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A arte do Samba Junino será objeto de estudo em Salvador. O fazer artístico, que teve origem no samba de roda e se tornou uma das tradições do São João na capital baiana, ganhará a primeira escola dedicada ao estilo, com uma programação de formação e inclusão social e oficinas gratuitas de percussão, canto, violão e expressão corporal.
Localizada no Garcia, o espaço será inaugurado nesta terça-feira (17), às 16h na sede do Instituto Cultural e Carnavalesco MUCUM’G, localizado na Rua Padre Domingos de Brito, 4 D, Garcia.
"A Bahia — com sua singularidade rítmica, estética e simbólica — inspira a missão do Instituto MUCUM’G: preservar, inovar e difundir as tradições culturais de matriz africana. Da teatralidade da puxada de rede à intensidade do maculelê, passando pela musicalidade ancestral do samba e a energia ritual da capoeira, o Instituto constrói pontes entre passado e futuro, território e identidade", afirma Nonato Sanskey, fundador do MUCUM'G.
Considerado como patrimônio cultural de Salvador desde 2018, o Samba Junino é tema de pesquisas acadêmicas na Universidade Federal da Bahia (Ufba). Em entrevista ao Bahia Notícias em maio deste ano, o professor de Música e Mestre em Etnomusiologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Gustavo Melo, explica que o samba junino é mais próximo do Cabila, ritmo executado em terreiros, e samba duro, e teve origem no Samba de Roda.
Ao site, Vagner Shrek, gerente de projetos da Liga de Samba Junino, fundada em 2011, defende a delimitação do samba junino, para garantir a sobrevivência da arte. Atualmente 21 dos 171 bairros de Salvador promovem a expressão artística.
“O samba junino não é qualquer grupo de samba que se manifesta no período junino. Ele tem características próprias do segmento, a utilização do timbal, do tamborim, do surdo, é a característica do instrumento. A questão das indumentárias, o samba junino geralmente ele traz temas para a rua.”
Na mesma entrevista, Jorge Bafafé, idealizador do Festival de Samba Duro Junino do Engenho Velho de Brotas, junto ao irmão Mário Sacramento, afirmou que o evento, que completa 47 anos em 2025, é uma resistência a arte e as manifestações culturais afro-brasileiras. O músico também reforça a necessidade de destacar a diferença entre o samba junino e os sambas promovidos em junho.
“Somos diferenciados até para as suas músicas, como é cantada, é uma coisa ancestral mesmo. São músicas feitas com a nossa identidade, falando da nossa terra, falando do nosso convívio, no sentido de divulgar mesmo o São João da gente. Não é um São João que tem sanfona, zabumba, é um São João que tem tambores [...] Nós colocamos [o nome] de Samba Duro Junino justamente para estancar o pagode, e aqui com a gente só participa samba junino. A gente sabe o que é samba junino e sabe o que é pagode. Até porque, quando vocês estão lá fazendo pagode, vocês não convidam o samba junino, e como é dia do samba junino e nós vamos botar pagode? Não tem nada a ver”, destaca. “Nós não vamos jogar por água abaixo uma coisa que nós criamos.”
Desta forma, a 1ª Escola de Samba Duro Junino de Salvador, vem com o propósito de propagar a arte. "O Instituto MUCUM’G firma-se como um agente transformador e um centro de valorização da cultura baiana, atuando como elo entre a tradição e a inovação artística", pontua Nonato.
Além da formação na escola de Samba Junino, o Instituto pretende dar continuidade nas atividades complementares como encontros, seminários e ações mobilizadoras, promovendo o diálogo, a conscientização e a participação ativa da sociedade civil.
O samba junino, expressão rítmica e cultural típico da capital baiana, é uma tradição mantida em ao menos 21 dos 171 bairros de Salvador. O número obtido pelo Bahia Notícias é resultado de um cruzamento de dados entre os bairros que possuem grupos registrados pela Liga do Samba Junino da Bahia e os eventos registrados oficialmente pela Fundação Gregório de Matos (FGM), órgão vinculado a Secretaria de Cultura de Salvador.
Neste sábado (14), a reportagem relembra as raízes desta tradição junina na capital e organiza um calendário especial com os eventos de samba junino em toda a capital. Atualmente, três associações atuam em defesa dessa manifestação popular em Salvador: a Liga do Samba Junino; a Federação de Samba Duro Junino, do Engenho Velho de Brotas; e o coletivo Samba Junino Presente.
Segundo Vagner Shrek, representante da Liga de Samba Junino, fundada em 2011, cerca de 22 grupos espalhados pela cidade são associados a Liga. “Nós incentivamos que os grupos mantenham a tradição, ensaiando nas suas comunidades e os ensaios respeitam o calendário, porque o samba junino tem uma ligação com a religião”, contou.
