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No X, Moro chama Mario Frias de "palhaço" e ex-ministro do governo Bolsonaro rebate: "seu merd*nha!"
O senador Sérgio Moro (União-PR) e o deputado federal Mario Frias (PL-SP) protagonizaram uma áspera discussão por meio de postagens na rede X (ex-Twitter), nesta quarta-feira (12). A discussão começou após o deputado e ex-ministro do governo Jair Bolsonaro fazer uma postagem com críticas aos membros da operação Lava Jato, sem, no entanto, citar diretamente o senador paranaense.
“Lavajatista é a turma que quer te convencer a dar poderes absolutos a juízes e promotores não eleitos, aquelas pessoas da burocracia que está prendendo mães de família, idosos e trabalhadores. Claro, tudo em nome do combate em abstrato à corrupção. Perca sua liberdade, para fazer feliz um burocrata não eleito”, disse Frias.
Nas suas redes, Sérgio Moro colocou a imagem da postagem de Mario Frias, e respondeu chamando o deputado do PL de “palhaço”.
“A Lava Jato prendeu o Lula, enquanto você fazia papel de palhaço na televisão. Divergências a parte o adversário é novamente o Governo Lula e não a direita”, disse Moro.
A resposta de Mario Frias se deu na própria postagem feita por Moro na rede X. O deputado e ex-ministro foi mais contundente na crítica ao senador e que também fez parte do governo Bolsonaro, chamando-o de “merd*nha” e “covarde”.
“Papel de palhaço, seu merd*nha, faz você, o cretino covarde, que sequer teve coragem de falar um ai em defesa do Deltan, quando perdeu o mandato, porque você só pensa no próprio rabo. Você é um lixo de ser humano, que não só criou os precedentes legais para as perseguições que estão em vigor no país, como costuma elogiar, de forma subserviente, os mesmos tiranos que estão aí prendendo pessoas inocentes. Falar do Lula é fácil, covarde, quero ver você falar do judiciário e enfrentar seus abusos”, disse o deputado.
Posteriormente, em sua conta na rede X, Mario Frias fez outras críticas a Moro, e relembrou postagens que ele teria feito quando era ministro da Justiça, e dizendo que ele apoiou as prisões de influenciadores de direita.
“Para que nunca nos esqueçamos o quão cretino é o Sérgio Moro, vale lembrar que esse canalha apoiou todas as prisões por críticas e opiniões dos divergentes políticos. Só fico triste que um b@sta desse ainda tenha conseguido um mandato de senador nas costas de muitos votos da direita. Moro, você faz parte da escória moral da nação. Você é um colaborador do regime de exceção”, concluiu o deputado do PL.
Um estudo da Universidade da Califórnia em Berkeley mostrou um crescimento de 50% nos discursos de ódio no X, antigo Twitter, entre outubro de 2022 e maio de 2023. O estudo foi publicado na revista científica Plos One.
Conforme o estudo, a frequência de posts, dentro da rede social, considerados homofóbicos, transfóbicos e racistas aumentaram em torno de 50%, após a compra do X. Antes da aquisição feita pelo bilionário Elon Musk, a média semanal de posts encontrados, que eram considerados discurso de ódio, foi de 2.179 mil. Após a compra de Elon Musk, aumentou 50%, saltando para 3.246 mil.
Para ser usado como classificação, um modelo de reconhecimento da linguagem que identifica um comentário que contenha algo considerado “rude, desrespeitoso ou despropositado, provável de fazer alguém deixar uma discussão”.
Os autores do artigo publicado dissertaram sobre a necessidade de um aumento na moderação da rede, além de não apontar que a compra feita por Musk tenha sido a causalidade desta mudança no X, antigo Twitter.
“Reconhecemos que, como não temos acesso a mudanças internas específicas nos procedimentos, quadro de funcionários e prioridades do X sob a gestão de Musk, somos incapazes de fazer afirmações causais definitivas sobre os padrões documentados”, escreveu.
Nos Estados Unidos, a plataforma de mídia social Bluesky tem crescido bastante nos últimos meses, mas os números não tem conquistado a comoção da representação da National Football League (NFL), porque a principal entidade do futebol americano nos EUA tomou uma decisão que confirma esse distanciamento: solicitou o rompimento das atividades do New England Patriots na rede social.
Os Patriots é um time da NFL, que inicialmente tinha um perfil oficial no aplicativo concorrente ao “X” (antigo Twitter), mas receberam a instrução do escritório da liga nacional de futebol americano para remover do ar a conta dedicada à equipe.
Fred Kirsch, vice-presidente da Kraft Sports + Entertainment/New England Patriots, explicou recentemente o contexto do pedido da NFL e o acato dos Patriots, que foi inicialmente veiculado pelo jornalista Sean Keeley, do Awful Announcing.
Depois de se deparar com uma mensagem perguntando o motivo da equipe não ter um perfil oficial no Bluesky e pedindo para que os Patriots considerassem a ideia de adentrar a plataforma, Kirsch esclareceu a dúvida de forma básica.
“Bem, agora não temos permissão para isso. Tivemos uma conta brevemente no Bluesky, mas a liga nos pediu para tirá-la do ar porque ainda não é uma plataforma de mídia social aprovada para a NFL”, disse Fred.
O gestor da Kraft Sports + Entertainment visualiza que eventualmente, a entidade vai aderir a plataforma e adicionar uma lista de times aprovados pela liga.
“Então, estamos prontos para ir. Quando a liga nos der sinal verde, voltaremos para Bluesky”, analisou.
A última declaração da NFL sobre este assunto foi feita em novembro, logo após a eleição presidencial norte-americana (outro fato identificado como motivação do aumento de usuários que deixaram o “X” de lado), demonstrando ter consciência do crescimento do Bluesky, mas permanecendo relutantes sobre a ideia de aproximação do app.
A NFL disse que estava “ciente da Bluesky, mas atualmente não tem presença oficial na plataforma”, de acordo com uma afirmativa do Front Office Sports.
O que pode explicar o posicionamento é a longevidade do relacionamento da liga nacional do futebol americano estadunidense com outras plataformas de mídia social. A conta oficial no X da NFL está ativa desde janeiro de 2009, enquanto no Facebook, eles atuam desde abril daquele mesmo ano.
O Bluesky cresceu nos últimos meses em meio à compra do X efetuada pelo bilionário Elon Musk, cuja nova governança da plataforma foi criticada, o que gerou, consequentemente, a alta evasão da rede social. Hoje, o Bluesky possui o número de 28 milhões de usuários, sendo boa parte deles conquistados recentemente.
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, fez uma série de postagens em sua conta na rede X (ex-Twitter) com fortes críticas à decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de promover um novo aumento na taxa básica de juros. Na noite desta quarta-feira (6), o Copom decidiu por unanimidade aumentar em 0,5% a Selic, elevando os juros anuais de 10,75 para 11,75%.
Gleisi Hoffman tem sido uma das parlamentares governistas que de forma mais veemente tem criticado o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por liderar a subida dos juros.
"Copom mantém a sabotagem à economia do país e eleva ainda mais os juros estratosféricos. Irresponsabilidade total com um país que precisa e quer continuar crescendo", disse Gleisi em sua primeira postagem.
Em uma segunda postagem, a presidente do PT eleva ainda mais o tom nas críticas principalmente à nota divulgada pelo Comitê de Política Monetária para justificar a decisão de elevar novamente a taxa de juros.
"A nota do Copom para explicar a nova alta dos juros é puro terrorismo de mercado. Chega a projetar uma taxa Selic de 14,5% se não houver ´mudanças estruturais´ no orçamento. Uma indecência usar esse tipo de chantagem, ameaçando até com disparada do câmbio, pra tentar impedir o governo de investir no crescimento e executar as políticas que atendem o povo", afirmou.
A deputada petista voltou no meio da tarde desta quinta (7) a falar no assunto com novas críticas ao Banco Central e também à rede X, que agregou à postagem anterior dela um comentário de um internauta que apresenta uma espécie de contexto da decisão do BC de elevar a Selic. Gleisi Hoffmann desaprovou a iniciativa da rede X de colar o comentário no tuíte. Segundo a plataforma, o X não define as notas de contexto e sim os usuários.
"Engraçado esse X, colocar na capa de meu twitter um comentário de usuário dizendo ser um esclarecimento, com conteúdo político. Qual é o critério da seleção? Eu sei quem são os diretores do BC, e vou continuar criticando a autoridade monetária toda vez que achar que estão errando na decisão. E aumentar 0,5 ponto na selic é desastroso para o nosso país", reclamou a deputada do PT do Paraná.
A rede social X, antigo Twitter, voltou a funcionar para parte dos usuários brasileiros. Na manhã desta quarta-feira (9), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) solicitou a liberação do sinal para as operações do site no país. A medida cumpre a determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
O X ficou bloqueado no Brasil após descumprir ordens judicias do Supremo Tribunal Federal (STF). O bloqueio durou cerca de de 40 dias e provocou um crescimento em outras redes similares, como o BlueSky. Segundo informações da Agência Brasil, para continuar operando no Brasil, a empresa nomeou um representante legal no país e realizou o pagamento de R$ 28,6 mi em multas.
Além disso, Elon Musk fez o bloqueio de nove perfis de investigados no STF. Na rede social, brasileiros comemoraram a volta da plataforma e a tag “WE ARE SO BACK” entrou nos trending topics.
As multas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao X, antigo Twitter, pelos sucessivos descumprimentos de decisões judiciais acumula atualmente o valor de R$ 28,6 milhões. Em comunicado ao STF, a empresa informou que efetuará o pagamento integral do débito com recursos vindos do exterior.
Por conta disso, o ministro Alexandre de Moraes determinou ao Banco Central e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o imediato desbloqueio das contas bancárias e dos ativos financeiros do X para que a empresa possa receber a transferência internacional.
Os valores das multas englobam R$ 18,3 milhões relativos ao descumprimento de ordens de bloqueio de perfis, R$ 10 milhões referentes à burla à suspensão das atividades da plataforma no Brasil, e R$ 300 mil dizem respeito à multa imposta à representante legal da empresa.
Na decisão, o ministro Alexandre explicou que já houve uma determinação para o desbloqueio das contas do X em 11 de setembro. Na ocasião, R$ 18,3 milhões foram transferidos das contas da plataforma e da Starlink para a União como garantia do juízo – uma espécie de depósito feito para garantir o pagamento dos valores devidos.
A rede social X (Ex-Twitter) nomeou a advogada Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição para ser a sua representante legal no país, segundo a defesa da companhia nesta sexta-feira (20). A ação atende a ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que determinou que a empresa nomeasse um representante em 24 horas, a partir da última quinta (19).
O X tinha até as 21h29 para indicar um representante legal. A escolha de um representante legal pode abrir caminho para volta do X ao Brasil. O STF ainda não confirmou a informação da nomeação da representante oficialmente.
Apesar de atender a ordem, o retorno do X no Brasil não será feito de maneira imediata. Para a rede social voltar a funcionar deve ocorrer uma nova decisão liberando o seu uso, o que deve acontecer já no início da próxima semana, de acordo com informações do G1.
O X está suspenso no Brasil desde 31 de agosto por descumprir lei que prevê que, para atuar no Brasil, empresas internacionais devem ter um representante no país.
Moraes dá 24 horas para X comprovar representação legal no Brasil após rede social indicar advogados
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu prazo de 24 horas para que a rede social X, do empresário Elon Musk, explique se reativou sua representação legal no Brasil.
A decisão ocorreu nesta quinta-feira (19) após o X (antigo Twitter) indicar ao STF que contratou os advogados André Zonaro Giacchetta e Sérgio Rosenthal, de São Paulo, para representar a rede social em processos.
De acordo com Moraes, o X não forneceu “nenhuma comprovação do retorno das atividades” da empresa — “nem tampouco da regularidade da constituição de seus novos representantes legais ou mesmo de seus novos advogados”.
“Não há, portanto, qualquer prova da regularidade da representação da X BRASIL INTERNET LTDA. em território brasileiro, bem como na licitude da constituição de novos advogados”, diz Moraes.
Ao contrário dos deputados estaduais e federais que se apressaram para marcar sua presença nas redes sociais, os perfis oficiais do Governo do Estado e Prefeitura de Salvador foram superados por usuários do BlueSky, plataforma semelhante ao X/Twitter, e perderam seus nomes de usuário e marcas registradas, @govba e @prefsalvador, para outras contas.
Criada em 2021, a plataforma Bluesky vem sendo utilizada nos últimos anos para “substituir” a rede de Elon Musk, que, antes mesmo de ser bloqueada no Brasil, já passava por uma série de mudanças e instabilidades entre os usuários. Neste tipo de rede social, os “users”, “arrobas” ou nomes de usuário são únicos e não podem ser repetidos.
No caso do nome de usuário “@govba”, utilizado pelo Governo do Estado da Bahia no Instagram e Threads, foi salvo por um perfil pessoal no dia 31 de agosto. Sem perfil no Bluesky, a conta do governo estadual no Threads, apesar de existente, não é utilizado e possui apenas uma publicação, realizada no dia em que foi criada 02 de julho.
