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producao de ovos
A pecuária baiana atingiu um marco histórico em 2024, registrando os maiores números dos últimos 50 anos na criação de gado e na produção de ovos. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), e apresentados a representantes de órgãos e instituições ligadas ao agronegócio baiano.
Segundo a pesquisa, o rebanho bovino da Bahia chegou a 13,7 milhões de cabeças, enquanto a produção de ovos de galinha alcançou 127,7 milhões de dúzias — ambos os maiores volumes já registrados no estado em meio século.
“Os números demonstram o grande potencial que a Bahia possui para a pecuária. Temos condições favoráveis, como vasta extensão territorial, crescimento na produção de grãos, chegada de novas empresas e políticas públicas voltadas ao setor”, afirmou o secretário estadual da Agricultura, Pablo Barrozo.
A apresentação dos dados ocorreu durante reunião na sede da Secretaria da Agricultura (Seagri), nesta segunda-feira (22). O levantamento do IBGE indica que, pelo quarto ano consecutivo, a Bahia apresentou crescimento na bovinocultura, com um aumento de 3,5% em relação ao ano anterior. O estado teve o segundo maior crescimento absoluto do país, com um acréscimo de 455,8 mil cabeças em comparação a 2023.
Atualmente, a Bahia ocupa a 7ª posição no ranking nacional de criação de bovinos, com participação de 5,7% no rebanho brasileiro. O município de Santa Rita de Cássia lidera o ranking estadual, com 202,8 mil animais, seguido por Itamaraju (183,3 mil) e Itanhém (183 mil).
Já a produção de ovos de galinha cresceu pelo quinto ano consecutivo, com aumento de 4,2% em relação a 2023 — um acréscimo de 5,2 milhões de dúzias. O município de Eunápolis lidera a produção no estado, com 27 milhões de dúzias e crescimento de 11,5% no ano. Completam o top 3 os municípios de Barreiras (13,8 milhões) e Entre Rios (8,6 milhões de dúzias).
A coordenadora de Política Agrícola da Seagri, Kátia Correia Lima, destacou a importância da reunião para alinhar a divulgação dos dados e reforçar a atuação conjunta das instituições. “Esse encontro foi fundamental para compartilhar informações e ampliar a base de informantes em todo o estado”, afirmou.
O coordenador de Contas Regionais da Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia (SEI-BA), João Paulo Caetano, ressaltou o peso crescente do setor pecuário - incluindo também as produções de ovinos, caprinos e suínos, dentre outros - no desempenho econômico estadual. “A pecuária representa hoje entre 25% e 30% do PIB do agronegócio baiano. O agro como um todo responde por mais da metade dos 8 bilhões de dólares que a Bahia exporta anualmente, sendo essencial na geração de emprego e renda”, afirmou.
Segundo Luís Alberto Pacheco, supervisor de Agropecuária do IBGE na Bahia, o crescimento do setor está diretamente relacionado à produção de grãos no estado. “Grande parte da pecuária, especialmente a de frangos e suínos, depende da disponibilidade de grãos para ração — e a Bahia tem se destacado nesse aspecto”, explicou.
A reunião contou com a presença de representantes da Seagri, SEI-BA, Adab, SDR, Mapa, Conab, Faeb/Senar e Sebrae-BA, reforçando o compromisso institucional com o desenvolvimento do setor agropecuário baiano.
A produção de ovos de galinha na Bahia cresceu pelo quarto ano consecutivo, considerando o período 2022–2023. No ano passado, o estado produziu 122,6 milhões de dúzias de ovos, novo recorde desde o início da série histórica da PPM [Pesquisa da Pecuária Municipal], em 1974. Com o resultado, a Bahia apresentou aumento de 1,3% ou mais 1,6 milhão de dúzias ante período anterior.
Eunápolis, na Costa do Descobrimento, foi o maior produtor de ovos de galinha em 2023, com 24,2 milhões de dúzias. Barreiras (13,9 milhões de dúzias) e Entre Rios (10 milhões de dúzias) ocuparam o segundo e terceiro lugar, respectivamente. Frente a 2021, Eunápolis teve o maior aumento absoluto na produção de ovos, de 23,2 milhões para 24,2 milhões de dúzias (+4,2%).
Conforme o IBGE, a Bahia é apenas o 11º maior produtor de ovos de galinha no Brasil, e representa 2,5% das 5 bilhões de dúzias produzidas no país em 2023. Em 2022, o valor da produção de ovos na Bahia também cresceu 11,3%, chegando a R$ 815,6 milhões.
A produção de ovos contrasta com a queda no efetivo de galináceos [frango de corte e galinha poedeira] pelo segundo ano seguido no estado. De um ano para o outro, o número de animais caiu 7,7%, de 49,7 milhões para 45,8 milhões, o que representou menos 3,8 milhões de cabeças em um ano.