Estes grupos estão espalhados especialmente pelos bairros na região central da capital, como Federação e Garcia. Veja o mapa:
Entre os associados da Liga estão o grupo Arte de Negro, com 42 anos de existência; o grupo Samba Brilho; e o Gira D’Elas, primeiro grupo feminino de Samba Junino em Salvador. A presença das mulheres nesse nicho também pode ser vista no Festival de Samba Duro Junino, organizado pela Federação de Samba Duro Junino, do Engenho Velho de Brotas.
Conforme o co-fundador do evento, Mário Bafafé, esse ano em que o evento chega a sua 47ª edição, a comissão de avaliação do festival será totalmente feminina, chamadas de “Mulheres empoderadas”. A comissão avalia o melhor grupo de samba, a melhor rainha e o melhor intérprete.
Já no que diz respeito a lista de eventos de samba junino divulgado pela Fundação Gregório de Matos (FGM), os festejos estão espalhados por 9 bairros da capital baiana. Dentre eles, os bairros do Engenho Velho de Brotas, Tororó e Federação, possuem o maior número de eventos, sendo três eventos nos dois primeiro e dois no último.
Veja o calendário completo de eventos de samba junino em Salvador:
Foto: Bahia Notícias
Em meio as cores, sabores e sons da temporada junina no Nordeste, Salvador se tornou o polo de uma manifestação cultural que deixa de lado a sanfona, zabumba e o triângulo para dar ainda mais espaço para os tambores e palmas. O samba duro junino, variação estilística do samba de roda, se tornou uma tradição nos bairros populares da capital baiana.
Após o Sábado de Aleluia e até 2 de julho, as comunidades de bairros periféricos da cidade aproveitam os ensaios, e logo em seguida o desfile, de grupos de samba junino. Há um mês do São João, o Bahia Notícias explora, neste sábado (24), a história, as singularidades, e as riquezas deste movimento.
DO TERREIRO PRA RUA
A origem do movimento não é precisa. No entanto, entre as mais diversas versões possíveis, um ponto em comum é a influência das sonoridades produzidas dentro das religiões de matriz africana, conhecidos como sambas de terreiro. A teoria é amplamente reforçada pelos pioneiros, entusiastas e pesquisadores do movimento.
O professor de Música e Mestre em Etnomusiologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Gustavo Melo, explica que o samba junino é mais próximo do Cabila, ritmo executado em terreiros, e samba duro, e teve origem no Samba de Roda.
“No samba junino é corrido. A gente sai e sempre foi assim, desde quando saiu dos terreiros e foi para as ruas, foi para ir para as casas das pessoas tocando timbal, batendo e, aliás, já teve um período que era feito com pratos”, explicou.
Sendo o samba um tronco rítmico extenso que influenciou diversos movimentos, o pesquisador defende que a existência de tantas vertentes no samba é devido a modificações ocorridas em outras partes do país após o nascimento do gênero na Bahia.
“Cada local tem a sua linguagem. Assim como na fala, a gente fala com sotaque diferente. Eu acho que é por aí. O samba junino vem do samba de roda. Mas é um gênero diferente do samba de roda, do Recôncavo, do samba chula. É diferente”, comentou.
O fortalecimento do samba junino parte dos seus movimentos sociais. Um dos pioneiros nesse aspecto é o Festival de Samba Duro Junino do Engenho Velho de Brotas, realizado em 1978, pelos irmãos Mário e Jorge Sacramento, conhecidos como Mário Bafafé e Mestre Jorjão Bafafé.
O evento iniciou com o desfile de grupos samba de rodas, e ao longo dos anos, novos grupos, com um samba mais cadenciado, foram acrescentados. Considerados os pioneiros do samba junino em Salvador, os irmãos relatam em primeira mão este processo.
Netos de uma mãe de santo do bairro do Engenho Velho de Brotas, tradicionalmente conhecido pela resistência das manifestações culturais afro-brasileiras, a dupla conta que “relação com o samba é desde pequeno, desde menino". "Tinham muitos sambas aqui em casa e a gente acompanhava muito. E um belo dia nos resolvemos levar esse samba, que era oriundo do terreiro de candomblé, para a rua”, diz Mário, idealizador da Federação de Samba Duro Junino, que organiza anualmente o Festival de Samba Junino do Engenho Velho.
Ao Bahia Notícias, ele relata a criação do projeto, que teve início em 1978 e este ano comemora 47 anos. “Normalmente, eu ficava daqui ouvindo uma zuada de tambor, e resolvi ver onde era esse samba. Era lá no alto do morro, no [na comunidade do] Alto da Bola. E depois tinha aqui também na Federação, o Samba Pé, e também o [samba] Leva Eu, aqui no Engenho Velho de Brotas”, detalha.
