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Artigos

Valdemir Medeiros
Retirada de direitos não é reforma: não à PEC 32
Foto: Acervo pessoal

Retirada de direitos não é reforma: não à PEC 32

A Proposta de Emenda à Constituição nº 32, conhecida como PEC 32, é vendida como uma "Reforma Administrativa", mas o que ela propõe está longe de representar qualquer avanço para o país ou para o serviço público. Ao contrário, trata-se de uma tentativa de desmontar o Estado brasileiro, fragilizando o atendimento à população e retirando direitos historicamente conquistados pelos servidores.

Multimídia

Presidente do TCE-BA explica imbróglio envolvendo vaga de conselheiro aberta após morte de Pedro Lino

Presidente do TCE-BA explica imbróglio envolvendo vaga de conselheiro aberta após morte de Pedro Lino
O presidente do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA), Marcus Presídio, explicou o imbróglio envolvendo a vaga de conselheiro aberta após a morte de Pedro Lino, em setembro de 2024. Em entrevista ao podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, nesta segunda-feira (1º), o presidente comentou sobre o processo no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir que a cadeira deixada por Lino seja ocupada por um auditor substituto.

Entrevistas

Tinoco critica criação de secretaria para ponte Salvador-Itaparica e aponta fragilidades no projeto: "É temerário"

Tinoco critica criação de secretaria para ponte Salvador-Itaparica e aponta fragilidades no projeto: "É temerário"
Foto: Paulo Dourado / Bahia Notícias
O vereador Cláudio Tinoco (União Brasil) criticou, em entrevista ao Bahia Notícias, a proposta do governador Jerônimo Rodrigues (PT) de criar uma secretaria específica para tratar da ponte Salvador-Itaparica. Para o parlamentar, a iniciativa soa mais como uma manobra administrativa do que uma solução efetiva para os problemas relacionados ao projeto.

terreiros

UFRB promove curso "Axé nas Redes" com bolsa de R$ 600 para jovens de terreiros e matriz africana
Foto: Reprodução / Google Street View

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) sediada em Cruz das Almas, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR), abriu inscrições para o processo seletivo da oficina "Axé nas Redes". A iniciativa oferece formação audiovisual para 30 jovens entre 18 a 29 anos, pertencentes a povos e comunidades tradicionais de terreiro e de matriz africana, de todas as regiões do Brasil.

 

A oficina será realizada online, com encontros virtuais, totalizando 40 horas de carga horária. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até 26 de março de 2025, no site oficial acessível por aqui.

 

O processo seletivo consiste em preenchimento de formulário de inscrição, análise documental e análise de vídeo de apresentação. Serão oferecidas 6 vagas para cada região do Brasil. Os participantes receberão auxílio de R$ 600,00 para custear o acesso à internet, pago em três parcelas durante a oficina. É necessário comprovar o vínculo com povos e comunidades tradicionais de terreiro e de matriz africana, mediante declaração assinada pela liderança responsável.

 

A oficina "Axé nas Redes" integra o projeto "Encruza: fortalecimento e valorização das comunidades quilombolas, povos de terreiro e ciganos", do Ministério da Igualdade Racial. O projeto visa ampliar as políticas afirmativas para esses povos e comunidades, promovendo seus direitos, valorização cultural e fortalecimento de identidades.

A partir de fotos raras, pesquisador cria 'guia de uma cidade que não existe mais'
Foto: Acervo

Com formação em jornalismo, o carioca Rafael Cosme diz nunca ter exercido o ofício, mas há cerca de três anos conta histórias através de retratos de tempos remotos, no projeto “O Passado é Um Ponto de Luz”. “Eu fico o dia inteiro, basicamente, caçando histórias do passado, pautas de outros tempos”, reflete. O músico e pesquisador revela que a iniciativa surgiu a partir de um trabalho de pesquisa e do garimpo de fotografias em brechós, feiras de antiguidades e depósitos, para o livro “Sonho Rio”, obra sobre o Rio de Janeiro antigo, classificado como uma espécie de “guia de uma cidade que não existe mais”, que ele terminou de escrever recentemente.   