Já no caso da "Prefs", o user “@prefsalvador”, utilizado no Instagram (antes que o pefil fosse desativado devido às eleições) também foi salvo por um usuário, que inclusive se autodenominou como “Prefy” na descrição do perfil. A conta foi criada há 5 dias, no dia 1º de agosto.
Em uma de suas atualizações recentes, após o “boom” de brasileiros na plataforma, o Bluesky criou a sua própria versão dos “verificados” no Twitter. A opção de personalizar um domínio permite que o usuário - e outros perfis que você habilitar dentro do seu domínio - crie um sufixo próprio pra o seu @, excluindo o “.bsky.com” .
Para isso, as contas precisam pagar pelo seu domínio e fazer uma verificação de identidade e segurança para evitar golpes ou falsidade ideológica.
OUTROS GOVERNOS E PREFEITURAS
Seguindo o exemplo do Governo Federal, que migrou para a "rede vizinha" antes mesmo da queda do X, o Governo do Rio de Janeio (@rj.gov.br) além de possuir uma conta também já foi "verificado" pela plataforma, que exclui o ".bsky.social" de todas as contas de empresas e instituições oficiais. A conta já possui publicações recentes e já faz comunicados na nova rede.
O Bahia Notícias não encontrou contas de Prefeituras verificadas pelo Bluesky.
Uma semana após a bombástica decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender o funcionamento do X (antigo Twitter), as plataformas BlueSky e Threads seguem ganhando milhares de novas adesões diárias de internautas, e se estabeleceram como as principais alternativas à rede comandada pelo bilionário Elon Musk. Segundo levantamento da consultoria empresarial Bites, à pedido do jornal O Globo, a Bluesky, criada por Jack Dorsey, cofundador do Twitter, vem ganhando do Threads, que pertence à Meta, de Mark Zuckerberg.
De acordo com o levantamento, a rede Bluesky registrou mais de quatro milhões de novos usuários no Brasil desde que foi anunciada a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Já o Threads recebeu cerca de 3,3 milhões de novas contas ativas em sua plataforma no mesmo período.
A forte migração de usuários para essas duas plataformas gerou um dado curioso entre as redes das principais personalidades da política brasileira: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pela primeira vez em uma rede social, vence o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em número de seguidores.
Na rede BlueSky, Lula vence Bolsonaro de goleada. Em dados desta quinta-feira (5), o petista tem cerca de 197 mil seguidores inscritos no seu canal, enquanto Jair Bolsonaro 2,6 mil seguidores. A grande diferença, entretanto, também pode ser medida pelo tempo de cada um nessa rede: Lula entrou no BlueSky no mês de abril, enquanto o ex-presidente ingressou na rede há apenas quatro dias.
Já na outra rede que verificou forte crescimento em sua base de seguidores no Brasil, a Threads, Lula e Bolsonaro já fazem postagens há algum tempo. O ex-presidente está na frente de Lula na quantidade de seguidores: enquanto Bolsonaro tem 4 milhões de inscritos, Lula alcançou recentemente a marca de 2,5 milhões de pessoas registradas na sua conta oficial.
E assim como no Threads, em todas as outras redes sociais o presidente Lula perde para o seu principal opositor político. Na rede X, por exemplo, Lula tinha um pouco mais de 9 milhões de seguidores antes da plataforma sair do ar no Brasil, enquanto Bolsonaro possui 12,8 milhões de pessoas inscritas no seu perfil. O ex-presidente inclusive fez algumas postagens mesmo após a proibição de uso da rede pelo STF.
Já no Instagram, Lula perde por ampla margem para o ex-presidente. Enquanto o petista tem 13,1 milhões de seguidores, Bolsonaro conseguiu chegar a 25,7 milhões. Os dois fazem postagens com frequência, inclusive com realização de lives.
Em outras redes, Jair Bolsonaro possui cerca de 14 milhões de seguidores no Facebook; 6,6 milhões no YouTube e 5,7 milhões no TikTok. Jutando todas as redes listadas aqui, o ex-presidente atinge a marca de 68,8 milhões de seguidores, incluindo o X.
Já o presidente Lula, além das redes X, BlueSky, Threads e Instagram, ainda tem: 5,6 milhões de seguidores no Facebook; 1,41 milhão no YouTube; mais de 4,7 milhão no TikTok. Ao total, Lula possui 36,6 milhões de seguidores em suas redes sociais.
Há dois anos, em setembro de 2022, quando Lula e Bolsonaro faziam campanha para a disputa do primeiro turno da eleição presidencial, um levantamento da CNN apurou que o então presidente possuía um total de 58,9 milhões de seguidores nas mesmas redes listadas acima. Já Lula, postulante à presidência, tinha 24,1 milhões de seguidores registrados.
Em dois anos, portanto, Bolsonaro conquistou 10 milhões de novos seguidores em suas redes sociais, enquanto Lula agregou 12,5 milhões de inscritos em suas contas oficiais nas plataformas da internet.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques, relator da ação movida pelo partido Novo (ADPF 1188) contra o bloqueio do X (antigo Twitter) em todo o Brasil, decidiu submeter ao plenário da Corte a análise do tema.
No despacho publicado nesta quinta-feira (5), Nunes Marques afirma que a matéria em questão é “sensível e dotada de especial repercussão para a ordem pública e social”. Portanto, compete ao Supremo atuar com prudência, “a partir das manifestações das autoridades previstas na legislação que rege o processo constitucional”.
Para o ministro, a aplicação da medida cautelar poderia acarretar prejuízo à segurança jurídica, ao invés de promover “concerto político”.
Na última segunda-feira (2), à unanimidade, a 1ª Turma do STF votou pelo bloqueio do X diante dos reiterados descumprimentos das decisões judiciais pelo empresário Elon Musk. Segundo a decisão, a medida é válida até que a empresa cumpra as ordens e indique um representante no Brasil.
À exceção do ministro Luiz Fux, os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia seguiram o voto do relator, Alexandre de Moraes, que também estabeleceu multa de R$ 50 mil a todas as pessoas naturais ou jurídicas ou privadas que tentarem acessar o X usando “subterfúgios tecnológicos”, como o VPN.
Uma nova ação foi apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para solicitar que o colegiado invalide a determinação de multar em R$ 50 mil para quem usar VPN para acessar o X, conhecido como Twitter. A multa foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes e validada pela Primeira Turma do STF.
No processo, protocolado nesta terça-feira (3), a OAB quer que o plenário, composto por todos os ministros, analise a questão. A ação é assinada pelo presidente nacional da Ordem, Beto Simonetti, e por todos os diretores nacionais e presidentes estaduais da Ordem.
"Nos preocupa esse trecho específico da decisão, que determina, de forma ampla e genérica, a aplicação de uma sanção sem o devido processo legal. A Constituição é clara sobre a necessidade de ampla defesa e contraditório. Vamos atuar para fazer valer o texto constitucional", diz Simonetti.
A ação sustenta que a decisão judicial que impôs a multa "viola direta e frontalmente os artigos 2º, caput; 5º, II, XXXIX, LIV e LV, todos da Constituição Federal, os quais garantem o respeito aos princípios da separação dos poderes, da legalidade/reserva legal, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal". Além disso, a OAB argumenta que a determinação cria "um ilícito penal e cível não previsto pelo ordenamento jurídico brasileiro" e que a multa imposta “de forma genérica e abstrata" é uma afronta aos preceitos fundamentais consagrados na Constituição.
Na ação, a OAB também destacou que "a imposição da multa no valor de R$ 50 mil, ainda que tivesse sido cominada em lei, representa uma sanção desarrazoada e desproporcional à conduta de simplesmente acessar determinada plataforma digital". Por isso, a entidade solicita que a medida seja analisada pelo plenário do STF, considerando a densidade constitucional dos preceitos fundamentais violados e a relevância da controvérsia.
Em meio ao embate entre o bilionário Elon Musk e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em torno da permanência do X, ex-Twitter, no Brasil, os políticos baianos se dividiram entre apoiar o dono da Starlink ou retificar a decisão da Suprema Corte. No entanto, mesmo entre os que apoiam ou não a decisão do STF, 26 dos 39 deputados, o equivalente a 66%, já possuem uma conta em aplicativos similares, neste caso o Threads - vinculado ao Instagram - ou o Bluesky. Todos os deputados possuem contas no Facebook e Instagram.
Os 14 legisladores que não possuem redes similares ao X são, em ordem alfabética, Adolfo Viana (PSDB), Alex Santana (Republicanos), Antonio Brito (PSD), Arthur Maia (União), Elisangela Araújo (PT), Félix Mendonça Jr. (PDT), João Carlos Bacelar (PL), José Rocha (União), Leur Lomanto Jr. (União), Márcio Marinho (Republicanos), Otto Alencar Filho (PSD), Pastor Isidório (Avante), Paulo Magalhães (PSD), Roberta Roma (PL). No caso de Roberta Roma, ela divulgou no perfil uma conta no Koo, plataforma similar ao X, mas a plataforma foi descontinuada.
BLUESKY OU THREADS?
Ainda nesta segunda-feira (2), o Bluesky, rede criada em 2021, registrou o ganho de 2 milhões de novas contas desde a última sexta-feira (30), quando foi confirmada a suspensão do aplicativo concorrente. Esses números, no entanto, não parecem se refletir na bancada baiana na Câmara.
Em comparação ao Threads, a adesão do Bluesky entre os políticos baianos foi modesta: entre os 26 parlamentares que possuem contas em aplicativos similares ao X, apenas dois possuem conta no Bluesky, sendo eles os petistas Jorge Solla e Josias Gomes. Ainda assim, a conta dos políticos foi criada antes das inconsistências recentes do aplicativo do Elon Musk e ambas estão desatualizadas há cerca de dois meses. Josias Gomes também possui uma conta no Threads.
Entre os 23 usuários do Threads, quatro não atualizam o perfil há mais de oito meses, ou seja, não utilizaram a plataforma em 2024. Os outros 19 utilizaram a conta a partir de janeiro deste ano, sendo que a maioria, realizou publicações nos últimos dois meses.
Confira os detalhes:
Em uma das muitas postagens feitas pelo empresário norte-americano Elon Musk nos últimos dias sobre a disputa com o Judiciário brasileiro, o dono da rede X incentiva a realização dos atos do dia 7 de setembro, e pede o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Os atos foram convocados por políticos de oposição ao governo Lula e até mesmo por Jair Bolsonaro e sua família, e devem ter o maior de todos os eventos na Avenida Paulista, no dia da Independência do Brasil.
Como resposta a uma usuária da rede X, que citou os atos do dia 7 de setembro e as manifestações de protesto contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, Musk disse que o magistrado brasileiro “deve sofrer impeachment por violar seu juramento de posse”.
Já em resposta a outro usuário que compartilhou uma foto ministro com o texto “está chegando a hora de esse ditador ser preso”, o empresário disse: “apenas uma questão de tempo até que esse criminoso esteja atrás das grades”. Em uma terceira postagem que um internauta diz que os brasileiros sairão em massa às ruas no 7 de setembro, Elon Musk replicou com dois emojis de fogo.
Apesar das convocações para as manifestações feitas por políticos e influenciadores de direita, reforçadas agora pelo próprio Elon Musk, a petição pública virtual que pede apoio da população para um novo pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes vem perdendo força nos últimos dias.
O abaixo-assinado, disponível na plataforma Change.org, foi iniciado por um perfil identificado como “Petição Pública depois da publicação de uma série de reportagens pela Folha de S.Paulo com a exposição de mensagens de auxiliares de Moraes. A reportagem expôs as conversas que sugerem que o ministro teria utilizado o Tribunal Superior Eleitoral de maneira informal para embasar inquéritos no STF contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
No dia 21 de agosto, apenas cinco dias após ter sido colocada no ar, com a divulgação de seu link de forma maciça por políticos e influenciadores de direita, a petição pública alcançou a marca de um milhão de assinaturas. Entretanto, 12 dias após essa marca, a petição estava, às 19h desta segunda-feira (2), com 1,3 milhão de apoiamentos.
Ou seja, depois de chegar a um milhão de assinaturas em cinco dias, a petição pública conseguiu amealhar apenas mais 300 mil apoios num total de 12 dias. A intenção dos organizadores do abaixo-assinado era o de apresentar o resultado da coleta pública, junto com o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, nas manifestações do dia 7 de setembro.
Se vier a ser apresentado na semana de 9 a 13 de setembro, como prometido por parlamentares como o senador Eduardo Girão (Novo-CE) e o deputado Marcel Van Hatten (Novo-RS), o novo pedido de impeachment de Alexandre de Moraes será o 60º na lista de requerimentos em tramitação contra ministros do STF. Apenas contra Moraes já são 23 os pedidos de impeachment registrados no Senado e que aguardam deliberação.
Apesar da pressão de parlamentares, influenciadores e até do bilionário Elon Musk, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem o poder de decisão sobre os pedidos de impeachment de ministros do STF, já disse que continuará tendo prudência na análise desse tipo de pedido. Em conversa com jornalistas em Belo Horizonte, após receber homenagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no dia 23 de agosto, Pacheco disse que a questão não pode ser pautada em “lacração de rede social”, assim como no desequilíbrio e em medidas de ruptura.