“E eu fui, tive a ideia de fazer uma festa, comentei com Jorjão [Jorge Sacramento, músico e irmão de Mário] e nosso primo, Doca. Eu queria fazer essa festa e convidei os três [grupos de samba duro], eles retornaram e nós nos reunimos na estreia e eu tive a ideia de procurar saber da vizinhança de quem eles tinham gostado mais”, conta. Em 2025, o projeto, dirigido, atualmente, por cerca de 10 pessoas, já chega a sua 47ª edição.
Jorjão Bafafé destaca que “quando criávamos o primeiro concurso de samba duro, ele não tinha vez e nem voz, por isso que surgiu essa ideia". "Então a gente teve que se impor da personalidade e criar diversas formas de tocar, ele é diferente”, explica.
Para os irmãos, uma parte importante de sua manutenção vem da influência e a participação social da comunidade. “Somos diferenciados até para as suas músicas, como é cantada, é uma coisa ancestral mesmo. São músicas feitas com a nossa identidade, falando da nossa terra, falando do nosso convívio, no sentido de divulgar mesmo o São João da gente. Não é um São João que tem sanfona, zabumba, é um São João que tem tambores”, delimita.
Foto: Divulgação 46° Festival de Samba Junino / Federação de Samba Duro Junino da Bahia.
A relação do samba junino com a ancestralidade afro-brasileira e com as periferias também fortaleceu a sua popularização e formação de artistas vinculados ao movimento. É o que explica o pesquisador Gustavo Melo.
HERANÇA DO SAMBA JUNINO
Na mesma periferia em que o movimento se torna conhecido, novas manifestações vão sendo formadas a partir dele. Com sua influência pulsante, os herdeiros do samba duro ou samba junino já colhem seus frutos. Nomes de destaque da música baiana, no Axé Music e no pagodão, iniciaram sua trajetória na arte dentro dos grupos de samba junino de seus bairros.
Tonho Matéria, Beto Jamaica, Márcio Victor, Neguinho do Samba e Tatau são alguns dos artistas que vieram do movimento. Ao Bahia Notícias, o professor Gustavo Melo explicou que a própria origem do ritmo diferente do É o Tchan surgiu após a participação de membros do antigo Gera Samba nos ensaios de Samba Junino da Liberdade.
“Quando o Gera Samba apareceu, ele utilizava músicas de um grupo de samba junina aqui do Salvador, que é o Samba Fama, que era um grupo de música de samba de roda [fundado em 1979, no Alto do Cantois], samba de terreiros e eles pegaram e adaptaram [a música]”, contou Melo.
Entretanto, a influência é, para Melo, uma “via de mão dupla”. “Do mesmo jeito que os blocos afro influenciaram muito samba junino, porque deram essa coisa de pertencimento. Você vê outros blocos surgindo, o Ilê Aiyê surgindo, o Olodum depois. Isso faz com que movimente a população afrodescendente, negra, a fazer algo”, afirmou.
Vagner Shrek, gerente de projetos da Liga de Samba Junino, fundada em 2011, defende que o samba junino é um “conservatório de música na periferia”. Mais do que uma festa ou manifestação cultural, tombada como Patrimônio Cultural Imaterial de Salvador, o Samba Junino é espaço para jovens aprenderem a compor, cantar e tocar instrumentos, das pessoas curtirem shows gratuitos e do comércio local ser aquecido durante sua realização.
“É um movimento de rua. As pessoas não pagam o ingresso para participar dos ensaios de samba junino. Ele é feito na comunidade, levando entretenimento e cultura para aquela população carente que muitas vezes não tem dinheiro para ir para um show”, explicou Shrek.
SAMBA DA RESISTÊNCIA
Apesar das similaridades entre os diversos movimentos oriundos do samba baiano, os irmãos Bafafé defendem que a delimitação do samba junino, com suas especificidades e necessidades, é necessário para garantir sua sobrevivência.
“Nós colocamos [o nome] de Samba Duro Junino justamente para estancar o pagode, e aqui com a gente só participa samba junino. A gente sabe o que é samba junino e sabe o que é pagode. Até porque, quando vocês estão lá fazendo pagode, vocês não convidam o samba junino, e como é dia do samba junino e nós vamos botar pagode? Não tem nada a ver”, destaca. “Nós não vamos jogar por água abaixo uma coisa que nós criamos”.
Jorge complementa: “O tambor é a nossa identidade cultural e musical e hoje nós estamos tendo o devido reconhecimento para isso não se perder”.
Foto: Secom / Prefeitura de Salvador
O mesmo posicionamento é reforçado por Vagner Shrek: “O samba junino não é qualquer grupo de samba que se manifesta no período junino. Ele tem características próprias do segmento, a utilização do timbal, do tamborim, do surdo, é a característica do instrumento. A questão das indumentárias, o samba junino geralmente ele traz temas para a rua”, aponta.
“Um grupo de partido alto que sai no período junino fazendo a manifestação é lindo. É uma manifestação cultural, maravilhosa e importante, leva entretenimento, cultura, mas não é de Samba Junino”, completa o representante da Liga de Samba Junino.
