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roberto campos neto
Durante a audiência pública na manhã desta terça-feira (13), para ouvir o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, parlamentares fizeram críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) por decisão recente de suspender as chamadas "emendas Pix". A decisão foi tomada pelo ministro Flávio Dino, que suspendeu o pagamento dessa modalidade de emenda até que haja transparência sobre as transferências dos recursos.
As "emendas Pix" se tornaram uma forma de deputados e senadores enviarem dinheiro para prefeituras sem que a verba esteja atrelada a um projeto específico. A decisão tomada pelo ministro Flávio Dino para suspender o pagamento dessas emendas deve ser referendada pelo plenário do STF, em sessão virtual marcada para começar no dia 23 de agosto.
O presidente da Comissão de Finanças e Tributação, Mario Negromonte Jr., que presidiu a audiência com Roberto Campos Neto, foi um dos que criticou a decisão do ministro Flávio Dino para suspender as "emendas Pix". Mario Jr. disse que o Judiciário interferiu indevidamente em assuntos do Parlamento, e o maior prejudicado serão os pequenos municípios.
"Se o Judiciário quer nos ajudar a aperfeiçoar a aplicação das emendas Pix, estamos à disposição. Mas o que o STF mostra é que não está em sintonia com os problemas dos municípios do Brasil. Essas emendas servem para ajudar os municípios fechar as suas contas no final do mês. Lamentavelmente, o STF tomou essa decisão, mas o Parlamento logo dará uma resposta à altura a essa interferência do Judiciário", disse o deputado baiano Mario Jr.
TAXA DE JUROS
Em outro momento da audiência conjunta organizada pelas Comissões de Desenvolvimento Econômico e de Finanças e Tributação, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a taxa Selic alta, ao contrário do que se acredita, não é boa para os bancos no Brasil porque provoca uma retração no crédito, atualmente o principal negócio do sistema financeiro.
"A Selic alta não é boa para o sistema bancário. No passado talvez isso fosse verdade em algum momento, mas hoje em dia, como a carteira de crédito vale muito mais do que a carteira própria dos bancos, quando os juros sobem muito, a inadimplência sobe, então você perde muito mais no crédito do que ganha na carteira própria", afirmou Campos Neto.
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Em sua participação na audiência, o deputado Feliz Mendonça Jr. (PDT-BA), um dos autores do requerimento de convite ao presidente do BC, brincou dizendo que aprendeu com Campos Neto que presidente de banco não gosta de juro alto. "Hoje aprendi muito aqui", disse o deputado.
Felix Mendonça fez questionamentos ao presidente do Banco Central, e disse que entre as missões da autoridade monetária, de redução dos juros e da inflação, não estaria presente nas preocupações dos dirigentes da instituição a questão do emprego no país. O parlamentar baiano também perguntou a Campos Neto porque o BC não se baseia em suas avaliações em outros relatórios além do boletim Focus.
"Por que não se usa um pouco também, ao invés de usar apenas os dados do Boletim Focus, os dados da indústria, do comércio, que também tem que opinar? Eu acho que a política monetária do Brasil não pode ser regida apenas pelas instituições financeiras. A indústria do Brasil já teve 30% do PIB de participação, e hoje é de menos de 10%. Será que isso não é reflexo da política monetária do Brasil?", questionou Felix Mendonça.
O Banco Central vem trabalhando para obter uma recuperação econômica sustentável e inclusiva, com redução permanente dos juros apesar de um ambiente externo adverso, e conduz um processo de desinflação com baixo custo em termos de redução da atividade econômica, emprego e crédito. As afirmações foram feitas pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, que participou de audiência pública conjunta das comissões de Desenvolvimento Econômico, e de Finanças e Tributação.
O requerimento de convite ao presidente do BC foi formulado pelos deputados Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) e Mário Negromonte Jr. (PP-BA). A audiência foi presidida pelo deputado Mario Jr.
