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processo judicial
Luiza Brunet, ex-modelo, move processo de indenização contra o empresário bilionário Lírio Parisotto após ter sofrido violência doméstica que resultou em quatro costelas quebradas e hematoma no olho. A ação judicial, iniciada após a agressão ocorrida em 2016, solicita R$ 1 milhão como compensação por danos financeiros e psicológicos.
O caso tramita na Justiça, onde Parisotto já foi condenado em primeira instância pela agressão contra a ex-companheira. Um laudo pericial contábil foi solicitado para avaliar o valor da indenização pleiteada.
Em sua argumentação judicial, Brunet afirmou que o empresário teria violentado não apenas seu corpo e alma, mas também a "marca Luiza Brunet". A defesa de Parisotto contestou as alegações, argumentando que a ex-modelo não apresentou documentação que comprovasse despesas médicas, tratamentos psiquiátricos ou perdas contratuais decorrentes do incidente.
Em fevereiro de 2025, após mais de um ano do início da ação, o processo entrou em fase crucial com a realização de perícia técnica. O documento judicial acumula aproximadamente 3 mil páginas.
Ambas as partes indicaram assistentes técnicos para auxiliar no trabalho pericial. A empresa contratada por Brunet formulou dez questionamentos ao perito judicial, focando nos rendimentos da ex-modelo antes da agressão para esclarecer os impactos financeiros do episódio em sua vida profissional.
O assistente técnico de Parisotto solicitou que o perito examinasse as atividades contratuais de Brunet, seus ganhos, declarações de imposto de renda, possíveis perdas de contratos e outros aspectos relacionados à sua vida profissional.
Em novembro de 2024, a perita oficial do caso solicitou que Brunet apresentasse diversos documentos para fundamentar a análise. Entre os itens requisitados estão contratos que comprovem seus rendimentos antes e depois da agressão, recibos, notas fiscais e comprovantes de gastos com medicamentos, procedimentos e consultas médicas. Também foram solicitados seu histórico profissional e declarações de impostos.
Brunet informou nos autos do processo que já iniciou os procedimentos necessários para reunir e apresentar a documentação que pode comprovar seu direito à indenização solicitada.
Fernanda Tripode, advogada de Dado Dolabella, negou ter coagido Marcela Tomaszewski a não registrar queixa contra o ator. A profissional divulgou nota nessa segunda-feira (27) afirmando estar na Itália há mais de um mês e que tomou conhecimento do caso apenas pela mídia.
A advogada contestou as alegações feitas por Diego Cândido, representante legal de Marcela, Miss Gramado. Tripode classificou as acusações de coação como falsas e anunciou que não representará Dolabella neste caso específico.
"Encontro-me na Itália há mais de um mês, onde tomei conhecimento, unicamente por meio da mídia, dos fatos envolvendo o Sr. Carlos Eduardo Dolabella", afirmou Tripode na nota. A advogada descreveu as acusações de coação como "absolutamente inverídica e desprovida de qualquer fundamento".
A decisão de não atuar no caso foi tomada considerando as acusações contra ela e as "informações conflitantes apresentadas pelo casal", conforme explicou a advogada. Tripode ressaltou que todos os registros e comunicações relacionados ao episódio estão arquivados e poderão ser utilizados para medidas legais, se necessário.
O caso ganhou repercussão após Diego Cândido, advogado da Miss Gramado, alegar que houve tentativa de coação para que sua cliente não prestasse queixa contra o ator, cujo nome completo é Carlos Eduardo Dolabella.
Daniel Brandão, atual advogado de Dado, quando procurado pelo portal Splash, disse que "não houve agressão" e afirmou desconhecer que Marcela tenha um representante legal. "Entendo que isso é um assunto de casal e não de 'tribunal da internet' quando sem ouvir as partes já decidem por condenar alguém", declarou Brandão.
Até o momento, não há informações sobre se Marcela formalizará uma queixa contra Dado, nem sobre os próximos desdobramentos legais do caso."
O cantor Zezé Di Camargo obteve vitória judicial em processo movido contra o Facebook após ter sua imagem e voz manipuladas por inteligência artificial em vídeos falsos compartilhados no Instagram. A decisão favorável ao artista foi proferida no início de outubro de 2025, determinando a remoção definitiva do conteúdo fraudulento das plataformas.
