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santa dulce
O padre Júlio Lancellotti comentou durante missa, que celebrou em Salvador, na manhã desta quinta-feira (7), sobre o uso da expressão “Deus acima de tudo”. A frase religiosa, passou a ser utilizada e adotada em cunho político em campanhas, se tornando um bordão utilizado pelo ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante discursos, entrevistas ou atos.
O momento aconteceu na benção final da celebração eucarística presidida por Lancellotti no Santuário de Santa Dulce, na capital baiana. Na ocasião, ele rebateu o uso da frase de forma equivocada e afirmou que não se deve colocar Deus acima “por um povo abaixo”, em alusão às pessoas em situação de rua, que estariam “abaixo da igualdade social”.
??Padre Júlio Lancellotti rebate “Deus acima de tudo” de bolsonaristas durante missa em Salvador:“Ele está no meio de nós”
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) August 7, 2025
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Segundo a figura cristã, a expressão correta que deveria ser dita é “Deus está no meio de nós”, seguindo a resposta que é proclamada pelos católicos durante uma benção.
“Vamos invocar mais uma vez que Deus está no meio de nós. Não adianta dizer que está acima e por um povo abaixo de nada. Deus está no meio de nós, é isso que a gente reza e depois a gente esquece. A gente faz a invocação e todos dizem: ‘Ele está no meio de nós’. E depois fala ‘Deus acima de tudo’. Afinal, é no meio de nós ou acima? No meio, é o que nós respondemos, se não vira uma bagunça. A gente fala uma coisa e faz outra”, disse o sacerdote, antes de conceder a benção para os fiéis.
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Antes, durante homília da mesma celebração, Julio defendeu ainda o fim da escala de trabalho em regime 6x1 e a taxação de super-ricos no Brasil.
??Padre Júlio Lancellotti defende o fim da escala 6x1 durante missa em Salvador
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) August 7, 2025
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“Jesus nunca quis coroa de ouro. A única coroa que deram para eles foi a coroa de espinhos. Como hoje dão coroa de espinhos pra quem luta pela fraternidade e solidariedade. Os que lutam para que as grandes fortunas sejam taxadas e que não haja tanta desigualdade no Brasil. Que acabe com a escala 6x1” afirmou.
Participando da programação festiva em honra a Santa Dulce, o padre Júlio Lancelotti celebrou uma Santa Missa, em Salvador, na manhã desta quinta-feira(7). Antes do início da celebração no Santuário de Santa Dulce, localizado na Cidade Baixa, o sacerdote concedeu entrevista à reportagem do Bahia Notícias e comemorou acerca da devoção à santa baiana.
??Em Salvador, Júlio Lancellotti defende taxação dos super-ricos e prega luta à desigualdade
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) August 7, 2025
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“Eu acredito que o ‘dulcismo’ na sua essência é um segmento de Jesus, que é conflitivo, que é desafiador e que é, vou usar uma palavra meio complicada, mas é que é dissonante com o que esse mundo propõe. A meritocracia, não a misericórdia. Santa Dulce, o Dulcismo, é a misericórdia em ação, a compaixão, que são os sentimentos muito próprios da divindade de Deus, Pai de Jesus de Nazaré. Então, o nosso mundo meritocrático, individualista, competitivo, não é de Dulce, não tem Dulcismo."
O líder católico comentou também sobre a mensagem que traz a população baiana durante sua passagem na capital.
“A palavra sempre é essa: amar e servir os mais pobres. Não buscar força, nem glória, nem sucesso, mas serviço. A jarra e a bacia, o curativo, o afeto, o olhar, a palavra de partilho, o pão para todos”, observou.
O religioso comentou ainda sobre a associação a ideologias e bandeiras politicas e partidárias. Questionado pelo BN sobre os desafios enfrentados para lidar com críticas de seu trabalho voluntário, como é reconhecido em todo o país, Lancelotti pregou a luta e combate pelas desigualdades sociais. Ele defendeu ainda que a taxação dos super-ricos seja votada e aprovada no Congresso Nacional.
