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Os influenciadores brasileiros Beto Martinne e Murilo Lorran deixaram Tel Aviv, capital de Israel, após passar dias confinados em um hotel devido a conflitos entre Israel e Irã. A dupla estava no país para participar da tradicional Parada LGBTQIAPN+, uma das maiores do Oriente Médio.
Os influenciadores, conhecidos por dublagens e perfomances de coreografias em lugares públicos, utilizaram suas redes sociais para atualizar os seguidores.
“Oi gente, desculpa o sumiço, as coisas por aqui estão bem caóticas e estamos tomando o máximo de cuidado. Estamos bem, nos protegendo, sempre em alerta. Nunca imaginei que fosse vivenciar isso… viemos para absorver as vivências da comunidade LGBTQIAPN+ e isso tudo aconteceu”, escreveu Beto Martinne, em seu perfil no X.
ENTENDA O CONFLITO
Na última sexta-feira (13), Israel lançou a operação Rising Lion, que realizou bombardeios contra instalações militares no Irã. Em resposta, Irã disparou mais de 150 mísseis e drones contra cidades israelenses, incluindo a capital Tel Aviv.
A jornalista Danuza Mattiazzi, repórter da GloboNews, abandonou a tela durante um ao vivo para a emissora direto de Tel Aviv, após receber um alerta para deixar o terraço e se esconder no bunker devido a um ataque aéreo.
No ao vivo, Danuza explicou aos apresentadores do estúdio quais medidas tomaria e continuou com o ao vivo, porém, fora da tela.
Jornalista se abriga em bunker durante ataque em Israel; correspondente relata momentos de tensão durante bombardeio de mísseis iranianos.
— GloboNews (@GloboNews) June 15, 2025
? Assista à #GloboNews: https://t.co/bFwcwLpLU9 pic.twitter.com/OHnqh8cMeV
“Estão ouvindo a sirene. Essa é a sirene que teremos de correr para o safe room. Vou deixar celular ligado e vou conectar com vocês. Tocou meu alarme também. Conecto pelo WhatsApp. Cinco minutos”, relatou.
A câmera em que Danuza aparecia continuou posicionada no terraço e mostrou o ataque.
Um dia antes da situação transmitida ao vivo pela GloboNews, Danuza falou sobre a rotina em Tel Aviv em meio à guerra entre Israel e Irã e falou sobre o desabastecimento dos mercados e de itens considerados essenciais na culinária do Oriente Médio.
“Temos aqui sempre muitas prateleiras cheias de homus, muitos pacotes e marcas e hoje essa parte do supermercado, pelo menos aqui ao lado, que é um grande supermercado, estava vazia [...] também pepino, que é outra coisa muito útil, outro alimento muito utilizado aqui na culinária do Oriente Médio [...] Tomates também, tomate-cereja, esses alimentos que você sabe, que são tradicionais, como o nosso feijão e arroz."
A influenciadora digital Camila Loures contou, através de suas redes sociais, que teve seu voo para Tel Aviv, em Israel, cancelado após um míssil atingir proximidades de aeroporto israelense. Segundo a youtuber, viajar para Israel aos 30 anos é um desejo antigo.
Segundo a influenciadora, a viagem até a capital israelense seria realizado com conexão em Madrid, mas a viagem foi adiada após os voos serem cancelados na região.
“Na verdade nosso voo é do Brasil para Madrid e de Madrid para Tel Aviv. O que foi cancelado foi o de Madrid para Tel Aviv. Até mais informações, não podemos ir daqui para Madrid. Os dois trechos tem que estar liberados para nós sairmos do Brasil”, explicou Loures.
O voô de Camila Loures para Israel foi adiado pois o aeroporto quase foi atingido por um MÍSSIL. pic.twitter.com/x8F6vHp0Ze
— acervo camila loures (@acervocloures) May 4, 2025
Ao ser questionada por um seguidor sobre o motivo da influenciadora querer viajar ao país atualmente, Loures contou que sempre teve vontade de viajar para Israel aos 30 anos.
“Sempre foi um sonho meu ir para Israel aos 30 anos e aí quando existiu a oportunidade dessa viagem, eu vi que já não tava em guerra mais, aí eu falei: ‘ah, eu vou’”, explicou.
Ugh her mind pic.twitter.com/TWIISfdeKg
— convenhamos (@vegetacil) May 5, 2025
Desde 2023, as forças israelenses estão em conflito com o Hamas e a região da Faixa de Gaza. Apesar de uma trégua realizada em janeiro deste ano, os ataques contra a região da Palestina retornaram em março e o governo de Israel aprovou, nesta segunda-feira (5), um plano de ocupação total da região por tempo indeterminado, segundo a agência de notícias Associated Press.
O experiente armador norte-americano, Patrick Beverley, de 36 anos, assinou, na última semana, um contrato com o Hapoel Shlomo Tel Aviv, de Israel. Após 12 anos atuando na NBA, o jogador volta à Europa para jogar em um país que está em guerra contra a Palestina. Em seu podcast, “The Pat Bev Podcast”, ele comentou sobre sua decisão de se mudar para o exterior e se juntar ao clube israelense, apesar das preocupações com a segurança devido aos conflitos armados em andamento na região.