O sertanejo iniciou a ação judicial em setembro deste ano quando identificou diversos perfis no Instagram compartilhando um vídeo manipulado por IA. No material, sua imagem e voz foram utilizadas sem autorização para simular um posicionamento político a favor do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A informação sobre a vitória judicial foi revelada pela coluna Fábia Oliveira. O julgamento ocorreu de forma antecipada, sem seguir o rito processual completo normalmente aplicado pelo Judiciário brasileiro.
Na decisão, o magistrado considerou que o uso não autorizado da imagem do cantor para disseminar discurso político inverídico poderia comprometer sua credibilidade junto ao público. O juiz também determinou que o Facebook, como mantenedor do Instagram, forneça dados para identificação dos responsáveis pela criação e disseminação do conteúdo fraudulento.
Matheus Pupo e João Mazzieiro, advogados de Zezé Di Camargo, declararam à coluna Fábia Oliveira que "o uso de inteligência artificial para manipulação de imagens e vídeos (deepfake) é conduta ilícita e será sempre combatida pelo artista". A equipe jurídica também informou que "o Instagram foi compelido, por ordem judicial, a fornecer dados para identificação dos responsáveis pelas publicações, que responderão nas esferas cível e criminal".
Com a identificação dos responsáveis pelo uso indevido de sua imagem e voz, o cantor poderá iniciar processos individuais nas esferas cível e criminal contra os envolvidos. O caso de Zezé Di Camargo destaca os desafios jurídicos relacionados ao uso de tecnologias de IA para criar deepfakes com conteúdo político falso.
O vereador e presidente da Câmara Municipal de Ubaíra, no Vale do Jiquriçá, Antônio dos Santos Souza, popularmente conhecido como Toinho do Ônibus (Solidariedade), negou e repudiou as acusações de assédio sexual levadas a plenário durante a sessão da última sexta-feira (13). Na resposta, o político alega que vai procurar medidas judicais e se descreve como um "homem simples, trabalhador e oriundo da comunidade do Alto da Lagoinha".
Em uma nota oficial enviada ao Bahia Notícias, o político classifica as acusações como "infundadas e inverídicas". Ele afirma sua trajetória de mais de vinte anos de vida pública e quatro mandatos eletivos, afirmando que sempre conduziu sua atuação política com seriedade, respeito e ética, pautando-se pelo compromisso com o interesse coletivo.
O parlamentar lamentou que "adversários políticos" recorram a "artifícios vis para obter projeção pessoal", o que, segundo ele, fere os princípios democráticos que regem a atuação parlamentar.
Toinho do Ônibus informa que, diante da gravidade dos fatos e da necessidade de preservar sua reputação, medidas judiciais cabíveis já estão sendo tomadas. Ele ressalta que "denunciação caluniosa". No comunicado, o vereador se descreve como um "homem simples, trabalhador e oriundo da comunidade do Alto da Lagoinha".
RELEMBRE O CASO
A denúncia de assédio sexual contra Toinho do Ônibus ganhou repercussão após a sobrinha da vereadora denunciante afirmar que outras mulheres teriam relatado abordagens indevidas atribuídas ao presidente da Câmara.
"Deus vai ajudar que a justiça seja feita! [...] eu só quero justiça que eu sou mulher e sou mãe. Ele não pode continuar no cargo. Outras pessoas já relataram comportamentos semelhantes após a denúncia”, declara a mulher em vídeo nas redes sociais.
Veja a acusação em vídeo:
VÍDEO: Presidente da Câmara de Ubaíra é acusado de assédio contra filha de vereador da cidade
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) June 14, 2025
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Leia na íntegra a nota resposta do vereador do político:
"O vereador e presidente da Câmara Municipal de Ubaíra, Antonio dos Santos Souza, popularmente conhecido como Toinho do Ônibus, vem a público repudiar veementemente as acusações infundadas e inverídicas levadas a plenário durante a sessão ordinária realizada no último dia 13 de junho.
Com uma trajetória de mais de vinte anos de vida pública e quatro mandatos eletivos, Toinho sempre conduziu sua atuação política com seriedade, respeito e ética, pautando-se pelo compromisso com o interesse coletivo.
Desta forma, é profundamente lamentável que adversários políticos recorram a artifícios vis para obter projeção pessoal, ferindo, inclusive, os princípios democráticos que regem a atuação parlamentar.
Cabe ressaltar que a denunciação caluniosa constitui crime tipificado no Código Penal Brasileiro, conforme estabelece o artigo 339, sendo passível de responsabilização civil e criminal. Diante da gravidade dos fatos e da necessidade de preservar sua reputação, o vereador informa que medidas judiciais cabíveis já estão sendo tomadas para assegurar a reparação de sua honra e imagem pública.
