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poliomelite
Sem as famosas gotinhas que popularizaram a campanha de vacinação no Brasil, o esquema vacinal contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, entra em vigor a partir de 2025. As gotinhas foram oficialmente apresentadas em novembro do ano passado e assim, as crianças de 2 meses, 4 meses e 6 meses recebem exclusivamente a vacina injetável para a prevenção da doença, além do reforço vacinal aos 15 meses, sob o mesmo esquema.
A mudança, segundo o Ministério da Saúde, é baseada em evidências científicas e recomendações internacionais. Isso porque a vacina oral poliomielite (VOP) contém o vírus enfraquecido e, quando utilizada em meio a condições sanitárias ruins, pode levar a casos da doença derivados da vacina.
A substituição da dose oral pela injetável tem o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a Agência Brasil, a orientação é que a VOP seja utilizada apenas para controle de surtos. O Ministério da Saúde reforça que a vacinação é reconhecida como uma das estratégias mais eficazes para preservar a saúde da população e fortalecer uma sociedade saudável e resistente.
Calendário completo
O calendário nacional de vacinação contempla, na rotina dos serviços, 19 vacinas que protegem todos ciclos de vida, desde o nascimento até a idade mais avançada. Além da pólio, a lista de doenças imunopreveníveis inclui sarampo, rubéola, tétano e coqueluche. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é responsável por coordenar as campanhas anuais de vacinação, que têm como objetivo alcançar altas coberturas vacinais e garantir proteção individual e coletiva.
Confira (clique aqui.) os calendários completos de vacinação ofertados via Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.
A partir desta segunda-feira (4), o Ministério da Saúde substituirá ambas as doses de reforço com vacina oral poliomelite (VOP), conhecidas como ‘gotinha’, por uma dose de vacina inativada poliomelite (VIP). A mudança havia sido anunciada pela pasta no mês de setembro.
Conforme a pasta, a decisão foi tomada com base em critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina e recomendações internacionais para deixar o esquema vacinal mais seguro.
Antes da mudança, o esquema vacinal contemplava a administração de três doses da VIP, aos 2, 4 e 6 meses, além de duas doses de reforço com a VOP, aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Agora, com a gotinha deixando de ser utilizada, será necessária apenas uma dose de reforço com VIP, aos 15 meses.
O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS?
À CNN, o especialista Alfredo Gilio, Coordenador da Clínica de Imunização do Hospital Israelita Albert Einstein, informou que a mudança favorece crianças com alterações na imunidade, que “podem ter problemas” quando tomam vacinas como as VIP.
A substituição, segundo o especialista, também trará benefícios para pessoas com sistema imunológico comprometido e evitará contaminação por uma possível “variante vacinal” do vírus.
Segundo Gilio, quando é utilizada a variante oral de vacina com vírus vivo, ele é excretado pelas fezes. “Em um país como o Brasil, com baixa taxa de saneamento, esse vírus pode ser esparramado na comunidade”, afirmou o especialista.
FIM DO ZÉ GOTINHA?
O personagem ‘Zé Gotinha’, criado para incentivar a vacinação contra a poliomelite, e que fez parte da infância de milhões de brasileiros, em teoria deixaria de ter serventia com a remoção da “gotinha”. No entanto, o Ministério da Saúde afirmou que o personagem continuará existindo.
“O personagem entrou em campo também para alertar sobre a prevenção de outras doenças imunopreveníveis, como o sarampo. Portanto, ele continua trabalhando em prol da imunização”, afirmou o combinado divulgado pelo Ministério em setembro.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
João Roma
"Essa é uma suprema injustiça. Já estava sendo ventilada a todos e ninguém esperava diferente de personagens que ao invés de cumprir o seu papel de julgadores, têm sido personagens da política, justamente descumprindo o seu maior compromisso que é defender a Constituição".
Disse o ex-deputado federal e ex-ministro da Cidadania, João Roma, atualmente presidente estadual do PL ao comentar o impacto da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo eleitoral e os planos da legenda para 2026 na Bahia.