“Como presidente do Senado Federal depois de 3 anos e sete meses, vou ter muita prudência em relação a esse tipo de tema para não permitir que esse país vire uma esculhambação de quem quer acabar com ele. Tenho responsabilidade com meu cargo, tenho responsabilidade com a democracia, tenho responsabilidade com o estado democrático de direito, tenho responsabilidade com o equilíbrio do Brasil. E qualquer medida drástica de ruptura entre Poderes nesse momento afeta a economia do Brasil, afeta a inflação, afeta o dólar, afeta o desemprego, afeta o nosso desenvolvimento”, afirmou Pacheco na ocasião.
O julgamento virtual sobre a suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil foi concluído pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) antes do prazo previsto para o encerramento, às 23h59 desta segunda-feira (2). Os cincos ministros opinaram pelo bloqueio da rede social no Brasil diante dos reiterados descumprimentos das decisões judiciais pelo empresário Elon Musk e a Starlink, administradora do site.
No final da manhã apresentaram os seus votos a ministra Cármen Lúcia, que acompanhou o relator, Alexandre de Moraes. A ministra apontou que a investigação policial concluiu haver “participação criminosa e organizada de inúmeras pessoas para ameaçar e coagir Delegados federais que atuam ou atuaram nos procedimentos investigatórios contra milicias digitais e a tentativa de golpe de Estado. As redes sociais – em especial a “X” - passaram a ser instrumentalizadas com a exposição de dados pessoais, fotografias, ameaças e coações dos policiais e de seus familiares”.
Segundo Cármen Lúcia, a questão central do julgamento é saber se uma empresa estrangeira ou um empresário estrangeiro, com oferta de serviço no Brasil, poderia atuar “numa bolha não jurídica ou até mesmo antijurídica”, forçando uma brecha no Estado Democrático de Direito e desprezando a legislação vigente no país e que submete todos os que habitam esse espaço soberano, “dando de ombros ao Poder Judiciário, ao qual compete, nos termos expressos da norma vigente, “a guarda da Constituição””.
“O Brasil é soberano apenas para os brasileiros?”, questiona a ministra. “Um brasileiro poderia atuar em qualquer outro Estado soberano desprezando e descumprindo seu ordenamento jurídico e as ordens judiciais exaradas pelos seus respectivos juízes?”, indagou.
Diante do não cumprimento da legislação brasileira e das medidas determinadas judicialmente, da não responsabilização provocados por sua atuação, Cármen Lúcia diz ser “grave”, “séria” e “necessária” a medida tomada por Moraes
Quanto à aplicação da multa de R$ 50 mil a todas as pessoas naturais ou jurídicas ou privadas que tentarem acessar o X usando “subterfúgios tecnológicos”, como o VPN, a ministra afirma que Alexandre de Moraes não quis proibir o uso legítimo do VPN, por exemplo, mas penalizar a utilização ilegítima de ferramenta tecnológica a fim de fraudar a decisão judicial.
Cármen Lúcia seguiu dizendo que o X não foi banido do Brasil, muito menos excluído algum serviço que seja legitimamente prestado e usado. A decisão em questão, segundo a ministra, exige apenas o cumprimento do direito em benefício de todas as pessoas, por todas as pessoas naturais ou jurídicas, nacionais e não nacionais.
“Democracia exige responsabilidade e comprometimento jurídico, social, político e econômico de todas as pessoas naturais e jurídicas, nacionais e não nacionais. E a responsabilidade há de se dar nos termos do Direito posto no constitucionalismo vigente no Pais. O Brasil não é xepa de ideologias sem ideias de Justiça, onde possam prosperar interesses particulares embrulhados no papel crepom de telas brilhosas sem compromisso com o Direito. É uma sociedade de mais de duzentos milhões de habitantes querendo civilização e civilidade, liberdade e responsabilidade, segurança pessoal e jurídica. Não é com bravatas que se constrói o Estado Democrático de Direito, senão com leis que se respeitem para a libertação das pessoas e das nações”, analisa.
Já o ministro Luiz Fux acompanhou Moraes com ressalvas. Fux defende que decisão não atinja pessoas naturais e jurídicas indiscriminadas e que não tenham participado do processo, “em obediência aos cânones do devido processo legal e do contraditório, salvo se as mesmas utilizarem a plataforma para fraudar a presente decisão, com manifestações vedadas pela ordem constitucional, tais como expressões reveladoras de racismo, fascismo, nazismo, obstrutoras de investigações criminais ou de incitação aos crimes em geral”.
Mais cedo, os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin acompanharam Alexandre de Moraes na íntegra.
Alexandre Moraes ordenou na última sexta-feira (30) a derrubada "imediata, completa e integral" do funcionamento do X. Na tarde de sábado (31) a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que já havia comunicado a todos os provedores de internet grandes, médios e pequenos sobre o bloqueio.
Com o comunicado, o STF estabeleceu o prazo de até cinco dias para que as prestadoras insiram todos os “obstáculos tecnológicos” para inviabilizar o acesso e uso do X, e cumprir a ordem judicial.
A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acabou de formar maioria pela suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil. O ministro Cristiano Zanin foi o terceiro a votar no julgamento virtual aberto nesta segunda-feira (2), acompanhando o posicionamento do relator, Alexandre de Moraes.
"De imediato, antecipo compreender que as medidas ordenadas nestes autos objetivam a própria satisfação das decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, sistematicamente descumpridas pela empresa, e, por conseguinte, a preservação da própria dignidade da Justiça", afirma Zanin.
O ministro segue seu voto dizendo que o "reiterado descumprimento de decisões" do STF é "extremamente grave" para qualquer cidadão ou pessoa jurídica pública ou privada. "Ninguém pode pretender desenvolver suas atividades no Brasil sem observar as leis e a Constituição Federal", defende.
Mais cedo, o ministro Flávio Dino também se manifestou favorável ao bloqueio da rede social, argumentando que “o poder econômico e o tamanho da conta bancária não fazem nascer uma esdrúxula imunidade de jurisdição”.
Moraes convocou a 1ª Turma para analisar hoje a sua decisão de suspender o X. A sessão terá duração de 24 horas, encerrando às 23h59. Ainda faltam votar os ministros Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Alexandre Moraes ordenou na última sexta-feira (30) a derrubada "imediata, completa e integral" do funcionamento do X. Na tarde de sábado (31) a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que já havia comunicado a todos os provedores de internet grandes, médios e pequenos sobre o bloqueio.
Com o comunicado, o STF estabeleceu o prazo de até cinco dias para que as prestadoras insiram todos os “obstáculos tecnológicos” para inviabilizar o acesso e uso do X, e cumprir a ordem judicial.
O julgamento virtual iniciado na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (2) já tem mais um voto favorável à suspensão do X (antigo Twitter), além do posicionamento do relator, Alexandre de Moraes.
O ministro Flávio Dino acompanhou Moraes. Ao defender o bloqueio da rede social, Dino afirma que “com a imperativa moldura da soberania, não é possível a uma empresa atuar no território de um país e pretender impor a sua visão sobre quais regras devem ser válidas ou aplicadas”.
O ministro segue dizendo que a ausência da soberania significa colocar fim à democracia, “destroçando a cidadania e os direitos humanos”, incluindo a garantia da liberdade. “O poder econômico e o tamanho da conta bancária não fazem nascer uma esdrúxula imunidade de jurisdição”, argumenta.
Para Dino, Elon Musk e a Starlink, administradora do X, vêm enfrentando as leis brasileiras reiteradas vezes. “Liberdade de expressão não protege violações reiteradas ao ordenamento jurídico”, diz.
O ministro ainda indica não haver liberdade sem regulação e caso todos os cidadãos fossem permitidos a fazerem o que quisessem, “não existiriam instituições como o lar, a família, a Igreja, o Estado”.
“Uma empresa que efetua ou protege agressões, recusa-se reiteradamente a cumprir ordens judiciais, foge deliberadamente das suas responsabilidades legais, despreza a ÉTICA inerente à saudável convivência entre as pessoas e suas famílias, atraindo o acionamento de um legítimo regime de restrições e sanções”, sinaliza Dino.
Neste debate, Flávio Dino diz também que a sociedade brasileira tem assistido a um “inaceitável paradoxo”, já que as redes sociais exercem um poder fiscalizatório, materializando na fixação dos seus termos de uso; porém, o ministro fala que quando o Estado exerce o mesmo poder, decorrente da Constituição e das leis, “existe a absurda imputação de que se cuida de “censura”. “Isto é, os termos de uso privados teriam mais legitimidade do que os “termos de uso” emanados dos órgãos delegatários da soberania popular”.
O julgamento virtual deve encerrar às 23h59 desta segunda e ainda faltam votar os ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a revisão da decisão que determina multa de R$ 50 mil a quem tentou acessar o X (antigo Twitter) utilizando VPN ou outros mecanismos.
Os VPNs permitem que internautas ocultem a localização, possibilitando o acesso a conteúdos restritos em determinadas regiões. Esse recurso é usado, principalmente, em países onde há regimes de censura, a exemplo da China e Cuba, ou ditatoriais. No Brasil, a utilização de VPNs para contornar bloqueios de sites ou plataformas não é incomum.
O documento é assinado pelo presidente da OAB, Beto Simonetti e tem o apoio da Diretoria Nacional, do Conselho Federal e do Colégio de Presidentes das Seccionais. Na nota pública a entidade afirma que a “aplicação de multa ou de qualquer sanção só pode ocorrer após assegurados o contraditório e a ampla defesa – jamais de forma prévia e sumária”.
“Nenhum empresário ou empresa está acima da lei no Brasil. Por isso, defendemos a independência e a autonomia do Judiciário para proferir as decisões e adotar as medidas necessárias para coibir qualquer excesso. É preciso, no entanto, que as medidas ocorram dentro dos limites constitucionais e legais, asseguradas as liberdades individuais”, defendeu a OAB.
O bloqueio do X veio após o prazo dado por Moraes a Elon Musk, dono da rede social, ter expirado. O ministro do STF estabeleceu 24 horas, contando a partir da noite de quarta-feira (28), para Musk indicasse um representante legal da plataforma no Brasil.
No entanto até às 20h07 de quinta-feira (29), quando o prazo terminou, o X não atendeu à demanda judicial e foi aí que Alexandre de Moraes determinou o seu bloqueio no Brasil. Antes de emitir a decisão, Moraes foi informado por sua equipe técnica de que não houve nenhuma manifestação por parte do X.
As operadoras de internet foram notificadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para que efetivem o bloqueio da rede. A restrição do site é válida por tempo indeterminado.
Confira a nota pública da OAB na íntegra:
“A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), incumbida pela Constituição de zelar pelos direitos e garantias individuais, vai apresentar petição ao STF solicitando a revisão ou o esclarecimento do trecho da decisão do ministro Alexandre de Moraes que determina a aplicação de multa de R$ 50 mil a todas as cidadãs e a todos os cidadãos do país, sem o devido processo legal, que usarem VPN ou outros mecanismos para acessar a plataforma X, também conhecida como Twitter. A aplicação de multa ou de qualquer sanção só pode ocorrer após assegurados o contraditório e a ampla defesa – jamais de forma prévia e sumária.
Nenhum empresário ou empresa está acima da lei no Brasil. Por isso, defendemos a independência e a autonomia do Judiciário para proferir as decisões e adotar as medidas necessárias para coibir qualquer excesso. É preciso, no entanto, que as medidas ocorram dentro dos limites constitucionais e legais, asseguradas as liberdades individuais.
A OAB já ingressou perante o STF com diversas ações voltadas a assegurar os direitos da sociedade. Um exemplo foi a ação contra Medida Provisória editada pelo governo anterior que permitia o acesso aos dados telefônicos e cerceava a privacidade de milhões de brasileiros. A petição que será movida agora guarda a mesma linha de coerência de ação. A ideologia da OAB é a Constituição."
Beto Simonetti, presidente nacional da OAB
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou que o empresário Elon Musk respeite as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e suspenda a rede social X (Ex-Twitter). Em entrevista para uma rádio da Paraíba nesta sexta-feira (30), o presidente afirmou que todo mundo que possui investimentos no Brasil “está subordinado à Constituição e leis brasileiras” e afirmou que Musk “Não pode ofender” a política do país.
O X informou na quinta-feira (29) que não vai cumprir a determinação do ministro da Corte Alexandre de Moraes para indicar um representante no país, o que pode motivar a suspensão das atividades da plataforma no país.
“Todo e qualquer cidadão de qualquer parte do mundo que tem investimento no Brasil está subordinado à Constituição brasileira e leis brasileiras. Se a Suprema Corte tomou uma decisão para ele cumprir determinadas coisas, ou ele cumpre ou vai ter que tomar outra atitude”, disse Lula em entrevista.
“Não é porque o cara tem muito dinheiro que o cara pode desrespeitar. Esse cidadão é um cidadão americano, não é um cidadão do mundo. Ele não pode ficar ofendendo os presidentes. Ofendendo os deputados, ofendendo Senado, a Câmara, a Suprema Corte. Ele pensa que é o que? Ele tem que respeitar a decisão da Suprema Corte brasileira”, completou.