Homem simples, trabalhador e oriundo da comunidade do Alto da Lagoinha, Toinho reitera sua confiança na justiça e reafirma o compromisso assumido com o povo de Ubaíra de legislar com responsabilidade, escutando a população e promovendo ações para melhorar a vida de todos", diz em nota
Uma recente decisão da Justiça trouxe novos desdobramentos na disputa territorial na Mata de São João, na Linha Verde, litoral norte da Bahia. A decisão determina a suspensão do processo administrativo conduzido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para demarcação do território em benefício da Associação dos Remanescentes do Quilombo Riacho Santo Antônio — Jitaí.
Questionado pelo Bahia Notícias, o Incra confirmou que, devido à decisão judicial, o processo de regularização fundiária segue suspenso parcialmente até que tenha novas atualizações.
“A comunidade quilombola Santo Antônio de Jitaí, em Mata de São João, possui processo de regularização fundiária aberto junto ao Incra. No entanto, os trabalhos de regularização fundiária foram suspensos devido à decisão judicial de 10 de outubro de 2024, sob pena de multa diária a ser aplicada a esta instituição”, confirma o órgão.
A região vive um cenário complexo de disputa territorial, com uma forte dependência turística como motor econômico para muitos moradores. Próxima à comunidade que busca o título garantido de propriedade quilombola, há uma extensa fazenda que cerca a região, em confronto direto com uma área privada.
“Nesse contexto, embora a FCP tenha emitido uma certidão de autodefinição como remanescente de quilombo em favor da Comunidade Riacho Santo Antônio – Jitaí, este ato administrativo pode ser invalidado, desde que os demandantes comprovem os atos constitutivos do seu direito”, revela a decisão.
Contudo, longe do conflito direto entre os moradores autodeclarados quilombolas e o senhor Paulo Roberto, proprietário de terras na região, fica uma vila próxima à costa chamada de Vila do Santo Antônio, que alega que os grupo da Associação Jitaí não tem validade.
ENTENDA O CASO
Os moradores das terras chamadas de Riacho do Santo Antonio vivem como uma comunidade simples com algumas famílias, os líderes desse grupo se autodeclararam um quilombo, sendo reconhecido pela Fundação Palmares (FCP) ainda em 2022. Esse grupo de moradores vivem representados pela Associação Jitaí.
Imagem interna da vila do Riacho do Santo Antonio do Jitaí | Foto: Reprodução / Sheila Brasileiro
Desde 2009, a região e as terras que rodeiam a comunidade são palco de conflitos diretos com o fazendeiro Paulo Roberto Souza. Ao Bahia Notícias, o grupo autodeclarado quilombola alega que esse fazendeiro deseja a expulsão e alegam receber ameças e retaliações do fazendeiro.
“Essa área é herança de minha avó. Somos quilombolas. Nós estamos aqui há muitos anos, mais de 100 anos, trabalhando, cuidando dos coqueiros. Nós temos provas disso. E agora eles querem tomar nossas terras da gente”, afirmou o morador Valmir de Oliveira na ocasião da disputa.
Ainda em 2009 a disputa foi levada aos tribunais com uma intensa troca de acusações. O fazendeiro alega que membros do grupo desmataram uma área próxima, e as lideranças e moradores do quilombo afirmam receber ameaças inclusive de agentes do estado como a polícia, como revelou o portal The Intercept.
Imagem da entrada da Vila Santo Antonio | Foto: Reprodução / Amasa
A menos de 4 km do conflito tem a Vila Santo Antônio, embora pouco conhecida, é cercada por destinos turísticos populares. Os moradores locais alegam que a reivindicação de território quilombola é uma tentativa fraudulenta de uma família que, ao longo da vida, teve pouco ou nenhum vínculo com a cultura e as tradições quilombolas.
“Não temos lado. Defendemos a causa quilombola, sabemos que é uma causa nobre. Uma reparação de um erro histórico. Não estamos nem do lado deles nem do lado do fazendeiro, queremos viver em paz”, explica a direção da a organização civil da Associação de Moradores de Vila Santo Antônio.
O curioso é que o Bahia Notícias procurou todos os citados ao longo da apuração e, como revelam os diretores da Amasa, os moradores têm uma relação próxima e até mesmo familiar com o grupo autodeclarado quilombola. Contudo a Vila de Santo Antônio já chegou a fazer manifestação como não quilombola.
