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virose em salvador
Diarreias, dores no estômago, enjoo, fadiga, dores no corpo e na cabeça. Esses são alguns dos principais sintomas da virose causada pelo norovírus. A doença ocasionou um aumento no número de casos de virose, na cidade de Salvador, durante as últimas semanas.
Segundo a Secretária Municipal de Saúde (SMS), as notificações da enfermidade na capital baiana têm acontecido nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), onde foram registrados 84.441 mil acolhimentos em abril e 88.077 atendimentos no mês de março.
Para entender melhor o que está causando o aumento desses casos na capital baiana e também saber as formas de se proteger dessa virose, a reportagem do Bahia Notícias procurou uma especialista da área para falar sobre a doença.
Segundo a infectologista Clarissa Cerqueira, o norovírus é um tipo de vírus RNA de cadeia simples em sentido positivo, sem cápsula viral, que pode ser transmitido através da rota fecal-oral, sendo transmitida via oral-fecal por meio da água e alimentos contaminados ou através do contato com pessoas infectadas.
“O principal vírus que causa diarreia, em geral diarreia com vômitos, mas para eu falar que é norovírus. A gente chama que é uma doença de transmissão fecal oral, porque o vírus é eliminado nas fezes e tudo que for contaminado com fezes com mão mal lavada, alimentos água contaminada tudo isso pode transmitir”, disse.
A infectologista explicou ainda as principais formas de prevenção contra a doença. “Então, resumindo é [uma doença] via fecal-oral, mas na prática para exemplificar é alimentos contaminados, água contaminada; mão mal lavada mal higienizada chamando a atenção que não adianta passar algo para norovírus. Higiene das mãos, água e sabão, lavar a mão. Além disso, é higienizar frutas, verduras e água sempre fervida filtrada ou higienizada com com água sanitária”, contou.
A médica comentou também sobre o tempo em que pacientes podem enfrentar a doença. “A doença pode durar em torno de 12 a 24 horas ou até mais dias. Agora assim se ele está com a diarreia que dura mais do que duas semanas, a gente já caracteriza isso como diarreia persistente e isso requer uma investigação porque não deve ser norovírus aí tem alguma outra justificativa”, pontuou.
TRATAMENTOS
Em caso de pacientes com sintomas de diarreia, que não estejam conseguindo se recuperar, o tratamento recomendado é a hidratação, além do uso de medicamentos para combater os outros sintomas.
“O problema da diarreia é a desidratação. Então se o paciente não está conseguindo repor o que está perdendo então o tratamento é soro na veia. O principal tratamento da diarreia é o líquido e água principalmente. Soro de reidratação oral, se alimentar com alimentos leves pois isso estimula a regeneração do intestino. Se tiver com dor toma medicação com dor, se estiver com cólica toma remédio para cólica”, observou.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou o aumento no número de casos por virose em Salvador nas últimas semanas. Segundo a pasta, o crescimento das doenças têm sido causadas pelo o Norovírus, que é transmitido via oral-fecal por meio da água e alimentos contaminados ou através do contato com pessoas infectadas, provocando quadros de gastroenterite como diarreia e vômitos, além de febre alta.
O vírus é sazonal e costuma circular entre os meses de abril e maio, no período do outono/inverno.
O órgão informou que não há um surto e destacou que não há necessidade de alarde uma vez que os números observados nas unidades de urgência da rede não sustentam a informação e a doença pode ser inibida com medidas simples de prevenção como higienização das mãos e uso de máscaras, por exemplo.
“Trata-se de episódios periódicos que ocorrem mais comumente neste período do ano devido às baixas temperaturas que favorecem a disseminação de vírus e bactérias causadores de infecções. No caso do norovírus, os principais sintomas são náuseas repentinas, seguidas de vômitos e diarreia forte que costumam aparecer entre 24 e 72 horas após a infecção. Alguns pacientes podem apresentar ainda febre, dor de cabeça, estômago e dores em membros superiores e inferiores. Por ser de fácil disseminação é possível que pessoas da mesma família apresentem os sintomas ao mesmo tempo, por isso, conhecer melhor a doença e seus meios de prevenção é fundamental para evitar a disseminação do vírus”, explicou a médica infectologista da SMS Nizarala.
A médica comentou ainda sobre métodos para o tratamento de pacientes.
“Não existe tratamento para a gastroenterite provocada pelo norovírus, sendo recomendado o repouso e a ingestão de bastante líquido para evitar a desidratação. Também pode ser utilizado medicamentos para aliviar as dores, prescritos apenas por profissional de saúde. A higiene, especialmente com a lavagem de mãos e manipulação de alimentos é fundamental para evitar casos da doença. Desinfetar objetos e superfícies potencialmente infectadas, como o vaso sanitário, e evitar compartilhar roupas de uso pessoal, como toalhas também são formas de prevenção, além do uso de máscara para pessoas infectadas”, destaca.
ASSISTÊNCIA
A SMS oferece atendimento para os casos de gastroenterite através das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Até a manhã desta quarta-feira (15), não há restrição de assistência para pacientes com classificação verde ou amarelo, que são geralmente os perfis dos pacientes com gastroenterite.
As unidades, inclusive, apresentam queda no número de atendimentos nos dois últimos meses. Em abril, foram 84.441 mil acolhimentos, 4% a menos do que em março, quando foram contabilizados 88.077 atendimentos.
Vale salientar que o norovírus não é de notificação compulsória, ou seja, não há obrigatoriedade de comunicação da autoridade de saúde sobre ocorrência de suspeita ou confirmação da doença.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
João Roma
"Essa é uma suprema injustiça. Já estava sendo ventilada a todos e ninguém esperava diferente de personagens que ao invés de cumprir o seu papel de julgadores, têm sido personagens da política, justamente descumprindo o seu maior compromisso que é defender a Constituição".
Disse o ex-deputado federal e ex-ministro da Cidadania, João Roma, atualmente presidente estadual do PL ao comentar o impacto da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo eleitoral e os planos da legenda para 2026 na Bahia.