasil’ que mencionamos inicialmente, de forma brilhante, conduziu e transportou para a tela essa história memorável de uma família que tem seu pai levado para “interrogatório” pela polícia opressora do estado, ficando desaparecido para sempre, o Deputado Rubens Paiva. Em paralelo demonstrando a força de uma mulher extraordinária que, nas palavras do próprio Diretor, “resolveu não se curvar” ao desespero, mantendo-se firme para criar os seus filhos e persistir”, afirmou a deputada.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou o diretor Walter Salles e a equipe do filme 'Ainda Estou Aqui' pela conquista inédita do Oscar de Melhor Filme Internacional. A premiação ocorreu no último domingo (2), marcando a primeira vitória do Brasil na categoria.
Em vídeo publicado nas redes sociais na terça-feira (4), Lula destacou a importância do feito e elogiou a superação dos artistas brasileiros. “A gente não tem muito o que falar, quando a gente percebe que um brasileiro é capaz de se superar numa arte que, até então, me parece que só americano ganhava. Então, eu quero te dizer que foi uma noite de ouro”, afirmou.
O presidente ressaltou ainda a relevância do filme para o cinema nacional e a cultura brasileira. “Com sensibilidade e profissionalismo, [os artistas e equipe] fizeram com que todos nós sentíssemos orgulho do nosso cinema e da nossa cultura, e compreendêssemos a importância da preservação da memória e da história do nosso país”, declarou.
Pesquisa Ipec divulgada neste domingo (23) pelo colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, revela que a grande maioria dos brasileiros está otimista em relação às chances do filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, conquistar alguma das estatuetas do Oscar. Na cerimônia, que acontece no próximo domingo (2), “Ainda Estou Aqui” concorre nas categorias de Melhor Filme, Melhor Filma Estrangeiro e Melhor Atriz, com Fernanda Torres.
De acordo com o Ipec, 70% dos entrevistados manifestaram seu orgulho pelo fato do filme estar competindo no Oscar neste ano de 2025. Essa taxa é formada por 39% que disseram estar “muito orgulhosos” do sucesso do filme, enquanto 31% disseram estar “orgulhosos”. 8% afirmaram se sentir pouco orgulhosos, e 12% manifestaram que não sentiram nenhum orgulho com o feito alcançado pelo filme.
Entre jovens de 16 a 24 anos o entusiasmo é maior, com 77% demonstrando algum grau de orgulho com o filme. Na avaliação por faixa etária, a maior soma de orgulho está entre as pessoas que já passaram dos 60 anos, com 61% de respostas positivas. A taxa de orgulho chega a 80% entre os eleitores do presidente Lula, e de 62% entre os que disseram ter votado em Jair Bolsonaro.
O Ipec perguntou também se o brasileiro está otimista em relação às chances de “Ainda Estou Aqui” ganhar alguma estatueta no domingo que vem. A grande maioria disse estar sim otimista. Cerca de 26% dos entrevistados dizem que estão “muito otimistas”, e 38% afirmaram estarem “otimistas”, o que mostra um percentual total de 64% de otimismo em relação à vitória da produção brasileira como melhor filme do Oscar.
O otimismo dos entrevistados pelo Ipec aumenta em relação às chances de Fernanda Torres: 31% se dizem “muito otimistas”, e 36% “otimistas”, o que revela um total de 67% de otimismo de que a atriz brasileira irá superar as suas quatro concorrentes na votação da Academia do Oscar.
O diretor de ‘Ainda Estou Aqui', Walter Salles, comemorou, nesta quinta-feira (23), as três indicações ao Oscar recebidas pelo filme. A produção, primeiro longa-metragem Original Globoplay, é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva.
O filme foi indicado, na manhã desta terça-feira, nas categorias de ‘Melhor Filme’, ‘Melhor Filme Internacional’ e ‘Melhor Atriz’, pelo trabalho da atriz Fernanda Torres. Essa é a terceira produção de Walter Salles a ser indicada ao Oscar.