Cartaz ao lado da Daise Silve, vice-presidente da associação de moradores local | Foto: Divulgação / Amasa
Para Tomaz Batista, um pescador e proprietário de um restaurante local, a revindicação seria uma mentira. A questão é que o grupo não seria quilombola, Tomas afirma que a história de sua família não tem nenhuma ligação com quilombos.
Tomaz Batista ao lado de seu empreendimento na região | Foto: Divulgação / Amasa
“Minha irmã não era quilombola, meu pai não era quilombola, eles não são filhos de quilombolas. Como agora eles se naturalizaram quilombolas? Essa região nunca foi quilombo e ninguém aqui pensava, nem falava de quilombo antes de começarem com essa história”, relata Batista, de 72 anos, que viveu toda sua vida na vila.
A liderança do grupo autodeclarado, apesar de não ter nascido nem crescido no local, reivindica a certificação quilombola da área muito maior da região. Como o líder Valmir Oliveira, que a maioria de sua vida em Candeias, na região metropolitana de Salvador, ocuparam uma pequena área de terras denominada Sítio Santo Antônio após a morte de dois tios.
Para o presidente da Associação de Moradores de Vila Santo Antônio (Amasa) Jeferson Costa, o grupo seria um “falso quilombo” e estariam usando os moradores da Vila de maneira inapropriada no pedido para o Incra.
Ao Bahia Notícias, os moradores da Vila do Santo Antônio alegam que o grupo foi a Vila pedindo histórias da região a moradores mais velhos alegando serem quilombolas, bem como ter tirado fotos deles sem consentimento.
“O Valmir escolheu algumas pessoas, eles apontaram com quem falar. E não a maioria das pessoas, posso te apontar vários moradores que não se identificam como quilombolas. Nossa briga é com um falso quilombo, que usa uma causa nobre, criando mais problemas na região”, conta o presidente Jeferson Costa
A contradição nas narrativas da liderança do grupo é um ponto de conflito para os moradores próximos, sendo considerado durante o processo. Ambos se declaram lavradores, apesar de registros apontarem que Valmir é comerciante e proprietário de uma empresa de serviços de internet.
O Riacho do Santo Antônio sendo observado por cima | Foto: Divulgação / Google Maps
Imagens de satélite reforçam o questionamento sobre o nível de atividade produtiva no Riacho do Santo Antônio, questionando a autenticidade das reivindicações. A organização civil da Amasa se posiciona contra a tentativa de reconhecimento quilombola, destacando que a comunidade nunca foi consultada por órgãos públicos sobre o assunto.
Moradores ao lado do cartaz alegando não serem quilombolas | Foto: Divulgação / Amasa
Para a Daise Silva, vice-presidente da Amasa, o pedido para o Incra é uma ameaça aos moradores da Vila e expressa a preocupação dos moradores da Vila pela ausência de contato com os órgãos.
“Nós, enquanto Associação, nunca fomos ouvidos por nenhum órgão. Estamos muito preocupados porque nós não sabemos o que pode acontecer. Temos medo de sermos afetados por algo que não fazemos parte e nem acreditamos que eles façam parte, porque aqui nunca existiu quilombo”.
A principal fonte de renda da vila é o turismo, e os moradores temem que a regulamentação da área como território quilombola possa prejudicar essa atividade, essencial para a economia local. Para a associação, a regularização fundiária proposta pelo grupo representa um retrocesso histórico e cultural. E o contato com o grupo se tornou muito mais difícil.
“Nós ouvimos o lado deles, mas vimos que as informações deles não têm fundamento nenhum. No processo, teriam sido dadas formas de solucionar a questão, mas eles não querem, se apegam à ambição de ter muito mais. Tentamos por várias vezes resolver a questão com eles”, conta o presidente da associação.
A disputa de terras da região causa temor na Vila Santo Antônio. Caso o processo passe pela regularização, os moradores da vila ficariam com os processos travados na justiça, afetando diretamente o turismo.
VERSÃO DO FAZENDEIRO
O Bahia Notícias procurou ouvir o fazendeiro Paulo Roberto da chamada, proprietário para das Fazendas Riacho das Flores, Rosarinho e Bosque do Arakem. Seu advogado, Marcelo Valois nega veementemente as acusações de grilagem e violência contra a comunidade quilombola, argumentando que tais acusações são falsas e sem fundamento.
"Não há nenhum histórico que aponte ou confirme as informações falsamente disseminadas em desfavor do Sr. Paulo. Desafiamos que, além da acusação, apresentem provas que as sustentem", sustenta o jurista em entrevista ao Bahia Notícias.