De Lula sobre Elon Musk: “Não temos complexo de vira-lata, não é só porque um americano gritou que a gente vai ficar com medo". pic.twitter.com/ZMpIxx4IZy
— GugaNoblat (@GugaNoblat) August 30, 2024
A decisão de Moraes de cobrar a indicação de um representante no Brasil, sob pena de suspensão do X, foi recebida com provocações por Musk. Foram ao menos dez postagens em sua própria rede social com críticas ao ministro ao longo das 24 horas que se seguiram.
Ao comentar a ordem, o empresário sugeriu que o magistrado desrespeitou a legislação brasileira, que deveria cumprir como juiz. Também publicou uma imagem gerada por Inteligência Artificial que comparava Moraes aos vilões Voldemort, da saga Harry Potter, e Lord Sith, dos filmes Star Wars.
A intimação endereçada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, ao empresário Elon Musk, determinando que identifique um representante legal do X (ex-Twitter) no Brasil em 24h, sob pena de tirar a plataforma do ar, está entre os assuntos mais comentados nas redes sociais na manhã desta quinta-feira (29). Centenas de milhares de postagens com comentários do tipo “Adeus Twitter”, “O Twitter vai acabar”, “O Twitter morreu”, ou citando o ministro “Xandão” estão movimentando a rede X no Brasil e também no exterior.
O próprio dono do X, Elon Musk, se manifestou publicamente a respeito da intimação. Ainda na madrugada desta quinta, Musk disse que o povo brasileiro “quer saber a verdade”, e em outra postagem, afirmou, se referindo a Alexandre de Moraes: “Este juiz violou repetidamente as leis que jurou defender”.
Em uma outra postagem na qual marca a conta oficial do ministro do STF, o empresário faz novas provocações, e além de postar uma foto de um homem careca com roupa de juiz, preso e algemado em uma cela, diz que “um dia, Alexandre, esta foto sua na prisão será real. Marque minhas palavras”.
Anexada a essa postagem, Musk pergunta se os internautas gostaram do papel higiênico dele, com uma foto de um rolo de papel grafado com o nome “Alexandre”. Por último, o empresário ainda comparou o ministro Moraes a vilões da série de filmes Star Wars e também de Harry Potter: “filho de Voldemort e Sith Lord”.
Além de Musk, parlamentares, partidos, jornalistas no Brasil e no exterior e influenciadores de direita e de esquerda comentaram a decisão do ministro do STF de intimar a rede X. O deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente no governo Bolsonaro, escreveu em seu perfil: “Bye, bye, parece que o X vai mesmo fechar no Brasil...ou melhor, Brazuela”.
Já o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) escreveu na rede X diversos comentários em inglês, marcando a conta de Musk. Em um deles, NIkolas afirma: “Não recue, Elon Musk. Defenda a democracia e a liberdade no Brasil”.
O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) usou de ironia para comentar a intimação: “Se o dono do tinder criticar o Moraes será que o ministro vai ter que criar um perfil pra intimar o cara lá tb? Que loucura é essa que virou o Brazel?”. O deputado aproveitou para reforçar pedido de apoio, entre os parlamentares, do pedido de impeachment de Moraes.
Parlamentares da Bahia também comentaram a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Foi o caso do deputado Capitão Alden (PL), que fez a seguinte postagem em suas redes sociais: “Países onde o X é proibido: China, Coreia do Norte, Irã, Rússia, Turcomenistão, Mianmar e Venezuela. Olha para onde o Brasil está indo”, disse Alden.
Quem também fez publicações com críticas à intimação do STF a Musk foi o PCO (Partido da Causa Operária): “Faltam 20 horas para o Xandão derrubar o X. Nós vamos gastar essas 20 horas da melhor forma possível. De hora em hora, vai sair um meme denunciando o Xandão. Se você tiver um meme, publique o seu também com a #foraXandão”, diz o PCO.
Outro que comentou a decisão de Moraes foi o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, um dos responsáveis pela série de reportagens publicadas pela Folha de S.Paulo a partir de mensagens e arquivos trocados entre auxiliares do ministro pelo WhatsApp.
“O juiz autoritário da censura brasileira, Alexandre de Moraes, está ameaçando explicitamente proibir o uso do X em todo o país, a menos que ele disponibilize representantes fisicamente no país (que ele ameaçou prender) e censores mais em conformidade com suas ordens”, afirmou.
O empresário Elon Musk tem se notabilizado por ser um dos principais protagonistas da direita internacional. O empresário é um notório apoiador do ex-presidente republicano Donald Trump, e também externa sempre que pode seu apoio a outros líderes de direita, como Viktor Orban, da Hungria, Javier Milei, da Argentina, e o próprio ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
A Polícia Federal (PF) pediu dados pessoais de dois perfis do deputado federal André Fernandes (PL-CE) na rede social X sem ordem judicial no dia 16 de março de 2023. À época, o delegado Raphael Soares Astini deu um prazo de dois dias para que a rede respondesse.
Segundo a CNN, o texto do requerimento citava o artigo 2º do parágrafo 1º da lei 12.830/2013, que trata de investigação criminal conduzida por delegado de polícia e o artigo 10º do parágrafo 3º da Lei do Marco Civil da Internet, para fundamentar o pedido sem ordem judicial. O documento enviado à rede pedia informações como nome, CPF, e-mail, endereços e logs de criação, contendo IP, data, hora, fuso horário e porta lógica da conta do usuário.
O escritório Bastian Advogados, contratado pelo X Brasil, respondeu à PF e ao delegado Astini, por meio de um ofício, no dia 5 de abril de 2023. O escritório afirmou que as operadoras do X estavam impossibilitadas de fornecer registros de acesso até que fosse proferida uma ordem judicial fundamentada e com indicação de período e descrição da utilidade.
Os advogados utilizaram-se dos artigos 10º, 15º e 22º do Marco Civil da Internet. O 10º afirma que o provedor só é obrigado a disponibilizar registros mediante ordem judicial, o 15º afirma que registros de acesso também demandam ordem judicial e o 22º afirma que a parte interessada pode requerer ao juiz que ordene ao responsável pela guarda o fornecimento do registro.
O escritório ainda afirmou que as operadoras do X precisavam da ordem judicial a fim de cumprir o “regular trâmite do procedimento de quebra de sigilo”. No ofício, os advogados ainda declararam: “não se trata de preciosismo formalista, mas unicamente de observação atinente à obrigação legal imposta à empresa no tratamento de dados de usuários”.
O QUE DIZEM ESPECIALISTAS?
Especialistas jurídicos apontaram contradições entre a lei de 2013 e o Marco Civil da Internet. O presidente da Comissão Nacional de Cibercrimes da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (ABRACRIM), Luiz Augusto Filizzola D’Urso, afirmou que existe interpretação dúbia da lei. “Prevalece a necessidade de ordem judicial para apresentação desses dados, uma vez que o Marco Civil da Internet é claro”, afirmou.
Para o especialista em Direito Digital André Marsiglia, uma plataforma não deve ceder dados pessoais de um perfil sem autorização judicial, porque pode ser responsabilizada na Justiça pelo próprio usuário.
Outros documentos mostraram que após o X negar o compartilhamento, a PF descartou o envio de dados da rede, já que a titularidade das duas contas foi confirmada pelo próprio deputado em depoimento de 9 de maio de 2023 à PF.
O deputado é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por condutas referentes a postagens de incentivo dos atos do dia 8 de janeiro de 2023. Em julho de 2023, o Subprocurador-Geral da República Carlos Frederico Santos recomendou o arquivamento do inquérito por considerar que “replicar conteúdo em rede social conhecido por milhares torna impossível reconhecer o nível de influência da postura do investigado”.
A rede social X, que pertence ao empresário Elon Musk, anunciou o encerramento das suas atividades no Brasil e acusou o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de ameaçar prender seus funcionários.
Last night, Alexandre de Moraes threatened our legal representative in Brazil with arrest if we do not comply with his censorship orders. He did so in a secret order, which we share here to expose his actions.
— Global Government Affairs (@GlobalAffairs) August 17, 2024
Despite our numerous appeals to the Supreme Court not being heard,… pic.twitter.com/Pm2ovyydhE
O anúncio foi feito na própria plataforma neste sábado (17). “Noite passada, Alexandre de Moraes ameaçou nosso representante legal no Brasil com prisão se não cumprirmos suas ordens de censura. Ele fez isso em uma ordem secreta, que compartilhamos aqui para expor suas ações.”
“Apesar de nossos inúmeros recursos ao Supremo Tribunal Federal não terem sido ouvidos, de o público brasileiro não ter sido informado sobre essas ordens e de nossa equipe brasileira não ter responsabilidade ou controle sobre o bloqueio de conteúdo em nossa plataforma, Moraes optou por ameaçar nossa equipe no Brasil em vez de respeitar a lei ou o devido processo legal. Como resultado, para proteger a segurança de nossa equipe, tomamos a decisão de encerrar nossas operações no Brasil, com efeito imediato”, informou o comunicado.
Em seguida, a equipe se diz triste por ter que interromper suas atividades. “Estamos profundamente tristes por termos sido forçados a tomar essa decisão. A responsabilidade é exclusivamente de Alexandre de Moraes. Suas ações são incompatíveis com um governo democrático. O povo brasileiro tem uma escolha a fazer – democracia ou Alexandre de Moraes” .
Mesmo com o encerramento das atividades a rede social continuará disponível para usuários brasileiros.
Em meio à repercussão nas redes sociais com a reportagem do jornal Folha de S.Paulo que aponta para o uso irregular do Tribunal Superior Eleitoral pelo ministro Alexandre de Moraes, o dono da rede X (ex-Twitter), o empresário Elon Musk, fez postagem na noite desta terça-feira (13) e colocou mais lenha na fogueira. Musk retuitou postagem de uma conta corporativa da própria rede que expõe um ofício sigiloso enviado aos administradores da rede X no Brasil assinado por Moraes.
“Esse ofício exige a censura de contas populares no Brasil, incluindo um pastor, um atual parlamentar e a esposa de um ex-parlamentar. Acreditamos que o povo brasileiro merece saber o que está sendo solicitado a nós”, afirma a postagem da conta Global Government Affairs, que tornou público o documento oficial do Supremo Tribunal Federal (STF), e que foi reproduzida por Musk.
“Esta plataforma está sendo solicitada a censurar conteúdo no Brasil onde as exigências de censura nos obrigam a violar a lei brasileira! Isso não está certo”, afirmou o empresário dono da rede X, em postagem que teve mais de 10 milhões de visualizações.
O documento sigiloso exposto por Musk determina ao administrador da rede X Brasil Internet Ltda. Que bloqueie perfis especificados dentro de 24 horas, além de preservar registros de acesso, conexões e todos os dados relacionados a datas especificadas no ofício. Alexandre de Moraes, que assina o documento, afirma que o não cumprimento das ordens pode resultar em multa diária de R$ 50 mil para a plataforma.
Foram listados por Moraes em seu ofício os seguintes perfis a serem bloqueados na rede X:
@EdRaposo (Ednardo Mello Raposo); @Claudio061973 (Claudio Rogasane da Luz); @PrJosiasPereir3 (Josias Pereira Lima); @marcosdoval (Senador Marcos do Val); @DraPaola_ (Paola da Silva Daniel, esposa do ex-deputado Daniel Silveira); @mveustaquio (Sandra Maria Volf Eustaquio, Mariana Volf Pedro Eustaquio); @xfischer (Sergio Fischer).
O ofício assinado por Alexandre de Moraes é datado de 8 de agosto deste ano, e exige o bloqueio das referidas contas “em até duas horas”. No entanto, à exceção da conta @xfischer, todas as outras continuam abertas ao público.
Ed Raposo, que se diz “conservador, cristão, patriota e botafoguense”, tem 322 mil seguidores, e em sua postagem mais recente, diz que “é inacreditável que depois de cinco anos de açoites e dessa matéria da Folha de SP ainda seja necessário fazer pressão pra que o presidente do Senado tome vergonha na cara e cumpra com sua obrigação”.
Cláudio Luz, que tem 650 seguidores, afirma ser engenheiro, empreendedor, patriota, Servo do Altíssimo e guiado pelo Espírito Santo. O influenciador retuitou nesta terça diversas postagens sobre a matéria da Folha de S.Paulo, além de uma convocação para protesto no dia 7 de setembro, na Avenida Paulista, para pedir “Fora Moraes”.
O senador Marcos do Val há algum tempo trava uma briga particular com o ministro Alexandre de Moraes, e já teve suas contas em redes sociais bloqueadas por diversas vezes. Em postagem feita nesta terça, Do Val chama Moraes de “o brasileiro mais perverso e com o maior número de crimes contra a humanidade em toda a nossa história”, além de postar uma imagem do ministro tratada digitalmente para mostrá-lo como um monstro.
O senador pelo Espírito Santo afirma ainda que decidiu se candidatar a presidente do Senado em 2025 para lutar contra o ministro do STF.