"Os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho seguem apresentando dinamismo maior do que o esperado. O combate à inflação tem avançado, mas é preciso perseverança nesse trabalho, pois a desinflação tem arrefecido e as expectativas encontram-se desancoradas", disse o presidente do Banco Central.
Segundo afirmou Campos Neto, a inflação dos últimos cinco anos tem sido baixa no Brasil, considerando-se o histórico do país. "O BC tem atuado de forma técnica e autônoma para cumprir as suas missões para redução da inflação", afirmou.
Na apresentação que fez no início da audiência, o presidente do BC salientou que o ambiente externo mantém-se adverso, em função das incertezas sobre os impactos e a extensão da flexibilização da política monetária nos Estados Unidos. Campos Neto disse ainda que dificultam a situação internacional as dinâmicas de atividade e de inflação em diversos países.
"A nossa meta contínua de inflação bota o Brasil um pouco mais em conformidade com os outros países”, explicou. “Quando a inflação está ancorada, a gente tem um custo muito menor para combatê-la”, completou.
Campos Neto disse aos deputados presentes que, quando o Banco Central toma uma medida hoje, ela leva entre 12 e 18 meses para fazer efeito. Ele destacou que outros países na América Latina, como Chile, Colômbia e Peru, descumpriram mais vezes a meta de inflação do que o Brasil.
“A meta de 3% não é muito baixa? Não deveria ser maior? É importante frisar que quem determina a meta é o governo”, afirmou. “As pessoas vão entender ao longo do tempo que o Banco Central é técnico e trabalha com horizonte diferente e trabalha para atingir o mandato que é determinado pelo governo”, disse Campos Neto.
“Independente das dificuldades, é importante insistir na manutenção da meta fiscal”, diz Campos Neto
Em meio às discussões no governo sobre o cumprimento ou não da meta fiscal em 2024, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, voltou a defender que o Executivo se esforce para alcançar os objetivos estabelecidos até então.
Na quinta-feira (16), o deputado federal Danilo Forte (União-CE), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), confirmou que o governo federal manteve o déficit zero como meta fiscal.
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A decisão foi interpretada pelo mercado como uma vitória apenas parcial do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defensor do déficit zero. Analistas acreditam que o debate em torno de uma mudança na meta tenha sido prorrogado para o primeiro semestre de 2024. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
“Independentemente das dificuldades, é importante insistir na manutenção da meta fiscal”, afirmou Campos Neto nesta sexta-feira (17), durante um seminário promovido pelos jornais Valor Econômico e O Globo, em São Paulo.
“Você gastou um tempo enorme desenhando o arcabouço. E o arcabouço já tem previsões do que acontece quando não consegue atingir as metas, tem previsão de penas, de contingenciamento. Você fez um arcabouço, lutou por ele, fez um trabalho de convencimento dos parlamentares, de comunicação com a sociedade”, observou Campos Neto.
“A gente tem uma diferença grande entre a previsão do mercado e a meta do governo. Existe possibilidade de obter receitas com algumas correções de distorções”, concluiu o presidente do Banco Central.
Adversário histórico do PT, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União-BA) elogiou o trabalho de Fernando Haddad (PT-SP) no Ministério da Economia. Em entrevista exclusiva ao BP Money, parceiro do Bahia Notícias, Neto avaliou Haddad como um “ministro que tem capacidade” e que é um dos bons quadros dentro do governo federal.
A declaração foi dada na noite desta quarta-feira (18), em São Paulo. Neto participou de um evento organizado pela Prefeitura de Salvador, no centro financeiro do País, para promover o verão da capital baiana.
“Tenho avaliação positiva em relação a esse começo do desempenho do ministro Fernando Haddad, sobretudo porque ele agiu com moderação, conquistou a confiança do mercado, não assumiu uma pauta ideológica do PT. Teve inclusive a capacidade de se blindar de certas influências petistas que teriam conduzido o ministério para outra direção. Agora, é claro que não é só de política e de jogo de cintura que se faz o ministério e nem a economia avançar. No fim do dia depende de decisões que passam pelo presidente e pelo Congresso”, disse Neto.
