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udr
Depois de 20 minutos de muita discussão, bate-boca e apresentação de diversas questões de ordem por deputadas de oposição, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), iniciou sua participação na CPI do MST. A comissão de inquérito se reuniu nesta quarta-feira (31) para ouvir depoimento do governador, além da votação de requerimentos.
No início da reunião, as deputadas Sâmia Bonfim (Psol-SP), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Talíria Petrone (Psol-RJ) apresentaram questionamentos sobre o andamento dos trabalhos e decisões da presidência da comissão. O deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) cortou a palavra das deputadas e disse que as questões de ordem tiram caráter meramente protelatório, passando a palavra ao governador de Goiás.
Ronaldo Caiado, em sua fala inicial, fez um histórico da criação do Movimento Sem Terra, afirmando que o grupo se originou das mesmas teses defendidas por Leonardo Boff, que criou a Teologia da Libertação. Segundo Caiado, o estímulo a invasões de terra por pessoas pobres com argumento de luta por reforma agrária seria um disfarce para a implantação de teses marxistas em meio à população necessitada.
“O MST não nasceu por acaso. Leonardo Boff, que foi proibido de falar pela Igreja Católica, criou, nos anos 80, discípulos de suas teses travestidos de defensores dos pobres, que incitavam as pessoas a promover asa invasões dentro de uma narrativa de que ali estavam ajudando o projeto de reforma agrária no País. O que aconteceu é que o dinheiro brotava para o MST, e eles tinham cada vez mais poder de mobilização e estrutura para se armar e invadir propriedades rurais no país. Para combater as invasões, criamos a União Democrática Ruralista (UDR), e passamos a conscientizar os produtores rurais, que na época não tinham formação política e nem hábito de se posicionar politicamente”, disse o governador.
Para Caiado, com a promulgação da Constituição, uma série de normas trouxe maior segurança em relação ao direito de propriedade, e, portanto, não haveria mais sentido de o MST continuar promovendo invasões e buscando instalar pessoas pobres no campo sem garantir a elas condições de se sustentarem.
“O MST deveria ter aprendido que vivemos em uma democracia. É inaceitável as pessoas quererem impor suas vontades acima do que a lei determina como parâmetro de convivência. E, insistem alguns, em querer trazer para o debate a desqualificação do produtor rural. Tentando demonizá-lo. Se não fosse a agropecuária brasileira, o que seria dos mais de 5000 municípios? Como sobreviveriam a grande maioria dos médios e pequenos municípios se não fosse a produção agropecuária?”, afirmou o governador de Goiás.
Em respostas que deu a questionamentos de membros da CPI, o governador Ronaldo Caiado disse quando assumiu o governo de Goiás, foram realizadas apreensões de drogas em assentamentos mantidos pelo MST. Depois de protestos de deputados governistas, o governador disse que vai enviar as provas à CPI.
“Foram várias as apreensões de droga no meu Estado, Goiás, quando eu cheguei ao governo. Tivemos diversas prisões e apreensões de droga em acampamentos que existiam do MST no Estado de Goiás”, afirmou.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Mário Negromonte Jr
"A PEC da prerrogativa para restabelecer o que foi perdido desde a constituição de 1988 virou a PEC da blindagem e depois a PEC da bandidagem. E isso é uma coisa que dói muito no coração da sociedade. O que deixa meu coração tranquilo é que eu fiz pensando na justiça e na constituição federal".
Disse o deputado federal Mário Negromonte Jr (PP-BA) ao declarar que está arrependido por ter votado a favor da chamada PEC da Blindagem, aprovada recentemente na Câmara dos Deputados.