“Muita alegria e emoção pela indicação tão merecida da Nanda, 26 anos depois de dona Fernanda, e do filme. Esse é um momento de celebração não só para todos nós que fizemos ‘Ainda estou aqui’, mas para a cultura brasileira”, afirmou o cineasta, em nota enviada ao jornal O Globo.
“A trajetória do filme pelo mundo foi construída por uma família muito pequena de pessoas, sem festas ou jantares, falando sobre o que importa: cinema”, completou.
A atriz Fernanda Torres ganhou na madrugada desta segunda-feira (6) o prêmio do Globo de Ouro, como melhor atriz em filme de drama, por sua atuação em "Ainda estou aqui". A atriz brasileira concorreu com nomes como Nicole Kidman, Angelina Jolie, Tilda Swinton e Kate Winslet.
O filme, dirigido por Walter Salles, conta a história de Eunice Paiva, advogada e esposa do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar no Brasil. Eunice, que é mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva, passou 40 anos procurando a verdade sobre seu marido, interpretado por Selton Mello.
No discurso da vitória neste domingo, Fernanda Torres dedicou o prêmio à mãe, a atriz Fernanda Montenegro. Essa é a primeira vitória do Brasil no Globo de Ouro desde 1999, quando "Central do Brasil", que tem Fernanda Montenegro no papel principal, venceu como melhor filme em língua estrangeira.
"Quero dedicar esse prêmio à minha mãe. Vocês não têm ideia... Ela estava aqui há 25 anos. Isso é uma prova de que a arte pode permanecer na vida das pessoas, mesmo em momentos difíceis, como os que Eunice Paiva viveu", disse Fernanda Torres ao receber o Golden Globe.
"Enquanto vemos tanto medo no mundo, esse filme nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos difíceis como esses", disse ainda a atriz, que também fez um agradecimento a Walter Salles, diretor de "Ainda Estou Aqui", além de seu marido, Andrucha Waddington, e o ator Selton Mello.
Mais cedo, o filme "Ainda estou aqui" não ganhou o Globo de Ouro de melhor filme em língua não inglesa. O prêmio foi para o francês "Emilia Pérez", maior indicado da noite, com dez indicações no total.
A premiação gerou grande repercussão nas redes sociais, recebendo uma onda de aplausos do público. Até mesmo a página oficial do Globo de Ouro destacou o feito com uma emocionante homenagem a Fernanda
Hey Fernanda, you're looking like a #GoldenGlobes award winner! ???? pic.twitter.com/cC6thSIsQY
— Golden Globes (@goldenglobes) January 6, 2025
O longa 'Ainda Estou Aqui', ganhador do melhor roteiro no Festival de Veneza, foi o escolhido pelo Brasil para disputar uma vaga no Oscar 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional. O anúncio foi feito pela Academia Brasileira de Cinema na manhã desta segunda-feira (23).
“Estou orgulhosa de presidir essa comissão, que foi unânime na escolha desse grande filme sobre memória, um retrato emocionante de uma família sob a ditadura militar. ‘Ainda Estou Aqui’ é uma obra-prima, sobre o olhar de uma mulher, Eunice Paiva, e com atuações sublimes das duas Fernandas. Esse é um momento histórico para nosso cinema. Não tenho dúvida que esse filme tem grandes chances de colocar o Brasil de novo entre os melhores do mundo. Nós, da indústria do audiovisual brasileiro, merecemos isso”, disse Bárbara Paz, presidente da Comissão de Seleção.
A produção de Walter Salles, que está em exibição exclusiva no Cine Glauber Rocha, em Salvador, estava entre os seis filmes finalistas aprovados pela ABC para concorrem a uma vaga para representar o Brasil no Oscar.
As outras opções eram: "Cidade Campo", de Juliana Rojas; "Levante", de Lillah Halla; "Motel Destino", de Karim Aïnouz; "Saudade Fez Morada Aqui Dentro", de Haroldo Borges; e "Sem Coração", de Nara Normande e Tião.