 

“Fui reunindo as fotos e em algum momento eu vi que tinha um acervo muito rico de fotografia amadora. E aí a minha motivação, na verdade, é que comecei a entender que muitos fotógrafos não profissionais deixaram obras muito bonitas também, eles simplesmente não tiveram projeção e oportunidade de divulgar seus trabalhos. Então comecei a entender que existe muita beleza na fotografia amadora”, lembra o carioca, que já reuniu mais de 3 mil fotos. “Elas ficam acumulando poeira por décadas e o meu trabalho é justamente buscar esses acervos com obras legais de pessoas que não tinham exatamente uma pretensão artística e dar luz a elas, revelar essas obras”, explica.

 

Parte desse vasto material pode ser conferido no Instagram de Rafael Cosme, que conta com registros do Rio entre as décadas de 1950 e 1990, a exemplo de fotos inéditas de Milton Nascimento, datadas de 1968. “Apesar de muito sério, o projeto começou a ser apresentado de maneira muito despretensiosa, para os meus amigos mais próximos, pelo Instagram. De repente, ele tomou uma proporção muito grande, porque muita gente começou a me seguir”, explica o carioca, que diz ter planos de “levar o projeto pra outros lugares”. 

 

 

Foi dentro de “O Passado é Um Ponto de Luz” que chegaram a público, nesta semana, fotografias raras da Festa de Iemanjá datadas da década de 1970. Uma das imagens, inclusive, mostra um homem que, segundo Rafael, “muito possivelmente” é Pierre Verger, fotógrafo francês radicado na Bahia.

 

A descoberta deste material se deu porque, já habituado ao garimpo em sua terra natal, Rafael teve o interesse de investigar fotografias antigas em Salvador, considerada por ele sua cidade favorita no Brasil. “Esse acervo especificamente eu encontrei faz dois anos, numa loja no Santo Antônio Além do Carmo, que é o Brechó do Cabral”, conta o pesquisador, lembrando que o os negativos e slides sequer estavam expostos, mas sim guardados no sótão, porque acreditava-se que ninguém se interessaria por eles.

 

“Eu saí daquela loja com uma bolsa enorme de negativos de um fotógrafo que eles também não sabiam de quem se tratava. Voltei pra casa com essa bolsa sem saber exatamente a origem e o material. Estava tudo muito bem organizado, com datas e descrições dos eventos. E quando eu digitalizo isso me deparo com um acervo enorme de festas, cultos e terreiros de Salvador”, relembra.

 


Imagem da Festa de Iemanjá com a possível presença de Pierre Verger, em destaque | Foto: Acervo 

 

Do que foi encontrado na capital baiana, Rafael considera que catalogou cerca de 300 registros, tanto em preto e branco, como coloridos, datados dos anos 1960 e 1970, com imagens da Bahia e também de uma viagem à África. “Essa série do Dois de Fevereiro é a primeira de muitas que eu vou publicar, porque tem muita coisa nesse acervo”, prevê o pesquisador, que tem em mãos registros antigos da Lavagem do Bonfim e também fotografias de terreiros. 

 

Ainda no início do trabalho de reconhecimento do acervo, a autoria das fotos encontradas na capital baiana segue sendo um mistério. “Não havia nenhum registro ou identificação do autor nos envelopes”, conta Rafael Cosme, que atualmente pretende contactar profissionais locais para ajudá-lo a identificar e mapear os registros, com o objetivo de entender o contexto das fotografias. 

 

RIQUEZA DO PASSADO, MIRANDO O FUTURO

Além de se debruçar neste material que já tem em mãos, Rafael Cosme pretende dar continuidade aos planos “interrompidos pela pandemia” e divulgar mais todo o acervo. “Ano passado eu ia fazer uma exposição em julho aqui no Rio, mas obviamente foi cancelada. Mas eu tenho planos de fazer exposições com essas fotos, de levar esse material para galerias, dar um tratamento de arte mais sério a ele e tirar ele da rede, apesar de ser um bom lugar”, planeja.

