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profissionalizacao da arbitragem
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) projeta lançar entre outubro e novembro o novo ranking oficial de árbitros, que servirá de base para as escalas das partidas da Série A do Campeonato Brasileiro. O desempenho dos profissionais será avaliado a partir de três critérios: análise do observador de campo, do analista de vídeo e do analista de VAR. A medida é parte de um plano mais amplo de profissionalização da arbitragem, que deve ter início efetivo em 2026.
O novo modelo prevê que a arbitragem brasileira passe por uma reestruturação completa, com a formação de um primeiro bloco de árbitros com dedicação exclusiva. Atualmente, os árbitros brasileiros não têm vínculo empregatício com a CBF e são remunerados por jogo. Os que atuam com frequência na Série A recebem, em média, R$ 15 mil por mês — valor considerado baixo para um regime profissional integral.
De acordo com as informações do jornalista Raphael Zarko, do ge.globo, o projeto já está em andamento com ações práticas. Nesta semana, a CBF reuniu 64 árbitros e assistentes da Série A, entre juízes, bandeirinhas e operadores de VAR, para uma espécie de intertemporada no Clube da Aeronáutica, no Rio de Janeiro. A ideia é que, em 2026, esses encontros se tornem permanentes por até dois meses, em um regime de treinamentos, estudos e avaliações diárias, similar ao de clubes profissionais.

Foto: Rafael Ribeiro/CBF
"Nosso trabalho é dar condições para o árbitro viver exclusivamente da arbitragem. Hoje, muitos ainda têm outra profissão, especialmente nas Séries B e C. Queremos árbitros dedicados 100% ao ofício", afirmou Rodrigo Cintra, coordenador da Comissão de Arbitragem da CBF, ao ge.
Cintra também destacou que o projeto, apresentado em fevereiro, ganhou total respaldo do presidente da CBF, Samir Xaud, e já está em curso por meio de iniciativas pontuais.
Como parte do controle técnico e físico, a CBF distribuiu 30 coletes da marca Catapult — tecnologia usada em clubes para monitoramento de performance — aos árbitros da Série A. O objetivo é acompanhar o preparo físico dos profissionais, que chegam a percorrer 10 a 12 quilômetros por partida (assistentes correm cerca da metade).
Além disso, a entidade fechou parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora para analisar estatísticas e desempenho de 957 profissionais da arbitragem no Brasil, sendo 736 deles árbitros centrais ou assistentes. O projeto inclui o uso de smartwatches para medir desempenho físico e acompanhamento por instrutores regionais designados pelas federações estaduais.
Um dos exemplos do impacto do programa foi a recente transformação física do árbitro Anderson Daronco, que perdeu 8 kg em quatro semanas com treinos intensos de bicicleta ergométrica.
A expectativa da CBF é de que, até o final de 2026, o futebol brasileiro conte com um grupo de árbitros profissionalizados, com rotina de treinos, avaliações físicas e suporte científico contínuo, elevando o nível da arbitragem nacional.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Grave erro histórico".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao criticar o mecanismo das emendas impositivas, um dos tipos de transferências de verbas federais feitas por parlamentares aos estados e municípios. Em declaração dada nesta quinta-feira (4), o petista definiu o modelo como uma "grave erro histórico", mas negou que o governo tenha um "problema" com o Congresso Nacional".