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Dezoito pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (24) durante a Operação Castelo de Cartas, deflagrada com foco em Jequié e região. A ação teve como objetivo desarticular um grupo criminoso apontado como responsável por homicídios, tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro.

Foto: Divulgação / Polícia Civil
Segundo a Polícia Civil, ao todo, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em diferentes localidades, incluindo dois em Feira de Santana e um no estado do Pará.
Em Jequié, as prisões ocorreram nos bairros Joaquim Romão, Cachoeirinha, Baixa do Bonfim, Pedreira, Centro, Água Branca, Jequiezinho, Mandacaru e Pompílio Sampaio. Durante a operação, foram apreendidos cerca de dois kg de drogas, balanças de precisão, dinheiro em espécie, 15 celulares e oito motocicletas.

Foto: Divulgação / Polícia Civil
Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de 30 contas bancárias vinculadas ao grupo criminoso e o sequestro de bens e valores que movimentaram mais de R$ 2 milhões no último ano. As investigações tiveram início em janeiro deste ano, após uma série de homicídios em Jequié. Nesta fase foi possível atribuir ao grupo a autoria de pelo menos 19 homicídios consumados em 2025.
Ainda segundo a polícia, a facção buscava consolidar domínio territorial na cidade, recorrendo à cooptação de jovens e adolescentes e à violência sistemática contra rivais e dissidentes. As ações incluíam execuções sumárias, mortes ligadas a disputas e a exploração do tráfico de drogas e de armas de alto poder de fogo.
As apurações também indicam que os lucros ilícitos eram divididos entre os líderes da organização, que mantinham elevado padrão de vida com imóveis, veículos e objetos de luxo. A Operação Castelo de Cartas mobilizou 120 policiais civis, organizados em 30 equipes.
Além de Jequié, os mandados foram cumpridos em Salvador, Feira de Santana, Eunápolis e Belém (PA). A ação foi coordenada pelo Núcleo de Homicídios de Jequié, com apoio da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Jequié) e da Diretoria Regional de Polícia do Interior (Dirpin/Sudoeste). As investigações continuam com o objetivo de identificar e prender outros envolvidos.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).