Músico, Melo ressalta que a presença desses grupos é preocupante. “Eles já tem outra história, são tradições diferentes. Então, se a gente busca algo para preservação, se esses grupos penetram dentro da nossa manifestação cultural, da nossa festa, da nossa brincadeira, pode atrapalhar”, esclareceu.
SAMBA JUNINO E FORÇA ATUAL
Apesar de ainda presente em grandes bairros da cidade, a manifestação enfrenta desafios para sua manutenção. Para Vagner Shrek, a falta de incentivo público é um deles. O Festival realizado pela Liga precisou de uma pausa no último ano, devido à falta de investimento e patrocínio.
“Não é só o fato de se registrar [como Patrimônio Cultural Imaterial] e botar em papel que vai fazer um milagre e fazer com que o samba junino prospere. É necessário que haja um investimento, que haja um interesse social nisso. Porque assim como hoje, a exemplo, o governo do Estado patrocina os blocos afros, com o Ouro Negro, é preciso ter uma versão do ouro negro no São João”, defendeu.
Neste ano, o evento retorna com o apoio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), através do edital “Samba Junino - Ano VII”. Segundo Vagner, o evento recebeu um aporte de R$ 50 mil para sua realização, mas não é suficiente para pagar cachês e a estrutura necessária para as apresentações.
“A gente vai montar uma estrutura de palco, com LED, com tudo isso e uma premiação de R$ 10.000 para poder contemplar aqueles grupos premiados por conta de não poder pagar um cachê a todos os grupos”, explicou.
O edital da FGM apoia ainda a 47ª edição do Festival de Samba Junino do Engenho Velho de Brotas, organizado pela Federação de Samba Duro Junino do Estado da Bahia. Mas para Gustavo Melo, a falta de incentivo público e privado não é a única preocupação: a ausência de novos nomes para passar a tradição adiante também alarma.
“A minha preocupação é quanto a surgimento de novos é personagens que possam estar levando essa coisa para frente. Muitos dos que eu conheço é da velha-guarda, as pessoas mais antigas, elas ainda estão fazendo esse movimento acontecer. Aí, surgem novos nomes, mas eu acredito que ainda muito pouco”, admitiu.
E, em mais um cenário, os irmãos Sacramento são pioneiros. Além de produtores culturais, a dupla atua como liderança comunitária, incentivando a ocupação de jovens e crianças mediante participação no festival anual.
“O nosso trabalho aqui é com meninos jovens de 07 a 14 anos, a gente conversa, bate-papo e esse ano estamos fazendo um samba-mirim com eles. Eles que vão abrir o São João, no dia 23 [de junho], ensaiamos todo sábado com eles. No último sábado aqui tinham 14 meninos, fora os que estavam olhando e querendo participar também. Estamos trabalhando para colocar eles [no projeto], porque estão interessadíssimos”, reflete Mário Sacramento.
Foto: Divulgação 46° Festival de Samba Junino / Federação de Samba Duro Junino da Bahia.
Para Shrek, os jovens envolvidos com o movimento do samba junino afastam-se da criminalidade. “O jovem, ele sabe a importância reconhecer a importância dessa cultura na comunidade dele. Ele sabe o peso que tem aquilo para a mãe dele, do pai, dos irmãos e para ele próprio. Então, ninguém vai precisar do menino brigar, fazer violência”, defendeu.
Um dos exemplos dados por Shrek é a ausência de registros de violência durante os arrastões de samba junino. “São 25 anos sem uma ocorrência policial grave. A última ocorreu no bairro de Engenho Velho de Botas, o qual estão aqui até agora e ela tem mais de 25 anos”, contou.
Esse formato comunitário e socialmente engajado de trabalhar também é um dos pilares do samba junino, defende Jorge Bafafé. “A gente não cria essa forma de fazer o São João da ancestralidade, o São João afro, a gente estaria fora, fazendo zabumba, mas aqui no bairro [o que predomina] é o samba. Tudo por essa criatividade que nós temos, a comunidade, a negrada tem essa criatividade. Somos muito culturais, a gente só não tem dinheiro. A gente tem a cultura e por isso a gente não abre mão”, finaliza.
Os ensaios dos grupos de samba junino começaram em abril, com o Sábado de Aleluia, mas os festejos de samba junino em Salvador tem início em junho, entre desfiles, shows, competições e outros tipos de eventos comunitários e populares, eles dão régua e compasso para as comemorações juninas na capital baiana e toda a região.
(Reportagem atualizada ás 13h27 para correção do cargo de Vagner Shrek e do valor do edital "Samba Junino - Ano VII" )
As inscrições para o Edital Samba Junino Ano VII, promovido pela Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), terminam nesta segunda-feira (3). Os candidatos devem preencher o formulário disponível no site www.fgm.salvador.ba.gov.br.
