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Um dos assuntos que têm movimentado Brasília desde a última semana é a perspectiva de uma fusão ser concretizada entre PSDB e PSD. Com as conversas ainda enfrentando resistência, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, indicou que deve travar a gestação da ideia e apontou que o caminho a ser seguido pelos tucanos é o da incorporação partidária. Uma das figuras ativas nas articulações é o baiano Adolfo Viana, deputado federal que, além de ser presidente da federação PSDB/Cidadania na Bahia, é líder da bancada na Câmara.
Ao Bahia Notícias, o parlamentar indicou que seu partido não tem limitado conversas sobre uma possível fusão apenas com o PSD. De acordo com Viana, o diálogo tem se afunilado com legendas como o MDB, Republicanos e o Podemos, em consonância com o discurso adotado desde a virada do ano pelo presidente nacional da sigla, Marconi Perillo.
"Na verdade, o PSDB tem conversado muito com o PSD, com o MDB. A gente vai iniciar agora novas conversas com o Republicanos e com o Podemos. É uma decisão que requer muita atenção e por esse motivo o partido está usando toda a sua executiva nacional para sentar e ouvir com atenção o que cada partido desse tem a dizer para que a gente possa futuramente estar fazendo uma fusão com um desses partidos de centro", disse o deputado.
Inicialmente a ideia é que a definição ficasse ainda para o mês de fevereiro. No entanto, o martelo só deve ser batido a partir do mês de março. Isso porque as costuras demandam negociações diretas sobre espaços que seriam ocupados pelo PSDB no caso de uma fusão, a exemplo da disputa eleitoral de 2026 e casos específicos de alianças em alguns estados.
Durante a conversa com a reportagem, Adolfo também reforçou que a decisão é tomada de cima para baixo e que o principal fator a ser levado em conta pela executiva dos dois partidos é o acordo nacional.
"Essa é uma decisão que não passa pelos estados. Aliás, passa, mas a decisão vem de cima para baixo. Sem dúvida nenhuma, se a gente for conversar no nível local. Se for com o PSD, é com Otto Alencar, Angelo Coronel e os deputados federais. Se for com o MDB, é com o Lúcio e Geddel [Vieira Lima]. Se for com o Podemos, a gente vai tratar com o Raimundo da Pesca. E se for com os Republicanos, com o bispo Márcio Marinho. Mas eu volto a dizer que essa é uma conversa que é feita entre os presidentes dos partidos a nível nacional", acrescentou.
Caso os tucanos aceitem a sugestão de seguir com uma incorporação e não uma fusão, o PSDB deixaria de existir enquanto sigla.
Em nota divulgada no final da tarde desta quinta-feira (21), a Direção Nacional do PSDB informou que não reconhece a filiação do senador Marcos do Val ao partido, e que caso ela tenha sido realmente efetivada, será indeferida. A filiação foi anunciada pela assessoria do senador Marcos do Val, e a ficha teria sido chancelada pelo líder do PSDB, senador Izalci Lucas, em encontro do gabinete do parlamentar capixaba. O partido, entretanto, desautorizou o líder no Senado.
“A Direção Nacional do PSDB foi surpreendida com notícia referente a pedido de filiação do senador Marcos do Val e comunica que, caso venha a ocorrer, encaminhará o seu indeferimento”, disse a nota divulgada pelo PSDB.
O comunicado divulgado pela assessoria de imprensa do senador Marcos do Val afirmava que a troca de partido estaria sendo realizada em comum acordo com a presidente do Podemos, deputada Renata Abreu, e o presidente do PSDB, governador Eduardo Leite. O comunicado dizia ainda que os dois partidos se uniriam em um novo bloco.
“Em comum acordo com o Podemos e a anuência da presidente nacional da legenda, deputada Renata Abreu, o senador Marcos do Val aceitou o convite para passar a compor a bancada do PSDB no Senado Federal. Com essa nova composição, ele passará a liderar o novo e maior bloco parlamentar da oposição a ser formado entre os dois partidos, que contará com nove senadores. O convite foi recebido pelo senador Marcos do Val como uma consequência do seu trabalho no Senado na oposição ao atual governo federal”, afirmou o comunicado da assessoria do senador Do Val.
A filiação do senador capixaba foi articulada pelo líder da bancada do PSDB, senador Izalci Lucas, que também preside o diretório tucano no Distrito Federal. Integrantes da Executiva Nacional do partido, entretanto, avaliaram que Izalci não teria prerrogativa para chancelar a filiação de Marcos do Val.
O PSDB perdeu neste ano dois dos quatro senadores que haviam começado a atual legislatura no partido: Mara Gabrilli (SP) foi para o PSD e Alessandro Vieira (SE), para o MDB. Por conta de ter reduzido sua bancada a apenas dois senadores, o PSDB estava ameaçado de perder o gabinete de sua liderança, considerado um dos mais privilegiados do Senado, por sua localização no Salão Azul e tamanho das salas.
De acordo com regra estabelecida pela Mesa Diretora do Senado, apenas partidos com três ou mais senadores têm direito a manter uma sala de liderança com cargos, além de outros benefícios. Ao PSDB foi dado um ultimato até esta sexta (22) para atingir a marca de três senadores, sob pena de perder o gabinete da liderança. Outros partidos inclusive já teriam manifestado ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSDB-MG), a disposição de assumirem o espaço caso se concretize a saída do PSDB.
O site oficial do Senado já apresenta o nome do capixaba Marcos do Val como parlamentar da bancada do PSDB, e não mais do Podemos. Os senadores Marcos do Val e Izalci Lucas ainda não se pronunciaram sobre a decisão da Direção Nacional do PSDB.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).