A baixa no número de galináceos em 2023 ocorreu tanto no efetivo destinado ao abate, que passou de 41,9 milhões para 38,2 milhões (-8,9%), quanto no número de poedeiras, que passou de 7,7 milhões para 7,6 milhões (-1,3%).
Mesmo com o resultado negativo, a Bahia segue com o 8º maior efetivo do país, respondendo por 2,9% do total nacional, que foi de 1,6 bilhão de cabeças (+0,6% em relação a 2022).
Em 2023, barreiras, no Oeste, registrou 6,5 milhões de galináceos, seguiu com o maior plantel do estado. Luís Eduardo Magalhães, na mesma região, ficou em segundo, com 3,2 milhões. O município ultrapassou Conceição da Feira, no Portal do Sertão, que registrou 3,1 milhões e caiu para o 3º lugar.
De 2022 para 2023, Eunápolis teve a maior queda no número de galináceos no estado (-53,1%), de 2,6 milhões para 1,2 milhão, e passou de 5º a 10º maior plantel.
A produção de ovos de galinha na Bahia durante o 2º trimestre de 2024 teve o seu melhor resultado na série histórica do IBGE, iniciada há 23 anos, em 2001. Entre abril e junho, foram produzidas 22,386 milhões de dúzias no estado.
O dado representa um crescimento de 7,5% frente ao 2º trimestre do ano passado (20,818 milhões de dúzias) e de 13,8% em relação ao 1º trimestre de 2024 (19,673 milhões de dúzias).
No Brasil como um todo, a produção de ovos de galinha no 2º trimestre também foi recorde na série histórica da pesquisa, iniciada em 1987. No período, foram produzidas 1,161 bilhão de dúzias, número que fica 9,8% acima do mesmo trimestre no ano passado (1,058 bilhão de dúzias) e é 5,6% superior ao 1º trimestre deste ano (1,100 bilhão de dúzias).
São Paulo segue como maior produtor de ovos do país, com 26,3% do total nacional no 2º trimestre de 2024. A Bahia está no 12º lugar, com 1,9%.
Já no 2º trimestre de 2024, foram abatidas 341.653 cabeças de bovino na Bahia, o que representou um crescimento de 17,3% frente ao 2º trimestre de 2023 (291.334 cabeças) e de 6,1% em relação ao 1º trimestre deste ano (322.043 cabeças).
O número de bovinos abatidos na Bahia, entre abril e junho, foi o maior para o período em 10 anos, desde o 2º trimestre de 2014 (350.328 cabeças).
No Brasil, no 2º trimestre de 2024, foram abatidas 9,960 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo inspeção sanitária. O número também foi recorde na série histórica do IBGE, iniciada em 1997, sendo 6,7% superior ao do trimestre imediatamente anterior (9,338 milhões) e 17,5% maior do que o do 2º trimestre de 2023 (8,478 milhões).
A Bahia se tornou o 10º maior produtor de carne bovina do país, com 3,4% do abate nacional. Mato Grosso continua liderando, com 18,4% de participação no 2º trimestre de 2024.
ABATE DE SUÍNOS
Na Bahia, foram abatidos 73.059 suínos no 2º trimestre de 2024. Este número representa um forte crescimento de 17,3% frente ao mesmo trimestre de 2023 (62.260 animais) e uma leve variação positiva de 0,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior (72.962 animais).
Em todo o Brasil, o abate de suínos teve o seu melhor 2º trimestre da série histórica do IBGE, iniciada em 1997. No país, foram abatidos 14,567 milhões de animais, o que representou um crescimento de 3,9% frente ao trimestre imediatamente anterior (14,019 milhões de animais) e de 2,5% frente ao mesmo trimestre de 2023 (14,209 milhões de animais).
A Bahia é o 10º maior produtor de suínos do país, responsável por 0,5% do abate nacional. O estado que lidera é Santa Catarina, com 29,1% do total.
ABATE DE FRANGOS
Entre abril e junho de 2024, o abate de frangos na Bahia foi de 31.770.367 animais, mostrando crescimento de 0,6% frente ao 2º trimestre de 2023 (31.582.001), mas leve oscilação negativa de 0,1% em relação ao 1º trimestre deste ano (31.791.081).
Em todo o Brasil, por sua vez, o abate de frangos teve o seu melhor resultado para um 2º trimestre na série histórica do IBGE, iniciada em 1997. No período, foram abatidos 1,610 bilhões de animais. O número é 1,0% superior ao do trimestre imediatamente anterior (1,594 bilhão) e 3,2% maior que o do 2º trimestre de 2023 (1,559 bilhão).
A Bahia tem o 9º maior abate de frangos do Brasil, respondendo por 2,0% do total. O Paraná lidera, com 35,1% do abate nacional.