 

O pesquisador conta ainda que tem o desejo de replicar a experiência do garimpo feito na capital baiana em outras cidades. “Um projeto que eu tenho para esse ano é viajar pelo Brasil, como fiz em Salvador, em busca desses acervos fotográficos, rodar pelas cidades pequenas do Nordeste”, revela. “Toda cidade pequena tinha algum fotógrafo na praça que registrava uma geração inteira, e eu vou atrás disso”, pontua.

 

Dentro dessas andanças, ele diz que planeja também realizar na Bahia o que fez em sua terra natal. “O meu plano é, assim que as coisas se acalmarem, ir pra Salvador e transportar esse projeto do Rio para aí também. Quero criar raízes e buscar mais acervos pelo Recôncavo, por exemplo. Quero passar um tempo em Cachoeira e buscar acervos de lá, e, com certeza, está no meu radar expor essas fotos aí”, garante. “Porque, na verdade, elas pertecem aos brasileiros, mas, acima de tudo, pertencem aos baianos”, destaca.

 

Outra ambição de Rafael é conseguir, ainda em 2021, publicar um novo livro, com as fotos do projeto “O Passado é Um Ponto de Luz”.

Terreiros poderão se inscrever em curso de gestão do patrimônio e salvaguarda
Foto: Sérgio Siqueira

O Coletivo de Entidades Negras (CEN), por meio do projeto "Itoju - Salvaguarda de Terreiros" está com inscrições abertas para pessoas interessadas em participar do "Curso de Gestão de Patrimônio Imaterial e Salvaguarda de Terreiros de Candomblé", que será certificado pela Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA), através do grupo de pesquisa Milonga. As inscrições podem ser feitas por meio do preenchimento do formulário (disponível aqui) até o próximo domingo (7).

 

De acordo com a organização da atividade, os selecionados receberão e-mail de confirmação. A duração total das aulas é de 16 semanas, através de aulas online. A ambientação dos cursistas na plataforma virtual terá início no dia 8 de fevereiro e as aulas iniciam em 10 de fevereiro. 

 

O público-alvo prioritário da iniciativa, que disponibilizará número limitado de vagas para a seleção de pessoas não envolvidas inicialmente no escopo do projeto, inclui gestores públicos municipais, docentes e discentes de universidades, membros de todos os terreiros de candomblé registrados e tombados, além de membros de qualquer outro terreiro interessado em participar das aulas. 

 

O curso será dividido em quatro módulos, sendo eles: "Módulo 1 - A Gestão Da Cultura No Brasil Contemporâneo", "Módulo 2 - A Gestão Das Políticas De Patrimônio No Brasil", "Módulo 3 - O Patrimônio Imaterial Afro-brasileiro", "Módulo 4 - Elaboração de projeto/planos de trabalho para ações emergenciais de salvaguarda". 

 

Os participantes devem, ao final das aulas, estarem aptos a refletir sobre políticas de patrimônio cultural brasileiro a partir dos seus recortes étnico raciais, em especial a temática dos patrimônios negros, assim como compreender as dinâmicas do patrimônio imaterial e suas implicações para os patrimônios de terreiros de candomblé. 

Dez terreiros do Recôncavo se unem e vencem edital do IPAC
Foto: Reprodução

Um fato histórico no Recôncavo Baiano marcou a passagem do ano de 2020 para 2021: dez terreiros de candomblé se uniram para serem contemplados pelo edital de chamamento público “Salvaguarda Patrimônio Imaterial”, coordenado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). Seis anos após o recebimento do título de patrimônio imaterial da Bahia, as dez casas sagradas, localizadas nos municípios de Cachoeira e São Félix, fortaleceram os laços e obtiveram a pontuação mais alta (92,1), entre todas as propostas, com a apresentação do projeto “Patrimônio Sagrado do Recôncavo”.