O edital contempla quatro categorias: Mestres, Ensaios e Arrastões, Festival e Formação e Memória, com um total de R$400 mil em investimentos, provenientes da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). Até 25 propostas poderão ser selecionadas e premiadas, com o objetivo de promover o samba junino como Patrimônio Cultural Imaterial de Salvador.
QUEM PODE PARTICIPAR
O edital é aberto para pessoas físicas maiores de 18 anos, microempreendedores individuais (MEI), pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos e grupos ou coletivos culturais sem constituição jurídica. Os proponentes devem ter experiência comprovada no segmento de Samba Junino na cidade. Há reserva de vagas para grupos autodeclarados negros, indígenas e pessoas com deficiência, buscando promover a igualdade e a inclusão.
Para a categoria "Mestres", os proponentes devem enviar um vídeo de até 20 minutos com a apresentação do projeto, seguindo um roteiro específico. Já nas outras categorias, as propostas devem ser enviadas por meio de um formulário eletrônico e devem incluir os documentos exigidos pelo edital. Em caso de dúvidas, os interessados podem enviar e-mail para [email protected] ou consultar o edital completo no site da FGM.
A tradição do Samba Junino será exaltada no espetáculo 'Santana', que estará em curta temporada neste mês de julho na Fundação Pierre Verger, no Engenho Velho de Brotas, nos dias 18 e 19.
O espetáculo teatral com dramaturgia assinada pela estreante no teatro Joseane Nascimento, leva ainda para o palco a força preta feminina através de três gerações de artistas.
Na peça, o samba junino é o elo que conecta Cremilda, Marta e Nalia, personagens interpretadas pelas atrizes Arlete Dias, Evana Jeyssan e Naira da Hora. No coração do Engenho Velho de Brotas, a trama dessa família de três mulheres pretas se desenrola exaltando conflitos de gerações, força feminina, ancestralidade, sincretismo religioso e, sobretudo, a importância da preservação da identidade cultural soteropolitana.
O espetáculo, que foi contemplado pelo edital Territórios Criativos, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal, tem direção de Daniel Arcades, e Thiago Romero na direção de arte.
Para além do espetáculo teatral, o projeto 'Santana' engloba outras ações, também gratuitas e realizadas no bairro, que amplificam o alcance da temática, mobilizam a população local e contemplam outras linguagens artísticas.
As atividades acontecem no dia 19 de julho, no Fundação Pierre Verger e entre elas estão: o Encontro de Dramaturgia, com o dramaturgo Daniel Arcades, a escritora Joseane Nascimento e o assistente de direção audiovisual Moisés Neuma, que acontece das 9h às 13h.
Tem também a Oficina de Percussão, para explorar os ritmos do Samba Junino, com o grupo de Samba Junino Meu Samba e o diretor musical do projeto Gustavo Melo, realizada também das 9h às 13h.
Patrimônio Imaterial de Salvador, o Samba Junino, gênero nascido no bairro do Engenho Velho de Brotas, será celebrado pelo cantor Márcio Victor junto a banda Psirico com o Arrastão do Psi na sexta-feira (28).
A festa, que se tornou tradição no calendário do bairro, tem concentração marcada para às 18h em frente a Panificadora Nova Ondina. "O Samba Junino foi criado no Engenho Velho de Brotas. Ele sai de dentro do terreiro e ganha as ruas, criando diversos grupos que passavam nas casas da comunidade, com comidas típicas e muito som. A clave do samba junino está em todos os estilos de música. É um movimento intenso e importante que eu faço questão de celebrar", afirma o artista.
Para o show, o cantor ainda promete levar um repertório com canções do Psirico e a música ‘Pula Pula na Fogueira’, que foi a aposta do artista para o período do São João e mistura o forró com o pagodão baiano.
SOBRE O SAMBA JUNINO
O gênero foi reconhecido pelo prefeito ACM Neto, na gestão de 2018, com o registro especial do Patrimônio Imaterial no Livro das Expressões Lúdicas e Artísticas.
Na justificativa da concessão do título, foi ressaltado a importância da expressão cultural afro-brasileira genuína da Cidade do Salvador, que nasceu em torno dos terreiros de candomblé e das matrizes referenciais do samba de caboclo e do samba de roda.
Além do Engenho Velho de Brotas, o Samba Junino é presente em outras localidades da capital como Engenho Velho da Federação, Federação, Fazenda Garcia, Tororó e Nordeste de Amaralina.
Entre os instrumentos que caracterizam o Samba Junino estão o timbal, tamborim e surdo. Ao longo dos anos, outros instrumentos percussivos foram inseridos à manifestação, dando ao gênero uma sonoridade mais acelerada, corrida e marcada.
Os eventos relacionados ao Samba Junino costumam ser acessíveis às comunidades no período junino, no entanto, é sempre cobrado o apoio e reconhecimento da arte.
