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A médica oncologista, Lygia Tinoco, comentou, nesta terça-feira (4), acerca do avanço desenfreado no consumo dos cigarros eletrônicos (vapes) no país. Além dos problemas de saúde que podem ocorrer em decorrência do uso do produto, a especialista afirmou ainda que o consumo em grande escala do material tem feito com que médicos do segmento falem que fumar o cigarro tradicional seria melhor do que o eletrônico.
“Uma coisa que tenho gostado muito de divulgar com os alunos, essa questão do vape, ele tem todas as toxinas do cigarro, com a desvantagem de não ter cheiro, e incomodo para quem não está perto. A pessoa tende a fumar dez vezes mais do que faria com o cigarro normal. Chegamos em um ponto de achar que fumar cigarro comum é melhor do que fumar vape, de falar para as pessoas deixarem de fumar vape para fumar o cigarro comum que seria menos prejudicial para a saúde”, explicou Tinoco na rádio Antena 1 Salvador, no programa Bahia Notícias no Ar.
Em sequência, a profissional de saúde avaliou e apontou que doenças crônicas podem ser desenvolvidas em pouco tempo por conta do uso do cigarro eletrônico.
“Parece que as pessoas não estão conseguindo entender isso. Às vezes vejo pessoas da minha família mesmo, que são médicos ou tem contato, que estão usando aquele vape, mas é muito ruim mesmo, é uma das coisas piores que estão acontecendo. A gente está vendo agora as consequências agudas, não estamos vendo as crônicas ainda. Porém, mais para frente e em um tempo bem menor do que o tabagismo normal iremos ver os tumores”, classificou aos apresentadores Maurício Leiro e Rebeca Menezes.
Um estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) investiga possíveis distúrbios no sistema nervoso decorrentes do uso dos cigarros eletrônicos (vapes). De acordo com a bióloga e coordenadora da pesquisa, professora Yael de Abreu Villaça, os primeiros resultados dos testes iniciais, realizados em camundongos, mostraram sintomas da doença durante a simulação do uso dos cigarros eletrônicos.
Segundo a cientista, via Agência Brasil, tanto a esquizofrenia como a nicotina têm ocasionam alterações nas mesmas regiões do cérebro, como o desajuste de comportamento, a redução da capacidade de memória e aprendizado e da sociabilidade.
Esses comportamentos são observados tanto em pessoas com dependência de drogas e nicotina, como naquelas com esquizofrenia.
Villaça se mostrou otimista com a pesquisa, porém afirmou que ainda não há expectativa para os testes em humanos. Nos Estados Unidos, outros quatro artigos foram compartilhados em publicações científicas.
Lia Paiva, esposa do ex-jogador Serginho e mãe do jovem Diego, que morreu aos 20 anos, falou sobre a fatalidade que ocorreu na família. Em uma publicação realizada nas redes sociais, a designer comentou que um dos fatores que podem ter influenciado na morte de seu filho foi o uso de cigarro eletrônico.
“Estão vendo isso aqui [mostrando um cigarro eletrônico]? Isso aqui foi uma das grandes causas da partida do meu filho.Meu filho partiu no dia 7 de agosto deste ano e foi morar lá no céu, na eternidade, com Deus. Essa é minha única certeza e meu único conforto. Mas eu quero falar para vocês que, de fato, o vape mata”, indicou Paiva.
A mãe disse que a família acredita que o jovem tenha se contaminado através de um furúnculo, durante um treinamento de jiu-jitsu.
“A bactéria se alojou ali e depois se espalhou pelo corpo inteiro, e fez septicemia. Quando a bactéria entra no corpo, ela entra com tudo. E aí começa o nosso organismo a lutar contra a bactéria. Ele ficou quatro dias [internado]. Os rins liberaram, o fígado ficou ótimo, o coração ficou ótimo. [Os médicos] Estavam super positivos quanto à recuperação dele. Até que, no quinto, no sexto dia, ele teve esse infarto pulmonar e veio a óbito”, apontou.
Lia mostrou fotos de exame de um pulmão saudável e comparou com os exames do filho, que mostrava como estava afetado o órgão. Ela observou ainda que o uso do vape não possibilitou a recuperação total de seu filho e fez um alerta para os seguidores.
“A causa maior foi a bactéria que invadiu o corpo dele, fez uma septicemia, mas o pulmão dele não reagiu. O pulmão não reagiu por quê? Pelo uso excessivo do vape. Quando a gente fala para vocês "não fume vape", e eu já fumei, isso mata. De fato, isso mata. Que isso fique como um grande aprendizado. Joga isso aqui fora”, explicou.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal pode votar nesta semana a regulamentação dos cigarros eletrônicos. A proposição visa regulamentar a produção, a comercialização, a fiscalização e a propaganda dos cigarros. O projeto de lei está previsto para ser votado nesta terça-feira (20), às 10h.
No entanto, por conta da campanha eleitoral, a comissão pode não ter quórum para votação nesta semana. Além disso, o PL não é visto como projeto polêmico e não tem consenso para votação. De autoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), a proposta já foi adiada anteriormente. O último adiamento aconteceu no dia 9 de julho, após o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) apresentar requerimento e ser aprovado.
A relatoria do senador Eduardo Gomes (PL-TO), propôs no texto do projeto a definição do conceito dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), onde se encaixam os cigarros eletrônicos. Além disso, é determinado na matéria que os produtos possam ser comercializados no país.
Apoiadores dos vapes alegam que com a aprovação seria possível uma arrecadação anual de R$ 2,2 bilhões em tributos.