 

Os templos Asepò Eran Opé Olùwa – Viva Deus, Humpame Ayono Huntóloji, Ilê Axé Itaylê, Ilê Axé Ogunjá, Inzo Nkosi Mukumbi Dendezeiro, Ogodô Dey, Aganju Didê – Ici Mimó, Loba’Nekun – Casa de Oração, Loba’Nekun Filho e Raiz de Ayrá vão ser contemplados com o recurso público de R$ 900 mil, que será destinado à realização coletiva de cinco ações prioritárias: videodocumentário, portal virtual, plano planialtimétrico, publicação impressa e plano de salvaguarda. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

 

Após a publicação do edital de chamamento público que atende à execução dos incisos I e III da Lei Aldir Blanc (LAB), em outubro de 2020, os dez terreiros decidiram se unir para pensar, elaborar e executar o projeto “Patrimônio Sagrado do Recôncavo” ao longo dos três primeiros meses do ano de 2021. Para construir a proposta aprovada, cada zelador/zeladora destinou um representante de cada terreiro, que, de maneira coletiva, objetivaram “caminhar com as próprias pernas”, com autonomia nas decisões dos seus interesses, sendo, portanto, proponentes.

 

"A união dos terreiros é inédita e certamente será um marco histórico. Que todos nós, terreiros patrimonializados, tenhamos a sabedoria e a consciência necessária para honrar nossos compromissos com o sagrado e com o que foi acordado durante a elaboração coletiva do projeto para salvaguarda do nosso patrimônio. Uma vitória para todos nós que nunca tivemos essa oportunidade de gerir coletivamente um recurso. É muita responsabilidade. Que os orixás e os voduns nos guiem e que possamos ter resultados positivos e transparentes desse Prêmio", destacou Gayaku Regina, zeladora do Humpame Ayono Huntóloji.

Feira: Prefeitura realiza mapeamento de espaços religiosos de matriz africana
Foto: Sara Silva / PMFS

A prefeitura de Feira de Santana, através do Centro de Referência de Promoção dos Direitos Humanos, está realizando um mapeamento dos espaços religiosos de matriz africana na cidade. As entidades religiosas estão sendo convocadas a colaborar.

 

A ação, explica o Centro de Referência, tem o "propósito o levantamento de dados que forneçam subsídios para a elaboração de políticas públicas que visam o fortalecimento e a valorização dos Povos e Comunidades Tradicionais do município". Em Feira de Santana existem mais de 200 espaços religiosos associadas à Fenacab (Federação Nacional de Culto Afrobrasileiro), entre terreiros e casa de axé. 

 

Para participar, as lideranças dos terreiros e casas de axé deverão preencher um formulário disponibilizado pela gestão municipal (clique aqui) ou entrar em contato, pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (75) 98350-9615.

Durante conferência, povos de matriz africana reivindicam políticas de proteção a terreiros 
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Durante a 4ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), realizada em Brasília, de 27 a 30 de maio, lideranças religiosas de vários estados do Brasil debateram sobre casos de violações de direitos e reivindicaram políticas públicas de proteção a terreiros, além do combate ao preconceito e intolerância.  “A gente está vendo terreiros e os símbolos do candomblé, das religiões de matriz africana, sendo destruídos por fundamentalistas das mais variadas tendências religiosas. E a gente precisa que esses fundamentalistas comecem a respeitar mais a fé alheia, porque você tem direito a sua fé, tem direito até de não professar nenhuma fé”, avaliou Erivaldo Oliveira, presidente da Fundação Cultural Palmares. Segundo Oliveira, a fundação recebeu, desde 2015, cerca de 100 denúncias de violações contra terreiros em todo o país, mas diz acreditar que o número de casos que não chegam ao conhecimento da fundação pode ser ainda maior. “Isso tudo é fruto de um racismo, de um preconceito exacerbado no Brasil e também da falta de conhecimento, porque as pessoas do Brasil não se acostumaram com a cultura afro-brasileira e não entendem o que é um terreiro, a umbanda e o candomblé”, declarou. Uma das propostas levantadas durante a conferência foi o fortalecimento da Lei 10.639, que obriga as escolas a incluírem no conteúdo programático o ensino da história da África e da cultura afro-brasileira. “Quando você implementa a [Lei] 10.639, você está fazendo um trabalho com uma criança para que ela se torne um adulto que vai respeitar, ela não vai ser um adulto intolerante”, defendeu a mãe de santo Tuca D´Osoguiã, integrante do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR). Mãe Tuca afirmou ainda que uma das prioridades eleitas durante a conferência é a luta pelo arquivamento da ação que tramita no Supremo Tribunal Federal, contra o sacrifício de animais para fins religiosos. Os praticantes da fé de matriz africana querem manter as práticas de abate de animais destinados à alimentação nos cultos dos terreiros. “Se esta ação passar no STF, pode virar uma jurisprudência e isso acaba com nossa cultura e com a segurança alimentar do nosso povo”, disse Mãe Tuca.

