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Um dos presos na operação da Polícia Federal (PF) que investiga os suspeitos de planejar a morte do presidente Lula, do seu vice, Geraldo Alckmin e do presidente STF, Alexandre de Moraes, o general Mário Fernandes possuía um supersalário na Câmara dos Deputados Federais, em Brasília.
Ele era lotado no gabinete do deputado e ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello. O general foi nomeado em março de 2023 em um “cargo de natureza especial” no gabinete de Pazuello, segundo reportagem do Metrópoles.
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A função, com código CNE 09, só poderia ser ocupada por pessoas com nível superior completo, tendo salario de R$ 15,6 mil, o segundo maior vencimento do tipo na câmara.
Fernandes ficou no cargo até março de 2024, após ser exonerado por Pazuello. Além de Fernandes, a Operação Contragolpe, da PF, prendeu o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo, o major Rafael Martins de Oliveira e o policial federal Wladimir Matos Soares.
Mário ainda era um dos “kids pretos”, militares da ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais. Denominados também de “forças especiais” (FE).
O então comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, foi comunicado previamente sobre a participação do ex-ministro da Saúde e atualmente deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ). Isso foi o que informou Pazuello à Justiça Militar.
Ao órgão, o deputado federal garantiu que “informou ao comandante do Exército, por telefone, no sábado, que iria ao passeio de moto no domingo, a convite do presidente".
A fala do ex-ministro está no processo que investigou se ele, então general da ativa, violou as regras do Exército ao participar de ato político.
Na gestão Bolsonaro, o processo havia sido colocado sob sigilo de 100 anos. Entretanto, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Controladoria-Geral da União (CGU) está derrubando sigilos impostos pela administração anterior e obrigando os órgãos públicos a prestar as informações à sociedade.
Criadora do site Panelinha, a chef de cozinha e apresentadora do programa “Cozinha Prática”, Rita Lobo, ironizou a ausência do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na CPI da Pandemia (saiba mais).
“Panzanella, pazuello e puchero. Conheça as receitas que dividem à mesa com escondidinho de vacina, bolo de laranja e calda rachadinha de chocolate e alegam suspeita de covid”, escreveu Rita, em sua conta no Twitter.
A mensagem traz referências a alguns escândalos que envolvem o governo: os funcionários fantasma nos gabinetes dos filhos do presidente Jair Bolsonaro e dele próprio, quando era deputado; a suspeita de lavagem de dinheiro de rachadinhas utilizando uma loja de chocolates de Flávio Bolsonaro; e a falta de vacinas no programa de imunização do governo federal.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).