Quem também tem a atuação bem avaliada pelo ex-prefeito é o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto. “O presidente do Banco Central, considero uma pessoa qualificadíssima. Que bom que hoje o Banco Central é independente e que você tem um Copom que quando tem que dizer não, diz não, e quando é hora d reduzir a taxa de juros, começa a reduzir”, pontuou.
A manutenção das metas de inflação para os próximos anos, decisão tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no fim de junho, foi “muito acertada” e ofereceu ao Banco Central (BC) as condições para iniciar o ciclo de queda da taxa básica de juros, de acordo com a avaliação é do presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Ele participou, nesta quarta-feira (27), de uma audiência da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
“Foi uma decisão muito acertada do governo manter a meta de inflação em 3%. Isso fez com que o BC pudesse iniciar o processo de corte de juros”, afirmou Campos Neto aos deputados.
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A meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%. Para 2024, 2025 e 2026, a meta é de 3%.
O CMN é composto pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e do Planejamento, Simone Tebet (MDB), além do próprio Campos Neto – o governo tem maioria no conselho, portanto.
Segundo o presidente do Banco Central, a inflação no Brasil “tem uma ancoragem, apesar de ainda não estar no centro da meta”. “Temos a inflação ancorada para 2023, 2025 e 2025. Temos de perseverar nesse trabalho”, disse.
“A inflação do Brasil está bem abaixo da média do mundo emergente e dos países desenvolvidos, comparado ao padrão histórico”, ressaltou Campos Neto. “A expectativa de inflação tem caído, mas parou de cair há algum tempo. Ela está estável em um nível menor”, afirmou o presidente do Banco Central.
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, sugeriu, durante uma sessão solene na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (2), a necessidade de ampliar a autonomia da instituição ao dizer que é difícil ter apenas autonomia operacional. As informações são da Agência Brasil.
“Meu avô defendia uma autonomia (do Banco Central) que tinha três dimensões, a dimensão operacional, a dimensão administrativa e a dimensão financeira. Nós finalmente aprovamos a autonomia com dimensão operacional e hoje, depois de algum tempo a frente do BC com autonomia operacional, eu vejo a dificuldade que é ter autonomia operacional sem ter autonomia administrativa e financeira”, destacou, em reunião de homenagem ao seu falecido avô, o ex-senador, ex-deputado, ex-ministro e economista Roberto Campos.
A lei sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em fevereiro de 2021 concedeu autonomia operacional ao Banco Central e o art. 6º da Lei diz que a instituição tem “autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira”.
A senadora Ana Paula Lobato (PSB) anunciou o envio de um ofício ao CMN (Conselho Monetário Nacional), solicitando formalmente a exoneração do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. O pedido foi realizado na última sexta-feira (23). As informações são via BP Money, parceiro do Bahia Notícias.
O pedido foi feito em um momento em que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aliados, empresários e até alguns integrantes do mercado financeiro estavam incomodados com o atual patamar da taxa básica de juros (Selic), que foi mantida em 13,75% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada, durante sua sétima reunião consecutiva.
Segundo o ofício da parlamentar, o desempenho de Campos Neto “não está sendo suficiente” para que a instituição alcance os objetivos estabelecidos em lei, de assegurar a estabilidade de preços e, sem prejuízo deste, zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego.
Ela também alega que Campos Neto age politicamente para prejudicar o governo de Lula, que há meses tem pressionado por uma flexibilização da política monetária. Tanto o círculo político do presidente do PT quanto membros da equipe econômica expressaram preocupação com o possível impacto dos juros elevados sobre a atividade econômica e a sustentabilidade fiscal do país.