Em 'Ainda Estou Aqui', o público tem o reencontro do diretor Walter Salles e a atriz Fernanda Montenegro, que deixaram a marca no cinema nacional ao levarem "Central do Brasil" (1998), para o Oscar, além de render uma indicação para a veterana na categoria Melhor Atriz.
No filme, que é uma adaptação do livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, de 2015, é contado a história de Eunice (Fernanda Torres), que estudou Direito e se reinventou como uma das mais importantes ativistas dos Direitos Humanos no Brasil depois do assassinato de seu marido, Rubens Paiva (Selton Mello), pela ditadura militar em 1971.
O documentário "Narciso em Férias", que narra o período em que o cantor e compositor Caetano Veloso esteve encarcerado pelo regime militar brasileiro, será lançado no Globoplay e no Festival de Veneza no próximo dia 7 de setembro. Dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil e co-produzido por Paula Lavigne, Uns Producoes, com a VideoFilmes de Walter Salles, o longa ganhou um trailler nesta segunda-feira (31), divulgado pela revista Variety.
Em entrevista à revista gringa, Caetano comentou que o lançamento do filme é oportuno, pois, seria um contraponto para o discurso do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) que defende a ditadura militar no Brasil como algo positivo. "Eles estão tentando lançar uma luz positiva. Portanto, é hora de falar sobre esse período da maneira que faço no filme agora", afirmou o artista.
O filho de Dona Canô, disse ter uma memória muito clara do período em que ficou preso, em 1968, o que fez com que escrevesse um capítulo dedicado ao episódo em "Verdade Tropical", sua autobiografia lançada em 1997.
"Minha gerente, que também é minha esposa (Paula Lavigne), achou que deveríamos fazer isso agora no filme. Ela convidou alguns diretores que haviam feito um trabalho maravilhoso sobre um festival de música ... Todos nós íamos fazer um documentário completo com muitas entrevistas e locações definidas e coisas assim. Mas eles começaram me entrevistando. Quando a entrevista - que fizemos em duas sessões - acabou, eles decidiram que isso seria o suficiente", revelou.
Apesar de temer que possa haver uma reação por parte do governo, Caetano diz que, por estarmos "formalmente sob uma democracia", vê atos como a censura ou punições praticadas durante a ditadura mais difíceis de serem realizados.
Para ele, a experiência de poder falar sobre esse período em frente às câmeras tem um potencial de cura. "Quando você tira isso do peito, tem um efeito curativo, você não pode negar isso", concluiu o santamarense.
A revista Variety ainda conversou com Walter Salles, que relatou detalhes sobre o processo de produção de "Narciso em Férias" e contou que as memórias de Caetano Veloso na prisão "permitem-nos compreender o que significa a perda da liberdade a nível pessoal, mas também colectivo". "É raro sentir tamanha lucidez e humanidade nas próprias reminiscências - daí sua universalidade. Foi isso que nos trouxe ao projeto", completou.
“Na estrada” é o terceiro longa dirigido por Walter Salles a ser exibido no festival de Cannes. "Diários de Motocicleta" e "Linha de Passe" também foram apresentados na mostra.
A ideia inicial era fazer um documentário sobre Kerouac, a geração beat e essa cultura de drogas e libertação sexual. "Reencontrei pessoas que viveram essa época e pessoas influenciadas pelo livro, como [o diretor] Wim Wenders. Foi incrível. Conheci pessoas de 80 anos ainda jovens", acrescentou. Mesmo com a mudança de ideia, Salles continuou produzindo o documentário e pretende lançá-lo até o final deste ano. "É um documentário sobre tornar um filme possível", afirmou.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Tiago Correia
"Na verdade o medo deles é que Neto seja o candidato. Ele é o mais competitivo e que lidera as pesquisas. Na eleição passada eles fizeram o mesmo".
Disse o deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Tiago Correia (PSDB) ao comentar os rumores de que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), poderia desistir de disputar o governo da Bahia em 2026.