Documentário ‘Orin: música para os Orixás’ faz pré-estreia em terreiros de Salvador
Foto: Divulgação

Trazendo como mote a riqueza dos ritmos entoados no candomblé de Salvador e sua influência na construção da música popular brasileira, o documentário “Orin: música para os Orixás” terá sua pré-estreia entre os dias 19 e 26 de maio, nos terreiros do Gantois, Afonjá e Omorossí, e na Fundação Pierre Verger, na capital baiana. Após a exibição, haverá um debate sobre a temática, com a presença de participantes do filme. O longa-metragem, dirigido por Henrique Duarte, é composto por imagens captadas em festas dedicadas aos Orixás, performances de dança, apresentações ao vivo e entrevistas com pais de santo, etnomusicólogos, estudiosos da religião e artistas da cena baiana, a exemplo de Mateus Aleluia, Gabi Guedes, Letieres Leite e Gerônimo Santana. “Orin: música para os Orixás” foi financiado pelo edital Arte Todo Dia, da Fundação Gregório de Matos.

 

SERVIÇO
Pré-estreia do documentário "Orin: música para os Orixás"

19/05, às 18h, no Terreiro do Gantois – Salvador (BA)
23/05, às 10h, no Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá - Salvador (BA)
24/05, às 19h, na Fundação Pierre Verger - Salvador (BA)
27/05, às 16h, no Terreiro Ilê Axé Inginoquê Omorossí - Salvador (BA)

Ipac entrega certificados e faz acordo para salvaguarda de 10 terreiros em Cachoeira
Fotos: Érica Souza
Dez terreiros de candomblé de Cachoeira receberam, na última sexta-feira (29), o certificado de “Registro Especial” de “Bem Cultural da Bahia”, pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac). O órgão vinculado à Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA) e a prefeitura de Cachoeira também fecharam acordo para reparos prediais nos terreiros. “Estamos investindo cerca de R$ 120 mil para compra de materiais de construção, e a prefeitura vai aportar o mesmo valor para executar as obras”, afirma o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira. O registro garante que os terreiros ganhem um “plano de salvaguarda” com metas, objetivos, regras e ações de proteção a curto, médio e longo prazos. “A primeira ação foi um livro-inventário para salvaguarda da memória desses terreiros, lançado no ano passado na Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), e a segunda serão esses reparos, já que uma vistoria mostrou problemas nas suas edificações”, explica Oliveira, acrescentando que com a proteção oficial do Estado, eles terão prioridade em editais de cultura e demais linhas de financiamento público.
Projeto resgata técnica de bordado richelieu na Bahia; peças serão expostas no Icba
Foto: Eloi Corrêa/ GOVBA
No próximo dia 20 de agosto, as peças elaboradas por participantes do projeto “Richelieu e Bordados Ancestrais” será exposta no Instituto Goethe (Icba), no Corredor da Vitória. O projeto visa retomar a tradição que garantiu a sobrevivência de ex-escravas, que passaram a ganhar a vida como bordadeiras, após a abolição. Através da técnica francesa, as ex-escravas atendia as famílias abastadas de Salvador. O bordado, com técnica semelhante a uma renda, está presente nos trajes cerimoniais das religiões de matriz africana e nas vestimentas típicas das baianas. Com o tempo, deixou de ser produzido na cidade. O projeto, apoiado pela Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado (Setre), foi implementado em uma rede de seis terreiros de candomblé, capitaneados pelo Ilê Axé Ya Onira. O programa formou núcleo produtivo e núcleos comerciais com os outros terreiros, que contam com investimentos de R$ 181 mil da Setre, captados através do edital de Apoio aos Empreendimentos de Economia Solidária de Matriz Africana, lançado ano passado. No total, são beneficiadas 30 mulheres, a maioria integrante dos terreiros que integram o projeto. Elas aprenderam os diferentes tipos de bordados e, a partir de agora, funcionarão como multiplicadores para outros membros de suas comunidades.  De acordo com o babalorixá Roberto de Iansã, que preside a Associação Filhos de Bárbara e coordena a iniciativa, a técnica estava quase em extinção na Bahia. “Atualmente, ainda temos que comprar roupas feitas nos estados de Sergipe e Ceará. Por isso, acredito que as nossas alunas tenham um campo de trabalho grande”, diz. O projeto também conta com apoio da Petrobras. A técnica do richelieu consiste em, manualmente, cortar certos espaços vazios do tecido e, entre eles, construir bordados, vazando áreas estratégicas ao redor. O nome vem do Cardeal Richelieu, uma das figuras mais poderosas da corte do rei Luis XIII (século XVII). Conta-se que, naquela época, o cardeal chegou a criar oficinas para o preparo de peças destinadas à monarquia. No próximo dia 22, o público poderá adquirir as peças feitas pelas artesãs em uma feira que vai acontecer na sede do Ilê Axé Yá Onira, das 10 às 15h, com preços acessíveis. 