"A segurança é importante", disse Beverley. "Se uma bomba explodir, eu vou embora. Mas a maioria dos nossos jogos da EuroCup são disputados na Bulgária".
Apesar das notícias sobre os conflitos, Beverley afirmou desconhecer a insegurança em Tel Aviv. Entretanto, o Hamas (grupo terrorista), afirmou nesta terça-feira (13) que atacou a região com dois foguetes. Berveley já se apresentou ao clube, mas a temporada europeia de basquete ainda não foi iniciada.
"Não tenho conhecimento de nenhum lugar inseguro em Tel Aviv agora. Meu antigo companheiro de equipe me disse que em cada apartamento há uma sala de bombas, e ele a usava para pendurar roupas. Ele ficou lá três ou quatro meses na temporada passada, e nada aconteceu", disse.
Diante das acusações de que teria aceito dinheiro sujo para jogar em Israel, Beverley negou veementemente e afirmou que sua decisão foi baseada exclusivamente em critérios esportivos.
"Houveram comentários de que aceitei dinheiro sujo, isso e aquilo, e quero que as pessoas saibam que minha decisão é sempre baseada no basquete. Tenho familiares e amigos que morrem em Chicago todos os dias e ninguém fala sobre isso, mas quando tomo a decisão de jogar basquete, todos agora são como os especialistas mais inteligentes do que está acontecendo no mundo. É a coisa mais engraçada para mim. Estou falando com um americano que jogou lá; ele diz que é o paraíso. Ele foi à praia todos os dias, seis horas por dia, e não teve nenhuma experiência ruim".
Beverley viajou para a Bulgária para se juntar aos seus novos companheiros de equipe no último sábado, 10 de agosto, para o início do training camp.
O comércio entre Brasil e Israel cresceu cerca de 130% no período entre 2021 e 2022, com 85% das exportações concentradas em produtos como petróleo, carne bovina, milho e soja, de acordo com dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). Porém, a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando as ações militares israelenses na Faixa de Gaza à Alemanha nazista gerou um desgaste entre os países.
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Com a escalada das tensões entre Tel Aviv e Brasília, o Bahia Notícias procurou especialistas para analisar se a ponte comercial entre Brasil e Israel pode vir a ruir dependendo da intensidade dos tremores gerados pela declaração do presidente, que ecoou por todo o mundo. Na opinião do doutor em Ciências Sociais e especialista em Relações Internacionais, Luís Antônio Costa, a fala de Lula gerou um desgaste do ponto de vista diplomático, mas um rompimento econômico é improvável e, caso ocorra, na queda de braço quem perde é Israel.
“Do ponto de vista econômico não há comparação entre Brasil e Israel. O Brasil pode sobreviver, dada sua potência econômica, em meio a um fim das relações diplomáticas evoluindo para o fim das relações comerciais, o que não é automático. Os contratos são válidos e, mesmo caindo as relações diplomáticas, é possível manter as trocas comerciais. Mas caso houvesse o transbordamento para as relações econômicas, o Brasil pode com certeza sobreviver, deixando de comprar os fertilizantes, inseticidas e insumos da indústria química de Israel. O Brasil tem relações econômicas com centenas de países pelo mundo e diversifica os seus mercados consumidores e fornecedores”, afirmou o Luís Antônio, destacando que quem sai perdendo, verdadeiramente, com o fim dessa relação, é a economia israelense que está sofrendo com a guerra.
Após a declaração de Lula, ocorrida no último domingo (18), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou embaixador no Brasil para "uma dura conversa de repreensão". No dia seguinte (19), o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, declarou Lula como “persona non grata”. Ao mesmo tempo, o grupo extremista Hamas agradeceu o presidente brasileiro pela fala contra o governo de Israel. Na visão do economista, doutor em Relações Internacionais e presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Igor Lucena, Tel Aviv já deixou claro que não vai recuar do ponto de vista diplomático. Ele não vê ganhos na postura do Brasil em "bater de frente" com Israel, mas acredita que somente os próximos dias definirão se as relações com o governo isralelense serão, ou não, cortadas.
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“Israel é a única democracia do Oriente Médio. Tem ao lado as principais democracias do mundo e, infelizmente, eu não vejo ganhos para o Brasil nesse tipo de conflito. Se a gente vai cortar relações, eu acho que os próximos dias vão mostrar. Mas não acredito que vai normalizar totalmente as relações até que haja algum tipo de pedido de desculpas. E, aparentemente, isso não vai existir no Brasil. Do ponto de vista econômico, as relações do Brasil com Israel são muito pequenas. A gente está falando de entre US$ 600 milhões a 800 milhões anuais, e nós exportamos para Israel basicamente produtos primários”, afirmou o economista.