“Não estamos procurando vencer, nem procurando êxito, mas procurando a fidelidade até o fim. Eu sei, eu digo isso, que vou perder, mas não luto para ganhar. Luto para ser fiel até o fim. E até o fim nós vamos lutar e denunciar a desigualdade, como agora a dificuldade que o Congresso Nacional tem de aprovar a taxação das grandes fortunas”, manifestou o padre.
“Não querem, e isso é necessário, porque senão a desigualdade não acaba. Com uma mão, nós partilhamos o pão e com a outra, lutamos”, complementou.
A Festa de Santa Dulce dos Pobres vai reunir atrações culturais e religiosas na Praça Irmã Dulce (Largo de Roma), entre os dias 9 e 13 de agosto, para celebrar todo o legado deixado pela primeira santa nascida no Brasil. A programação inclui música clássica, religiosa e até mesmo o bom ‘forrozinho’, celebrando a obra de Santa Dulce em mensagens de paz, amor, fé e esperança.
No sábado (9), às 20h, o cantor católico Jonny Mendes e a Orquestra ComPassos levarão canções religiosas e música clássica para o público presente. Às 21h, o cantor sul-coreano Junho Chu subirá ao palco para compartilhar a sua fé por meio de música e de testemunhos. Já no domingo (10), às 20h, os cantores Adelmário Coelho, Targino Gondim, Del Feliz, Carla Cristina e convidados farão um tributo especial à Santa Dulce com apresentações de forró, um dos gêneros musicais admirados por Irmã Dulce.
Devoto de Santa Dulce, o cantor e compositor Adelmário Coelho disse ter ficado muito feliz com o convite. “Sempre me impressionava muito a obra de Irmã Dulce, mesmo como um ser humano comum aqui na Terra. O verdadeiro amor pelas pessoas, a entrega, a força que ela tinha para ajudar os mais necessitados, isso eu acho que são exemplos que a humanidade precisa ver no seu dia a dia. Fiquei muito feliz com esse convite e em receber também convidados, artistas. Tenho certeza que vai ser uma noite muito especial”, conta ele, que também teve a oportunidade de cantar o hino a Santo Antônio (de quem Irmã Dulce era devota), na Fonte Nova, na ocasião da canonização do Anjo Bom da Bahia.
Ele ressalta que o ritmo tem total harmonia com o evento religioso. “A linguagem do nosso forró é exatamente da paz, do amor, do trabalho social, da brasilidade. Sem contar que Irmã Dulce tocava também acordeão, tinha a sua admiração pelo instrumento, então acho que é uma coisa bacana que o gênero do forró esteja – como uma cultura tão grandiosa que é, do povo nordestino, do povo brasileiro – numa festa tão especial como essa de Santa Dulce”, finalizou.
Segundo Del Feliz, um dos convidados para o tributo, é um privilégio participar de um evento em homenagem à primeira santa brasileira, que ele define como um símbolo de solidariedade, de compaixão, de entrega e de doação da vida pelo outro.
“É um momento de revitalizar a nossa fé e por isso eu recebi com muita alegria e com muita honra esse convite. Além disso, é uma oportunidade de a gente se unir, independentemente da religião, porque a espiritualidade é maior que a religiosidade. Santa Dulce foi uma das mais notáveis figuras da Bahia, exatamente pela acessibilidade, pela bondade, complacência e entrega em prol dos mais necessitados. Atualmente, o mundo fala muito de ostentação; de guerra, mesmo com toda a tecnologia; presenciamos as desigualdades sociais e também a violência, por isso acho que a gente precisa exercitar mais a importância de momentos como esse que teremos, celebrando a Santa Dulce, um exemplo de amor pelo outro”, opinou o forrozeiro.
Segundo Del Feliz, será uma oportunidade singular de levar, através de um instrumento tão nobre e tão potente, que é a música, uma mensagem positiva na perspectiva da construção de uma sociedade mais empática e mais amorosa. A festa ainda terá as apresentações religiosas de Banda Dominus, Anjos de Resgate e Padre Antônio Maria.