A pauta que é discutida também na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), proíbe a comercialização, a importação e a propaganda desses produtos fumígenos. Porém, os produtos são comercializados de forma ilegal.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) marcou para a próxima quarta-feira (17) a discussão sobre a autorização da comercialização da venda do cigarro eletrônico (vape) no Brasil. A reunião vai acontecer após a Anvisa iniciar uma consulta pública sobre a minuta de resolução que mantém o veto aos produtos. Uma versão consolidada do texto deve ser avaliada pela cúpula da agência.
A decisão da entidade pode ser adiada por pedidos de vista, ou seja, um maior tempo para avaliar o caso. Colaboradores da agência dão como certa a decisão de manter o veto aos produtos oficialmente chamados de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF). A categoria também inclui e-cigarettes, tabaco não aquecido, pods e vapers.
A consulta pública aberta pela Anvisa em dezembro registrou 13.930 manifestações. Foram favoráveis a manter esses dispositivos proibidos no país 37% dos participantes, enquanto 59% disseram ter opinião diferente. A decisão foi contrária ou com outras ponderações.
Entre os profissionais de saúde, 61% fizeram avaliação positiva da proibição. Já outros 32% disseram que os efeitos foram negativos.
A Anvisa reabriu em 2019 a discussão sobre os cigarros eletrônicos, cerca de 10 anos após a proibição do produto. O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, é o relator do processo.
Um estudo publicado na revista científica Cancer Research, na última terça-feira (19), apontou que fumar o cigarro eletrônico, popularmente conhecido como “vape”, pode causar alterações prejudiciais do DNA, semelhantes às de pessoas que fumam cigarro convencional.
Segundo publicação do Portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, a pesquisa realizada por ingleses apontou que os efeitos nocivos do tabagismo no funcionamento genético do organismo são semelhantes. Mesmo o levantamento não indicando se os vapes causam cânceres semelhantes ao cigarro tradicional, existe um indicativo de que, em um longo prazo, as alterações genéticas podem favorecer a formação de tumores.
A pesquisa foi realizada avaliando geneticamente amostras colhidas das bochechas e no sangue de 3,5 mil voluntários. Alguns deles não fumavam, enquanto que outros eram usuários de cigarro tradicional ou da versão eletrônica. Pessoas que fumavam os dois tipos de produtos foram desconsideradas.
Na comparação, os exames de pessoas que não tinham o hábito de fumar com os que tinham prática, os pesquisadores descobriram que as células da boca de fumantes tinham alterações substanciais em suas informações genômicas, seja nos grupos de cigarro eletrônico ou tradicional.
Essas mudanças são semelhantes com as de estágios pré-cancerosos, com crescimento rápido e anormal das células mais expostas à fumaça. As células do sangue não tiveram alterações.
A cantora Solange Almeida contou que está passando por um tratamento especial para tratar o vício em cigarro eletrônico e os prejuízos que o uso causou a sua saúde. Atualmente, Solange está fazendo acompanhamento de fonoterapia para se recuperar.
"Fui usuária durante oito, nove meses. Aquela coisa de ver amigos usando, eu nunca tinha usado. Escutava que era à base de água, que não tinha nicotina e não fazia mal. Com o tempo, comecei a sentir dificuldade para respirar, minha voz não era a mesma”, contou a cantora.
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Para saber sobre as consequências do cigarro eletrônico e entender o que diferencia ele do cigarro de nicotina comum, o Bahia Notícias conversou com a fonoaudióloga Emile Rocha que começou apontando como o uso dessa droga pode afetar a carreira de cantores.
“Cigarros eletrônicos vem comprometendo principalmente o sistema respiratório cardiovascular. Daí se acomete o sistema respiratório, e então vai acometer a qualidade vocal, porque a fonação da voz nada mais é que o som oriundo da vibração das pregas vocais, que tem como principal fonte de energia a respiração que vem dos pulmões.”
Ela prosseguiu contando que a partir daquele primeiro problema vão surgindo outras comorbidades que podem, no fim, causar câncer de pulmão, de boca, de laringe. “Se tiver câncer de laringe vai precisar fazer radioterapia ou quimioterapia associada. Pode, também, precisar fazer uma cirurgia de laringe. Então consequentemente, a gente vai ter que fazer uma laringectomia que pode ser parcial ou total”, pontuou.
E continua: “Sendo total, essa pessoa não vai poder mais realizar atividade do canto, não vai poder ser mais profissional da voz de alta performance, como é o cantor. E se for tirar é parcialmente também a depender do tamanho a sequela vai ser grande para sua carreira”.
Por fim, a fonoaudióloga apontou quais são as diferenças entre as consequências do cigarro de nicotina comum e do cigarro eletrônico. “Quando a gente pensa no cigarro tradicional, que virou moda entre aspas lá na década de 70, a gente já sabe que tem muitos estudos relacionados aos acometimentos vocais e também respiratórios. A associação do cigarro comum com o vício da bebida alcoólica é extremamente perigosa que pode levar ao câncer de laringe”, explicou.
“E quando a gente fala de vape ou cigarros eletrônicos, já observamos que estudos relatam a presença de irritação, inflamação na laringe, tosse e consequentemente o edema da prega vocal, que vai ocasionar uma rouquidão. A gente tem que lembrar que existem os cigarros eletrônicos que possuem a nicotina associada a outras substâncias que também são nocivas à qualidade vocal e a parte também respiratória”, finalizou Emile.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.