Temporada do espetáculo 'Orí' faz circulação por dez terreiros de candomblé de Salvador
Foto: Divulgação
O espetáculo solo “Orí”, do ator e diretor Thiago Romero, estreia temporada nesta sexta-feira (10), às 15h, no auditório do Centro Cultural do Parque São Bartolomeu, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. A peça, que é o terceiro solo de Romero, segue em circulação por outros nove terreiros de candomblé de Salvador até o dia 27 de julho. A montagem de Orí (o olho por onde eu vejo deus é o mesmo olho por onde ele me vê) foi inspirada no estudo dos itans da Mitologia dos Orixás se apoiando na figura do Yawô (filho de santo no candomblé já iniciado), para falar dos processos de encontro com o orixá e as relações do indivíduo com as religiões de matriz africana. Este encontro estabelece relações entre corpo-espaço-tempo, conservando as simbologias mais marcantes de certos processos ritualísticos de iniciação do asé. “O espetáculo promove um diálogo entre a ancestralidade africana e a contemporaneidade. Ao mesmo tempo que mostra o processo de encontro de uma pessoa com seu orixá, dentro do candomblé, o público verá projeções e música eletrônica. Queremos mostrar a beleza dessa religião de matriz africana”, destaca Romero. Para o artista, o projeto é um ato político e tem como objetivo descentralizar o teatro, expandir o circuito da arte.

Confira as datas das demais apresentações:
11 de julho (sábado), 16h - Ilê Oiá Odi Koroadê (Escada)
12 de julho (domingo), 15h - Ilê Axé Obá Kesu Ifá (Paripe)
15 de julho (quarta), 16h - Ilê Axé Ajunsu Benoy (Alagados)
16 de julho (quinta), 16h - Terreiro Tumbeci (Tancredo Neves)
17 de julho (sexta), 15h - Terreiro Mokambo (Vila Dois de Julho)
18 de julho (sábado), 16h - Ilê  Asé de Mãe Nanã (Mirantes de Periperi)
19 de julho (domingo), 15h - Ilê Axé Omo Omin (Parque São Bartolomeu)
23 de julho (quinta), 16h - Ilê AséOminija (Sussuarana)
24 de julho (sexta), 16h - Ilê Asé Kalé Bokun (Plataforma)
25 de julho (sábado), 16h - Terreiro do Gantois (Federação)
 