O advogado levanta dúvidas sobre a autenticidade da autodeclaração da comunidade como quilombola, questionando a existência de uma tradição histórica de ocupação da terra e a prática de atividades típicas de comunidades quilombolas pelos membros do grupo.
"A grande maioria da comunidade não exerce qualquer atividade típica e caracterizadora de uma comunidade tradicional, tampouco lá residem", conclui o advogado.
E além disso, o advogado concentra-se em descrever as ações da comunidade, especialmente de Domingos e Valmir [líderes do grupo], como invasões, desmatamentos e desrespeito a decisões judiciais. Segundo essa versão as intenções da comunidade eram se apoderar de terras que não lhes pertencem.
"Em março de 2009, quando Paulo Roberto sequer havia sido citado e ignorava a existência da usucapião, dois filhos de Germano – Domingos e Valmir -, impediram os trabalhadores de Paulo Roberto de reerguerem um trecho da cerca que delimitava o sítio da propriedade de Paulo Roberto e, semanas depois, além de impedirem a construção do trecho da cerca, promoveram desmatamento e avanço sobre a área de Paulo Roberto", diz o advogado.
“Eles incluíram a nossa vila nisso, pedindo uma área absurda. O tamanho é absurdo”, comenta o presidente da Associação em entrevista ao Bahia Notícias.
A legislação considera quilombolas os grupos étnico-raciais com trajetória histórica própria, relações territoriais específicas e presunção de ancestralidade negra relacionada à resistência à opressão histórica. E o caso do 'quilombo' do Riacho Santo Antônio é um exemplo de como a autodefinição registrada pelo estado por si não é o fator essencial do reconhecimento.
Trecho do Diário Oficial do Ministério do Turismo que o grupo se autodefiniu quilombola | Foto: Reprodução / DOU
A falta de vivência e preservação cultural por parte dos reivindicantes fragiliza sua posição do grupo. O assessoramento jurídico da comunidade aponta a ausência de elementos históricos e culturais que justifiquem o reconhecimento da área como quilombola.
Não há relatos históricos de resistência de povos tradicionais no território, nem evidências de preservação de cultura de ancestralidade, como religiosidade de matrizes africanas. A resolução desse conflito exigirá um exame cuidadoso das evidências e das reais tradições culturais da região, visando assegurar justiça e respeito aos direitos das partes envolvidas.
A situação é complexa e envolve aspectos históricos, culturais e econômicos. A comunidade local se mobiliza para ser ouvida e defender seu modo de vida e sustento, enquanto a reivindicação da família líder do grupo segue em trâmites federais.
O Bahia Notícias procurou diversas vezes as lideranças da Associação Jitaí e a organização do grupo autodeclarado quilombola, mas eles se recusaram a conceder a entrevista em diferentes ocasiões. O senhor Valmir Oliveira, alegou que responderá as acusações na justiça.
O cantor Leonardo está enfrentando mais um processo judicial na justiça. Após ser incluído na Lista Suja do Governo Federal por condições análogas à escravidão em uma de suas fazendas, ele foi alvo de uma ação movida por um fã, que pede uma indenização de R$ 560 mil nesta
A informação partiu da colunista Fábia Oliveira, a ação alega que Leonardo incentivou a violência durante um show realizado na cidade de Aruaña, em Goiânia, no dia 20 de julho. Conforme o processo, o fã estava presente na apresentação quando um homem não identificado assediou sua esposa, o que resultou em uma discussão que chamou a atenção do cantor.
Momento que acontece a briga em que um homem de chapéu que lhe deu um soco | Foto: Reprodução / Redes Sociais
O processo afirma que Leonardo, do palco, teria incentivado um espectador a "dar um tapa na orelha" do suposto assediador, o que culminou em uma briga generalizada. A confusão teria resultado no desmaio e sangramento do fã, que alega não ter recebido socorro, com Leonardo continuando o show.
Ainda segundo a ação, o fã só recuperou a consciência após ser levado à margem de um rio e foi posteriormente acusado de agredir uma mulher devido à virilização de um vídeo do incidente sem o devido contexto. A petição pede R$ 500 mil por danos morais e à imagem, além de R$ 60 mil por lesão corporal e omissão de socorro. O juiz já recebeu a petição.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Te afianço que vamos corrigir, tanto em cima como embaixo".
Disse o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), durante a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, indicando que a faixa de cobrança dos chamados “super-ricos”, que ganham acima de R$ 600 mil, precisaria ser retificada a cada ano.