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vala
A bancada de deputados estaduais do Bloco da Minoria da Assembleia Legislativa da Bahia divulgou nota nesta segunda-feira (5) repudiando a declaração atribuída ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), que sugeriu que eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveriam ser “jogados em uma vala”. Em nota, os parlamentares da oposição afirmaram que a fala do gestor do Executivo estadual possui “semelhança” com práticas adotadas pelo regime nazista.
Na avaliação do grupo, a fala é ofensiva, antidemocrática e atenta contra os direitos fundamentais do cidadão, como a liberdade de pensamento e o direito de escolha. “É inadmissível que, no exercício de um cargo público, cuja principal função é servir e representar todo o povo — inclusive aqueles que pensam diferente —, um chefe do Poder Executivo adote discurso de ódio, segregação e violência simbólica contra parte da população”, diz o texto.
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Para os deputados da Minoria, o discurso guarda “perigosa semelhança” com práticas de regimes totalitários, a exemplo do nazismo, quando opositores políticos eram descartados e executados.
“A retórica utilizada guarda uma perigosa semelhança com práticas totalitárias de regimes autoritários, como o nazismo, em que opositores políticos eram literalmente descartados e jogados em valas comuns”, diz o texto.
O bloco reforça que a democracia se sustenta justamente no dissenso e na convivência pacífica entre ideias diferentes. E alerta que “o discurso que criminaliza ou desumaniza o adversário político não pode e não deve ter espaço no debate público”.
Ao final, o grupo reafirma seu compromisso com o Estado de Direito, a liberdade, a dignidade humana e a soberania do voto. “Repudiamos integralmente a fala do Governador e exigimos retratação pública. Democracia se fortalece com respeito, não com ameaças”, conclui Tiago Correia (PSDB), líder da bancada.
Confira a nota na íntegra:
A Bancada de Deputados Estaduais do Bloco da Minoria, representados pelo seu líder, deputado Tiago Correia, vem a público manifestar veemente repúdio às declarações proferidas pelo Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, que sugeriu que todos os eleitores do candidato de oposição à Presidência da República deveriam ser “jogados em uma vala”.
Tal fala, além de profundamente ofensiva, representa uma grave afronta aos princípios fundamentais da democracia, à liberdade de pensamento e ao direito legítimo de escolha de cada cidadão brasileiro.
É inadmissível que, no exercício de um cargo público, cuja principal função é servir e representar todo o povo — inclusive aqueles que pensam diferente —, um chefe do Poder Executivo adote discurso de ódio, segregação e violência simbólica contra parte da população. A retórica utilizada guarda uma perigosa semelhança com práticas totalitárias de regimes autoritários, como o nazismo, em que opositores políticos eram literalmente descartados e jogados em valas comuns.
A História nos ensina o custo de tolerar o discurso autoritário. O Brasil lutou duramente para conquistar a democracia e não podemos permitir que lideranças públicas desrespeitem, banalizem ou ameacem os valores republicanos que sustentam nossa convivência civilizada.
A democracia se constrói no dissenso, no respeito mútuo e na convivência entre diferentes. O discurso que criminaliza ou desumaniza o adversário político não pode e não deve ter espaço no debate público.
Reafirmamos, portanto, nosso compromisso inabalável com a liberdade, a dignidade humana, o Estado de Direito e o respeito à soberania do voto popular — independentemente de em quem tenha sido depositado.
Repudiamos integralmente a fala do Governador e exigimos retratação pública.
Democracia se fortalece com respeito, não com ameaças.
AS DESCULPAS
Mias cedo, Jerônimo Rodrigues pediu desculpas após a repercussão da fala em que sugeriu que o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores fossem “levados para a vala”.
“Nós, inclusive, criticamos de forma muito veemente a forma como alguém deseja a morte de outro, como foi o caso do desejo da morte do presidente Lula. Quem me conhece sabe, eu sou uma pessoa religiosa, sou uma pessoa de família, eu não vou nunca tratar qualquer opositor com o tratamento deste. Foi descontextualizada, eu apresentei anteriormente a minha inconformação, a minha indignação como o país estava sendo tratado e dei o exemplo da pandemia, quando 700 mil pessoas morreram por conta de atitudes de um governo federal”, afirmou o governador.
Jerônimo também comentou sobre o uso da expressão que gerou críticas. “Se o termo vala e o termo tratou foi pejorativo, foi muito forte, eu peço desculpa, o termo não foi a intenção. Eu não tenho problema algum de poder registrar quando excessos na palavra, movido por indignação, é indignação”, disse.
Uma guarnição do 14º Grupamento de Bombeiros Militar (14º BBM) foi acionada para resgatar um cachorro de grande porte, preso em uma vala entre duas paredes, no município de Madre de Deus, na região metropolitana de Salvador, nesta quarta-feira (30). O animal foi resgatado e devolvido em segurança.
A fim de realizar o resgate sem ferir o animal, os bombeiros precisaram cavar uma vala, removendo parte da parede de concreto do imóvel vizinho e da parede de barro do terreno da tutora do cachorro. Durante a ação, o animal se virou para o lado oposto ao que os agentes buscavam alcançar.
A guarnição utilizou diversas manobras e amarrações para, finalmente, levantar o cachorro de forma segura. Após o resgate, o animal foi avaliado pelos bombeiros e não apresentava ferimentos aparentes. Ele foi entregue a sua dona, que recebeu orientações dos militares sobre cuidado.
Confira o vídeo do momento do resgate:
Bombeiros resgatam cachorro preso em vala em Madre de Deus
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) October 31, 2024
Leia a matéria completa ?https://t.co/gqZvNp0QvJ
Confira o vídeo ? pic.twitter.com/zvOkbDjL4H
Em caso de encontrar algum animal em situação semelhante, o Corpo de Bombeiros pede que reporte a situação através da central 193.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.