PROGRAMAÇÃO
Dia 09 de agosto (sábado)
Atração Musical: Orquestra ComPassos e Jonny Mendes, 20h, e Junho Chu, às 21h
Dia 10 de agosto (domingo)
Atração Musical: Tributo a Santa Dulce, com Del Feliz, Adelmário Coelho, Carla Cristina e convidados, às 20h
Dia 11 de agosto (segunda-feira)
Atração Musical: Banda Dominus, 20h
Dia 12 de agosto (terça-feira)
Atração Musical: Anjos de Resgate, 20h
Dia 13 de agosto (quarta-feira)
Apresentação do Padre Antônio Maria: 16h
Os procuradores baianos se uniram em prol da causa social de Santa Dulce dos Pobres. A presidente Associação de Procuradores da Bahia (APEB-BA), Cinthya Viana, e a presidente da Associação dos Procuradores do Município de Salvador (APMS), Maria Amélia Maciel Machado, se responsabilizam em apoiar as Obras Assistenciais Irmã Dulce (OSID) na gerência dos recursos recebidos pela instituição.
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A ação acontecerá ao longo dos próximos meses e busca ajudar na auxiliar na sustentabilidade das Obras. Durante a visita dos procuradores, foram colocadas em pauta ideias de ações apoiadas pela APEB E APMS. Também foram pensadas campanhas de doação que possam ser realizadas com objetivo de ajudar na divulgação da OSID na Bahia e no Brasil, atraindo mais apoiadores para o desenvolvimento da obra social.

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O livro biográfico da Santa Dulce dos Pobres, intitulado de "Além da Fé - A vida de Irmã Dulce", será lançado em Salvador na quinta-feira (10). A obra foi escrita pelo jornalista e escritor Valber Carvalho.
Nas 624 páginas do livro são contadas histórias e relatos inéditos de Santa Dulce dos Pobres.
Para a conclusão do trabalho o autor fez mais de 500 entrevistas e estudou 13 mil documentos. O livro é ilustrado com fotos, charges e reprodução de matérias de jornal.
O livro "Além da Fé - A vida de Irmã Dulce" traz um pouco mais da vida e da personalidade da primeira santa brasileira, como também o contexto histórico e econômico da Bahia e do Brasil nos principais acontecimentos que marcaram a trajetória dela.
Os fatos narrados começam antes do nascimento da biografada, com relatos sobre a história dos antepassados da família, a influência do pai Augusto Lopes Pontes, a vocação desde cedo para as causas sociais, a iniciação religiosa e os principais momentos da vida até o ano de 1952, quando ela tinha 39 anos.
Os outros anos de sua história serão contados no segundo volume, que ainda vai ser lançado.
A prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos, vai construir um monumento e restaurar outros três que estão em pontos diversos da cidade. As intervenções envolvem um investimento de cerca de R$ 240 mil e foram publicadas no Diário Oficial do Município (DOM) desta sexta-feira (28).
Na região do Bonfim, na Cidade Baixa, uma obra em homenagem a Santa Dulce e o Senhor do Bonfim, será erguida. Localizada no "Caminho da Fé", o monumento será construído pela empresa Magno Criações Artísticas. O valor do contrato é de mais de R$ 190 mil.
Já no bairro da Boca do Rio, o Medalhão à Mãe Preta receberá ações de restauro. Assim como o Conjunto Escultório Meninas do Brasil, conhecido como "Gordinhas", na Avenida Adhemar de Barros, em Ondina.
Outra homenagem que vai passar por intervenções é o busto de Mãe Gilda, na Lagoa do Abaeté, em Itapuã - alvo de ataques de intolerância religiosa, pela segunda vez, em julho deste ano (relembre aqui).
As obras de restauro das "Gordinhas", do busto de Mãe Gilda e do Medalhão à Mãe Preta serão tocadas pela Studio Argolo. O custo total destas intervenções é de cerca de R$ 49 mil.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Te afianço que vamos corrigir, tanto em cima como embaixo".
Disse o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), durante a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, indicando que a faixa de cobrança dos chamados “super-ricos”, que ganham acima de R$ 600 mil, precisaria ser retificada a cada ano.