“Como senador, diante das perseguições incessantes e das tentativas de destruir minha honra e meu mandato, tomei a decisão de me candidatar à presidência do Senado em fevereiro de 2025. Esta decisão é, acima de tudo, uma defesa firme não apenas da minha própria integridade, mas também de todos aqueles que têm sido injustamente perseguidos desde o dia 8 de janeiro de 2023. É uma luta em nome de todos os que sofrem perseguição política em nosso país”, afirma Marcos Do Val.
Paola Daniel, com quase 30 mil seguidores na rede X, é casada com o ex-deputado Daniel Silveira, que se encontra preso, e usa seu perfil para pedir ajuda financeira. Paola, que é advogada e chegou a concorrer a um mandato de deputada federal pelo Rio de Janeiro em 2022, não se elegendo, reproduziu postagens sobre a matéria da Folha, e comentou: “vocês imaginam a gravidade disso?”.
Já o perfil @mveustaquio, alimentado por Mariana Eustáquio, filha do jornalista Oswaldo Eustáquio, foi alvo de outras determinações do ministro Moraes além do pedido de bloqueio. O ministro exige que a rede X apresente os registros de quem acessa a conta, os dispositivos que acessaram o perfil, e o histórico de acessos.
Mariana Eustaquio, com 16 anos de idade, tem 84,7 mil seguidores em seu perfil, e além de afirmar ser filha do jornalista Oswaldo Eustáquio, que se encontra no exterior com pedido de asilo político, se diz “perseguida por Alexandre de Moraes”. A influenciadora também reproduziu diversas postagens sobre a matéria da Folha de S.Paulo, e afirmou: “Moraes escolhia alvos para perseguir, investigar, julgar e por óbvio bloquear contas. Eu fui uma das escolhidas”.
A filha do jornalista Oswaldo Eustáquio, que tem prisão determinada por Alexandre de Moraes, afirma que o relatório do TSE que bloqueou a conta de poupança que ela tinha foi feito por Eduardo Tagliaferro, “que meses depois espancou a esposa e tentou atear fogo na própria filha, uma menina da minha idade. Tagliaferro anexou ao relatório minhas fotos ainda criança”, afirma.
A Defensoria Pública da União (DPU) ingressou na Justiça Federal da 1ª Região com um pedido para que a rede social X (antigo Twitter) seja condenada a pagar uma indenização no valor de R$ 1 bilhão por dano moral coletivo e danos sociais causados ao Brasil.
De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a ação civil pública aponta que a plataforma de propriedade do bilionário Elon Musk pratica “violações graves ao Estado Democrático de Direito Brasileiro, sobretudo diante da incitação ao descumprimento de decisões judiciais”.
Desde o início deste mês, o empresário tem feito uma série de declarações relacionadas ao país, chegando a dizer que derrubaria restrições de sua rede impostas por ordens da Justiça e a defender o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“As declarações do proprietário da rede social X surgem em um momento delicado para o Brasil, que tenta apaziguar as tensões provocadas por setores da extrema direita envolvidos na tentativa de golpe de Estado”, afirma a ação apresentada à Justiça Federal.
“Essas palavras, portanto, representam uma afronta grave, não apenas ofendendo o país e o Estado Democrático de Direito estabelecido, mas também tentando desacreditar as instituições democráticas brasileiras”, continua o texto da ação.
Segundo a DPU, o pedido é para a plataforma ser proibida de reativar contas ou restaurar postagens removidas por ordem judicial, com uma multa de R$ 500 mil por cada descumprimento. Além disso, a rede social deve adotar práticas efetivas de moderação de conteúdo, coopere com as autoridades judiciais, estabeleça medidas internas para responsabilizar funcionários envolvidos em atividades ilegais ou omissões, e publique relatórios detalhados sobre suas ações para cumprir ordens judiciais.
Musk critica o Supremo, acusando o ministro Alexandre de Moraes de impor uma “censura agressiva” no Brasil. Os comentários foram feitos no contexto de acusações de censura do jornalista americano Michael Shellenberger, que afirma que o Brasil está envolvido em um caso de ampla repressão da liberdade de expressão liderada por Moraes.
A ação é encabeçada pela defensora Nacional de Direitos Humanos da DPU, Carolina Soares Castelliano Lucena de Castro, e endossada pela ONG Educafro e pelo Instituto de Fiscalização e Controle.
Desde que passou a criticar e atacar o ministro do STF, Alexandre de Moraes, a justiça brasileira e o presidente Lula, o bilionário Elon Musk já fez mais de 30 postagens na rede X, de sua propriedade, no espaço dos últimos 10 dias. Musk começou no dia 6 de abril a dedicar sua atenção ao Brasil, e além de lançar suas críticas e prometer descumprir ordens judiciais do STF, passou a interagir de forma frequente com parlamentares e influenciadores de direita brasileiros.
A justiça brasileira passou a ser o assunto preferido do empresário sul-africano naturalizado norte-americano no dia 6 de abril, quando ele fez um questionamento direto ao ministro Alexandre de Moraes. Respondendo a uma postagem do ministro na ocasião da posse de Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça, Musk questionou Moraes sobre porque ele estaria “exigindo tanta censura no Brasil”.
A partir dessa postagem, Elon Musk aumentou o tom de suas críticas, e chegou a dizer que iria remover todas as restrições impostas pela Justiça a perfis de usuários do X, notadamente de influenciadores de direita. Além de dizer que o Brasil estaria promovendo uma “censura agressiva que parece violar a lei e a vontade do povo do Brasil”, o bilionário ainda afirmou que “Lula e Moraes estão fazendo uma violação escandalosa” da Constituição e dos direitos humanos.
Elon Musk seguiu postando diariamente sobre o Brasil, uma hora chamando Alexandre de Moraes de “Darth Vader do Brasil”, outra dizendo que o ministro levaria “o presidente Lula na coleira”. O empresário disse ainda que iria divulgar “em breve” as “exigências” de Moraes à plataforma X que, segundo ele, violam as leis brasileiras.
As provocações de Musk continuaram também em diálogos com parlamentares brasileiros, como Marcel Van Hattem (Novo-RS), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Eduardo Girão (Novo-CE). Em algumas dessas postagens, Elon Musk disse que Moraes é um “ditador” e que deveria ser julgado por seus “crimes” uma vez que “a lei se aplica a todos”.
Os debates de Elon Musk com parlamentares e influenciadores de direita gerou ganhos em audiência e número de seguidores para as contas dos brasileiros. Segundo levantamento do site Poder360, ao todo, foram 224,8 mil novos seguidores nas contas dos três parlamentares.
Dos políticos com quem Musk interagiu e tiveram os perfis analisados pela Bites (empresa de análise de dados que extrai, cruza e interpreta informações disponíveis na internet) a pedido do site Poder360, Nikolas, chamado de “corajoso” pelo empresário, foi o que mais ganhou seguidores: 174,4 mil de 8 a 11 de abril.
O deputado Marcel Van Hattem foi o segundo a ganhar mais seguidores depois das interações com o bilionário. Ao todo, foram 39.820 novos seguidores de 8 a 11 de abril. Ele também foi o parlamentar com quem Musk mais interagiu no período. O dono do X compartilhou uma publicação de Van Hattem ao lado do jornalista norte-americano Michael Shellenberger, autor da denúncia chamada de “Twitter Files”.
A última postagem de Musk sobre o Brasil foi feita nesta segunda-feira (15). O empresário disse que as leis impedem a rede X de participação de corrupção que viole as leis de outros países, “que é o que Alexandre de Moraes está a exigir que façamos”.
Essa postagem tem relação com mensagem enviada pelos advogados da rede X ao Supremo Tribunal Federal, na qual afirmam que a plataforma continuará cumprindo “integralmente” as decisões do STF e do TSE. Em petição endereçada ao STF, o X afirma que a sede americana recebeu, na sexta-feira (12), uma notificação do Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara de Deputados dos Estados Unidos, na qual é solicitada a remoção do conteúdo e bloqueio de contas da plataforma, cumprindo as ordens emitidas por Moraes.
A conversa do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL) com o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), será remarcada, por conta do ataque de Irã a Israel neste sábado (13). O encontro entre os dois estava previsto para acontecer também na noite deste sábado (13).
O bate papo entre os dois foi divulgado pelo canal Bolsonaro TV, vinculado ao ex-presidente, como uma “entrevista”. A conversa entre eles Musk seria transmitida nas redes sociais. A assessoria do ex-presidente divulgou uma nota informando a suspensão.
Segundo a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, Bolsonaro estaria em Israel, caso tivesse o passaporte liberado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente tinha pedido a devolução do documento para viajar para o território israelense. A conversa de Musk e Bolsonaro aconteceria em meio a acusações de censura pelo o empresário a Moraes. Elon tem sido defendido por parlamentares de direita após criticar o ministro. Alexandre de Moraes determinou a desativação de perfis que disseminam notícias falsas.
Após a determinação, Elon Musk fez críticas ao ministro e ameaçou descumprir decisões do STF, reativando perfis que haviam sido suspensos por medidas da Suprema Corte. O americano também chamou o magistrado de “ditador brutal”.
Em resposta, Moraes o incluiu no inquérito que investiga a atuação de milícias digitais. Ainda foi estabelecido multa diária de R$ 10 mil para cada perfil do X que venha a ser reativado, descumprindo determinações da Justiça brasileira.
Apesar de ainda não ter cumprido a promessa de liberar o acesso a contas com restrição judicial, o empresário Elon Musk voltou a fazer ataques e críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e à Justiça, na noite desta segunda-feira (8). Em diversas postagens na rede X (antigo Twitter), de sua propriedade, Musk respondeu a postagens de parlamentares e voltou a cobrar que o Congresso tome alguma atitude em relação a Moraes.
“Como Alexandre de Moraes se tornou ditador no Brasil? Ele [Moraes] está com o [presidente] Lula na coleira”, afirmou o bilionário.
Em resposta a um comentário do deputado Marcel Van Hatten (Novo-RS), Elon Musk pergunta: “por que o parlamento permite a Moraes o poder de um ditador brutal se os deputados e senadores foram eleitos, mas o ministro, não”.
Ainda na noite desta segunda, o dono do X (ex-Twitter) afirmou que funcionários da plataforma no Brasil foram informados de que seriam presos. O bilionário deu a declaração em resposta a uma publicação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que pediu “mais informações” sobre a alegação de que Alexandre de Moraes tem o presidente Lula “na coleira” e que “colocou o dedo na balança” para eleger o petista.
“Precisamos levar nossos funcionários no Brasil para um local seguro ou que não estejam em posição de responsabilidade, então faremos um dump [extração] completo de dados”, disse o empresário no X.
Em outro tuíte, Musk disse que Moraes “é o ditador (obviamente) não eleito do Brasil”. Mais cedo, o empresário chamou Alexandre de Moraes para conversar “abertamente” sobre as decisões do STF a respeito do funcionamento das redes sociais. A declaração e a crítica na rede social ocorreram após o ministro determinar a inclusão do empresário no inquérito sobre as milícias digitais que está aberto no Supremo Tribunal Federal.
Enquanto se digladia com Alexandre de Moraes e a justiça brasileira, o bilionário sul-africano naturalizado norte-americano se vê às voltas com dificuldades em seu império. Segundo o índice Bloomberg Billionaires, uma classificação diária das pessoas mais ricas do mundo, Elon Musk já perdeu US$ 42,7 bilhões em patrimônio neste ano, e caiu da segunda para a terceira posição entre os bilionários.
Além do péssimo desempenho das ações da sua empresa Tesla neste ano, Elon Musk ainda vê seu maior adversário em vias de ultrapassa-lo na lista dos mais ricos do mundo. Marck Zuckerberg, o dono da Meta, vem se recuperando e teve aumento de patrimônio de US$ 56,1 bilhões em 2024, o melhor desempenho entre os 50 maiores bilionários.
De acordo com o índice Bloomberg Billionaires no fechamento desta segunda (8), Zuckerberg tem fortuna total de US$ 184 bilhões, apenas US$ 2 bilhões abaixo de Elon Musk. Os dois, entretanto, ainda estão um pouco abaixo dos dois mais ricos do mundo: Bernard Arnault, com fortuna total de US$ 226 bilhões, e Jeff Bezos, com US$ 207 bilhões.
Após ameaças do bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a conduta do empresário seja investigada em inquérito.
LEIA TAMBÉM:
Moraes também ordenou que a rede X não desobedeça nenhuma ordem da Justiça brasileira. Musk atacou neste sábado (6) as decisões de Moraes nas investigações comandadas pelo ministro. O empresário ameaçou ainda reativar os perfis de usuários do X bloqueados pela Justiça. As informações são do g1.
Vale lembrar que Moraes é relator de inquéritos como o das milícias digitais: que investiga ações orquestradas nas redes para disseminar informações falsas e discurso de ódio, com o objetivo de minar as instituições e a democracia. O inquérito acerca do 8 de janeiro também está sob sua competência.
No curso dessas apurações, ao longo dos últimos anos, Moraes determinou que as redes sociais bloqueassem a conta de alguns investigados. De acordo com o ministro, eles usavam as plataformas para o cometimento das práticas irregulares que são investigadas.