A produção de ovos na Bahia entre janeiro e março de 2023 foi a maior em comparação ao 1º trimestre dos últimos 36 anos. Foi registrada uma produção 20,1 milhões de dúzias de ovos pela série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada desde 1987.
Este número representa 4,1% a mais do 1º trimestre de 2022, quando foram produzidas 19,3 milhões de dúzia, e 0,6% superior a o trimestre anterior, entre outubro e dezembro de 2022, que registrou 20 milhões de dúzias produzidas.
O mesmo levantamento também apontou um crescimento no número de abate de bovinos comparando este trimestre com o primeiro do ano passado. No entanto, uma queda em comparação ao trimestre anterior.
No 1º trimestre de 2023 foram abatidas 256.709 cabeças de bovino na Bahia, 5,7% a menos que o trimestre anterior, que registrou um abate de 272.269 cabeças, e 10% a mais que o 1º trimestre do ano passado, que registrou 233.466 cabeças abatidas.
Quanto à produção de leite, a aquisição de leite cru na Bahia foi de 140,9 milhões de litros no 1º trimestre de 2023, representando um crescimento de 3,8% em relação ao trimestre anterior, cuja produção foi de 135,8 milhões de litros. Em relação ao 1º trimestre de 2022, o número ficou 9,9% abaixo. Naquele período foram produzidos 156,4 milhões de litros.
O abate de frangos na Bahia entre janeiro e março de 2023 foi de 33.820.651 animais, o que representou uma queda de 4,9% em relação ao 4º trimestre de 2022, quando foram abatidos 35.557.181 frangos, e de 5,7% em relação ao recorde registrado no 1º trimestre do ano passado, de 35.870.125 aves.
O abate de suínos na Bahia também caiu no 1º trimestre de 2023, ficando em 67.855 animais, 17,3% inferior ao recorde para o estado, registrado no 4º trimestre de 2022, um total de 82.060 abates, e 5,7% abaixo do 1º trimestre do ano passado, quando teve 71.937.
No Brasil
No Brasil o número também foi recorde para um 1º trimestre. A produção foi de 1,021 bilhão de dúzias de ovos de galinha, número que representa 2,6% acima do 1º trimestre de 2022, quando foram registrados 994,9 milhões, mas 2,8% abaixo do trimestre anterior, que registrou 1,050 bilhão de dúzias.
No ranking nacional dos estados que mais produziram, a Bahia ficou em 11º, com 2% do produzido em todo o país. O estado de São Paulo continua sendo o maior produtor de ovos no Brasil, com 26,2% do total.
Sobre o abate de bovinos, no 1º trimestre do ano passado foram abatidas 7,344 milhões de cabeças sob algum tipo de inspeção sanitária. Quantidade 2,7% menor que o trimestre anterior, quando foram registrados 7,544 milhões, porém 4,8% superior à do 1º trimestre de 2022, que marcou 7,011 milhões de abates.
A Bahia é o 11º maior produtor de carne bovina do país, representando 3,5% do abate nacional. Mato Grosso continua liderando, com 16,4% de participação no 1º trimestre deste ano.
A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária no Brasil foi de 5,883 bilhões de litros no 1º trimestre de 2023. Uma de 6,9% frente ao trimestre imediatamente anterior (6,316 bilhões) e de 1,2% em relação ao 1º trimestre de 2022 (5,954 bilhões).
A Bahia é o sétimo maior produtor de leite do Brasil, representando, no 1º trimestre de 2023, por 2,4% do leite adquirido no país. Minas Gerais segue liderando, com 24,4%.
Quanto aos abates de frango, houve um recorde no Brasil neste 1º trimestre, com 1,602 bilhão de animais abatidos. O número é 2,3% superior ao do trimestre imediatamente anterior (1,565 bilhão) e 4,9% maior que o do mesmo período de 2022 (1,527 bilhão).
O estado baiano é o 9º maior produtor do Brasil, com 2,1% dos frangos abatidos no país. O Paraná lidera, com 34,1% do total nacional.
Em todo o Brasil, no 1º trimestre de 2023, foram abatidos 14,160 milhões de suínos, o melhor resultado do país para um 1º trimestre na série histórica. O número representa um aumento de 1,2% frente ao trimestre imediatamente anterior (13,990 milhões) e de 3,2% frente ao mesmo trimestre de 2022 (13,716 milhões).
A Bahia é o 10º maior produtor de suínos do país, responsável por 0,5% do abate nacional. O estado que lidera é Santa Catarina, com 29,9% do total.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Grave erro histórico".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao criticar o mecanismo das emendas impositivas, um dos tipos de transferências de verbas federais feitas por parlamentares aos estados e municípios. Em declaração dada nesta quinta-feira (4), o petista definiu o modelo como uma "grave erro histórico", mas negou que o governo tenha um "problema" com o Congresso Nacional".