“Ao decidir manter a taxa Selic nesse elevadíssimo patamar, resta evidenciada uma clara atuação política do Presidente do BC no sentido de prejudicar o atual governo de modo a impossibilitar um maior crescimento econômico e, com isso, inviabilizar uma maior entrega de políticas públicas”, diz a senadora no ofício.
No comunicado sobre a última reunião, o Copom enfatizou que a conjuntura atual requer prudência e cautela na condução da política monetária, mesmo diante de indícios de desaceleração da inflação no futuro. O comunicado não forneceu indicações claras de que os juros começarão a ser reduzidos na próxima reunião, que está agendada para agosto. No entanto, há expectativas no mercado de que um ciclo de flexibilização possa ser iniciado nesse momento.
“A manutenção da taxa de juros em patamar tão elevado, como é do conhecimento de Vossas Excelências, embora seja um mecanismo de controle da inflação, encarecendo o crédito para empresas e famílias e gerando um arrefecimento do consumo, também faz com que as empresas adiem ou até mesmo descartem novos investimentos”, continua a senadora, em ofício.
Campos Neto assumiu a presidência do Banco Central em fevereiro de 2019, por indicação do então presidente Jair Bolsonaro (PL), após aprovação do plenário do Senado Federal. Seu mandato vai até dezembro de 2024.
Confira:
Em meio aos debates sobre aumento da taxa básica de juros e revisão da meta de inflação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não é interesse "brigar com um cidadão que é presidente do Banco Central", numa referência direta a Roberto Campos Neto. Uma escalada de tensão tem sido observada ao longo das duas últimas semanas após Lula criticar o posicionamento do presidente do Banco Central sobre a política de juros da entidade.
"Não cabe ao presidente da República ficar brigando com o presidente do Banco Central. Eu até teria direito, porque ele não é presidente do Banco Central indicado por mim. Ele foi indicado pelo [ex- presidente Jair] Bolsonaro, pelo [ex-ministro Paulo] Guedes. Então significa que a cabeça política dele é uma cabeça muito diferente da minha cabeça e daqueles que votaram em mim, mas ele está lá. Está eleito e tem um mandato", disse Lula, em entrevista a CNN Brasil, nesta quinta-feira (17). O tom da fala, inclusive, rechaça as sinalizações de pessoas do entorno do governo de que a independência do Banco Central poderia entrar em xeque na atual administração federal.
"A única coisa que eu quero é que ele cumpra, sabe... Se ele topar, quando eu for levar o meu governo para visitar os lugares mais miseráveis deste país, eu vou levá-lo para ele ver. Ele tem que saber que a gente, neste país, tem que governar para as pessoas que mais necessitam", completou Lula.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vive tensão com a presidência do Banco Central (BC), liderada Roberto Campos Neto, após a entidade manter a taxa de juros em 13,75% na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste ano. O petista enxerga que Campos Neto “traiu” sua confiança e tenta levar o Brasil para uma recessão econômica.
De acordo com Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, Lula e ministros de seu governo parecem ter depositado no presidente do Banco Central disposição para dialogar e participar de um esforço conjunto para que o Brasil supere os problemas econômicos.
O governo avalia que eles não têm responsabilidade sobre o déficit fiscal e a inflação, que impulsionam as taxas de juros. E mereceria um voto de confiança em seu compromisso de levar o rombo para 1% neste ano, e de zerá-lo em 2024.
Após o BC manter a taxa de juros em 13,75% e endurecer o discurso, sinalizando que a Selic deve ficar alta por mais tempo, o BC estaria dificultando a recuperação do crédito e a atividade econômica no país, e colocando o Brasil na rota da recessão.
Lula e o governo acreditam que os alertas feitos pelo Copom foram muito além do que seria necessário. E passaram a desconfiar da atuação de Roberto Campos, indicado ao cargo por Jair Bolsonaro (PL) para um mandato de quatro anos.
Nesta semana, o petista realizou críticas ao Banco Central e sinalizou que pode reverter a independência da autoridade monetária com o fim do mandato de Campos Neto em dezembro de 2024.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.