Depois de fazer questionamentos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e até ameaças de não mais cumprir determinações da Justiça brasileira, o bilionário Elon Musk elevou ainda mais o tom em nova postagem neste domingo (7) na rede X, de sua propriedade. Musk agora pede que Moraes renuncie à sua cadeira no STF ou sofra impeachment do Congresso Nacional.
"Em breve, X publicará tudo o que é exigido por Alexandre, e como essas solicitações violam a legislação brasileira. Este juiz traiu descaradamente e repetidamente a Constituição e o povo do Brasil. Ele deveria renunciar ou sofrer impeachment”, disse Elon Musk, que marcou a conta do ministro Alexandre de Moraes na rede X (antigo Twitter).
O empresário, dono da segunda maior fortuna do mundo, encerra sua publicação afirmando: “Vergonha, Alexandre, vergonha”.
As acusações, ameaças e ataques feitos por Elon Musk ao ministro Alexandre de Moraes e ao STF estão entre os assuntos mais comentados na rede X neste domingo. Somente o tópico “Elon Musk” já teve mais de 400 mil menções, e outros também têm crescido na lista dos temas do dia, como “Alexandre de Moraes” e “Xandão”, com 155 mil e 65 mil menções respectivamente.
Os comentários e postagens de Elon Musk sobre Alexandre de Moraes começaram neste sábado (6), quando ele fez um questionamento diretamente ao ministro do STF sobre o motivo de ter “tanta censura no Brasil”. Algumas horas depois, o empresário norte-americano informou que iria derrubar os bloqueios das contas na plataforma impostas pelo magistrado.
“Estamos retirando todas as restrições. Este juiz aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortar o acesso ao X no Brasil. Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá. Mas os princípios são mais importantes do que o lucro”, afirmou Musk.
Oficialmente, o governo Lula, o Supremo Tribunal Federal e o ministro Alexandre de Moraes ainda não se pronunciaram em resposta às provocações do bilionário. Do governo, apenas o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, chegou a falar sobre o caso.
Messias não citou diretamente o nome do empresário norte-americano, mas defendeu a regulamentação “urgente” das redes sociais e criticou Musk de forma indireta. O advogado-geral da União Messias disse que ‘bilionários com domicílio no exterior” não podem ter controle de redes sociais e violar o Estado de Direito no Brasil.
O presidente Lula também não fez qualquer comentário sobre os ataques de Elon Musk à Justiça brasileira. Na manhã deste domingo, Lula, acompanhado da primeira-dama, Janja, postou um vídeo em suas redes sociais plantando ele mesmo uma muda de cambuí na Granja do Torto. “E ainda vamos plantar cerca 1.150 mudas de árvores de origem brasileira”, disse o presidente.
Até as 14h deste domingo, as contas de alguns influenciadores de direita, como Allan dos Santos, Paulo Figueiredo e Rodrigo Constantino, por exemplo, continuavam bloqueadas.
O bilionário norte-americano Elon Musk incendiou as redes sociais na noite deste sábado (6), ao fixar em sua conta no X (antigo Twitter) uma mensagem afirmando que irá desobedecer a Justiça brasileira e retirar as restrições às contas que foram bloqueadas por decisão do Supremo Tribunal Federal. Musk, que é o dono da rede X, disse que está disposto inclusive a fechar a plataforma no Brasil, ao praticamente decretar guerra ao ministro Alexandre de Moraes.
“Estamos levantando todas as restrições. Este juiz (Alexandre de Moraes) aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortou o acesso ao X no Brasil. Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá. Mas os princípios importam mais do que o lucro”, afirmou o empresário dos Estados Unidos.
Mais cedo neste sábado, Musk havia confrontado Alexandre de Moraes, ao escrever uma resposta em postagem do ministro. Na postagem, o bilionário questiona Moraes sobre suposta censura que estaria sendo imposta pelo Judiciário no Brasil.
“Por que você está determinando tanta censura no Brasil”, escreveu Musk em resposta a uma publicação de Alexandre de Moraes do dia 11 de janeiro deste ano, na qual parabeniza Ricardo Lewandowski por assumir o Ministério da Justiça.
No final da tarde de hoje, Elon Musk também postou outros dois comentários curtos enfocando o tema da suposta censura promovida pelo Judiciário. “Esta censura agressiva parece violar a lei e a vontade do povo do Brasil”, diz o empresário, que também fez um questionamento no qual marcou a conta do ministro Alexandre de Moraes na rede X. “Por que você está fazendo isso, Alexandre?”, perguntou Musk.
As postagens do bilionário norte-americano animaram os políticos e influenciadores de direita e de oposição ao governo Lula. O ex-senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), em uma postagem em inglês, parabeniza Elon Musk e diz que ele é uma pessoa realmente democrática. “Você ama a liberdade na mesma intensidade que marca o povo brasileiro. Parabéns e obrigado pelo seu coração e cérebro!”, disse Virgílio.
Já o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), além de reproduzir a decisão de Musk de desbloquear todos os que tiveram suas contas retiras judicialmente, repetiu a afirmação feita pelo empresário: “Elon Musk acaba de anunciar que vai desbloquear TODOS os brasileiros ilegalmente censurados no Twitter pelo ditador Alexandre de Moraes. Princípios acima de tudo, thank you”, afirmou o deputado.
Nikolas Ferreira (PL-MG), presidente da Comissão de Educação da Câmara e um dos mais ferrenhos opositores do governo, disse que o Brasil está sendo exposto mundialmente, e cobrou que o Congresso instale a CPI do Abuso de Autoridade. “O homem mais rico do mundo e diversos jornalistas internacionais dizendo que há algo acontecendo no Brasil. Só o Congresso continuará ignorando e lidando como se estivéssemos em uma normalidade? Não valeria a pena instaurar a CPI do abuso de autoridade? Não há nenhuma medida para esclarecer o que você está apostando?”, diz Nikolas.
Do outro lado, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, chamou de “patética” a postagem do empresário Elon Musk, e acusou o dono da rede X de permitir a divulgação de discursos de ódio e fake news.
“Patético é o menor dos adjetivos para descrever a resposta de Elon Musk ao ministro Alexandre de Moraes, inflamando a extrema-direita ao insinuar que há censura no Brasil, ao mesmo tempo que sua rede permite discursos de ódio e divulgação em larga escala de notícias falsas . Enquanto tentamos enfraquecer a democracia, nós vamos resistir. E exige que ninguém seja anistiado!”, criticou Gleisi.
Da parte do governo, o advogado-geral da União, Jorge Messias, se pronunciou nas redes sociais e criticou as ameaças feitas por Musk e sua intenção de desafiar a Justiça brasileira. Messias disse ser necessário agir para a regulamentação das redes sociais.
“É urgente regulamentar as redes sociais. Não podemos conviver em uma sociedade em que bilionários com residência no exterior tenham controle de redes sociais e se coloquem em condições de violar o Estado de Direito, descumprindo ordens judiciais e ameaçando nossas autoridades. A Paz Social é inegociável”, concluiu o advogado-geral da União.
O empresário e bilionário Elon Musk, o segundo homem mais rico do mundo (possui fortuna de US$ 195 bilhões), confrontou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em uma postagem na rede X (antigo Twitter). Musk, que é o dono da rede X, escreveu neste sábado (6) uma resposta em postagem do ministro, com questionamento sobre suposta censura que estaria sendo imposta pelo Judiciário no Brasil.
“Por que você está determinando tanta censura no Brasil”, escreveu Musk em resposta a uma publicação de Alexandre de Moraes do dia 11 de janeiro deste ano, na qual ele deseja sucesso a Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça.
A postagem do bilionário dono da Tesla e da SpaceX animou internautas de direita na manhã deste sábado. Às 12h, o tema “Elon Musk” estava na quinta colocação entre os assuntos mais comentados no Trending Topics da rede X, com quase 100 mil menções.
Esta não foi a primeira estocada do empresário norte-americano no ministro do Supremo Tribunal Federal, que se tornou um dos alvos preferenciais de políticos e influenciadores de direita e bolsonaristas. Na última quarta (3), Musk vazou para o jornalista Michael Shellenberger, conhecido repórter investigativo dos EUA, os chamados “Twitter files Brazil”, arquivos secretos do Twitter relacionados ao Brasil.
Em postagem no X, Shellenberger afirmou que “o Brasil está envolvido em uma ampla repressão à liberdade de expressão liderada por um juiz da Suprema Corte chamado Alexandre de Moraes”.
Segundo o jornalista norte-americano, “Moraes colocou pessoas na prisão sem julgamento por coisas que postaram nas redes sociais, exigiu a remoção de usuários das plataformas de mídia social, exigiu a censura de postagens específicas, sem dar aos usuários qualquer direito de recurso ou mesmo o direito de ver as provas apresentadas contra eles”.
O repórter também afirma que o ministro Alexandre de Moraes tentou minar a democracia no Brasil e “exigiu ilegalmente que o Twitter revelasse detalhes pessoais sobre usuários do Twitter que usaram hashtags de que ele não gostou”. Segundo Shellenberger, o objetivo de Moraes seria impedir a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022.
Elon Musk tem se notabilizado por ser um dos principais protagonistas da direita internacional. O empresário é um notório apoiador do ex-presidente republicano Donald Trump, e também externa sempre que pode seu apoio a outros líderes de direita, como Viktor Orban, da Hungria, Javier Milei, da Argentina, e o próprio ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
Os aplicativos que pertencem ao grupo Meta apresentaram instabilidade na tarde desta quarta-feira (3). O Whatsapp e o Instagram foram os primeiros a cair por volta das 15h02. Segundo o Down Detector, um tempo depois o Facebook e Twitter também começaram a apresentar instabilidade.
Ao notar a falha no Whatsapp, internautas foram confirmar a falha no Twitter. “Mais um dia perdendo 5 minutos achando que a minha internet caiu até perceber que foi só o WhatsApp”, escreveu uma internauta.
“Instagram e WhatsApp caem mas o twitter segue imortal”, apontou uma internauta minutos antes do Twitter apresentar instabilidade.
A Câmara dos Deputados teve o perfil na rede social X, antigo Twitter, invadido por hackers na manhã deste sábado (10). Segundo informações do g1, uma publicação foi feita por volta das 11h09 atacando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O post, que já foi apagado, chamava Moraes de “ditador” e o acusado de estar planejando um “golpe de Estado” junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A assessoria da Câmara dos Deputados confirmou a invasão da rede.
A postagem no perfil da Câmara dos Deputados tinha a seguinte mensagem: “O DITADOR Alexandre de Moraes destrói a democracia. Estão planejando um golpe de Estado orquestrado pelo Alexandre e por @LulaOficial. Serei caçado, mas estou lutando contra”.
O senador Sérgio Moro (União-PR) está desde a noite desta quarta-feira (13) entre os assuntos mais comentados na rede X (antigo Twitter) por conta de sua posição dúbia tanto na sabatina do ministro da Justiça, Flávio Dino, como em entrevistas que deu nas quais não quis declarar seu voto. E se Moro já vinha recebendo fortes críticas por fotos que circularam com ele abraçando e cochichando ao pé do ouvido de Dino, uma imagem no site do Estadão piorou ainda mais a artilharia para o lado do ex-juiz e ex-ministro do governo Bolsonaro.
O Estadão divulgou imagens feitas pelo fotógrafo Wilton Júnior, que capturou conversas de Moro em seu celular com interlocutores a respeito de seu voto sobre a indicação de Flávio Dino ao STF. Em conversa no WhatsApp, Moro foi alertado por um aliado a não expor seu voto.
Em conversa com um contato identificado por “Mestrão”, o senador Sérgio Moro é alertado de que “o coro está comendo nas redes”, por conta das imagens em que ele conversava alegremente com o ministro Flávio Dino na CCJ. À imprensa, o senador paranaense justificou afirmando que o abraço que deu em Flávio Dino teria sido por “dever de cordialidade e civilidade”.
Feito o alerta, o contato “Mestrão” tentou tranquilizar o senador: “fica frio que ja ja passa”. Na sequência, porém, ele orientou novamente o parlamentar que “não pode ter vídeo de você falando que votou a favor, se não isso vai ficar a vida inteira rodando”.
Na troca de mensagens com Mestrão, Moro estava digitando sua resposta no momento em que teve a conversa flagrada pelo fotógrafo do Estadão: “Blz. Vou manter meu voto secreto, eh um instrumento de proteção contra retaliação”.
Em meio à sabatina de Dino e Paulo Gonet na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Sergio Moro, ao ser abordado por jornalistas no corredor, evitou declarar seu voto. Questionado pela imprensa, ele saiu e deixou os jornalistas falando sozinhos, e sem responder a indagação sobre como votaria em Dino.
O fotógrafo do Estadão também flagrou conversas de Sérgio Moro com seu suplente no Senado, o advogado Luís Felipe Cunha. O suplente diz a Moro que o deputado cassado Deltan Dallagnol estaria “desesperado”, e que teria o procurado e mandado mensagens.