Nas redes sociais, Márcio Victor convocou o público a prestigiar o evento: "Meu bairro se prepara para receber vocês de braços abertos! É um dia de paz, de família, muitas crianças e trabalhadores reunidos. Cheguem cedo e curtam muito!".
As inscrições para a sexta edição do Prêmio Samba Junino terminam nesta segunda-feira (26). Para se inscrever no concurso, que é realizado pela Prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Matos (FGM), é necessário acessar o site www.premiosambajunino.salvador.ba.gov.br.
Com o objetivo de estimular a salvaguarda do Samba Junino, de acordo com as diretrizes da política cultural do município, esse edital receberá o investimento de R$ 300 mil. Neste ano, a previsão é contemplar cerca de 15 propostas dentre as categorias coletivo, festival e mestres.
Serão destinados quatro prêmios de R$5 mil cada na categoria mestres e a inscrição deve ser realizada de modo simplificado, através da gravação de um vídeo. Já a categoria Coletivo vai selecionar ainda outras dez propostas com premiação no valor de R$20 mil, cada uma envolvendo no mínimo dois grupos de Samba Junino. Já a categoria Festival entregará um prêmio de R$40 mil, envolvendo quatro ou mais grupos do ritmo.
Para o gerente de patrimônio cultural da FGM, Vagner Rocha, é importante garantir a preservação dos elementos tradicionais da manifestação e estimular a sua continuidade: “O Samba Junino é um patrimônio cultural imaterial da nossa cidade, por isso é importante garantir a preservação dos elementos tradicionais da manifestação e estimular a sua continuidade. O lançamento anual do Prêmio Samba Junino reafirma o nosso compromisso com a salvaguarda desse patrimônio, para que ele seja cada vez mais valorizado, sobretudo pelas novas gerações”, explica.
O cantor Márcio Victor apresenta nesta quarta-feira (28), o tradicional Samba Junino do Psi no bairro do Engenho Velho de Brotas, em Salvador (BA). O desfile começa a partir das 19h, com saída na frente do Mercadinho Nova Ondina. O artista promete uma noite especial, com muito samba junino, alegria e diversão para a comunidade.
O evento já é uma tradição no local de nascimento do artista. “Que orgulho eu tenho em ver esse movimento crescendo no meu bairro, que é um celeiro de músicos. Desde criança participava de quadrilhas, pois meus tios cantavam e eu aproveitava para tocar com eles.”, contou Márcio Victor.
A ação também tem o intuito de movimentar a economia local como vendedores e ambulantes.
“Até a liberação deste ano ser autorizada pelos órgãos responsáveis, eu estava com o coração na mão. Muitas pessoas perguntando se ia acontecer porque o bairro está passando por uma reforma, mas a via principal do bairro não está sofrendo intervenção, então irá acontecer normalmente”, explicou o cantor.
O movimento Samba Junino é considerado patrimônio cultural de Salvador pela Fundação Gregório de Matos (FGM) desde 2018 e Márcio Victor celebra o aumento da visibilidade nos últimos anos. “Tenho necessidade de retribuir para o meu lugar esse carinho que recebo o ano inteiro. Eu fico bem orgulhoso de ter colaborado a chamar a atenção para este movimento que hoje é reconhecido como um verdadeiro patrimônio”, comemorou o artista.
Um dos principais pontos turísticos de Salvador, o Dique do Tororó será o palco do Festival de Samba Junino neste domingo. Com concentração às 15h no viaduto Rômulo Almeida, o evento contará com a participação de vinte e quatro grupos de Samba Junino.
“O objetivo da Liga é preservar, fortalecer e difundir cada vez mais a cultura do Samba Junino em nossa cidade no intuito de promover o contato entre várias gerações de sambadoras e sambadores, mestras e mestres desta cultura e para dar mais visibilidade a este movimento cultural, além de formar novas gerações do Samba Junino”, afirma o cantor, compositor, produtor cultural e um dos diretores da Liga do Samba Junino, Nonato Sanskey.
Com patrocínio da prefeitura de Salvador e realizado em parceria com a Liga do Samba Junino, o evento vai ser com um cortejo dos grupos de samba junino que vai começar no viaduto Rômulo Almeida e seguir a Avenida Vasco da Gama, até o palco localizado em frente à portaria da Arena Fonte Nova.
De acordo com o produtor cultural e também diretor da Liga de Samba Junino da capital, Vagner Shrek, a festa tem o objetivo de garantir proporcionar um domingo de lazer gratuito aos baianos e turistas que estão na capital baiana, além de dar mais visibilidade para o movimento que é forte nas periferias e possui também impacto social.
