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tunel salvador
Finalizado desde o início de novembro, o projeto que estuda a viabilidade de construção de um túnel ligando o Campo da Pólvora ao bairro do Comércio, em Salvador, vai passar por novos ajustes. A proposta, que foi entregue ao prefeito Bruno Reis (União) ainda no mês passado, ganhou um novo aditivo e a empresa responsável pelos projetos básico e executivo de engenharia terá mais 60 dias para incluir novos detalhes sobre a obra.
Segundo o secretário de Infraestrutura e Obras Públicas, Luiz Carlos, o aditivo para prorrogação do prazo é para atender pedidos do prefeito da capital baiana, que fez novas recomendações em relação ao projeto do túnel. Ao Bahia Notícias, o titular da Seinfra ressaltou que apesar do encaminhamento do projeto, tirar a obra do papel depende de "outros fatores".
"Essa prorrogação, a gente está esperando a empresa cumprir com as entregas. É um projeto desafiador, tem uma escavação de 920 metros, quase 1 km, atingindo uma profundidade de 52 metros em um sítio histórico, em que você deve ter todo um cuidado. O método de escavação não é o mesmo que você aplica em um túnel que vai passar veículo, que está em uma outra região menos sensível. Não é uma coisa simples, a gente apresentou ao prefeito, ele fez as ponderações. Para isso, a gente precisava desse aditivo de expansão de prazo para que a empresa pudesse entregar com as determinadas recomendações do prefeito. Agora vamos aguardar porque fazer o projeto é o primeiro passo, a obra vai depender de outros fatores", disse.
No mês passado, Luiz Carlos informou que o projeto foi realizado de forma conjunta com outras instituições, inclusive o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e a proposta precisou passar por algumas adequações. "A estação, por exemplo, precisou ser relocada porque a gente pensava em fazer a estação na Rua 12 de Outubro [Pelourinho] contudo o espaço é apertado e o Iphan só autoriza ali um pavimento e a gente precisa subir um pouco mais", disse.
Além disso, informações apuradas pelo Bahia Notícias apontam que o processo para executar a obra é "lento". Caso o projeto de fato avance,a intervenção precisaria ser feita com uma espécie de "micro explosões" por conta da fragilidade da região e reduzir a chance de eventuais impactos sofridos ao longo da obra. Ainda de acordo com as informações, inicialmente a previsão é que as intervenções durem entre 24 e 36 meses.
O TÚNEL
A ideia de construir um túnel subterrâneo com quase 1 km no Centro de Salvador avançou no primeiro semestre de 2023. Em março, a prefeitura a prefeitura fechou contrato com a Sanehatem Consultoria e Projetos para a elaboração do projeto. A ideia é ligar o Campo da Pólvora - nas proximidades da Arena Fonte Nova - ao bairro do Comércio, próximo ao Plano Inclinado Gonçalves. A gestão tem a pretensão de integrar toda essa região, onde se localiza o porto da cidade, o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo, ao metrô de Salvador.
Segundo o documento elaborado pela Sanehatem, na saída do túnel localizada no bairro Comércio - especificamente, na Rua Guindaste dos Padres -, deve ser construído um “edifício de apoio” para a operação da passagem subterrânea. Para a construção, o estudo prevê a desapropriação de três lotes na região.
A edificação, que abrigará a saída da passagem subterrânea, também deverá ter cafeterias, sanitários com acessibilidade, lojas e uma área administrativa. A ideia é que o local seja a porta de entrada de um “boulevard”: uma espécie de área de trânsito preferencial de pedestres, admitindo, eventualmente, o tráfego local de veículos, semelhante às “ramblas” de Barcelona.
O Boulevard, que tem projetos de iluminação, arborização e mobiliário próprios, possuiria ainda travessias elevadas, para separar das vias que dão acesso a ele, de modo a reduzir a velocidade dos veículos que transitam por ali, visando garantir mais segurança aos transeuntes do local.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Te afianço que vamos corrigir, tanto em cima como embaixo".
Disse o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), durante a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, indicando que a faixa de cobrança dos chamados “super-ricos”, que ganham acima de R$ 600 mil, precisaria ser retificada a cada ano.