“Amigo, pela estratégia relatada aparentemente, não há o que ser dito. Eu disse ao Deltan que...sabe o que faz e que estarei ao seu lado sempre, por lealdade e por saber que você é um cara correto”, teria digitado Moro em resposta a Luís Felipe Cunha.
A revelação das conversas explodiu nas redes sociais, principalmente por conta das muitas postagens de parlamentares bolsonaristas e perfis de direita. O assunto “Moro” já conta com quase 150 mil postagens nesta manhã de quinta. O senador paranaense é chamado de “traidor”, entre outras críticas mais pesadas.
Em suas redes sociais, até as 11hs da manhã desta quinta, o senador Sérgio Moro ainda não havia se pronunciando sobre as conversas flagradas pelo Estadão.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, continua ativo no X (antigo Twitter) para além das críticas futebolísticas como brincou durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), nesta quarta-feira (13), ao dizer que a rede social serviria apenas para cornetar a campanha do Botafogo no Campeonato Brasiliero deste ano – o time carioca terminou no 5º lugar após liderar por 31 rodadas.
“Estou feliz e honrado. Agradeço a confiança do Presidente da República e do Senado Federal, que aprovaram a minha Indicação ao Supremo Tribunal Federal. Milhões de pessoas me ajudaram, com mensagens, postagens, orações, torcida. A todos o meu abraço afetuoso”, escreveu Dino logo depois da aprovação do seu nome para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Estou feliz e honrado. Agradeço a confiança do Presidente da República e do Senado Federal, que aprovaram a minha Indicação ao Supremo Tribunal Federal. Milhões de pessoas me ajudaram, com mensagens, postagens, orações, torcida. A todos o meu abraço afetuoso.
— Flávio Dino ???????? (@FlavioDino) December 14, 2023
Durante a sabatina, Flávio Dino foi questionado pelo senador Sergio Moro (União Brasil - PR) se deixaria de utilizar o X como faz hoje. Em resposta, o futuro ministro do STF disse que ao ingressar na Suprema Corte deixará a “vida política em todas as dimensões, inclusive as redes sociais”, mas seguirá como usuário da antiga rede do passarinho azul sem opinar sobre temas políticos.
“Preciso de algum lugar para falar do Botafogo e do Sampaio Correia. São duas paixões inexplicáveis que eu tenho. No caso do Botafogo, preciso dizer em algum lugar que um time que lidera um Campeonato Brasileiro com 20 pontos não tem direito a ficar no 5º lugar”, emendou em tom de brincadeira.
A primeira-dama Rôsangela Lula da Silva, a Janja, se pronunciou nas redes sociais apóst er seu perfil no X (antigo twitter) invadido, na noite de segunda-feira (11). O hacker publicou uma série de provocações e ofensas de cunho pornográfico e misógino.
“Na noite de ontem, os ataques de ódio e o desrespeito que eu sofro diariamente chegaram a outro patamar. Minha conta no X foi hackeada e, por minutos intermináveis, foram publicadas mensagens misóginas e violentas contra mim. Posts machistas e criminosos, típicos de quem despreza as mulheres, a convivência em sociedade, a democracia e a lei”, escreveu Janja, em seu perfil no Instagram, nesta terça-feira (12).
A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar o caso, e a Advocacia-Geral da União (AGU) notificou a plataforma X, cobrando o congelamento do perfil de Janja até a conclusão das investigações, exigindo a preservação de todos os registros e elementos digitais relativos à conta.
A conta da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, no X, antigo Twitter, foi hackeada na noite desta segunda-feira (11).
Segundo informações, o governo declarou ter acionado a Polícia Federal e a plataforma.
Entre as publicações realizadas, estão ofensas relacionadas a Janja e ao presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).
A divulgação do voto da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, a favor da descriminalização do aborto nas 12 primeiras semanas de gestação, causou grande alvoroço nas redes sociais nesta sexta-feira (22). Parlamentares, lideranças e influenciadores de direita e de esquerda estão emitindo suas opiniões sobre o voto, e o tema do aborto é o principal assunto na rede X, antigo Twitter, a ponto do termo Rosa Weber ter passado a manhã inteira como número 1 dos trending topics.
Enquanto expoentes da direita atacam a ministra e dizem que o voto para descriminalizar o aborto teria sido escrito com “o sangue dos inocentes” ou mesmo que seria uma “ação do demônio”, ativistas de esquerda levaram a hashtag NemPresaNemMorta ao segundo lugar dos assuntos mais comentados. A maioria dos que postam a favor do voto da ministra Rosa Weber apresentam argumentos em defesa da situação da mulher e afirmam que o tema seria uma questão de saúde pública.
Entre os parlamentares da Bahia, o assunto também vem ganhando repercussão. O deputado Capitão Alden (PL), por exemplo, pediu apoio a um requerimento de urgência para que seja votado no Plenário o Estatuto do Nascituro, que garante a vida desde a concepção e impede a legalização do aborto no Brasil.
Uma outra iniciativa que surgiu no Congresso para contrapor o julgamento iniciado no STF partiu do líder da oposição no Senado Federal, Rogério Marinho (PL-RN). O parlamentar conseguiu mais do que as 27 assinaturas necessárias de apoio a um projeto que será apresentado na próxima semana, para propor um plebiscito nacional sobre o tema do aborto. Para que o plebiscito seja realizado, é preciso que a proposta de Marinho seja aprovada com maioria absoluta no Senado Federal e na Câmara dos Deputados. A ideia da oposição é realizar o plebiscito junto com as eleições municipais de 2024.
O voto da ministra Rosa Weber foi o primeiro dado no julgamento, em plenário virtual, da ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 442, que foi apresentada pelo PSOL em 2017. O julgamento, entretanto, foi suspenso depois que o ministro Luís Roberto Barroso pediu destaque. Com isso, a ADPF passará a ser julgada em sessão presencial no Plenário do Supremo, mas o voto da ministra Rosa Weber será preservado, mesmo após a sua aposentadoria, que se dará no dia 2 de outubro.
Nas postagens feitas por críticos ao julgamento sobre o aborto, muitas delas destacam o argumento da ministra Rosa Weber de que “não existem consensos sobre início da vida humana no campo da filosofia, da religião e da ética, nem da ciência”. A ministra afirmou que há um “falso alarde” em torno do “suposto consenso” de que o feto ou embrião já tem direitos fundamentais, colocação que tem sido criticada com aspereza por lideranças da direita.
A Meta, empresa controladora do Facebook, Messenger, WhatsApp e Instagram, está prestes a lançar um novo aplicativo que promete rivalizar diretamente com o Twitter, de propriedade do bilionário Elon Musk. O aplicativo de Mark Zuckerberg se chama Threads, e vem sendo anunciado como um app de conversa baseada em texto, no formato de microblog, e que ficará vinculado ao Instagram.
Um anúncio do aplicativo já pode ser visto na App Store da Apple, indicando que seria lançado já na próxima quinta-feira (6). “Threads é onde as comunidades se reúnem para discutir tudo, desde os tópicos de seu interesse hoje até o que será tendência amanhã”, diz o anúncio do aplicativo.
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O lançamento do novo aplicativo pela Meta ocorre após um fim de semana de muitas críticas ao CEO do Twitter, Elon Musk, desde que foi anunciado um limite para o número de tweets que os usuários podem visualizar em um dia. Também vem sendo muito criticada nas redes sociais o anúncio, pelo Twitter, da exigência de que os usuários sejam verificados para usar o painel online TweetDeck. A nova política do aplicativo entrará em vigor em 30 dias, e parece ter como objetivo aumentar a receita da empresa controlada por Musk, já que os usuários precisarão pagar para ter suas contas verificadas.
Segundo o pouco que foi revelado até agora pela Meta, os usuários do Instagram poderão manter no Threads os nomes dos seus perfis, e seguir as mesmas contas no novo aplicativo. No anúncio do aplicativo na App Store da Apple, há a promessa de conexão com contas já seguidas como favoritas.
"Qualquer que seja o seu interesse, você pode seguir e se conectar diretamente com seus criadores favoritos e outras pessoas que amam as mesmas coisas - ou criar seguidores leais para compartilhar suas ideias, opiniões e criatividade com o mundo", diz o anúncio.
Alguns usuários do Twitter notaram inconsistências na rede social neste sábado (1). A plataforma iniciou um limite temporário de leitura para os internautas que possuem perfil na rede.
Elon Musk, dono da plataforma, explicou que esses limites estão sendo colocados para que a rede social possa "lidar com níveis extremos de extração de dados e manipulação do sistema".
Durante o dia, Musk foi aumentando o limite de tuítes disponíveis para cada tipo de usuário da rede. Em seu último anúncio, as configurações ficaram da seguinte forma:
- Contas verificadas 10.000 / dia
- Contas não verificadas 1.000 / dia
- Novas contas não verificadas 500 / dia
Para ter uma conta verificada no Twitter, é necessário que o usuário assine um plano mensal de R$ 42.
todas as redes lutando pra gente ficar e o Twitter lutando pra gente ir embora
— Gabi Oliveira (@depretas) July 1, 2023
Acabou o Twitter, né? Foi “bom” enquanto durou. Podem inventar o próximo site…
— Renato Vicente (@RenatinVicente7) July 1, 2023
bom queria ler os tweets do elon musk sobre essas mudanças no twitter
— bia (@lisdexanfetabia) July 1, 2023
entrei no perfil dele e isso aqui apareceu pra mim
e representa muito: não conseguir ler os tweets do próprio dono da rede social pq já atingi o limite pic.twitter.com/ynErydyLcB
Os bilionários donos do Twitter, Elon Musk, e do Facebook, Mark Zuckerberg, se provocaram através de mensagens em suas respectivas redes sociais. Ao interagir com seguidores, Musk escreveu que aceitaria enfrentar Zuckerberg em uma luta.
“Eu estou pronto para uma luta no ‘cage’ (“jaula”, em inglês, típica das lutas livres) se ele topar”, escreveu o dono do Twitter. No Instagram, Zuckerberg publicou um print das mensagens de Musk e escreveu: “Me envie a localização”.
Musk, então, respondeu: “Octógono em Vegas”, referindo-se à cidade americana de Las Vegas, palco tradicional de lutas do Ultimate Fighting Championship (UFC).
O dono do Facebook, por sua vez, publicou um vídeo em que aparece treinando jiu-jitsu. Ele brincou: “Começando a me preparar para a estreia no MMA”.
Procurada pela BBC, a Meta, controladora do Facebook, limitou-se a dizer que “a história fala por si”. Até o momento, o Twitter não se manifestou sobre a troca de mensagens entre Musk e Zuckerberg.
O empresário Elon Musk divulgou sua saída oficial do cargo de CEO do Twitter, nesta quinta- feira (11). Após seis meses no cargo, Musk revelou que não continuaria mais na gestão da rede social e anunciou que será substituído por uma mulher.
A decisão foi tomada após o empresário ter resultado contrário à sua permanência, em enquete feita por ele mesmo na plataforma. Em seu perfil no Twitter, Elon disse que “ fará transição para ser diretor de tecnologia”.
A hashtag "Twitter apoia massacres" ganhou força e chegou a ser o segundo mais utilizado na plataforma, com cerca de 4500 publicações, durante reunião entre representantes das maiores redes sociais e o Ministério da Justiça nesta terça-feira (11), após o Twitter se recusar a tirar posts que faziam apologia à violência em escolas.
Ao chegar aos trending topics do site, a campanha desapareceu misteriosamente, após apenas algumas horas apesar do crescimento.
De acordo com uma análise da Núcleo dos dados do Twitter (enquanto a API ainda nos permite coletar dados), a partir das 16h havia cerca de 28.000 tweets com mais de 4,7 milhões de visualizações.
Usuários que levantaram a frase com fortes críticas a Elon Musk acusam a empresa de censura.
O Twitter não respondeu aos questionamentos enviados pela imprensa.
Foto: Reprodução
Nesta sexta-feira (23), quando é comemorado o Dia Mundial do Livro, o Twitter divulgou um ranking dos dez livros mais comentados no Brasil, em 2021. O mangá “Chainsaw Man”, de Tatsuki Fujimoto, lidera a lista, seguido do romance “Sol da meia-noite”, de Stephenie Meyer, e do clássico “1984”, de autoria de George Orwell.
Além dos títulos mais citados no serviço este ano no país, a plataforma divulgou ainda uma segunda lista com os gêneros literários mais comentados. Os quadrinhos figuram como a preferência dos brasileiros, enquanto o segundo lugar é ocupado pelos livros de culinária. A terceira posição fica com os mangás.