Irão participar do festival os grupos Sambalança, Mucum’G, Papelão, OffScala, Vai Kem Ké, Água Dura, Futuka, Hody Bamba, Samba Duro de Terreiro, Samba Duro VS, Bicho da Cana, Samba do Morro, Samba Cama, Meninos da Vila, Gira D’Elas, Samba Duro da Ladeira, Fogueirão, Samba Jaké, Antivírus, Balão de Ouro, Sambarriz, Samba Tororó e Arrastão da Muriçoca.
Em conversa com o Projeto Prisma, nesta segunda-feira (19), o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, abordou a importância de investir no Samba Junino. E revelou já ter convidado Tatau para fazer um show especial para os soteropolitanos.
Na gravação, ele falou que o Samba Junino é uma das maiores manifestações culturais da cidade. “A força do Samba Junino tem que ser vista. Porque hoje ela acontece no Engenho Velho, ontem teve no Garcia, a comunidade se diverte, é maravilhoso. Mas enquanto gênero, enquanto movimento, se você não se juntar para ver, as pessoas não vão entender o peso que tem na cultura de Salvador”.
O secretário prosseguiu contando que a partir desta visibilidade o movimento passa a ter mais influência, e assim surgem mais investimentos públicos e privados.
“Essa ideia de fazer um festival de Samba Junino no dia 25 de junho, agora domingo. É um festival que vai ser metade do Dique. Os blocos vão sair do final da Vasco da Gama e vão até o Dique. E no final vai ter um palco que vai ter uma atração que a gente nem divulgou ainda. Pode divulgar? A gente convidou Tatau”, prosseguiu Tourinho, após consultar a assessoria.
Ainda de acordo com Tourinho, a ideia de convidar Tatau surge porque ele é um cantor que iniciou a carreira no Samba Junino. “Ele se formou no Samba Junino, acho que era Samba Scorpions. Ele vai fazer um show especial de Samba Junino, no domingo dia 25”.
Tourinho apontou ainda que “o grande São João de Salvador é o Samba Junino”.
A prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos (FGM), retomou o processo de contratação e convocou os proponentes selecionados pelo do Prêmio Samba Junino III a apresentarem a documentação exigida no edital. A informação foi publicada no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (18).
Os inscritos deverão fazer a entrega dos documentos até a próxima quinta-feira (25), através do e-mail [email protected].
A FGM irá publicar, no prazo de até cinco dias após o dia estipulado para a entrega, orientações acerca da adaptação das propostas quanto a atualização do cronograma e a execução da planilha orcamentárias, considerando os protocolos sanitários vigentes.
O Samba Duro Junino é reconhecido desde 2018 como patrimônio cultural do município de Salvador. O edital deste ano prevê a premiação de treze propostas como a realização de ensaios, festivais, concursos, apresentações, “arrastões”, oficinas, produção de material multimídia e publicações.
Através da Lei N° 9.516 / 2020, sancionada pelo prefeito ACM Neto no último dia 26 de março, foi instituído o Dia Municipal do Samba Junino, com data comemorativa definida para o dia 17 de abril. A manifestação cultural soteropolitana que tem origens no candomblé é considerada um subgênero do samba e é executada no período das festas de São João na capital baiana.
De acordo com as informações divulgadas no Diário Oficial do Município, “as comemorações alusivas à data farão parte do Calendário Oficial de Eventos do Município de Salvador”. Além disso, as manifestações culturais ligadas ao Samba Junino “poderão ser destacas com programas sociais e educativos, destinados a difundir informações e orientações que conscientizem a sociedade”.
Por conta da greve da última sexta-feira (14), a Secretaria de Cultura da Bahia (Secult) estendeu até esta segunda (17) o prazo dos recursos para grupos e artistas com pendências tidos como inabilitados para credenciamento na categoria Samba Junino do edital Ciclo de Festejos Juninos (clique aqui e saiba mais).
Os interessados devem comparecer e protocolar o recurso presencialmente, na sede da Secult, situada no Palácio Rio Branco, em Salvador, das 9h às 12h ou 14h às 17h.
O São João de Salvador será animado pelo samba junino, que em 2018 foi reconhecido como patrimônio cultural de Salvador. As atividades são apoiadas pelo edital Prêmio Samba Junino - Ano II, promovido pela Prefeitura por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM).
Nesta quinta-feira (13), irá acontecer o Sambódromo Junino do Engenho - Santo Antônio, no Parque Solar Boa Vista, às 16h. O desfile reunirá os grupos Samba Chile, Samba da Bruxa, Samba Negro, Samba Os Abraões e Samba Leva Eu. No palco, tem Samba da Biqueira, Miller (Grupo Paparicco), Wellington (Samba Comunidade) e Bobo (Viola de Marujo).
A programação contará também com muita música, brincadeiras juninas com brindas para crianças e com a reza para o Santo Antônio. Percussionista e vocalista do grupo Samba Negro, Augusto Cesar Pereira, 38 anos, destaca que projetos como esse são uma forma de mostrar a cultura do samba. “É uma oportunidade que surgiu para que possamos mostrar o trabalho do samba de roda e de como essa cultura é importante”, disse.
