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picanha
“O povo vai voltar a comer a sua picanhazinha, a sua costela”. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (20) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante entrevista à Rádio Tupi. Lula explicou os fatores que levaram à alta no preço dos alimentos, e garantiu que haverá queda, principalmente na carne.
“O maior calor já feito na história desse país, muito fogo, e depois em alguns lugares, muita chuva, como no Rio Grande do Sul. Tudo isso tem interferência nos preços. Outra cosa que tivemos foi a gripe aviária nos Estados Unidos, e os Estados Unidos viraram importador do ovo brasileiro, o Vietnã, o Japão, o Brasil virou quase um supermercado do mundo. E não só queremos discutir com os empresários, nós queremos que eles exportem, mas não pode faltar para o povo brasileiro”, disse.
Lula disse que pretende realizar uma reunião com atacadistas para pensar em soluções para a queda no preço dos alimentos. Lula lembrou do projeto de reforma tributária aprovado recentemente pelo Congresso, que isenta a carne na cesta básica.
“Nós queremos baixar o preço dos alimentos. Na reforma tributária, a cesta básica é totalmente isenta de qualquer imposto, inclusive a carne, nós fizemos isso para baratear.
Agora, quando você tem momentos como esse que nós estamos vivendo, você não pode controlar do dia para a noite, mas o povo do Brasil pode ter certeza: nós vamos trazer os preços para baixo e as coisas ficarão mais acessíveis, porque se tem uma coisa que nós temos que cuidar com muito amor é a segurança alimentar”, disse o presidente.
Em outro momento da entrevista, Lula reclamou do preço do ovo, e criticou os produtores de alimentos por praticar preços altos mesmo com ganhos maiores na exportação, devido ao dólar alto.
“Eu sou uma pessoa que gosta de ovo. Eu muitas vezes prefiro um arrozinho com dois ovos fritos do que um bife, e eu sei que o ovo tá caro. Quando me disseram que o ovo estava R$ 40 a caixa com 30 ovos, é um absurdo, é um absurdo mesmo. E nós vamos ter que fazer reunião com atacadistas para discutir como podemos trazer isso para baixo, porque o fato de estar vendendo produto em dólar que está alto não significa que tem que colocar para os brasileiros o mesmo preço que exporta”, defendeu o presidente.
A alta crescente de preços dos produtos de alimentação e bebidas continua impulsionando a inflação, e está levando os índices oficiais a estourarem o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional. É o que revela o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), índicador que apresenta a prévia da inflação, e que foi divulgado nesta terça-feira (26) pelo IBGE.
Segundo o IPCA-15, a prévia da inflação de novembro apresentou alta de 0,62%, após o índice ter registrado 0,54% em outubro. O aumento entre um mês e outro foi de 0,08 ponto percentual.
No ano, o IPCA-15 já acumula alta de 4,35% e, nos últimos 12 meses, chegou a 4,77%. Esse resultado, que estourou o teto da meta para 2024 (4,5%), também ficou bem acima dos 4,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2023, a taxa di IPCA-15 foi de 0,33%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para a composição do indicador, oito tiveram alta em novembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Alimentação e bebidas (1,34% e 0,29 p.p.), grupo de maior peso no índice, que registrou aumento de preços pelo terceiro mês consecutivo. As demais variações ficaram entre o recuo de -0,01% de Educação e o aumento de 0,83% em Despesas Pessoais.
No grupo Alimentação e Bebidas (1,34%), alimentação no domicílio acelerou de 0,95% em outubro para 1,65% em novembro. Contribuíram para esse resultado os aumentos do óleo de soja (8,38%), do tomate (8,15%) e das carnes (7,54%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-11,86%), o ovo de galinha (-1,64%) e as frutas (-0,46%).
A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,66% para 0,57%, no mesmo período, em virtude da alta menos intensa da refeição (de 0,70% em outubro para 0,38% em novembro). Por sua vez, a variação do lanche aumentou de 0,76% para 0,78%.
Em relação aos índices regionais, todas as onze capitais pesquisadas pelo IBGE tiveram alta em novembro. A maior variação de preços foi observada em Recife (0,94%), por conta da alta da gasolina (6,34%) e da passagem aérea (21,12%). Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (0,25%).
A cidade de Salvador, apesar de ter tido um aumento na prévia da inflação em relação ao resultado de outubro, teve o segundo menor índice entre as capitais pesquisas. A capital baiana registrou 0,38% em novembro, acima dos 0,28% de outubro, mas abaixo da média nacional, de 0,62%.
No ano, a cidade de Salvador verificou um resultado de 3,99%, bem abaixo da média nacional, que foi de 4,35%. Nesse quesito, a capital da Bahia tem o terceiro melhor resultado entre as 11 capitais. Já no acumulado dos últimos 12 meses, Salvador registrou um índice de 4,46%, também abaixo da média nacional, que foi de 4,77%.
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Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.