Livros mais comentados
1. Chainsaw Man (Mangá, por Tatsuki Fujimoto)
2. Sol da meia-noite (Romance, por Stephenie Meyer)
3. 1984 (Ficção, por George Orwell)
4. Eleanor & Park (Romance, por Rainbow Rowell)
5. Vidas Secas (Romance, por Graciliano Ramos)
6. O Grande Gatsby (Romance, por F. Scott Fitzgerald)
7. Jogos Vorazes (Aventura, por Suzanne Collins)
8. O Sol É para Todos (Romance, por Harper Lee)
9. Outros Jeitos de Usar a Boca (Poesia, por Rupi Kaur)
10. Prólogo, ato, epílogo (Autobiografía, por Fernanda Montenegro)
Gêneros mais mencionados
1. Quadrinhos
2. Culinária
3. Mangás
4. Ficção
5. Mistério e crimes
6. Ação e aventura
7. Ficção científica e fantasia
8. Biografia e memórias
9. Romance
10. Ficção histórica
O secretário Especial da Cultura de Bolsonaro, Mario Frias, bloqueou um antigo titular da Secult no Twitter.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o ator silenciou Sérgio Sá Leitão, que ocupou a pasta no governo Temer e hoje é secretário de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, por conta de desavenças a respeito das obras do Museu do Ipiranga, na capital paulista.
A briga começou no fim de janeiro, porque Frias questionou a “paternidade” do projeto. "O Museu do Ipiranga é uma obra financiada pela Secult @CulturaGovBr, não pelo governador de São Paulo", escreveu o responsável pelas políticas culturais no âmbito federal. Ele disse ainda que lhe causou estranheza "que uma obra tão importante, que não recebeu recursos do governo do estado de São Paulo, tenha sido anunciada pelo governador, João Doria, como a principal obra do seu governo".
“Postura infantil (e sem base factual) do secretário Frias em relação ao projeto de restauro e ampliação do Museu do Ipiranga. A participação do Governo Federal via Lei Rouanet é bem-vinda e foi creditada. Mas não passa de 1/3 do valor total. O restante é privado e do governo de São Paulo. Além disso, o Museu do Ipiranga pertence à Universidade de São Paulo, instituição do governo de São Paulo. O governador João Doria liderou a exitosa campanha de captação de recursos para o projeto e monitora a realização da obra, que está no cronograma. O vital é a revitalização acontecer!”, rebateu Sá Leitão, à época.
No desenrolar da briga recente, que culminou no bloqueio, o secretário de SP mais uma vez criticou a postura do secretário de Bolsonaro. “Será medo da resposta? Lamento que Frias desconheça o sentido das palavras república, federalismo e transparência. Com atos como este, ele diariamente degrada o cargo que ocupa e a instituição que representa”, declarou Sá Leitão.
A cantora Flora Matos fez uma série de publicações na sua conta no Twitter nesta quarta-feira (3) relatando o desentendimento entre ela e Karol Conká. Segundo a artista, a sister foi uma das mulheres que apoiou durante a carreira, mas que se afastou dela por não concordar com "escrotidão".
"Fui tirada de louca, de afro-conveniente, congada até de de mau caráter, publicamente, por pessoas que conhecem a Karol de perto e sempre passaram pano pra ela. Não tenho intuito de ganhar seguidor com esse tweet, mas tem muita coisa engasgada aqui dentro", iniciou a rapper.
De acordo com o relato de Flora, a situação com Karol não é recente, e quando aconteceu, fez com que pensasse "até em desistir de tudo". "Tem gente muito ruim por dentro pagando de herói aqui fora", completou.
Quando isso aconteceu comigo eu me recolhi. E sinceramente pensei até em desistir de tudo. Só eu sei o que eu passei e a minha luta pra me manter acreditando na minha força e na minha vitória. Pra agora ver o arrombado falar sobre cancelamento como se ele não praticasse.
— FLORA MATOS (@FloraMatos) February 3, 2021
"A Karol foi uma das mulheres que eu trouxe comigo quando portas se abriram pra mim. E a gente se afastou porque ela tem esse jeito dela, e eu tenho o meu. Não sei me divertir vendo alguém ser tratado com escrotidão. Mas tem gente que se diverte com isso", revelou.
Ela comentou, citando o rapper Emicida, que vê como um "absurdo" a postura de pessoas próximas a Karol Conká agirem como se não soubesse das atitudes da artista. "É deprimente ver o Emicida principalmente pagando de louquinho. Porque ele sempre soube. E pra mim é pior do que ela porque sabe ser ainda mais dissimulado", disparou.
Eu acho um absurdo ver as pessoas que defenderam ela sempre, resolver meter o loko agora como se não soubesse como ela é. É deprimente ver o emicida principalmente pagando de louquinho. Porque ele sempre soube. E pra mim é pior do que ela porque sabe ser ainda mais dissimulado.
— FLORA MATOS (@FloraMatos) February 3, 2021
"É triste mas é a verdade. Eu confiei em você mano. Você fodeu minha vida no auge da minha carreira. E você sabe exatamente do que eu tô falando. Você jogou um jogo sujo e me impediu de fazer o que precisava ser feito quando eu tava na idade do auge. E eu nem posso falar sobre", acusou, falando sobre cláusulas que a impedem de contar a história.
Nos tweets seguintes, Flora falou sobre o confinamento no BBB. Para ela, não só Lucas Penteado, um dos desafetos de Karol na casa, merece apoio psicológico, como também desejou que a própria cantora "consiga se curar disso que faz ela agir assim, e de tudo mais que possa vir".
Os fãs da cantora Pabllo Vittar reagiram mal ao convite do cantor e compositor baiano Tierry para que fechassem uma parceria musical. O autor de "Rita" foi acusado de cantar músicas transfóbicas.
Tudo começou quando o ex-vocalista do Fantasmão escreveu, neste domingo (10), em seu perfil no Twitter que tinha interesse em trabalhar com a cantora. "E aí, Pabllo Vittar, bora fazer essa colaboração?", provocou em tom elogioso. Em seguida, uma enxurrada de comentários críticos ao músico foram escritos pelos internautas.
E aí @pabllovittar Bora fazer essa colaboração? ?????????
— Tiehit ???????? (@tierryoficial) January 10, 2021
Segundo apontaram os usuários do Twitter, o artista teria sido transfóbico por ter em seu repertório a canção "Valesca", em que descreve uma relação de um rapaz com uma mulher trans. Um vídeo em que ele canta a faixa foi publicado nos comentários.
"Pelo amor de Deus, mamãe Pabllo Vittar, não aceita!", disparou um fã da cantora. Um outro seguidor propôs que Tierry se redimisse ao chamar pessoas transexuais para colaborarem com suas letras. "Não pode compartilhar de transfobia, mano. Curto muito suas músicas, mas teve uma aí que você mandou mal. Já deu a corrigida?", disse o rapaz.
E aí @pabllovittar Bora fazer essa colaboração? ?????????
— Tiehit ???????? (@tierryoficial) January 10, 2021
Pelo amor de deus mamãe @pabllovittar não aceita!!!!!!! pic.twitter.com/bWqXmZ9u9e
— Pan com ovo ???????? (@danielwagmacker) January 11, 2021
Logo após as críticas, Tierry utilizou o seu perfil para falar sobre o assunto. Ele se explicou dizendo que no vídeo em que canta a música pergunta ao público se deveria ou se alguém se sentiria ofendido. "A partir do momento em que uma pessoa se ofende eu não me vejo no direito de lançar", argumentou.
Vejam que no vídeo eu me preocupo em perguntar se há algo que ofenda alguém e a partir do momento que uma pessoa se ofende eu não me vejo no direito de lançar! #respeito ????? https://t.co/CgzNbSHJub
— Tiehit ???????? (@tierryoficial) January 11, 2021
Se ofendeu uma pessoa eu não me vejo no direito de lançar! Peço perdão se ofendi alguém! Mas quis falar de um relacionamento que venceu o preconceito, essa foi a minha intenção! O final dizia “Bom que agora você é o que nasceu pra ser” ?????
— Tiehit ???????? (@tierryoficial) January 11, 2021
"Peço perdão se ofendi alguém, mas quis falar de um relacionamento que venceu o preconceito, essa foi minha intenção. O final dizia 'bom que agora você é o que nasceu pra ser", completou Tierry, que ao final agradeceu aos internautas pelo diálogo.
O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, rejeitou a identificação como afro-brasileiro. O jornalista utilizou sua conta no Twitter nesta quinta-feira (6) para comentar sobre o assunto.
"Não sou um afro-brasileiro! Nenhum cidadão preto nascido no Brasil é! A esquerda tenta nos prender ao passado e usa o prefixo 'afro' para fomentar o rancor e dividir o povo", disse o jornalista.
"Pretos são 100% brasileiros e ajudarão a fazer do Brasil um país melhor, livre da esquerda escravocrata", concluiu. Camargo está desde fevereiro do ano passado à frente do órgão que visa promover a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira.
Não sou um afro-brasileiro! Nenhum cidadão preto nascido no Brasil é! A esquerda tenta nos prender ao passado e usa o prefixo "afro" para fomentar o rancor e dividir o povo. Pretos são 100% brasileiros e ajudarão a fazer do Brasil um país melhor, livre da esquerda escravocrata.
— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) January 6, 2021
Conhecido por posições contrárias ao movimeento negro e ações afirmativas, ele foi reconduzido ao cargo após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatar um recurso da Advocacia Geral da União (AGU) que pedia que sua nomeação fosse reconsiderada (clique aqui).
Dentre os episódios que marcam a sua gestão na Fundação Palmares estão a exclusão de pessoas negras importantes da lista de homenageados (veja aqui) e a interrupção nas comemorações do Mês da Consciência Negra pelo órgão (relembre aqui).
A cantora Elza Soares fez uma reclamação contra o banco Bradesco em seu perfil no Twitter nesta terça-feira (5). Segundo a artista, ela estava enfrentando dificuldades na abertura de uma conta bancária na instituição.
"Estou desde 25/11 com meus documentos parados lá e sem resposta. Sou uma mulher de 90 anos sem qualquer pendência em meu nome. Alô Bradesco, a agência 2747 Copacabana não me quer como cliente", apontou a intérprete de "Planeta Fome".
Gentem, só eu enfrento dificuldade pra abrir uma conta no @Bradesco ? Estou desde 25/11 com meus documentos parados lá e sem resposta. Sou uma mulher de 90 anos sem qualquer pendência em meu nome. Alô @Bradesco a agência 2743 Copacabana não me quer como cliente #QuePenaBradesco pic.twitter.com/AaD0hwIXOx
— Elza Soares (@ElzaSoares) January 5, 2021
Prontamente, os fãs de Elza saíram em sua defesa. "Depois dessa só fechando essa agência para se aproximar de um pedidos de desculpas formal", disparou um seguidor.
O perfil do Bradesco respondeu a cantora com uma mensagem automática lamentando o ocorrido, que também foi criticada pelos internautas. "Mano, você tem noção? É a Elza Soares, caramba. O mínimo que vocês tinham que fazer é mandar um gerente na casa dela agora para assinar a papelada", sugeriu um outro perfil.
Em seguida, um outro tweet foi feito pelo banco em resposta. "Rainha Elza, a gente te ama demais e pede mil desculpas pela demora nessa resposta", justificou completando que a conta estaria sendo aberta. "Ter você com a gente é uma honra", concluiu. Outros bancos entraram na "disputa" pela conta da cantora, com paródias e até oferecendo a abertura de contas pela internet.
O presidente da Fundação Cultural Palmares, o jornalista Sérgio Camargo, elogiou o "guru bolsonarista" Olavo de Carvalho após ter feito críticas ao filósofo de extrema direita.
Em uma publicação feita em seu tweet na última sexta-feira (11), Camargo reforçou as afirmações de Carvalho em uma antiga entrevista ao jornalista Boris Casoy, na Record, de que "o movimento negro exalta culturas tirânicas da África".
Ele ressaltou algumas falas ditas por Olavo de Carvalho. "A escravidão na África existiu durante mil anos. Sudaneses pegaram em armas para manter a escravidão. Direitos iguais para todas as raças é criação do Ocidente", escreveu.
Grandes verdades por Olavo de Carvalho:
— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) September 11, 2020
- A escravidão na África existiu durante mil anos
- Sudaneses pegaram em armas para manter a escravidão
- Direitos iguais para todas as raças é criação do Ocidente
- O movimento negro exalta culturas tirânicas da África, onde não quer viver https://t.co/jHebmTNbSl
Na semana passada, o jornalista cutucou o "guru" em um tweet em que diz que Bolsonaro não precisou do apoio de Olavo para se tornar presidente da República. "Bolsonaro foi eleito pelo povo e não precisa do Olavo para nada!", disparou.
"Reconheço a grandeza e importância histórica do professor Olavo de Carvalho, no entanto é preciso esclarecer. Minhas opiniões sobre pretos nada devem a ele. Sigo meu caminho, como sempre fiz", completou logo em seguida.
Bolsonaro foi eleito pelo POVO e não precisa do Olavo para NADA! pic.twitter.com/7CvQBMLih8
— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) September 8, 2020
Em suas redes sociais, Sérgio Camargo se autodeclara como "negro de direita, antivitimista, inimigo do politicamente correto, livre". Ele assumiu órgão após uma briga judicial (relembre aqui e aqui) e se posiciona contra o movimento negro, bem como políticas afirmativas e reparatórias.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Marcone Amaral
"A partir deste momento acho que iremos falar a mesma língua para que a gente possa em conjunto ajudando o clube".
Disse o deputado estadual Marcone Amaral (PSD) sobre diálogo com o presidente do Esporte Clube Vitória, Fábio Mota, para o avanço da SAF.