Serviço
O QUÊ: Estreia do espetáculo Orí [ o olho por onde eu vejo deus é o mesmo olho por onde ele me vê]
QUANDO: 10 de julho, sexta-feira, às 15h
ONDE: Auditório do Centro Cultural do Parque São Bartolomeu, no Subúrbio Ferroviário de Salvador
QUANTO: O espetáculo é gratuito
Terreiros de candomblé do Recôncavo são declarados Patrimônio Cultural do Estado
Foto: Lázaro Menezes
Dez terreiros de candomblé localizados nos municípios de Cachoeira e São Félix, na região do Recôncavo, serão inscritos no Livro de Registro Especial dos Espaços Destinados a Práticas Culturais Coletivas do Estado. O decreto que autoriza o registro será assinado nesta quarta-feira (19), pelo governador Jaques Wagner.  Os terreiros ´Aganjú Didê´, ´Viva Deus´, ´Lobanekum´, ´Lobanekum Filha´, ´Ogodó Dey´, ´Ilê Axé Itayle´, ´Humpame Ayono Huntóloji´ e ´Dendezeiro Incossi Mukumbi´, localizados em Cachoeira; e ´Raiz de Ayrá´ e ´Ile Axé Ogunjá´, situados em São Félix serão os primeiros do país a receber o registro, que possibilita a proteção não somente da estrutura física, mas de toda a simbologia que envolve o lugar, incluindo os rituais e a culinária. A decisão de registrar os terreiros como Patrimônio Cultural se sustenta em estudos que resultaram em um dossiê com cerca de 100 páginas, composto de laudo antropológico, com relatórios sobre história dos terreiros e chegada de povos africanos no país; iconografia e historiografia das cidades de Cachoeira e São Félix.
Dez terreiros no Recôncavo baiano devem ser tombados
Foi aprovado nesta quarta-feira (17), durante sessão plenária do Conselho Estadual de Cultura, um parecer que solicita o tombamento e o registro especial de 10 terreiros de candomblé em Cachoeira e São Félix, no Recôncavo baiano. A proposta é resultado de uma análise feita pela Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural, atendendo demanda do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultura (Ipac) para apreciar o pedido do registro especial desses espaços como patrimônio imaterial, uma vez que abrigam celebrações e tradições de grande valor histórico e cultural. A Câmara, no entanto, decidiu que, além da solicitação de registro especial, o tombamento é a melhor alternativa para garantir a proteção desses terreiros e a conservação dos seus espaços físicos. O parecer será enviado à Secretaria de Cultura da Bahia (Secult), que fará o encaminhamento ao Ipac. O registro especial prevê a preservação dos aspectos simbólico-culturais, zelando pelos bens intangíveis, como as manifestações populares e, neste caso, inclui os conhecimentos e as heranças simbólicas dessas matrizes culturais. Já o tombamento é voltado para a preservação física dos espaços, aos valores histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e paisagístico. É utilizado para bens culturais materiais, como imóveis e obras de arte. Os terreiros contemplados com a medida serão: Humpane Ayomo Huntólogi, Viva Deus (Asepó Eran Opé Olúwa), Aganju Didê, Raiz de Ayrá, Ilê Axé Ogunjá, Lobanekum, Ogodô Dey, Dendezeiro Incossi Mukumbi, Ilê Axé Itayle, Labanekum Filha.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quanto mais perto da eleição, maior o perigo de deixar alguém se aproximar do seu cangote. Que o diga o Cacique. Mas o Ferragamo também não está tão livre. E enquanto alguns mudam de ares - e de tamanho -, outros precisam urgente de uma intervenção. Mas pior mesmo é quem fica procurando sarna pra se coçar. E olha que até a Ana Furtado da Bahia está colocando limites. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Fernando Haddad

Fernando Haddad
Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

"Penso que vamos entrar numa trajetória de queda de juros com sustentabilidade. Acredito que vamos terminar o mandato com a menor inflação de um mandato desde o plano real. Um crescimento médio próximo de 3%". 

 

Disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad ao declarar que a economia do Brasil deve caminhar para uma redução da taxa básica de juros e que o governo, comandado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pode encerrar o mandato com a menor inflação de um período presidencial desde o Plano Real, iniciado em 1994. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista Félix Mendonça Júnior, deputado federal e presidente do PDT na Bahia

Projeto Prisma entrevista Félix Mendonça Júnior, deputado federal e presidente do PDT na Bahia
O deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT) é o entrevistado do Projeto Prisma desta segunda-feira (15). O parlamentar também é presidente estadual do PDT baiano e foi reeleito para a Câmara dos Deputados na eleição de 2022 com 71.774 votos.

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