O Engenho Velho da Federação terá a presença do Samba Santo Amaro que irá promover os cortejos juninos neste domingo (16), das 16h às 21h, e no dia 7 de julho, das 13h às 18h, na Rua Santo Amaro. À frente do projeto está o compositor e percussionista Nem Cardoso, que participou dos grupos de samba juninos nas décadas de 1980 e 1990 em Salvador, além de ser conhecido por sucessos como "Toque de Timbaleiro". Além das apresentações musicais, o projeto "Samba Santo Amaro preservando o samba junino" também engloba ensaios e oficina. A intenção é fortalecer o resgate e a preservação da cultura e do movimento cultural na cidade.
No Alto das Pombas, também acontece o Arrastão Vai Kem Ké no domingo (16), com concentração às 14h, no fim de linha do bairro. Idealizado pelo compositor, maestro e multi-instrumentista Augusto Conceição, o samba do Vai Kem Ké propõe o resgate cultural do samba da Bahia, valorizando o ritmo do samba duro e do samba de roda, além dos sambas de caboclo, cirandas e cantigas de domínio público.
Após a assinatura do decreto que reconhece o Samba Junino como Patrimônio Cultural de Salvador, realizada pelo prefeito ACM Neto, no dia 7 de fevereiro, acontece na próxima terça-feira (20), a solenidade. O evento será no Espaço Cultural da Barroquinha, a partir das 17h. A Fundação Gregório de Mattos (FGM) iniciou o processo de registro do Samba Junino como Patrimônio Imaterial de Salvador em 19 de junho de 2016, reconhecendo que ele é uma significativa manifestação popular da cidade. De acordo com pesquisas realizadas pela Gerente de Patrimônio Cultural da FGM, Magnair Barbosa, o Samba Junino surgiu em torno das casas de candomblé de Salvador, com forte influência dos sambas de caboclo e do samba de roda, assim como na religiosidade popular, já que realizado na sequência das rezas direcionadas aos santos juninos – Santo Antônio, São João e São Pedro. Os bairros tradicionais, que realizam os festejos são: Engenho Velho de Brotas, Engenho Velho da Federação, Federação, Fazenda Garcia, Tororó e Nordeste de Amaralina. Junto com o reconhecimento da manifestação cultural como patrimônio de Salvador, será aberto o Edital Prêmio Samba Junino, que irá contemplar seis propostas voltadas para a salvaguarda do Samba Junino. Conforme o regulamento, “os projetos deverão contemplar iniciativas que visem o fortalecimento, manutenção e dinamização do Samba Junino no município de Salvador, além das suas formas de produção e reprodução, através da realização de ensaios, festivais, concursos, apresentações, ‘arrastões’, entre outras, no período das festas juninas”. Serão priorizadas as propostas realizadas nos bairros que tradicionalmente sediam esta expressão cultural. As inscrições estarão abertas da próxima segunda-feira (19) até 4 de abril, e deverão ser realizadas pela internet (clique aqui). Cada projeto aprovado receberá o valor de R$ 30 mil.
Com o objetivo de consolidar o registro do Samba Junino como Patrimônio Imaterial, cujo processo de assinatura foi aberto no dia 19 de junho de 2016, mais uma etapa foi iniciada. Nesta sexta-feira (17), a Fundação Gregório de Mattos (FGM) disponibiliza pela internet (clique aqui) ou presencialmente, na sede do órgão, o Dossiê Técnico para conhecimento e manifestação da sociedade. Caso algum cidadão deseje dar alguma contribuição, ela deverá ser formalizada até 30 dias após a publicação do Dossiê, conforme determina o Decreto Municipal 27.179/2016, que regulamenta os processos de tombamento de bens materiais e imateriais e indica as instâncias e etapas de deliberação para o tombamento. Após a conclusão desta etapa, o processo será encaminhado ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, para análise e emissão do Parecer Final. De acordo com pesquisas realizadas pela Gerente de Patrimônio Cultural da FGM, Magnair Barbosa, o Samba Junino nasceu das referências do Samba de Roda do Recôncavo Baiano. Caracterizado como samba urbano, o Samba Junino surgiu em torno das casas de candomblé de Salvador, presente em muitas festividades de matriz africana nas festas de caboclo, tendo suas manifestações iniciadas nas queimas de Judas e encerrando no Dois de Julho, inclusive na sequência das rezas direcionadas aos santos juninos – Santo Antônio, São João e São Pedro.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Tiago Correia
"Na verdade o medo deles é que Neto seja o candidato. Ele é o mais competitivo e que lidera as pesquisas. Na eleição passada eles fizeram o mesmo".
Disse o deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Tiago Correia (PSDB) ao comentar os rumores de que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), poderia desistir de disputar o governo da Bahia em 2026.