O Brasil comprou US$ 2,1 bilhões de bens e serviços de Israel em 2022, sendo que 54% foram adubos e fertilizantes. Além disso, mesmo com as exportações de petróleo entre as nações terem começado apenas em 2021, já se transformaram no principal item da exportado em 2022, passando de US$ 1 bilhão. O valor equivale a 56,7% dos embarques totais de US$ 1,8 bilhão.
Justamente por isso, o doutor em Geografia e Pesquisador Político da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Antônio Lobo, também não acredita que deva ocorrer o rompimento das relações econômicas entre Brasil e Israel, porém, se esse cenário se concretizar, a economia brasileira como um todo não seria afetada, uma vez que a maioria das negociações econômicas empresariais entre os países é feita no âmbito comercial privado.
“Esse comércio muito provavelmente não vai ser afetado, porque as empresas israelenses e as empresas brasileiras que têm suas trocas comerciais consolidadas, não vão deixar de manter esses laços comerciais, econômicos e empresariais por conta desse imbróglio diplomático. Então, a tendência é que essas relações comerciais não sejam afetadas. Para se ter uma ideia, em 2023, R$ 2 bilhões em trocas comerciais foram celebradas entre Brasil e Israel, e os israelenses levam vantagem nesse processo. Israel tem um superávit de aproximadamente R$ 1 bilhão nessas trocas comerciais. Então, se houver um rompimento, do ponto de vista econômico comercial, Israel vai ser o mais afetado, e eu não acho que o empresariado e o governo israelenses vão querer um rompimento econômico comercial com o Brasil”, destacou o especialista.
AFINAL, O BRASIL PERDE EM ALGO?
A resposta é sim. O Brasil possui uma série de acordos na área tecnológica com Israel. A Força Aérea Brasileira (FAB), por exemplo, possui projetos que dependem de tecnologia israelense e que podem acabar indo “por água abaixo” caso o Tel Aviv rompa laços com Brasília. “O Brasil tem um conjunto grande de acordos de tecnologia com o Israel, de diversos pontos, desde de salinização, sistemas de segurança até alta tecnologia. Se a gente tiver uma queda na relação econômica, esses acordos vão ser desfeitos, transferências de tecnologia vão deixar de existir, e o Brasil fica para trás e sem um grande parceiro na área de desenvolvimento. Somos importadores de produtos de alta tecnologia. Nesse sentido, o Brasil perde muito mais do que Israel. Perderemos um parceiro na área de tecnologia e segurança que, para nós, hoje é fundamental, dado o nível de segurança pública alarmante que o Brasil está”, disse Igor Lucena.
De acordo com Antônio Lobo, a crise entre os dois países poderá ter impactos no setor aeronáutico. A exemplo do que ocorreu na Colômbia após entoar crítica à postura de Israel na Faixa de Gaza, e agora não terá mais apoio logístico para a frota de caças Kfir fabricadas pela Israel Aerospace Industries (IAI), o Brasil também pode sofrer uma espécie de retaliação.
“A FAB e a Embraer [Empresa Brasileira de Aviação] desenvolveram um avião de transporte militar chamado KC-390. Uma parte da tecnologia utilizada pela aeronave também é fornecida por empresas de tecnologia militar de Israel. Então, se o governo israelense resolver impedir que essas empresas continuem fornecendo essa tecnologia, isso geraria um problema produtivo para a Embraer conseguir produzir novos aviões de transporte militar. O KC-390 que é uma jóia da coroa que a Embraer tem exportado para vários países do mundo e é uma aeronave muito procurada no mercado”, afirmou o doutor em Geografia.
Aeronave KC-390 | Foto: Divulgação / FAB
Segundo o portal especializado Aeroin, o principal afetado seria a AEL Sistemas, uma subsidiária da israelense Elbit Systems que tem 25% de participação na Embraer. A empresa fabrica a suíte eletrônica do cargueiro Embraer KC-390 e é responsável por fazer o display do caça Gripen da FAB. Antônio Lobo, completa que, apesar da possível interferência israelense no acordo, diferentemente da Colômbia, o Brasil está mais seguro do ponto de vista contratual.
“Uma medida que o Benjamin Netanyahu tomou já há alguns meses foi cortar o fornecimento de equipamentos e de tecnologia militar para a Colômbia. Só que a Colômbia compra diretamente e tem contratos celebrados de forma direta com empresas israelenses. No caso do Brasil e do caça Gripen é diferente, porque o contrato do Brasil é com a Suécia. Porém, a Suécia depende de tecnologia israelense em alguns componentes do caça. A Colômbia estava mais vulnerável. O Brasil não está tanto, mas o Estado de Israel pode sim atrapalhar bastante”, afirmou o especialista.
Antes de deixar Tel Aviv, Caetano Veloso aproveitou para ir à praia e dar um mergulho no Mediterrâneo. E os próximos...
Posted by Caetano Veloso on Quarta, 29 de julho de 2015
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Tiago Correia
"Na verdade o medo deles é que Neto seja o candidato. Ele é o mais competitivo e que lidera as pesquisas. Na eleição passada eles fizeram o mesmo".
Disse o deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Tiago Correia (PSDB) ao comentar os rumores de que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), poderia desistir de disputar o governo da Bahia em 2026.